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sábado, 8 de abril de 2023

O medo. - Percival Puggina

Ao saber da chacina ocorrida em Blumenau pensei naquela constatação proporcionada pela História: as sociedades dominadas por algum processo revolucionário foram, antes, submetidas pelo medo. Coagidas por ele, pelo terror, abrigaram-se sob seus algozes. Vale para cidadãos em relação ao Estado e vale para os moradores de áreas dominadas pelo tráfico em relação às respectivas facções criminosas.

A sociedade brasileira vive assim. A criminalidade atormenta nosso cotidiano. Bandidos, quando por azar são presos e levados à audiência de custódia, retornam dali para sua tenebrosa faina. Em muitos casos, nem a lei permite prendê-los porque protege melhor os fora-da-lei do que zela pelos cidadãos de bem. Estes, além de tungados pelo crime e achacados pelo Estado (vem aí mais um aumento de impostos), são vítimas de um tratamento discriminatório por parte dos intelectuais de foice, martelo e estrela, que o veem como causa de todos os males.

Os meios de comunicação fazem coro ao coitadismo do bandido-padrão da retórica hoje oficial no país: o “menino” que rouba um celular e “apanha da polícia”
 A polícia é maltratada nas manchetes. 
A situação, de tão recorrente, se tornou típica. Criminosos recebem polícia à bala. Após violenta troca de tiros, morrem dois policiais e dez bandidos. Pronto! As manchetes destacarão a injustiça do placar! Ora, bandido que atira contra a polícia só é visto como vítima por quem é tão bandido quanto ele.
 
O Brasil é o único país do mundo onde os réus só cumprem pena de prisão após “trânsito em julgado da sentença condenatória”. 
E os processos podem ser postergados até a prescrição. Por que? Porque o Congresso Nacional, em sucessivas legislaturas, incorpora em seu plenário congressistas com problemas na Justiça em número suficiente para barrar iniciativas que revertam qualquer dessas aberrações
.
Então, desarma-se a vítima. Propõe-se o desarmamento das polícias, sua desmilitarização e normas para inibir sua atuação. 
Propõem-se, insistentemente, políticas de desencarceramento e de liberação das drogas. O ambiente cultural romantiza a vida criminosa, rompem-se os laços familiares e, nas famílias (como nas escolas), os códigos de boa conduta. 
Ensina-se nas faculdades de Direito que o bandido é potencialmente bom, a sociedade objetivamente má e sua justiça, vingativa. 
Apaga-se na vida social a simples menção a Deus.
 
O medo prospera. Quando o terror se instala, os fracos clamam pelo Estado, vocacionado para a omissão e a leniência. E fecha-se o cerco. Pense comigo: quais os crimes que hoje, no Brasil, suscitam a mais obstinada e célere persecução penal judicial, sem contraditório, ampla defesa e devido processo? Pois é... São os voláteis e subjetivos crimes de opinião, típicos dos regimes revolucionários. Ou não?
[em nossa opinião, só a militarização das escolas, garantirá que tragédias como a de Blumenau e outras não se repitam.]

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 3 de abril de 2023

Então o Papa fez o L. E agora? - Gazeta do Povo

Vozes - Paulo Polzonoff Jr.


"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Comunista? [Aqui no Blog Prontidão Total, um Blog político, temos a norma de envidar todos os esforços quando algum tema busca criar confusão sobre a Igreja Católica Apostólica Romana. O comunismo é incompatível com o Catolicismo, sendo calúnia mais que ofensiva, desprezível, a mais leve insinuação do tipo. Mais abaixo nos estenderemos sobre o assunto.] O Papa Francisco não é um oráculo das coisas mundanas.

De acordo com o Google Trends, os assuntos do fim de semana foram o Dia do Autismo, os jogos do Ajax e da Lazio, o pai de não-sei-quem falando sobre o bissexualismo do filho, a corrida de stock car e, last but not least, a presença de Jack Black na estreia do filme Super Mario Bros.  
Ao meu redor, porém, o assunto mais discutido foi outro: as declarações do Papa Francisco sobre Lula e Dilma.

Você já sabe, mas que fique registrado para a posteridade: antes de ser internado por problemas respiratórios, o Papa Francisco, 266º homem a assumir o Trono de São Pedro, deu uma entrevista na qual declarou que Lula foi condenado sem provas e que Dilma Rousseff tem “as mãos limpas”. Não sei a quantas anda a higiene da ex-presidente, mas sobre a primeira afirmação agradeço ao Papa pela oportunidade de poder repetir que Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. E hoje está lá, todo pimpão, presidindo o Brasil.

Diante das palavras do Sumo Pontífice para uma rede de TV argentina, a reação variou entre “o Papa é comunista” e “o Papa é muito comunista”. Sendo o comunismo incompatível com a Doutrina Católica, é um tanto quanto surpreendente que tantas pessoas, como o filho de Noé, tenham corrido para acusar a nudez do pai. Isto é, que tenham se apressado em pregar nas costas do Papa o martelo e a foice escarlates.

Outros foram além e de suas mentes soberbamente criativas pulularam teorias segundo as quais o Papa é, no mínimo, o anticristo. No máximo, um infiltrado de George Soros cuja missão é nada mais nada menos do que destruir a Igreja por dentro. A necessidade de estar vivendo um momento histórico, definidor e de consequências imponderáveis é uma constante em nosso tempo. E olha eu aqui dando uma de filho de Noé apontando a nudez do pai.

Até onde consegui entender, a revolta e a ira nada santa se originam num equívoco: a de que a opinião do Papa sobre a prisão de Lula e a honestidade de Dilma Rousseff é de ouro. É a verdade inquestionável. 
É, com efeito, um veredito maior do que o dado por Sergio Moro, TRF4 e STJ. 
É uma opinião que representa não só a absolvição dos petistas; é praticamente uma concordância com os métodos dessa política corrupta que nós, infelizmente, conhecemos bem.
 
Mas me esclarecem os mais versados nesses assuntos eclesiásticos que não é nada disso. A infalibilidade do Papa se aplica apenas a questões de fé e moral. [Qualquer apreciação sobre um pronunciamento de Sua Santidade, o Papa Francisco, impõe que se diferencie, - como bem expõe, ainda que em apertada síntese, o nosso ilustre Polzonoff Jr., autor deste excelente Post - quando Sua Santidade se manifesta em situação de  INFALIBILIDADE PAPAL,em manifestações "Ex-Cathedra"quando o Papa fala definitivamente como Pastor Supremo da Igreja. 
A INFALIBILIDADE PAPAL ocorre: "A infalibilidade se exerce quando o Romano Pontífice, em virtude da sua autoridade de supremo Pastor da Igreja, ou o Colégio Episcopal em comunhão com o Papa, sobretudo reunido num Concílio Ecumênico, proclamam com ato definitivo uma doutrina referente à fé ou à moral, e também quando o Papa e os bispos, em seu Magistério ordinário concordam em propor uma doutrina como definida. A esses ensinamentos todo fiel deve aderir com o obséquio da fé" (cf. Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, nº. 185). 
Quando o Papa se manifesta de forma privada,  ele tem uma opinião pessoal - certamente foi o caso da opinião pessoal  em que criticou as punições impostas ao "ex-presidiário" e à "presidente escarrada."

 No que diz respeito a assuntos mundanos – e nada mais mundano do que a política o Papa Francisco é um homem comum, dado a conclusões equivocadas. Só não convém presumir má-fé. É a ignorância a que todos estamos sujeitos, dependendo da nossa fonte de informação.
 
Para além da contrariedade ideológica sem maiores consequências que não o prazer de se indignar, outra preocupação que notei nos interlocutores foi o efeito das palavras do Papa Francisco sobre os fieis. Claro que aqueles que meu amigo Marcio Campos chama de “coroinhas do Lula” usarão a opinião do Papa como argumento irrefutável da inocência dele; visão que tentarão impor aos demais. 
Já os que hesitam na fé encontrarão nas palavras à toa, essas ou quaisquer outras de que discordem, uma justificativa para o afastamento.
 
Mas, como bem lembrou minha amiga Denise Dreschel, me preocupam mais aqueles que, perdidos num mundo marcado pela corrupção e violência de todos os tipos (sintomas do salve-se quem puder em que se transformaram as democracias liberais), buscam no Papa uma espécie de oráculo capaz de se imiscuir nas questões mundanas, ditando como os fieis devem se comportar em questões políticas e econômicas. 
Não por acaso, esses me parecem os mais revoltados com as palavras do Papa Francisco.

Quanto a mim, sei que alguns leitores exigirão do cronista uma conclusão acachapante, de preferência com aforismo ou trocadilho dignos da imortalidade fugaz dos memes. E o mais rápido possível! Não quero, porém, ceder à tentação de atiçar humores indignados em troca de aplausos fáceis. Me restam, portanto, o registro(✓), a observação (✓) e a impressão de que vivo num mundo perigoso e hostil, ávido por reduzir o outro (até o Papa!) à sua porção ideológica e por transformar todas as relações numa guerra na qual são permitidos apenas os papéis de aliado ou de inimigo. Medo.

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Policiais negros matam negro em Memphis e esquerda culpa racismo - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo 

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Para quem só tem um martelo tudo se parece com prego. A coisa mais fácil que existe em política é criar uma espécie de "pedra filosofal", uma causa única para todos os males complexos que assolam a sociedade. É o que fazem os marxistas com a luta de classes, as feministas com o patriarcado e os movimentos raciais com o racismo "estrutural".

Um negro de 29 anos acabou sendo morto por policiais em Memphis. O caso ganhou dimensão nacional e os vídeos mostram cenas chocantes. Os policiais aguardam julgamento e podem ser condenados por assassinato em primeiro grau. Eles faziam parte do grupo de elite chamado Scorpion, criado para combater a criminalidade em alta na cidade.

Imediatamente a esquerda criou a narrativa de racismo estrutural para explicar o crime. Há, porém, alguns problemas graves nessa "tese". Em primeiro lugar, todos os cinco policiais envolvidos na operação eram... negros. Em segundo lugar, Tyre Nichols, que acabou morrendo, aparece numa tomada de vídeo correndo dos policiais.

Essa nunca parece uma boa resposta. Ele não tinha ficha criminal, ao contrário de George Floyd. Ele disse que não tinha feito nada, e parece cooperar com a polícia no começo, mas em determinado momento passa a correr. Os policiais jogam spray de pimenta nele, tentam algemá-lo, pedem para que ele coloque as mãos para trás, sem sucesso.

Tudo parece muito errado, inclusive a incapacidade desses policiais de elite em conter um indivíduo. Mas a resistência de Tyre em nada ajuda seu lado e com certeza será a linha da defesa no julgamento dos policiais. Não obstante, algumas imagens após a captura do sujeito mostram alguns policiais dando chutes nele, já imobilizado. Isso é inaceitável.

Em suma, apenas um julgamento mais detalhado vai revelar o que de fato ocorreu. 
Mas duas coisas são precipitadas demais: a responsabilização do tal "racismo estrutural" pelo que aconteceu, sem qualquer embasamento; e a reação da administração da cidade, sob pressão da mídia, de suspender o Scorpion, o time de elite que combatia o crime.
 Isso certamente não vai ajudar a reduzir a criminalidade no local...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Flávio Dino já avalia parceria com o STF contra manifestantes

Socialista também quer desarmar a população [menos, bem menos,  cidadão.... por enquanto és apenas um indicado para um cargo público.] 

Sem ainda tomar posse, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), já considera estabelecer uma parceria com o Supremo Tribunal Federal (STF) contra manifestantes que se opõem a Lula. Interpelado pelo portal UOL se vai procurar o STF para municiar-se de informações colhidas nos inquéritos sobre “milícias digitais” e “atos antidemocráticos”, Flávio Dino confirmou a ideia. “É uma possibilidade que depende de decisão do relator, ministro Alexandre de Moraes”, disse o futuro ministro da Justiça, na entrevista publicada nesta segunda-feira, 12. “Se ele autorizar, certamente, serão informações muito importantes para a Polícia Federal executar suas atribuições legais.” [mais um indicado para ser ministro no  governo do analfabeto eleito, que se dispõe a dançar conforme a música determinada pelo ministro Moraes - ontem, foi o indicado para a Defesa e hoje o indicado para a Justiça já se dispõe a entrar na fila do beija mão... .
Em nossa opinião, o direito de manifestação ainda continua valendo na Constituição Federal  para todos - talvez emendem a Constituição e permitam manifestações apenas a favor do atual eleito presidente da República, proibindo as contrárias. Mas, mudar a Constituição  não depende do indicado ministro da Justiça.]

Dino citou dispositivos constitucionais para justificar que os “crimes políticos” sejam tratados na esfera federal. Como o Artigo 109 da Constituição Federal, que dá competência aos juízes federais para processar e julgar “os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas”.

“Cabe à Polícia Federal instaurar inquéritos nesses casos”, disse. “Isso será feito. Ou seja, cessará a omissão ou a conivência com aqueles que querem aniquilar o Estado Democrático de Direito cometendo crimes.”

Foto de Flávio Dino fazendo o símbolo do comunismo viraliza na internet

 Lula escolheu o socialista para ser ministro da Justiça

O então governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), desfila no Carnaval vestido de comunista - 05/03/2019 | Foto: Reprodução 

 O então governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), desfila no Carnaval vestido de comunista - 05/03/2019 | Foto: Reprodução 

Uma foto do futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), fazendo o símbolo do comunismo viralizou. A imagem foi tirada no Carnaval de 2019, quando Dino era governador do Maranhão, pelo PCdoB.

A fantasia de Dino era composta de um boné verde com estrela vermelha, igual ao do Exército de Cuba, e uma foice e um martelo nas mãos.

MAIS DETALHES, LEIA EM: 


Flávio Dino quer desarmar a população
No domingo 11, mesmo sem ainda tomar posse no ministério, Dino anunciou um decreto que estabelece a restrição a armas de fogo no Brasil. O socialista também mirou a artilharia na direção dos clubes de tiros, ao propor fixar horários de funcionamento para os estabelecimentos e controlar o número de frequentadores desses locais.“Vou apresentar uma proposta de novo decreto, para não ficar um vazio normativo”, disse, em entrevista ao jornal O Globo. “Não basta revogar o entulho autoritário e desvairado que foi editado nessa área. Deve ser também colocada uma nova regulamentação no lugar.”

Segundo o socialista,PT quer estabelecer “normas para o futuro”, pondo fim ao “liberou geral do governo Bolsonaro”. “Sobretudo às armas de uso restrito”, observou. “São regras de funcionamento dos clubes de tiros e normas sobre o arsenal existente, como encurtando prazos de registros de arma.”

Leia também: “Quem apoia a ditadura”, artigo de J.R. Guzzo publicado na Edição 142 da Revista Oeste


sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Bolsonaro bate martelo e não passará faixa para Lula

[ PARABÉNS!!! PRESIDENTE BOLSONARO. O senhor está certíssimo ao decidir que,  havendo a posse do molusco eleito,  não passar a FAIXA PRESIDENCIAL.
O tratamento dado ao molusco deve ser de total e absoluto desprezo e nada que o petista propor deverá ser aprovado = SAIR COM DIGNIDADE.]

O presidente Jair Bolsonaro (PL) bateu o martelo e decidiu que não passará a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de posse em 1º de janeiro de 2023. A aliados, o atual chefe do Executivo afirmou que está “100% decidido” da decisão.

Com a recusa de Bolsonaro, o responsável pela entrega seria o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), eleito senador pelo Rio Grande do Sul, que já negou a possibilidade de cumprir este rito de transição.  “Passagem de faixa é do presidente que sai para o presidente que entra.[…] Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar”, disse Mourão em entrevista ao jornal Valor Econômico publicada na 4ª feira (16.nov.2022).

Ainda durante a campanha pelo 2º turno, Lula disse:  “Bolsonaro deveria ter humildade de, no dia 1º de janeiro, colocar a faixa [presidencial] no meu pescoço”.[corrigiram a palavra: o molusco eleito escreveu umidade.]

Janja, mulher de Lula, que coordena a cerimônia de posse, confirmou a participação de 18 cantores no evento depois do rito de transição. Ele é chamado “Festival do Futuro” e terá entre as atrações artistas como: Pabllo Vittar, Martinho da Vila, Teresa Cristina, Fernanda Takai e Odair José. Saiba mais nesta reportagem.[Odair José, por favor, respeite seu público e não se desmoralize ao final de sua carreira: NÃO COMPAREÇA; você nada tem a perder não estando lá, ao contrário, ganha DIGNIDADE.]

Segundo apurou o Poder360, a cadela Resistência, animal de estimação de Lula e Janja, deverá subir a rampa do Palácio do Planalto junto com o casal durante a cerimônia de posse. [lamentamos pela cadela.]O PT planeja montar uma tenda no Parque da Cidade, o principal de Brasília, para receber apoiadores que foram à capital federal acompanhar a posse de Lula. O partido ainda negocia com o governo do Distrito Federal a liberação de outro parque, provavelmente o do Torto, para o mesmo fim. 

Poder 360


quarta-feira, 27 de outubro de 2021

HEGEMONIA OU POLARIZAÇÃO? - Percival Puggina

Há um poder multiforme instalado no país. Décadas de formação e consolidação lhe permitem agir por conta própria e com agendas próprias. Embora de esquerda e interaja com seus partidos, dispensa representação política, tal a liberdade com que opera. O poder multiforme vale-se da democracia e das instituições para agir até contra a vontade das urnas na comunicação, no ambiente cultural, no sistema de ensino, no Poder Judiciário, no Ministério Público. Controla seus militantes no aparelho estatal e, embora laicista, influencia diretamente algumas igrejas.

O nome disso é hegemonia, fenômeno nefasto à democracia, que só pode ser superado pelo surgimento de força oposta, em um novo polo, vale dizer, através de polarização. No desempenho de seu papel acusador, investigador e julgador, o ministro Alexandre de Moraes costuma elencar, entre as razões de seu enfado contra alguém, o “estímulo à polarização”, ou o “reforço ao discurso de polarização”. A palavra entrou para o circuito dos chavões sem sentido no mundo dos fatos contra os quais briga.

Polarização é condenada por quem quer ser “terceira via”, ou por quem rejeita o conservadorismo, como o ministro e a quase totalidade de seus pares. Por longos anos, a formação esquerdista constituiu atributo necessário à indicação para o Supremo.

Tão logo Bolsonaro foi eleito, tudo ficou muito evidente. Ele poderia ser perfeito como um cristal de Baccarat (coisa que, não é) e ainda assim desabariam sobre ele e seu governo os males que pudessem pedir ao deus da mitologia nórdica, Thor e seu martelo de raios e trovões.  
A eleição do novo presidente inquietou a hegemonia esquerdista no país.  
Os mais poderosos setores de influência política e cultural na sociedade brasileira não concedem a isso indulto, nem habeas corpus.
 
Pelo muito que a hegemonia significa para a imposição de um poder efetivo sobre a vida social, era preciso que o imprevisto eleitoral tivesse a mais curta duração possível. 
A derrota da esquerda não a destruiu nem a levou a parar com o que sempre fez. 
No entanto, serviu para dar nitidez à sua existência e para mostrar o quanto era necessário o surgimento de outro polo no espaço real onde vivem cidadãos comuns, com anseios também comuns por liberdade, ordem, segurança, justiça e progresso; cidadãos que prezam a sacralidade do espaço familiar, o direito de propriedade e de defesa; cidadãos que afirmam valores comuns à cultura ocidental de que são herdeiros.

É isso que nós, conservadores, sustentamos. Esse é o polo onde nos situamos, de onde não queremos sair, e onde persistiremos em agir, malgrado as dificuldades que nos são impostas pelos ardilosos que protegem sua hegemonia condenando a polarização.

Se até eu aprendi, lendo Gramsci, que a banda toca assim...

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

CÔMICO, PALHAÇADA, RIDÍCULO, até onde vai a midia militante tentando se livrar do PRESIDENTE BOLSONARO - Quem é Lula? ...

[..... para questionar os militares. É um ex-presidiário - ele não foi inocentado e não tem autoridade para questionar ninguém. Um ladrão que responde a vários processos e deve ter seu acesso limitado, restrito e controlado. Vale lembrar que alertas não são dados para a mesma autoridade - um só basta para enquadrar o alertado. No caso do ex-presidiário, enquadrá-lo é assunto policial.]  

Forças Armadas - Crise institucional aumenta cobrança para que Lula se posicione sobre militares

Com o agravamento da crise institucional no Brasil, aumentaram as cobranças para que Lula se posicione sobre o papel das Forças Armadas e como se daria a sua relação com os militares em uma eventual vitória do petista nas eleições do ano que vem. Desde março, o ex-presidente tem trabalhado na elaboração de uma carta aberta, na qual fará um aceno político aos militares. O documento já tem a sua base pronta, mas ainda não veio a público.

Parte dos petistas e aliados de Lula têm defendido que a manifestação deve ser publicada neste momento, diante da crescente escalada de agressões de Bolsonaro em relação ao Judiciário e das ameaças sobre as eleições. Em suas conversas sobre alianças para 2022, o ex-presidente também tem sido questionado sobre como vai lidar com o grande número de militares no governo Bolsonarohoje são mais de 6 mil – e a resistência que a caserna tem em relação a ele.

Lula ainda não bateu o martelo sobre quando fará o gesto. Quando o assunto é sua aproximação com os militares, costuma se fechar em copas e tratar do tema com pessoas de sua estrita confiança, como os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim e Celso Amorim. Ambos estão ajudando o ex-presidente na elaboração deste documento e também na construção de pontes junto às Forças Armadas. A receptividade, porém, não tem sido boa.

Na carta aos militares, Lula pretende destacar o tratamento que deu ao segmento em seu governo, apontar investimentos que fez e salientar que as Forças Armadas são um organismo de Estado, que não podem ser partidarizadas.

Bela Megale - Blog em O Globo

 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

O ousado plano de Macron para acabar com a dependência da soja do Brasil

Com pacote de 100 milhões de euros, país vai aumentar cultivo de leguminosas em 40% em apenas três anos, para driblar 'desmatamento importado'

O Brasil é o maior produtor de soja do mundo, exportando o grão para 50 países diferentes na Ásia, África e Europa. No ano passado, a atividade rendeu mais de 30 bilhões de dólares. Contudo, em meio a crescentes críticas à ligação do plantio com o desmatamento, o presidente Emmanuel Macron, da França, foi o primeiro a bater o martelo: prometeu à sua nação a independência da soja brasileira.
 
 “Emmanuel Macron prometeu muito, mas não fez nada”, tuitou Jean-François Julliard, diretor do Greenpeace França.
[e vai continuar tuitando; o plano do francês é ousado e INEXEQUÍVEL.  Uma leitura rápida já mostra que a pretendida independência depende do plantio e este continua na moda antiga = precisa de terra. Plantio real para produção real, não vale pretender adotar experiências de laboratório para a terra real.
E terra é exatamente o que falta aos franceses na área pretendida = dobrar em dez anos a área cultivada - alcançando os dois milhões de hectares = e em três anos aumentar em 40% as áreas destinadas ao cultivo de plantas ricas em proteínas.
 
Não tem tanta terra sobrando, restando ao presidente francês: 
- desocupar alguns milhares de moradias obtendo a terra pretendida =  onde alocar os removidos é apenas um detalhe;
- outra fonte de terra é substituir parte do atualmente plantado por soja - onde cultivar o  substituído é outra pergunta chata;
- ou plantar em solo brasileiro = o francês propôs internacionalizar a nossa Amazônia. 
Resolvido as bobagens alocadas o plano do Macron já pode ser considerado ousado - some o inexequível e se aguarda resultados.]
  
Nesta terça-feira, 1, o governo e o setor agrícola francês se comprometeram a aumentar em 40% as áreas destinadas ao cultivo de plantas ricas em proteínas em apenas três anos. Isso equivale a 400.000 hectares extras de terra para cultivo até 2023.

O ministro da Agricultura, Julien Denormandie, afirmou ainda que essa é uma etapa “intermediária”: em dez anos, o governo promete dobrar a área cultivada, chegando a 2 milhões de hectares dedicados ao cultivo de oleaginosas e leguminosas em 2030. [a França não tem tanta terra para ser liberada para cultivo da soja, ou será que o Julien está contando já com a terra da Amazônia internacionalizada?]

Os produtores franceses assinaram uma “carta de compromisso”, prometendo respeitar a meta em troca de ajuda financeira, no valor de 100 milhões de euros (quase 630 milhões de reais) durante dois anos, para incentivar o cultivo e a pesquisa de proteaginosas. Segundo Denormandie, a empreitada tem como objetivo a garantia da “soberania agroalimentar” e o fim da importação de soja ligada ao desmatamento. Atualmente, metade das proteínas vegetais para ração animal utilizadas na França é proveniente de importações e o país é o maior importador de farelo de soja brasileiro na União Europeia: das 2,2 milhões de toneladas que atravessaram suas fronteiras no último ano, mais de 88% veio do Brasil.

Ecologicamente correto
Em setembro, a França se opôs veementemente ao acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul devido ao desmatamento na região amazônica. Além disso, o país se comprometeu em 2018 a zerar sua participação no desmatamento ligado à importação de produtos agrícolas não sustentáveis até 2030.
O “plano de proteína vegetal” – esperado há dois anos, quando Macron anunciou que iria “trazer um ambicioso plano de proteínas para o continente europeu– também prevê um orçamento de 3 milhões de euros (19 milhões de reais) para incentivar o consumo de leguminosas pela população (especialmente as crianças).

Grande parte de sua presidência depende da conciliação entre meio ambiente e economia. Desde sua posse em 2017, o líder francês luta para adotar políticas mais ecologicamente corretas, sob pressão de grupos de proteção ambiental e parte da sociedade. Contudo, foi um imposto sobre emissões de CO2 que inflamou os protestos dos Coletes Amarelos em 2018, que quase abateram seu governo.

Em agosto e novembro, ativistas do Greenpeace protestaram em Paris para denunciar a “inação” e o “silêncio” do governo a respeito dos incêndios na Amazônia, provocados para que a terra seja usada para pecuária e agricultura. Macron já havia admitido que o país era “em parte cúmplice” do chamado “desmatamento importado”. O desmatamento na floresta amazônica do Brasil teve o maior crescimento em 12 anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área afetada aumentou cerca de 9,5% de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação com o período anterior, de 2018 a 2019.

Mundo - Veja - Por Amanda Péchy

 

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

VITÓRIA! Nem o disfarce, nem a conspiração - Percival Puggina

Voto em Porto Alegre e passei as últimas semanas combatendo ideias perigosas. Segundo uma delas, os eleitores com mais de 70 anos deveriam ficar em casa, longe das urnas, cuidando da saúde, “beneficiados” que são pela dispensa do dever de votar. Era uma campanha que afastava da urna o eleitor que, pela experiência de vida, majoritariamente é conservador e não eleitor dos partidos de esquerda. Outra ideia difundida nestes dias, afirmava que ideologia não tinha importância numa disputa eleitoral, pois o eleitor estava mais interessado em questões do dia-a-dia. Afirmado insistentemente nos meios de comunicação, isso era quase tudo que a candidata mais ideologizada dessa campanha se empenhava em fazer crer.

Outra, ainda, sustentava estar em curso uma imensa conspiração para fraudar as eleições deste domingo em benefício dos partidos de esquerda. Ora, uma coisa é assegurar que as urnas têm vulnerabilidades; outra, bem diferente, é prognosticar uma conspiração para se valer delas com o intuito de adulterar o resultado das urnas, principalmente em São Paulo e em Porto Alegre. A venezuelana Smartmatic seria a operadora desse ataque à democracia...

Discordar dessa última posição, assumida por tantos nas redes sociais, não equivale a achar bom nosso sistema de apuração, não equivale a endossar a lamentável decisão do STF que considerou inconstitucional o voto impresso e menos ainda confundir voto impresso com voto em cédula de papel, como cheguei a ler em Zero Hora. A campanha pelo voto impresso precisa continuar porque logo ali haverá novas eleições. Parte ao menos da elevada abstenção em todo o país talvez se deva aos eleitores que viam no comparecimento um endosso aos “crimes contra a democracia” que estariam em curso. Os resultados deste fim de tarde de domingo em nada confirmam tal suspeita.

A capital dos gaúchos, felizmente, não proporcionou uma vitória ao PCdoB, surpreendendo a indefectível pesquisa com que o IBOPE lhe prenunciou a vitória. Ao longo da campanha ela se apresentou em versão ultraleve, quase flutuando, como anjo, numa nuvem desde a qual prometia chover bondades sem raios nem trovoadas. Mudou o visual, sumiu a foice, o martelo, a estrela, as cores e o nome do partido. Mudaram, também, as companhias habituais. Adeus, Lula.

No primeiro turno votei em Gustavo Paim. Hoje, votei em Sebastião Melo, numa chapa qualificada, também, pela presença do amigo, o intelectual e o excelente vereador que foi Ricardo Gomes. Chego ao final deste dia saboreando a vitória tão necessária ao futuro político do Rio Grande do Sul. Afasta-se de nosso rumo a marca de ser a Havana do Sul, onde a esquerda persistiria como força política hegemônica.

Recomendamos: O VOTO DOS IDOSOS, Percival Puggina

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

 

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Bolsonaro pede que PM faça seu devido trabalho em protestos contra governo

Presidente pediu ação das forças de segurança estaduais e federais (Força Nacional) ''caso sejam ultrapassados os limites da lei'' ao chamar os manifestantes de ''maconheiros'' e ''marginais''

O presidente Jair Bolsonaro participou, na manhã desta sexta-feira (5/6), da inauguração do hospital de campanha de Águas Lindas de Goiás. Durante o discurso, ele sugeriu que governadores façam uso da Força Nacional. Ele pediu ainda que as outras corporações de segurança, dentre elas a Polícia Militar dos estados, ''façam o seu devido trabalho caso sejam ultrapassados os limites da lei.''
"O outro lado, que luta por democracia, que quer o governo funcionando, quer um Brasil melhor e preza por sua liberdade, que não compareçam às ruas nestes dias para que as forças de segurança, não só estaduais, bem como a nossa, federal, façam seu devido trabalho porventura estes marginais extrapolem os limites da lei"

Jair Bolsonaro


O chefe do Executivo também voltou a caracterizar manifestantes que fazem atos contra o governo como "marginais, terroristas, maconheiros e desocupados."

"Estamos assistindo agora grupos de marginais, terroristas querendo se movimentar para quebrar o Brasil. Esses marginais tiveram uma ação em SP. Esses terroristas voltaram logo depois para Curitiba e estão nos ameaçando. Agora, tenho certeza Caiado, que se vier aqui você vai tratar com a dureza da lei que eles merecem."  

Jair Bolsonaro


Manifestações no DFBolsonaro pedirá ao Distrito Federal a permissão para usar a Força Nacional nos protestos previsto para ocorrer na Esplanada dos Ministérios neste domingo (7/6).

Nessa quinta-feira (4/6), o chefe do Executivo foi ao gabinete do secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, para externar a preocupação com o movimento, e a pasta do governador Ibaneis Rocha (MDB) vai bater o martelo após reuniões nesta sexta. O GDF já avalia um esquema de segurança para as manifestações deste fim de semana. Dois encontros, hoje, definirão a estratégia.

Correio Braziliense

terça-feira, 14 de julho de 2015

Senadores avaliam que Dilma não fica no Planalto além de setembro/2015

O perigo de setembro

A orelha de Dilma deve ter ardido há alguns dias em um jantar na residência oficial do presidente do Senado, quando Renan Calheiros recebeu um time seleto.
 Dilma está mal, na avaliação de um grupo de senadores
Entre uma taça e outra de vinho, José Sarney, Fernando Collor, Romero Jucá  e Lindbergh Farias trocaram impressões sobre o cenário político.

E bateram o martelo: do jeito que está, Dilma não passa de setembro no Palácio do Planalto.

Por:  Lauro Jardim