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domingo, 17 de dezembro de 2023

Sérgio Moro, o fracasso do sucesso - Percival Puggina

        De súbito, percebo que Sérgio Moro deixou de ser assunto para mim. Há tempos não vejo motivos para escrever sobre ele. 
Por excesso de contradições, perdeu relevância. 
E se ainda chama alguma atenção, é pelo resíduo de notoriedade que lhe restou dos tempos de juiz. 
Certamente ninguém sente saudades dele como ministro da Justiça ou como liderança política, nem admira seu desempenho como senador.
 
Sei, porém, que devo à Lava Jato alguns dos melhores momentos de minha vida como cidadão
Quando ela se tornou pública, a nação vinha sendo atacada por males que a agrediam de modo articulado e simultâneo. 
Corrupção, esquerdismo, Foro de São Paulo, corporativismo, patrimonialismo, falta de patriotismo, burrice crônica, estatismo e instituições políticas mal concebidas eram os agressores internos; guerra cultural, degradação moral e globalismo, os agressores importados. 
A Lava Jato serviu ao combate de alguns desses males porque o combate exitoso à corrupção criou motivação política para propagação dos ideários conservador e liberal.
 
Não tenho como não agradecer a Sérgio Moro seu trabalho como juiz. Suas atividades no campo da política, no entanto, só serviram para que ele, com total inaptidão e inabilidade, fosse o melhor colaborador de seus inimigos. Fez do próprio sucesso uma sucessão de fracassos.  
Como ministro, foi um obstáculo às políticas pretendidas por Bolsonaro e vitoriosas na campanha eleitoral de 2018 sobre armas e segurança pública
Saiu do governo atacando o presidente e sonhando com o Palácio do Planalto.
 
Se havia um projeto político encalhado, morto e sepultado no período anterior ao pleito de 2022 era o dele como terceira via! [sempre convém lembrar que foram algumas atitudes erradas do ex-ministro, fundadas em sua inconveniente ambição a voos maiores na política, que fortaleceram um dos maiores inimigos do presidente Bolsonaro - não pode ser olvidado que o então presidente vacilou ao não dar o 'murro' na mesma naquele momento.] Numa eleição polarizada entre Bolsonaro e Lula (ou alguém pelo PT) terceiros nomes só se poderiam viabilizar para chegar ao segundo turno se subtraíssem muitos votos (mas muitos mesmo!) dos dois que representavam o antagonismo real existente no país. 
E Sérgio Moro, como juiz, havia desagradado profundamente a esquerda; como ministro, rompera com a direita.  
Onde poderia ele buscar eleitores para desbancar os dois candidatos que já entravam no pleito tendo, cada um, mais de 50 milhões de votos garantidos? Terceira via em 2022 era uma verdadeira maluquice de quem desconhecia política ou não se levava a sério, ou não sabia fazer contas. Nove candidatos concorreram com essa pretensão e a soma dos votos de todos não chegou a 10 milhões.
 
Não vou analisar os fatos recentes porque os considero irrelevantes. Valioso, isto sim, é convidá-lo, leitor, a pensar sobre a política como expressão do amor ao próximo que requer aprendizado e se expressa no espírito de serviço. 
E, por outro lado, o quanto é lesiva aos bons propósitos dos eleitores a confusão entre notoriedade e competência
Não faz diferença se a pessoa famosa é astronauta ou goleador, juiz ou pastor.

Percival Puggina (79) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


domingo, 23 de julho de 2023

Começam os depoimentos dos presos de 8 de janeiro - Percival Puggina

Percival Puggina, com conteúdo do Diário do Poder

      Leio no Diário do Poder que os acusados dos atos de 8 de janeiro estão sendo convocados para ser ouvidos. 
“Oba!”, dirão os entusiastas das prerrogativas dos cidadãos. 
Pois é, convocados de um dia para o outro. 
As furiosas, violentas e perigosas tias do zap que iam derrubar a República cantando e rezando não estão tendo tempo nem para arrumar o cabelo. 
Mas não se preocupe, para essas autoridades, malvado era o Sérgio Moro.

Diz o Diário do Poder:

Os advogados denunciam que as testemunhas de defesa não foram convocadas e se queixam que o tempo estipulado é inábil. “O processo segue sendo atropelado. A defesa não tem como ser feita. Nos autos não constam as diligências empreendidas e imagens requeridas”, detalhou o advogado Bruno Jordano.

Jordano enfatiza que a premissa adotada por Moraes descumpre o Código de Processo Penal e o Regimento do STF. “Esse amontoado de atos não representa um processo democrático. Infelizmente, as pessoas estão indefesas”.

Mas não se preocupe, malvado era o Deltan Dallagnol.

Os ministros "garantistas", discípulos do italiano Luigi Ferrajoli, mudam de doutrina quando os réus os desagradam sob a ótica política ou quando o caso lhes diz respeito. 

Diário do Poder 

 

quinta-feira, 23 de março de 2023

Quem mandou matar Sergio Moro? - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo - VOZES


Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Num dia vem a público a "entrevista" de Lula com companheiros do Brasil 247 em que o presidente diz que, na prisão, desejava "foder" Sergio Moro e se vingar do juiz da Lava Jato
No dia seguinte, vem a público a informação de que a polícia interceptou planos do PCC de matar autoridades, entre elas... Sergio Moro.

Não podemos esquecer que um preso do PCC disse que, com o PT, a entidade criminosa tinha "diálogos cabulosos". Lulistas conseguem subir favelas dominadas pelo tráfico de drogas sem escolta policial, como ficou claro na campanha, quando Lula usou o boné CPX na favela controlada pelo CV, ou mais recentemente, quando o ministro da Justiça Flavio Dino esteve no Complexo da Maré com apenas dois carros e sem forte esquema de proteção, o que só poderia acontecer com aval prévio dos bandidos.

O PT insiste muito na questão sobre quem mandou matar Marielle Franco, a vereadora do PSOL assassinada. Mas, curiosamente, o mesmo PT não tem a menor curiosidade de saber quem mandou matar Jair Bolsonaro, quando um esquerdista ex-filiado ao mesmo PSOL deu uma facada quase fatal no então candidato de direita.  
O PT quer combater somente alguns crimes, enquanto outros ele parece ignorar - ou até defender, como os invasores do MST ou os sequestradores das FARC.

Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e agora deputado, reagiu: "O atentado do crime organizado contra a vida de Moro e sua família é um atentado contra a sociedade e todos os agentes da lei. Foi frustrado pela atuação coordenada da Polícia, do Congresso, do MP e da Justiça. Parabéns às instituições. Obrigado por não deixarem o crime vencer".

O ex-deputado Paulo Eduardo Martins comentou: "Parabenizo as forças policias por terem derrubado dos planos do PCC de assassinar autoridades, incluindo o Sen Sérgio Moro. O Brasil não pode se tornar um narcoestado, mas o risco é real. É preciso enfrentar a realidade e aniquilar essas organizações com toda a força disponível".

Esse ponto é muito importante. Afinal, a América Latina viu vários países caírem nas garras do narcotráfico, e o Foro de SP, idealizado e criado pelo PT ao lado do ditador comunista Fidel Castro, acaba endossando esse caminho. 
Falar de possíveis ligações entre o partido do atual presidente e o crime organizado não é ser teórico da conspiração, mas simplesmente ser capaz de traçar elos evidentes e fazer perguntas pertinentes.

A mídia já está no esforço de desviar o assunto, cortar os possíveis laços entre a fala de Lula e a descoberta da polícia sobre o plano do PCC. Mas como podem ter tanta certeza de que não há qualquer ligação? Por que fingem que seria absurdo pensar numa relação mais próxima entre o PT e o PCC? 

Os nossos militantes disfarçados de jornalistas reagem como se tal questionamento fosse já absurdo e coisa suja da "extrema direita", mas cabe fazer um exercício hipotético: e se houvesse um vídeo de Bolsonaro dizendo que desejava ferrar com Marielle Franco? 
 Qual seria a reação da imprensa? 
Sem qualquer indício, essa turma alimenta há cinco anos a narrativa de que Bolsonaro poderia ser o mandante de tal crime bárbaro. Quem joga sujo, afinal? E quem protege criminosos?

Rodrigo Constantino, colunista - VOZES - Gazeta do Povo 

 

domingo, 28 de agosto de 2022

Grupo de delegados aposentados da PF critica decisões de Moraes

Mais de 100 profissionais assinaram uma nota em que deploram as recentes ações do presidente do TSE

Um grupo de mais de cem delegados aposentados da Polícia Federal (PF) divulgou, na quinta-feira 25, uma nota contra as recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No documento, os profissionais se dizem inconformados com o uso da PF como um instrumento de implementação de medidas autoritárias e ilegais”. Eles mencionam também o artigo da Constituição Federal sobre a liberdade de expressão. “Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica”, diz o texto.

Em outro trecho, os delegados aposentados criticam a decisão de Moraes que determinou a busca e apreensão, a quebra de sigilo bancário e a condução coercitiva de empresários apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o grupo, “as medidas, solicitadas por policiais cujas convicções não espalham o entendimento da inteira categoria de Delegados de Polícia Federal, foram tomadas ao arrepio da lei e sem a participação da Procuradoria-Geral da República (PGR), em total desrespeito ao princípio da reserva legal”.

Para os delegados aposentados, a troca de mensagens em grupos de WhatsApp “não constitui crime de ameaça às instituições democráticas, muito menos poderiam tais mensagens ser utilizadas como meio de prova, conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça (STJ)”. Por isso, os profissionais afirmam que as decisões de Moraes “configuram um evidente abuso de poder, praticado com o uso da força policial, o que fere a imagem e a reputação da nossa amada instituição Polícia Federal”.

Leia na íntegra a carta

Nós, Delegados de Polícia Federal aposentados, abaixo assinados, em razão de nossos anos de experiência na aplicação da lei penal, vimos pela presente manifestar nosso inconformismo e indignação perante o uso da instituição Polícia Federal como um instrumento para a implementação de medidas autoritárias e ilegais, por parte de integrantes do Supremo Tribunal Federal.

A Constituição Federal, em seu artigo 5º, incisos IV, X e XIII, respectivamente, estabelece que é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política e que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas.

As recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, determinando a busca e apreensão, a quebra de sigilo bancário e a condução coercitiva de empresários por meras conversas de WhatsApp, constituem aberrantes afrontas aos direitos individuais dos cidadãos, consagrados no referido artigo 5º da Constituição. Tais medidas, solicitadas por policiais cujas convicções não espelham o entendimento da inteira categoria de Delegados de Polícia Federal, foram tomadas ao arrepio da lei e sem a participação da Procuradoria-Geral da República, em total desrespeito ao princípio da reserva legal. 

Meras conversas em grupo privado de WhatsApp não constituem crimes de ameaça às instituições democráticas, muito menos poderiam tais mensagens ser utilizadas como meio de prova , conforme entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça. Portanto, as medidas adotadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes configuram um evidente abuso de poder, praticado com o uso da força policial, o que fere a imagem e a reputação da nossa amada instituição Polícia Federal

É chegada a hora de romper o espiral de silêncio dos operadores do Direito do país, que submersos em uma teia de interesses e medo, deixaram de se manifestar contra os abusos do STF na condução do famigerado inquérito das fake news, um inquérito inconstitucional, pois foi instaurado e vem sendo conduzido sem a observância dos princípios que regem o devido processo legal. Neste inquérito vêm sendo diuturnamente desrespeitados os princípios do juiz natural, pois que não houve a devida distribuição dos autos; da imparcialidade, uma vez que conduzido por ministro que figura como vítima dos supostos crimes; da competência em razão da pessoa, uma vez que vários dos investigados não detêm privilégio de foro. Não é de estranhar que a apuração tenha sido denominada por respeitados operadores do Direito, entre eles, o ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello, como o “Inquérito do Fim do Mundo“, por não ter por objetivo investigar determinado fato criminoso concreto, como normalmente ocorre nas milhares de investigações criminais presididas por Delegados de Polícia Federal em todo o país, mas, sim, apurar aleatória, genérica e globalmente condutas por parte de integrantes de apenas um dos espectros do atual embate político nacional. O mesmo ex-ministro, sobre a operação contra empresários ocorrida em 23/08/22, afirmou estar ‘atônito’ e observou que ‘não há crime de cogitação’. 

Por fim, lamentamos profundamente que nota emitida em um passado recente pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), sem a devida consulta e a permissão de seus afiliados, tenha sido citada pelos jornalistas  do Jornal Nacional, da Rede Globo, na entrevista com o candidato Jair Bolsonaro, que foi ao ar na noite de 22/08/2022, questionando-o quanto a supostas interferências na Polícia Federal. Lembramos que alegações do ex-ministro Sergio Moro de interferências do Senhor Presidente da República foram objeto de apuração em inquérito policial que foi encerrado em março deste ano, no qual a própria Polícia Federal concluiu não haver indícios de interferências do Presidente na instituição.

República Federativa do Brasil, 25 de agosto de 2022.

Delegados de Polícia Federal, aposentados, de Grupo Privado de WhatsApp.

Seguem 100 assinaturas

Revista Oeste


sábado, 27 de agosto de 2022

O recado que um líder da base bolsonarista vai levar a Alexandre de Moraes - Bela Megale

O Globo

Um líder da base de Bolsonaro que mantém boa interlocução com Alexandre de Moraes contatou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para marcar uma conversa a portas fechadas.[nossa excessiva falta de inteligência nos leva a perguntar: qual o motivo da conversa e, se houver, ser a portas fechadas? nos parece que o teo9r da conversa já foi revelado nesta matéria.]

O político disse a aliados que seu objetivo é “alertar” o magistrado sobre reflexos da operação policial contra empresários bolsonaristas baseada em sua decisão. O recado, porém, está mais para uma queixa carregada de críticas. — Vou alertá-lo, dizer por que ele precisa explicar sua decisão. O ministro passou a ser comparado a Sergio Moro. Pela primeira vez, vejo Alexandre correndo o risco de ficar isolado disse o líder.

Nesta quinta-feira, o jornal “Folha de S. Paulo” publicou uma reportagem relatando que Moraes baseou sua decisão somente em reportagem sobre o conteúdo golpista trocado por executivos em um grupo de WhatsApp. Os diálogos foram revelados pelo site “Metrópoles”.

Como informou a coluna, integrantes da campanha de Bolsonaro e de seu governo trabalham para usar politicamente a operação policial contra os empresários e a veem como “a nova facada”. A estratégia é tentar esvaziar o teor das mensagens golpistas e focar no discurso da “liberdade de expressão”.

Para esse grupo, que inclui ministros do governo e filhos do presidente, a ação de Moraes poderia ser usada para justificar, perante a opinião pública, os ataques de Bolsonaro contra o magistrado. 
Bolsonaro já deu início ao plano, com críticas a Moraes em sua live de quinta-feira e no programa “Pânico” desta sexta. 

 
Bela Megale, colunista - O Globo
 

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Sérgio Moro: pânico a bordo e carga ao mar. - Percival Puggina

Sérgio Moro é um caso para estudo em Ciência Política e Comunicação Social.

Como juiz, trabalhou muito, chegou ao estrelato e se tornou celebridade mundial credora de reverências. 
Precisou bem menos para ele próprio jogar isso fora numa operação tipo “carga ao mar” usada por navios em situações de pânico a bordo. Seus erros são um mostruário do que não se deve fazer em política. 
 
Errou como magistrado ao desistir da carreira em que se consagrou para ser ministro do governo Bolsonaro sem ter afinidade com ele.
Errou ao crer que disporia, no ministério, da mesma autonomia que tinha em seu gabinete de magistrado. 
A vida, neste governo, não é assim. Antes, os ministérios funcionavam em modo porteira fechada”, operando ali um patronato compartilhado entre o ministro e seu partido. Todos sabemos aonde tal prática levou.

Errou muitas vezes na relação com o presidente, modificando seus projetos e desconhecendo suas promessas de campanha e seu perfil conservador. No governo, se revelou um social-democrata e quis impor essa orientação ao Ministério da Justiça. Foi assim que perdeu a ambicionada cadeira no STF.

Errou ao “sair atirando” quando deixou o ministério, evidenciando mágoa, sentimento nocivo, mormente quando tornado público. “Never complain!” (Nunca queixar-se!) é parte de conhecido aforismo de Benjamim Disraeli, que foi por duas vezes primeiro ministro do Reino Unido na segunda metade do século XIX.

Errou ao aceitar convite para trabalhar numa empresa norte-americana que tem a Odebrecht em seu portfólio de clientes ativos.
Errou ao não defender seu trabalho na Lava Jato com o vigor que a situação exigia quando este se tornou objeto de intriga e maledicência no STF.

Errou ao avaliar suas condições para disputar a presidência na condição de 3ª via quando era o menos indicado para esse papel. Sabidamente, Moro tinha frontal antagonismo com os dois ponteiros da disputa, sendo-lhe impossível tirar, destes, os votos necessários para ultrapassá-los. Um pouco de sensibilidade política e de aritmética elementar teriam sido suficientes para evidenciar isso.

Errou ao se filiar ao Podemos, um partido socialdemocrata, dissidente do PSDB, sem avaliar sua receptividade pelos deputados federais da sigla, já comprometidos com candidaturas em suas alianças regionais. Filiou-se em novembro de 2021 e se desfiliou em abril de 2022.

Errou ao filiar-se ao União Brasil (PSL + DEM), onde encontrou o mesmo problema na ala PSL do novo partido, e se vê às voltas com o projeto pessoal de Luciano Bivar.

Errou ao postular uma candidatura ao Senado por São Paulo, quando não tinha como comprovar sua condição de eleitor residente no Estado, fato que o levou de volta ao Paraná onde busca ser candidato ao Senado. Ali, o que seria fácil, ficou difícil contra Álvaro Dias (Podemos) e Paulo Martins (PSD), candidato oficial do governador Ratinho Jr., politicamente muito forte no estado.

Na base de quase todos os erros cometidos a bordo, está o mau uso dos dois anos de que dispôs até chegar ao instante decisivo das convenções partidárias. Perdeu a oportunidade de se preparar para afastar de si a imagem de inexperiente, forasteiro na política, e orientar melhor suas decisões num cenário sem dúvida complexo. [COMENTÁRIO: todos os erros de ex-juiz podem ser reunidos em uma única palavra = TRAIÇÃO - ser um traidor. Traiu o presidente da República, seu superior imediato e tentou usar o cargo - servindo a interesses escusos do establishment e também pessoais, esquecendo que HONRA  e LEALDADE se entrelaçam.]

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Ex-juiz - Processo movido contra Moro é cruelmente absurdo - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia   

Ex-juiz Sergio Moro está sendo processado na Justiça Federal de Brasília por iniciativa de deputados do PT

Não é piada e nem ficção o que eu vou contar para vocês. Um grupo de deputados do PT entrou na Justiça, mais exatamente na 2ª Vara Federal Civil de Brasília, pedindo indenização ao ex-juiz Sergio Moro por ele supostamente ter causado prejuízos à Petrobras. É isso mesmo, é real!

O prejuízo teria sido causado pelo julgamento dos corruptos do petrolão, que dilapidaram a Petrobras, que desviaram recursos, que usaram superfaturamento para beneficiar partido político. E a culpa agora é de Sergio Moro, estão cobrando dele.

O ex-juiz disse que isso é uma inversão de valores. Garanto que vocês nunca iam imaginar que chegaria nesse ponto, mas chegou. É ridículo, risível e cruelmente absurdo. Significa mesmo uma total inversão de valores.

Briga no Conselho do MP

Como vocês sabem, o Ministério Público é o guardião da lei e é essencial para a Justiça, segundo o artigo 127 da Constituição. Denuncia a ocorrência de crimes e tem a iniciativa de denunciar momentos em que as leis não são cumpridas.

Pois deu um "pega pra capar" no Conselho Superior do Ministério Público Federal entre o procurador-geral Augusto Aras e um dos 70 sub-procuradores gerais, o Nívio de Freitas. Aras disse em determinado momento que não poderia admitir "essa bagunça" durante a sessão. Freitas se sentiu atingido e disse que se o procurador-geral quisesse respeito que então o respeitasse também. Mas Aras respondeu dizendo que ele "não é digno de respeito".

Nesse momento, Aras se levantou em direção a Nívio de Freitas e um segurança passou correndo em frente da câmera que registrava tudo para conter os ânimos. A TV Justiça, que veio para mostrar o brilhantismo das mentes, das gravatas e dos ternos, também mostra esse tipo de coisa.

Como mostrou lá atrás algumas brigas entre os ministros do STF Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes, por exemplo. E as reações do ex-ministro Joaquim Barbosa a certos absurdos lá dentro do Supremo. Foi triste esse episódio no Conselho do MP.

Mudança na Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro quis mostrar ao mudar de novo a direção da Petrobras que não pode interferir nos preços da empresa, mas ainda tem a prerrogativa de indicar o presidente da companhia, como representante do maior acionista, a União.

E quis mostrar também que, depois de 40 dias lá dentro, o atual presidente da Petrobras não mexeu uma palha para baixar os preços do diesel e do gás de cozinha, principalmente. Então o jeito era trocar o presidente de novo e ele fez isso.

Agora vai entrar lá um dos auxiliares próximos do ministro Paulo Guedes, que coincidentemente é secretário da desburocratização. Caio Paes de Andrade, que é formado em Harvard e foi do Serpro, vai assumir a presidência da Petrobras assim que o conselho da estatal confirmar.

De Davos, na Suíça, onde participa da reunião da Organização Mundial do Comércio, Paulo Guedes disse que quem dita preço é a Petrobras, a diretoria-executiva e seu conselho. O governo não pode, por lei, interferir nos preços da Petrobras. Está na lei da sociedades anônimas e é uma exigência para empresas com ações na bolsa, tanto aqui no Brasil como em Nova York.

Quem não se lembra da indenização que a Petrobras teve que pagar aos acionistas americanos pelas corrupções que aconteceram dentro dela. Isso não acontece mais e não pode acontecer.

Bate-cabeça continua
O PSDB adiou agora para 2 de junho a definição sobre para que lado vai na campanha eleitoral. Talvez queira lançar o ex-governador gaúcho Eduardo Leite para presidente agora que João Doria desistiu. E o MDB, que tem como parceiro o Cidadania, anunciou que vai apoiar a senadora Simone Tebet.

Mas ninguém sabe se é isso mesmo porque há vários MDBs
. São federações estaduais partidárias: o MDB do Nordeste quer Lula; o do sul e do centro-sul quer Bolsonaro. Então, estão em cima do muro, assim como os tucanos estão em cima do muro desde que existem.
 
Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo  
 

terça-feira, 4 de maio de 2021

Ninguém derruba a popularidade do Capitão? - Veja

Matheus Leitão

Pelos dados do Paraná Pesquisa, Bolsonaro continua em primeiro lugar em São Paulo, apesar de todos os erros na gestão da saúde

A nova pesquisa realizada pelo instituto Paraná Pesquisas, que mostra o presidente Jair Bolsonaro liderando a eleição presidencial para 2022 no estado de São Paulo, é mais um banho de água fria para a oposição. Terminada de ser apurada no último 1º de maio, ou seja no último sábado, a pesquisa mostra que, até o momento, ninguém, nem nenhum fato negativo  – e olha que são tantos – derruba a popularidade do capitão.

Se a disputa fosse hoje, Bolsonaro apareceria com uma vantagem em relação ao ex-presidente Lula de nove pontos. Em relação a Sérgio Moro, João Doria e Ciro Gomes, seria de assombrosos 26 pontos. Além disso, está 27 à frente de Luciano Huck. Como a coluna mostrou, com a entrada de Lula na disputa, uma candidatura de centro, que surgia como opção após as eleições municipais, perdeu força.

Mesmo sendo de conhecimento público que o eleitor paulista é bastante conservador, outros nomes neste espectro politico de direita já poderiam ter capturado o eleitorado de Bolsonaro. A resiliência do presidente no estado mais populoso do país, chave para qualquer eleição para o Planalto, é uma notícia que anima Bolsonaro e seus aliados no Congresso nesta segunda, 3, em Brasília.

Especialmente porque o governo faz uma desastrosa gestão da Saúde na pandemia, o que já deveria ter carimbado mais na imagem do presidente, e pela crise econômica sem precedentes, que costuma derrubar rapidamente a aprovação de um governante. Bolsonaro fez inúmeras barbaridades na pandemia, sendo contra as medidas da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a principal delas foi a de boicotar a compra das vacinas, o que atrapalhou de forma inegável o país, além de colocar em risco a vida de milhares de pessoas. Ao falar que quem tomasse a vacina viraria jacaré, Bolsonaro atrasou ainda mais a imunização do país.

Mas uma coisa é preciso dizer. Politicamente, quem tem criado couro de jacaré nos últimos anos é o presidente. Mesmo sendo um negacionista da vacina. Bolsonaro é o jacaré da política brasileira.

 Blog do Matheus Leitão, jornalista - Revista Veja

 

terça-feira, 9 de março de 2021

Em 2022 é Sérgio Moro ou a volta da esquerda - Sérgio Alves de Oliveira

A última pesquisa eleitoral procedida pelo Instituto Paraná, realizada a partir de  25.02.21, demonstra com clareza solar   a tendência que de fato Bolsonaro deve vencer  o 1º Turno das eleições  de outubro de 2022, com pouco mais de 30% dos votos  (31,9% ,no primeiro cenário), contra outros 3 ou 4  candidatos que vêm em seguida, Lula, num eventual  quarto cenário, com 18%, e ”embolados” Moro, com 11,5 %, Haddad com 10,5 %, e Ciro Gomes  com 10,0 %.

Somados aos demais candidatos , cuja prioridade seria  derrotar Bolsonaro, e que  todos esses em maior ou menor  intensidade também têm “cheiro” de  esquerda, mas que pontuaram menos que Lula, Moro,Haddad e Ciro,ou seja, Doria, Huck, Boulos,João Amoedo, Eduardo Leite, e Mandetta, todos “inimigos” eleitorais declarados  de Bolsonaro para um eventual 2º Turno . A  soma das preferências de  votos  nesses  9 (nove) candidatos seria de qualquer forma superior à votação “única” do capitão.  Na verdade seria muito pouco provável  que Bolsonaro “disparasse” num  2º Turno para vencer o candidato que fosse concorrer com ele, aumentando expressivamente  os  32,4 %  que já teria no  1º Turno das eleições.

Mas Bolsonaro na verdade  foi  o maior culpado   dessa armadilha que a esquerda está montando contra o conservadorismo/direita que ele representa.  Temendo uma “concorrência” interna, e “desleal”, que eventualmente lhe tirasse a chance  de concorrer à reeleição em 2022, Bolsonaro acabou  achando um jeito de “queimar” as suas ,”ameaças”,as suas “sombras”.

O caso do Ministro da Justiça e Segurança Pública.o ex-Juiz Sérgio Moro, que se notabilizou no combate à corrupção, especialmente como  juiz da Operação Lava Jato,foi o mais emblemático. Seu prestígio, inclusive internacional, estava ameaçando a candidatura de Bolsonaro. [Se impõe um registro: o ex-juiz, ex-ministro, ex-quase favorito a alguma coisa e que de concreto resultou em emprego junto a uma consultoria, que tem entre seus clientes empresas réus na Lava-Jato dos tempos do triplo-EX, mereceu ser defenestrado do Governo Bolsonaro. 
Os homens honrados, como lembra o articulista, quando não concordam com o chefe pedem demissão,não traem quem neles confiou e podem sair da cabeça erguida. O triplo-EX tentou agir contra o seu chefe, um quinta coluna, faltou com a LEALDADE, esquecendo que HONRA e LEALDADE caminham juntas.  
Aliás, o segundo parágrafo desta matéria, está lotado do nome de  traidores, desleais, de desonra (tem no máximo uma ou duas exceções) que se torna pesado. Se percebe facilmente no texto, que pessoas com sobrenome começando com determinada letra, são quinta-coluna por natureza, por opção.] O capitão não perdeu tempo. Achou uma maneira de desmoralizar Moro com a demissão que fez do Superintendente da Polícia  Federal do Rio de Janeiro,homem da mais estrita confiança do Ministro, que acabou não tendo outra saída, como fazem todos os homens honrados,de pedir demissão do cargo, ”aliviando o “pavor” do Presidente com essa possível ameaça à sua candidatura.

Sérgio Moro saiu taxado de “traidor” do Governo Bolsonaro, por ter denunciado  algumas verdades “inconvenientes”. Mas agora o “mocinho” Moro passou a ser o “bandido” Moro. O que mais se fala nas rodas políticas íntimas do Presidente, que se consorciaram com os bandidos condenados por Moro, é sobre uma possível “prisão” de Moro,e outros procuradores da Lava-Jato. E lá do Palácio do Planalto,mesmo que “às escondidas”, estão alimentando essas “fofocas” para comprometer  tanto quanto possível  a imagem de Sérgio Moro.

Resumidamente, Bolsonaro não tem qualquer chance de vencer no 2º Turno  as eleições de 2022. “Todos” da esquerda contra ele seria inevitável. Além disso, após  Bolsonaro, Moro ainda é o candidato mais repudiado pela esquerda. Por isso Moro  jamais chegaria ao 2º Turno com os votos dos fanáticos da esquerda,e sim com os dos “outros”,que deveriam ter o bom senso de votar um 1º Turno com Bolsonaro e  Moro como “finalistas”.

O único grande risco de Sérgio Moro ter  patrocinada a sua candidatura pela esquerda seria o seu “ azar” de candidatar-se  pelo “tal” PSDB,que desde 1992, através do “Pacto de Princeton”, assinado entre  Lula e FHC, nos Estados Unidos (estratégia das Tesouras,de Hegel e Marx),onde existe  um acordo secreto PMDB-PT,pelo qual um desses dois partidos,ambos de esquerda,o primeiro mais moderado,e o segundo “radical”, sempre deveria  vencer a  eleição presidencial, o que  de fato funcionou  de 1995 até 2014,com FHC (2 mandatos),Lula (idem),e Dilma (1,5 mandato).

Se o conservadorismo agir com um pouco de inteligência  para 2022 acabará deixando  de  devolver o poder para a esquerda,dividindo os votos para lançar no 2º Turno as candidaturas de Bolsonaro e Sérgio Moro. Aí estaria a grande chance de Moro vencer , mesmo porque a esquerda votaria antes em Moro do que em Bolsonaro. A esquerda até poderia  votar em Moro no 2º Turno, se não tivesse  outra saída. Mas em hipótese alguma optaria por Bolsonaro

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


sábado, 28 de novembro de 2020

Moro se arrepende de ter saído do governo atirando em Bolsonaro - Blog do Noblat

Ricardo Noblat - Blog em VEJA

Mas não se arrepende de ter entrado

O ex-juiz Sérgio Moro anda abatido. E a quem conversou com ele recentemente, disse que se arrepende do modo como saiu do governo no final de abril último. Saiu atirando no presidente Jair Bolsonaro ao renunciar ao cargo de ministro da Justiça. Acusou-o de ter tentado intervir na Polícia Federal para melhor controlá-la e defender-se de investigações que envolvem seus filhos. E assim, ele, Moro, tornou-se alvo de duras críticas da direita, sem que a esquerda amenizasse as críticas que lhe faz.

A quem lhe pergunta, segue negando que esteja decidido a concorrer à sucessão de Bolsonaro, ou a disputar qualquer posto eletivo em 2022. Mas não fecha a porta a ingressar na política, quando nada apoiando candidatos de partidos do centro.

Recusa-se a admitir que tenha errado ao abdicar da toga para ser ministro do presidente que se elegeu pegando carona na Lava Jato. Pareceu-lhe que poderia contribuir como ministro para que o país viesse a ter uma legislação mais robusta contra a corrupção.

[pergunta-se: não fosse Moro um EX-possuidor de prestígio,  dar pareceres poderia sustentar uma acusação de exploração de prestígio. Mas, é um ex-possuidor... e EX nada tem.]

Não deu certo, mas só lhe resta tocar a bola em frente e cuidar da vida – no momento, dando pareceres quando solicitado a opinar em determinadas causas que tramitam na justiça, consultorias para empresas e palestras pelas quais muitas vezes nada cobra.

Blog do Noblat - VEJA - Ricardo Noblat, jornalista 


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Esquerda renovando a “estratégia das tesouras” para as eleições de 2022 - Sérgio Alves de Oliveira

Um segredo que a esquerda conseguiu esconder do povo durante muitos anos, mas que finalmente veio à tona ,chama-se “Pacto de Princeton”,assinado entre o “tucano” Fernando Henrique Cardoso, representando o “Diálogo Interamericano”, e Lula da Silva,o ”deus” do Partido dos Trabalhadores-PT,em nome do “Foro San Pablo”, na cidade de Princeton, Estados Unidos,em 1993.

No citado “Pacto de Princeton”, essa dupla “dinâmica” inspirou-se na chamada “Estratégia (ou política)-das- Tesouras”,uma artimanha político-eleitoral concebida nas filosofias dialéticas de Hegel (1770-1831) e Karl Marx (1818-1883), que teve o seu apogeu através da ação do líder “bolchevique” Vlademir Lenin ,na Revolução Russa de outubro de 1917.

Essa “genial” artimanha esquerdista consistia numa política “faz-de-conta”,em que dois “cumpanheros”, da mesma linha ideológica, passam a disputar uma determinada eleição ,um dos quais declaradamente representando os interesses esquerdistas progressistas/socialistas/comunistas, e o outro, de idêntica linha ideológica,se passando,falsamente,”fingidamente”, por direitista/conservador/ “moderado”.

A esquerda já vinha dominando a política brasileira,mesmo que aos “trancos-e-barrancos”, desde 1985, fim do Regime Militar, oportunidade em que os derrotados no contragolpe cívico-militar de 31 de março de 1964 se reaglutinaram para retomada do poder com mais “apetite” que um bando de urubus esfomeados quando se deparam com alguma carniça “apetitosa”.

Quem “escancarou” as portas para retorno da esquerda em 1985 foi aquela “praga” política que jamais esteve afastada do poder, e que teve importante destaque na “maldição” que contaminou a política brasileira, ”chamado” José Sarney, que era “vice” de Tancredo Neves,  Presidente eleito em 1984, que não chegou a tomar posse porque faleceu antes,e acabou sendo substituído, primeiro ”temporária”, depois “definitivamente”, pelo seu “vice”,José Sarney, numa “manobra”que muitos consideram até hoje um “golpe”(militar), engendrado pelo então Ministro do Exército, General Leônidas Pires Gonçalves.

A “estratégia das tesouras”,na versão “tupiniquim” do “Pacto de Princeton”,acabou consolidando o domínio político da esquerda,que já vinha acontecendo desde 1985,porém com muito mais “tecnologia” política. E funcionou tão bem que o primeiro presidente “parido” pelo “Pacto de Princeton” foi justamente o “tucano” FHC,um dos subscritores do referido “pacto”,ao lado de Lula, e que tomou posse em janeiro de 1995. A partir daí, até 2018, a esquerda sempre venceu as eleições, invariavelmente “polarizadas” entre o PSDB e o PT. Todos sabiam de antemão que ganharia um ou outro. FHC teve dois mandatos presidenciais (1995 a 2003),Lula outros dois (2003 a 2010), Dilma uma mandato e meio (2010 a 2016), sendo o segundo mandato completado por Michel Temer,em virtude do impeachment de Dilma.

As linhas gerais da nova “Estratégia das Tesouras” da esquerda par as eleições presidenciais que se avizinham (2022) já estão no “ar”. Mudaram, na verdade, alguns “atores”. Deverão surgir novamente dois candidatos fortes de esquerda,com alguns outros candidatos “fracotes” também de esquerda somente para “tapear”, dando a impressão de uma “verdadeira” democracia,e satisfazer a vaidade pessoal de alguns em “concorrer” e poder “aparecer”.

Pessoalmente acredito que Lula será liberado pelo “seu” STF para concorrer pelo PT. Os Ministros “de Lula” estariam só aguardando o momento mais oportuno, na “última hora”.  Seria o candidato da esquerda “radical”. Enquanto isso,o candidato da esquerda “moderada” já começou a ser desenhado na luta à “ tapas” entre João Doria, Luciano Huck e Sérgio Moro, todos com algum “cheiro” de FHC/PSDB. O primeiro contaria com o “patrocínio” chinês, o segundo da “mamãe Globo”, o terceiro talvez dos “lavajajistas”. E tudo leva a crer que Jair Bolsonaro será o candidato à reeleição pelo “conservadorismo”. [somando os votos dos três - o caixeiro viajante dos chineses, o animador de auditório e o genérico EX tudo - não se alcança metade dos votos do presidente Bolsonaro. Quanto ao multicondenado puxando cadeia ou em liberdade, estará acabado politicamente = obtendo 10% dos votos, será considerado favorecido por um milagre. .

E a “estória” se repetirá ? O povo brasileiro cairá novamente nessa armadilha nada original e muito cretina montada pelos “bandoleiros” da esquerda ?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo