[de uns tempos para cá, se tornou regra o cidadão não aceitar ser abordado pela autoridade policial.
Tal conduta exige uma pronta ação da autoridade, sob pena da desmoralização de malquerer ação que busca manter a LEI e a ORDEM PÚBLICA. Reação agressiva à ação policial, exige que a Polícia aja dentro do necessário ao cumprimento do estrito DEVER LEGAL.]
Fotógrafo e coordenador da Central Única das Favelas (Cufa) na Região Leste de BH, André Cavaleiro chegou a desmaiar após golpe de de cassetete
A Polícia Militar (PM) é foco de
nova denúncia de abuso de autoridade por conta de uma abordagem ocorrida
na tarde desse domingo (3/10), no Bairro Alto Vera Cruz, Região Leste
de Belo Horizonte. O coordenador da Central Única das Favelas (Cufa) na
regional, André Cavaleiro, foi o alvo da corporação desta vez. Ele
denuncia que levou um jato de spray de pimenta no rosto, um soco e um
golpe de cassetete sem cometer qualquer crime. “A gente tinha acabado de chegar do campo, onde nosso
time tinha se classificado. Estávamos comemorando com um churrasco, ao
lado das esposas e crianças. Todo mundo da comunidade na rua, tomando
banho de mangueira. Um clima bastante festivo”, diz André.
O que era para ser um domingo de alto astral terminou
na delegacia, no entanto. “Não tinha situação alguma de violência.
Quatro viaturas chegaram, e (os policiais) pediram para encostar a mão
na parede. Como eles demoraram, eu tirei a mão na parede e olhei pra
trás”, conta o também fotógrafo. [o cidadão ordeiro, cumpridor das leis, tem o DEVER de ao ser abordado pela autoridade policial e convidado a encontrar as mãos na parede deve obedecer. Infelizmente, virou rotina no Brasil, o abordado em vez de assumir uma postura condizente com a necessidade da ação policial, questionar as razões da conduta policial.
Temos convicção que se o abordado facilitar a operação policial, nada acontecerá.
Inaceitável é o cidadão confrontar o policial que está apenas cumprindo seu dever e cuidando da SEGURANÇA PÚBLICA.
O spray de pimenta é um recurso não letal e que facilita em muito a contenção de eventuais e indevidas reações.]
Foi nesse momento que Cavaleiro recebeu a primeira
agressão dos militares. “O policial disse: ‘Ô, desgraça, encosta a mão
na parede’. E me deu um soco. Daí, eu virei e perguntei: ‘por que você
está me batendo?’. Ele falou para encostar a mão na parede e jogou spray
de pimenta no meu olho, muito de perto, a (cerca de) 10 centímetros”,
afirma o morador do Alto Vera Cruz.
Como resultado do spray de pimenta, André diz ter
limpado o rosto com sua camisa de futebol. Neste momento, ele afirma que
recebeu um golpe de cassetete e desacordou. “Eu só recobrei (a consciência) na hora que eles estava
me carregando igual porco para jogar dentro da viatura”, relembra o
líder comunitário.
De acordo com André, outra viatura da PM interceptou a
inicial e o levou até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Leste, na
Avenida dos Andradas. Lá, ele passou por exames de raio-x, que não
constataram lesão grave, segundo ele.
Delegacia e advogado
Após passar pela UPA, André Cavaleiro conta que os
policiais o levaram até a Central de Flagrantes (Ceflan) 1, no Bairro
Floresta, também no Leste de BH, onde ficou cerca de 30 minutos. Ele diz
ter assinado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi
liberado.
Familiares, representantes da Cufa e advogados também
se deslocaram ao Ceflan. Agora, André planeja, com assessoria de um
profissional do direito, procurar a Corregedoria e a Ouvidoria da PM
para punir os militares envolvidos na denúncia. [punir? qual crime foi cometido pelos policiais militares.]A reportagem procurou a Polícia Militar, por meio do
Comando de Policiamento da Capital, para obter um posicionamento, mas
não recebeu resposta ainda. O espaço segue aberto à corporação.
Brasil - Correio Braziliense