Advogados pedem que mensagens apreendidas pela PF com hackers sejam usadas como prova da parcialidade de procuradores e de Sérgio Moro
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um
novo habeas corpus em favor do cliente no Supremo Tribunal Federal
(STF), nesta terça-feira (13/8). Na ação, os advogados solicitam que
mensagens do aplicativo Telegram, apreendidas com hackers durante a operação Spoofing, da PF, sejam usadas como prova.
Os
arquivos estavam no computador do hacker Walter Delgatti Neto, preso em
São Paulo. Os dados estão em poder do STF, por decisão do ministro
Alexandre de Moraes. A defesa de Lula argumenta que as mensagens revelam
que "as investigações contra o ex-presidente Lula foram iniciadas a
partir de um comando emitido pelo ex-juiz Sergio Moro ao procurador da
República Deltan Dallagnol sobre supostas propriedades destinadas aos
filhos de Lula" e que "os procuradores da República sabiam que não havia
qualquer prova efetiva contra Lula no caso do tríplex, tampouco vínculo
com a Petrobras, mas a despeito disso, ofereceram denúncia e pediram a
condenação do ex-presidente".
O recurso
(remédio constitucional) deve ser analisado pela Segunda Turma do
Supremo, onde já tramita outro habeas corpus. Ainda não existe data
definida para o julgamento do pedido. No entanto, ações deste tipo, = envolvendo o presidiário Lula = onde
o réu está preso, tem prioridade na agenda de votações.
Correio Braziliense