O eleitor brasileiro médio possui um nível de escolaridade que gira em torno do ensino fundamental e do ensino médio. Como escrevi dias atrás, não resta dúvidas de que a grande massa do eleitorado “vota com a barriga”.
Por outro lado, parece impressionante como se conversa com determinadas pessoas com um certo grau de discernimento e se verifica certo nível de convergência no que se refere a políticas que deveriam ser adotadas no país. Como nessas terras, seguramente, uma das palavras mais entoadas é democracia, reputam como algo positivo o rodízio do poder e de plataformas políticas diferentes.
Honestamente, faz muito mas muito tempo que não se vê nada diferente do que se passou a presenciar a partir da eleição do PR atual. Apesar de se mostrarem como partidos e linhas ideológicas diferentes, o que sempre se presenciou na sociedade brasileira do “rent-seeking”, foi sua formatação, sendo administrada, adornada e bajulada pelo velho e sempre atual estamento burocrático.
A própria Constituição de 1988, reflete uma visão de mundo coletivista, que prevê direitos e mais direitos, mas ao mesmo tempo, não dá conta com os deveres dos cidadãos.
Oh, quão nobres são todos aqueles visionários que querem um mundo melhor e mais justo, matando a galinha dos ovos de ouro, ops, os empresários de verdade - não os do compadrio - e as pessoas, que criam empregos, renda e riqueza!
Oh, quão sábios são todos aqueles visionários que querem o protagonismo cada vez maior do Estado, frente a submissão contraprodutiva e ineficiente do mercado. Estado esse intervencionista, fechado, amarrado e capturado.
A turma que quer retomar ao poder, é aquela que deixou o país em frangalhos, que mentiu para o povo e cometeu o maior assalto aos cofres públicos da história mundial, com a corrupção - que o eleitor médio não tolera -, e que classifica o PR atual como uma ameaça à democracia, já que ele atua - no imaginário desses artistas - como racista, homofóbico, autoritário…
Essa turma quer o coletivismo igualitário para o povaréu, embora sua cúpula, como sempre se constatou - deseja continuar gozando dos prazeres que só a economia de mercado é capaz de produzir.Muitos que penderão para a chapa rubra, tem ido às ruas e/ou se manifestado contra o tal capitalismo.
O capitalismo malvado, de acordo com esses, privilegia unicamente os resultados para os acionistas, mas eles são sabem o que dizem. O acionista e a sociedade somente se beneficiam porque no sistema capitalista o soberano, que é quem decide o que comprar e/ou não comprar, é o consumidor.
As narrativas e a nomenclatura são belas, agora tem que valer o capitalismo das partes interessadas, que na prática significa que o Estado decide ao invés dos consumidores, reformando o capitalismo para uma forma de coletivismo “mais igualitário”. Um dos lados não é, não pode ser, e não foi perfeito, porém, mal ou bem, foi um importante divisor de águas.
Penso que o eleitor brasileiro médio não queira o socialismo.
Somente o desejam e o diferenciam os que estão a serviço do poder e da ambição.
Afora aqueles catequizados pela religião ideológica extremista de todos os lados - que as redes sociais jogam gasolina -, mesmo deixando a barriga escondida -, a opção parece ser facilitada:
Qual dos dois candidatos parece ser mais confiável e autêntico?
Qual dos dois candidatos não perverteu a linguagem e, portanto, fala a verdade?
Qual dos dois candidatos nomeou profissionais (não cabide de emprego e corrupção) para os ministérios e foi mais competente na gestão?
Qual dos dois candidatos, proporcionalmente, construiu as bases para um crescimento mais sólido e sustentável?
Qual dos dois candidatos fez - não só verbalizou - pelas liberdades individuais?
Com quem o povo gostaria de estar mais ao lado?
Reflita.
Alex Pipkin, PhD