A última pesquisa eleitoral procedida pelo Instituto Paraná,
realizada a partir de 25.02.21, demonstra com clareza solar a tendência que de fato Bolsonaro deve
vencer o 1º Turno das eleições de outubro de 2022, com pouco mais de 30% dos
votos (31,9% ,no primeiro cenário),
contra outros 3 ou 4 candidatos que vêm
em seguida, Lula, num eventual quarto
cenário, com 18%, e ”embolados” Moro, com 11,5 %, Haddad com 10,5 %, e Ciro Gomes com 10,0 %.
Somados aos demais candidatos , cuja prioridade seria derrotar Bolsonaro, e que todos esses em maior ou menor intensidade também têm “cheiro” de esquerda, mas que pontuaram menos que
Lula, Moro,Haddad e Ciro,ou seja, Doria, Huck, Boulos,João Amoedo, Eduardo Leite, e
Mandetta, todos “inimigos” eleitorais declarados de Bolsonaro para um eventual 2º Turno .
A soma das preferências de votos
nesses 9 (nove) candidatos seria
de qualquer forma superior à votação “única” do capitão. Na verdade seria muito pouco provável que Bolsonaro “disparasse” num 2º Turno para vencer o candidato que fosse
concorrer com ele, aumentando expressivamente
os 32,4 % que já teria no 1º Turno das eleições.
Mas Bolsonaro na verdade foi o
maior culpado dessa armadilha que a
esquerda está montando contra o conservadorismo/direita que ele
representa. Temendo uma “concorrência”
interna, e “desleal”, que eventualmente lhe tirasse a chance de concorrer à reeleição em 2022, Bolsonaro
acabou achando um jeito de “queimar” as
suas ,”ameaças”,as suas “sombras”.
O caso do Ministro da Justiça e Segurança Pública.o ex-Juiz
Sérgio Moro, que se notabilizou no combate à corrupção, especialmente como juiz da Operação Lava Jato,foi o mais
emblemático. Seu prestígio, inclusive internacional, estava ameaçando a
candidatura de Bolsonaro. [Se impõe um registro: o ex-juiz, ex-ministro, ex-quase favorito a alguma coisa e que de concreto resultou em emprego junto a uma consultoria, que tem entre seus clientes empresas réus na Lava-Jato dos tempos do triplo-EX, mereceu ser defenestrado do Governo Bolsonaro.
Os homens honrados, como lembra o articulista, quando não concordam com o chefe pedem demissão,não traem quem neles confiou e podem sair da cabeça erguida. O triplo-EX tentou agir contra o seu chefe, um quinta coluna, faltou com a LEALDADE, esquecendo que HONRA e LEALDADE caminham juntas.
Aliás, o segundo parágrafo desta matéria, está lotado do nome de traidores, desleais, de desonra (tem no máximo uma ou duas exceções) que se torna pesado. Se percebe facilmente no texto, que pessoas com sobrenome começando com determinada letra, são quinta-coluna por natureza, por opção.] O capitão não perdeu tempo. Achou uma maneira de
desmoralizar Moro com a demissão que fez do Superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro,homem da mais estrita
confiança do Ministro, que acabou não tendo outra saída, como fazem todos os
homens honrados,de pedir demissão do cargo, ”aliviando o “pavor” do Presidente
com essa possível ameaça à sua candidatura.
Sérgio Moro saiu taxado de “traidor” do Governo Bolsonaro,
por ter denunciado algumas verdades
“inconvenientes”. Mas agora o “mocinho” Moro passou a ser o “bandido” Moro. O
que mais se fala nas rodas políticas íntimas do Presidente, que se consorciaram
com os bandidos condenados por Moro, é sobre uma possível “prisão” de Moro,e
outros procuradores da Lava-Jato. E lá
do Palácio do Planalto,mesmo que “às escondidas”, estão alimentando essas
“fofocas” para comprometer tanto quanto
possível a imagem de Sérgio Moro.
Resumidamente, Bolsonaro não tem qualquer chance de vencer
no 2º Turno as eleições de 2022. “Todos”
da esquerda contra ele seria inevitável. Além disso, após Bolsonaro, Moro ainda é o candidato mais
repudiado pela esquerda. Por isso Moro
jamais chegaria ao 2º Turno com os votos dos fanáticos da esquerda,e sim
com os dos “outros”,que deveriam ter o bom senso de votar um 1º Turno com
Bolsonaro e Moro como “finalistas”.
O único grande risco de Sérgio Moro ter patrocinada a sua candidatura pela esquerda
seria o seu “ azar” de candidatar-se
pelo “tal” PSDB,que desde 1992, através do “Pacto de Princeton”, assinado
entre Lula e FHC, nos Estados Unidos
(estratégia das Tesouras,de Hegel e Marx),onde existe um acordo secreto PMDB-PT,pelo qual um desses
dois partidos,ambos de esquerda,o primeiro mais moderado,e o segundo “radical”,
sempre deveria vencer a eleição presidencial, o que de fato funcionou de 1995 até 2014,com FHC (2 mandatos),Lula
(idem),e Dilma (1,5 mandato).
Se o conservadorismo agir com um pouco de inteligência para 2022 acabará deixando de devolver
o poder para a esquerda,dividindo os votos para lançar no 2º Turno as
candidaturas de Bolsonaro e Sérgio Moro. Aí estaria a grande chance de Moro
vencer , mesmo porque a esquerda votaria antes em Moro do que em Bolsonaro. A esquerda até poderia
votar em Moro no 2º Turno, se não tivesse outra saída. Mas em hipótese alguma optaria
por Bolsonaro
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo