O presidente da França, Emmanuel Macron, causou controvérsia ao falar sobre a estratégia do seu governo para a vacinação contra a Covid-19 usando um termo grosseiro para dizer que pretende "irritar" os não vacinados.
Em entrevista a um grupo de leitores do jornal Le Parisien na terça-feira, Macron disse: "Eu não quero irritar os franceses. Mas com relação aos não vacinados, eu realmente quero irritá-los. E vamos continuar a fazer isso, até o final. Essa é a estratégia".
O termo usado por Macron ("emmerder", de "merde") é considerado vulgar e provocou reação imediata de seus opositores e críticas em redes sociais. "Um presidente não deveria dizer isso. Emmanuel Macron é indigno de seu cargo", tuitou a líder de direita Marine Le Pen, acrescentando que Macron estava "transformando os não vacinados em cidadãos de segunda classe".
Já está muito claro que os "especialistas" que monopolizam a fala em nome da ciência querem culpar os não totalmente vacinados - conceito móvel que, agora, já inclui quem não tomou a dose de reforço - por todos os males do planeta, inclusive a permanência da pandemia.
É sobre controle social, não sobre vidas. Querem segregar as pessoas entre os do clubinho da "ciência" e os "negacionistas". E, para tanto, é preciso transformar esses "tontos" em párias da sociedade, em idiotas que precisam do "empurrão" do estado clarividente para proteger sua própria saúde e a dos outros, não importa que vacinados também peguem e espalhem a doença.
A página Quebrando o Tabu, que faz campanha pela legalização das drogas, chegou a enaltecer o regime ditatorial comunista da China, alegando que o Ocidente não o compreende bem, mas que uma "harmonia forçada" pode ser algo maravilhoso. Em seguida, pela repercussão negativa ao escancarar sua essência comunista totalitária, o movimento "pediu desculpas" pela postagem: "Foi mal demais a thread que postamos sobre a China. Queremos pedir desculpas e contar que reformularemos aquele conteúdo para trazê-lo de volta com a versão correta dos fatos".
Leandro Ruschel, porém, não perdoou, pois está evidente qual postagem realmente expressa a visão de mundo desses esquerdistas: "Havia um cara com bigodinho ridículo que também tinha um projeto de gerar harmonia à força, no mundo inteiro, eliminando quem não concordasse com ele. Quem somos nós para julgar?"
Tatiana Roque, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, escreveu: "As universidades qualificadas precisam criar estruturas de combate ao negacionismo em seus quadros. Isso é urgente diante da crescente weaponização da ciência. Não devem ser permitidas palestras tentando travestir de 'polêmica' posições bem estabelecidas na comunidade científica". Leonardo Coutinho comentou: "Ainda bem que Galileu viveu no Século XVI".
Trago apenas alguns exemplos para repetir, uma vez mais e quantas forem necessárias, que estamos diante do maior avanço totalitário em décadas, tudo em nome da "ciência". A pandemia foi um presente para esses totalitários, que querem calar os dissidentes "hereges", interditar o debate, impor sua visão estreita de mundo, "irritar" os "imbecis" até que eles sucumbam e digam "amém" para a seita predominante.
Se depender desses "liberais", o Ocidente vai mesmo ter de se acostumar com uma "harmonia forçada" ao estilo chinês. Mas tudo em nome da ciência e de nossa própria saúde, claro...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo, VOZES