Gazeta do Povo
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Para quem só tem um martelo tudo se parece com prego. A coisa mais fácil que existe em política é criar uma espécie de "pedra filosofal", uma causa única para todos os males complexos que assolam a sociedade. É o que fazem os marxistas com a luta de classes, as feministas com o patriarcado e os movimentos raciais com o racismo "estrutural".
Um negro de 29 anos acabou sendo morto por policiais em Memphis. O caso ganhou dimensão nacional e os vídeos mostram cenas chocantes. Os policiais aguardam julgamento e podem ser condenados por assassinato em primeiro grau. Eles faziam parte do grupo de elite chamado Scorpion, criado para combater a criminalidade em alta na cidade.
Imediatamente a esquerda criou a narrativa de racismo estrutural para explicar o crime. Há, porém, alguns problemas graves nessa "tese". Em primeiro lugar, todos os cinco policiais envolvidos na operação eram... negros. Em segundo lugar, Tyre Nichols, que acabou morrendo, aparece numa tomada de vídeo correndo dos policiais.
Essa nunca parece uma boa resposta. Ele não tinha ficha criminal, ao contrário de George Floyd. Ele disse que não tinha feito nada, e parece cooperar com a polícia no começo, mas em determinado momento passa a correr. Os policiais jogam spray de pimenta nele, tentam algemá-lo, pedem para que ele coloque as mãos para trás, sem sucesso.
Tudo parece muito errado, inclusive a incapacidade desses policiais de elite em conter um indivíduo. Mas a resistência de Tyre em nada ajuda seu lado e com certeza será a linha da defesa no julgamento dos policiais. Não obstante, algumas imagens após a captura do sujeito mostram alguns policiais dando chutes nele, já imobilizado. Isso é inaceitável.
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES