Na análise dos técnicos, como não havia previsão orçamentária, Bolsonaro cometeria pedalada ao dar o aumento
Por PL, reajuste para policiais e bombeiros do DF deve demorar até abril
Em nova reviravolta, o reajuste para as forças de segurança do Distrito Federal levará mais tempo para se concretizar. O presidente da República, Jair Bolsonaro, recuou ontem e afirmou que o aumento de 8% para policiais civis e militares, além dos bombeiros, não será mais concedido por meio de medida provisória (MP), como anunciaram o chefe do Palácio do Planalto e o governador Ibaneis Rocha (MDB) no início desta semana, em 24 de dezembro. Um projeto de lei com a proposta será encaminhado em fevereiro para o Congresso Nacional. Dessa forma, reajuste poderá ser retroativo.
Ao conversar com jornalistas na entrada do Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (27/12), Bolsonaro explicou que voltou atrás porque conceder a recomposição salarial por meio da MP poderia ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Pretendia fazer a MP, mas poderia ser responsabilizado pela LRF. Podíamos resolver grande parte do problema, mas teria de dar 1,5%. Disseram que seria um acinte, mas ajudaria a gente a destravar para o ano que vem”, disse o presidente.
O
aviso de que a MP poderia violar a LRF veio da equipe econômica do
governo, que reagiu após a assinatura do texto articulado pela
Presidência e pelo GDF. Na análise dos técnicos, como
não havia previsão orçamentária, Bolsonaro cometeria pedalada ao dar o
aumento. Esse tipo de manobra foi responsável pelo impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Resolvemos não dar o 1,5% e faremos o
PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) no retorno do Congresso em
fevereiro. O projeto entra agora, e acredito que o Congresso aprove”,
explicou o presidente.
Um dos aliados mais
próximos de Bolsonaro e um dos que articularam o aumento, o ex-deputado
federal Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou ao Correio que o reajuste, no
projeto de lei, será retroativo a janeiro de 2020. “Está acertado que o
PLN segue na primeira semana e será aprovado contando a partir de
janeiro”, adiantou o ex-parlamentar. “Foi a única maneira encontrada a
partir das recomendações do Ministério da Economia. Sem isso, ele
praticaria as tais pedaladas”, complementou Fraga.
Segundo
o ex-parlamentar, o aumento será mantido em 8%. “Mas, depois da
aprovação da PEC que transfere a gestão do Fundo Constitucional do DF, o
governador poderá conceder um reajuste maior, caso tenha dinheiro
disponível”, explicou. O projeto de lei, segundo Alberto Fraga, deve ser
relatado pelo deputado federal Domingos Neto (PSD-CE).
Segundo
o governador Ibaneis Rocha, o recuo de Bolsonaro quebra uma
expectativa, mas não põe fim ao processo de aumento. “Não nos tira a
garra de continuar trabalhando para garantir melhorias aos nossos
servidores da segurança pública”, ressaltou. “Como jurista, entendo que a
Lei de Responsabilidade Fiscal não está acima da Constituição Federal,
já que ela prevê os gastos do Fundo Constitucional, em especial aos das
forças de segurança da nossa capital”, argumentou o chefe do Executivo
local. O emedebista também ressaltou o “o interesse e a parceria do
presidente e de sua equipe no tratamento de questões que envolvam o
desenvolvimento da nossa capital”.
[presidente Bolsonaro, iniciando com um lugar comum: 'conselho fose bom não se dava, se vendia'.
Mas,vai uma sugestão: faça,no mínimo, um 'upgrade" em sua assessoria jurídica. O senhor teve uma série de decepções, até mesmo prejuízo a sua imagem, devido mal assessoramento.
No alvorecer do seu governo, teve um dos seus assessores que não alertou o senhor que o famigerado 'estatuto de desarmamento' é um lei e só pode ser modificado por outra lei ;
teve outras escorregadas, todas devido falhas no seu assessoramento - notadamente no jurídico.
Agora o governador Ibaneis que se considera um jurista,talvez seja, armou uma pegadinha e o senhor, por falha do seus assessores, caiu direitinho.
Sendo conhecedor de leis, o governador no mínimo sabe que MP é para assuntos urgentes e relevantes, o que não é o caso do aumento em questão - considerando o salários dos policiais civis e militares, um reajuste de 8% não é urgente nem causa impacto nos vencimentos dos mesmos.
8% para quem ganha salário mínimo é urgente,relevante e tem impacto favorável.
Só que o senhor felizmente recuou, transformando a queda desejada em uma escorregada, uma desequilibrada, mas se equilibrou, que é o importante.
Outra armadilha é essa prometer aumento via PEC para começo do ano que vem, sem esquecer que o Ibaneis, tentando aparecer bem na fita, já disse que quando for gestor do Fundo Constitucional do DF, vai aumentar o percentual daquele Fundo destinado à Segurança de 49% para 60%, retirando recursos da Saúde e Educação.
Precisa aprovação do Congresso e uma coisa estrombótica como esta não será aprovada no Congresso.
Ele vai sair chamuscado, o senhor e o Congresso dividem as queimaduras.
Desculpe a ousadia de sugerir algo a um presidente eleito com quase 60.000.000 de votos.]
[presidente Bolsonaro, iniciando com um lugar comum: 'conselho fose bom não se dava, se vendia'.
Mas,vai uma sugestão: faça,no mínimo, um 'upgrade" em sua assessoria jurídica. O senhor teve uma série de decepções, até mesmo prejuízo a sua imagem, devido mal assessoramento.
No alvorecer do seu governo, teve um dos seus assessores que não alertou o senhor que o famigerado 'estatuto de desarmamento' é um lei e só pode ser modificado por outra lei ;
teve outras escorregadas, todas devido falhas no seu assessoramento - notadamente no jurídico.
Agora o governador Ibaneis que se considera um jurista,talvez seja, armou uma pegadinha e o senhor, por falha do seus assessores, caiu direitinho.
Sendo conhecedor de leis, o governador no mínimo sabe que MP é para assuntos urgentes e relevantes, o que não é o caso do aumento em questão - considerando o salários dos policiais civis e militares, um reajuste de 8% não é urgente nem causa impacto nos vencimentos dos mesmos.
8% para quem ganha salário mínimo é urgente,relevante e tem impacto favorável.
Só que o senhor felizmente recuou, transformando a queda desejada em uma escorregada, uma desequilibrada, mas se equilibrou, que é o importante.
Outra armadilha é essa prometer aumento via PEC para começo do ano que vem, sem esquecer que o Ibaneis, tentando aparecer bem na fita, já disse que quando for gestor do Fundo Constitucional do DF, vai aumentar o percentual daquele Fundo destinado à Segurança de 49% para 60%, retirando recursos da Saúde e Educação.
Precisa aprovação do Congresso e uma coisa estrombótica como esta não será aprovada no Congresso.
Ele vai sair chamuscado, o senhor e o Congresso dividem as queimaduras.
Desculpe a ousadia de sugerir algo a um presidente eleito com quase 60.000.000 de votos.]
Outro
parlamentar que participou da articulação pelo aumento, o senador Izalci
Lucas (PSDB-DF) diz que a decisão de Bolsonaro trouxe frustração, mas é
justificável. Segundo ele, faltou ao GDF uma postura mais proativa para
antecipar o problema. Segundo Izalci, a tramitação do PLN deve
encerrar-se, no mínimo, em abril. “O PLN precisa passar pela comissão
mista de orçamento, que é sempre renovada. Então, será necessário
aguardar a formação dela, as primeiras reuniões e a aprovação para só
depois debater o assunto no Congresso”, detalhou. “É muito ruim. Houve a
primeira frustração com o percentual de aumento, que deveria ser maior
e, agora, veio mais essa.”
No Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA