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terça-feira, 26 de março de 2019

Flerte com o desastre

Bolsonaro quer refundar o país. Lula também queria, acabou prisioneiro do mensalão e das maracutaias na Petrobras. Dilma naufragou, abraçada à “nova matriz econômica”. À sua maneira, os três interpretaram a vitória eleitoral como “força do povo” para a concentração de poder na Presidência, relegando ao segundo plano as instituições representativas, Câmara e Senado. A definição disso é: autoritarismo. E essa concepção não tem futuro, como ensina a história ou se pode ver na Venezuela.

A retórica de Bolsonaro sobre a “velha política” é mera contrafação de um discurso de Lula em 1993: “Há no Congresso uma maioria de uns 300 picaretas que defendem apenas seus próprios interesses”. A frase de Lula inspirou Herbert Vianna na ácida letra de “Luis Inácio” para os Paralamas do Sucesso. Por ironia, a canção foi censurada a pedido do procurador da Câmara, o deputado mineiro Bonifácio Tamm de Andrada. Na época, Bolsonaro integrava o baixo clero do Congresso.

Agora, na Presidência, avança célere para o isolamento a bordo de um projeto de ruptura. Não construiu maioria com sua “nova política”, mas se diz eleito pela “vontade de Deus”. Convicto da “missão que me foi dada”, aposta na Providência.
Bolsonaro já está imobilizado no confronto com o Congresso. Das sete Medidas Provisórias, seis projetos de lei e uma proposta de emenda à Constituição que enviou em 12 semanas, nenhuma teve andamento. Ele sabe o significado. Como deputado apresentou 172 projetos. Só conseguiu aprovar três — um deles permitia a venda de uma inócua “pílula do câncer” (fosfoetanolamina).

Acomodava-se no fracasso alegando “discriminação” ideológica. Acena agora com a repetição da fórmula, como justificativa para governar acima das instituições. É um flerte com o desastre. Entrou em rota de colisão com um Congresso aparentemente coeso e disposto ao uso da sua força institucional. Entre outras coisas, corre o risco de ser surpreendido por uma reforma da Previdência Social divergente da proposta que assinou.
 

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Tradução fraudulenta provoca saída de assessor de Levy

Dá para acreditar que os responsáveis pela tradução fraudulenta procederam assim à revelia de Levy? 

Até a semana assada, era uma, eram duas, eram três e eram quatro  as trapalhadas protagonizadas por Joaquim Levy, ministro da Fazenda, desde que assumira o cargo.

Todas elas tiveram a ver com frases ou palavras que fizeram a presidente Dilma Rousseff subir nas tamancas. Acrescente-se mais uma trapalhada a quinta, novinha em folha. Essa não pôs Levy em rota de colisão com Dilma, mas o fez perder seu assessor de imprensa, o jornalista Fernando Thompson.

Foi assim, conforme relato de O Globo:
“O Ministério da Fazenda publicou em seu site duas transcrições, em português e inglês, da palestra do titular da pasta, Joaquim Levy, no último dia 24, em São Paulo. As transcrições, porém, não são fiéis à declaração do ministro, que afirmou que ‘a maioria das empresas não gosta de pagar impostos no Brasil.’

Nos textos publicados no site do ministério, a palavra “companies”, usada pelo ministro em sua palestra original, em inglês, foi substituída por “people” e depois traduzida para “pessoas”, na versão em português preparada pelo ministério.”

Dá para acreditar que os responsáveis pela tradução fraudulenta procederam assim à revelia de Levy? Se procederam deveriam ter sido dispensados. Thompson pediu demissão por ter se sentido usado. Ele assegurara a diversos jornalistas que o ministro não dissera que “a maioria das empresas não gosta de pagar impostos no Brasil”.

Acreditara na tradução fraudulenta.

Fonte: Blog do Noblat