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domingo, 5 de março de 2023

Teste da realidade:Covid 19: vírus saiu de laboratório e máscaras foram inúteis

Reconhecer fatos e mudar de ideia são características de quem quer pensar bem - até quando isso parece, equivocadamente, “premiar negacionistas”

 

É dura a vida de quem pelo menos tenta não ser engolfado por opiniões ideologizadas, um fenômeno que contaminou até cientistas que deveriam ser a última linha de defesa contra a politização de sua atividade. Alguns acontecimentos dos últimos dias dá um certo alívio para os que mantiveram a independência e são algo duros de engolir para quem acreditou firmemente que os “negacionistas” seriam punidos por seus múltiplos pecados durante a pandemia.

Obviamente, os fatos não têm nada a ver com opiniões formadas com base em posições políticas – progressistas, em geral, louvando a ciência, essa coitada tão abusada, e conservadores insurgindo-se contra a obrigatoriedade de medidas como máscaras, lockdowns e vacinas.

No olho do furação, a maioria de nós quis acreditar que uma camadinha de pano ou de papel na frente do rosto nos protegeria do vírus e que ficar em casa era o preço a pagar pela sobrevivência a uma praga incontrolável saída da natureza para, como sempre, punir os humanos por invadir habitats animais.

No fundo, era nossa culpa e precisamos expiá-la.

Fato: o Departamento de Energia dos Estados Unidos e o FBI fizeram declarações apontando uma razoável convicção de que o vírus da Covid-19 escapou por acidente do laboratório chinês onde era estudado.

Parecia um absurdo lógico imaginar que o vírus aflorado na cidade de Wuhan, onde funciona um laboratório de estudos desse tipo de agente patológico, tivesse saído por acaso de um morcego que infectou um animal intermediário que infectou humanos
Mas quem disse isso chegou a ser chamado de racista.

Outro tijolinho recente: a revelação de que a França havia encerrado a colaboração com o laboratório de Wuhan e avisado que ele estava sendo usado para fins militares.

Fato: uma instituição chamada Cochrane Library, considerada a mais respeitada na análise de intervenções médicas em escala mundial, concluiu que máscaras comuns ou as usadas por profissionais de saúde, as N95, “provavelmente fizeram pouca ou nenhuma diferença” na propagação da doença. 
Antes da pandemia, serviços médicos de diferentes países e a Organização Mundial de Saúde não consideravam as máscaras efetivas para conter o contágio de doenças respiratórias.

Fato, ou fatos: uma montanha de e-mails provenientes do ex-secretário da Saúde do Reino Unido Matt Hancock comprova o que muita gente já tinha concluído. Ou seja, que o governo na época chefiado por Boris Johnson tomava providências com base em pesquisas de opinião e não na mais pura e elevada ciência.

Não é exatamente uma surpresa — e todos os políticos precisam realmente levar em consideração o que o povo está pensando. 
Mas ver a manipulação nua e crua desse conceito é chocante.
Um exemplo, no mar de mensagens: as crianças das escolas inglesas para alunos a partir dos onze anos foram obrigadas a usar máscaras sem nenhum embasamento científico, mas sim um puro cálculo político. 
A primeira-ministra da Escócia na época, Nicola Sturgeon, havia determinado a restrição e Boris concluiu que não valia a pena “comprar essa briga”. Não queria parecer menos durão do que a rival escocesa.

O primeiro-ministro também se deixou convencer a não reabrir as escolas fechadas com grandes prejuízos para os alunos, como está acontecendo até hoje — porque “os pais já achavam mesmo que não haveria volta às aulas” até o início do ano letivo, em setembro.

Hancock e outros funcionários ironizaram as pessoas que precisavam voltar ao país e fora, durante um certo período, obrigadas a aceitar — e pagar — para ficar dez dias em isolamento em hotéis perto de aeroportos, “trancadas em caixas de sapato”. “Hilário”, diz um deles.

Os exemplos de decisões sem motivos sólidos são inúmeros — e provavelmente seriam similares se outros governos pudessem ser vasculhados de forma tão definitiva.

Um dos raros países que já fizeram isso foi a Suécia, que se distinguiu de todos os outros países desenvolvidos por não mandar a população se trancar em casa e manter abertas as escolas para jovens e crianças. Foi uma decisão “fundamentalmente correta”, concluiu a Comissão do Coronavírus. 

Outra conclusão: vários outros países que implantaram o lockdown tiveram resultados significativamente piores” do que os da Suécia. As autoridades médicas, únicas responsáveis pelas medidas oficiais, pecaram por demorar muito para alertar a população e houve aglomerações que deveriam ter sido restringidas, criticou a Comissão.

Em resumo, muitas das orientações e das consequências do combate à Covid-19 só estão sendo estudadas agora, enquanto autoridades médicas e governamentais tiveram que reagir no calor dos acontecimentos, em meio a um estado mundial de pânico e prognósticos cataclísmicos. Quanto mais a ciência verdadeira — e jornalistas inquisitivos — perscrutarem de onde se originou a pandemia, como se propagou, o que funcionou e o que não funcionou no seu combate, mais teremos a ganhar.

Reconhecer fatos não é “premiar” os negacionistas — uma palavra odiosa, por evocar uma horrível comparação com os degenerados que rejeitam as conclusões sobre o genocídio dos judeus pelos nazistas. É jogar a favor de toda a humanidade.

Escrevendo na Spectator com sua inteligência brilhante e seu pendor para a polêmica, Rod Liddle anotou sobre a situação na Inglaterra: “Eu não tinha — e não tenho — grandes objeções ao primeiro lockdown ou mesmo às primeiras recomendações para usarmos máscaras ou esfregarmos as mãos com álcool a cada poucos segundos. Não sabíamos o que estávamos enfrentando”.

Liddle obviamente é um conservador e escreve que “muito do que fomos proibidos de dizer, sob pena de sermos banidos das redes sociais ou demitidos de nossos empregos, revelou ter considerável substância”.

Só mesmo um intelecto superior para usar a expressão “considerável substância” no lugar de “estão vendo só, nós tínhamos razão”.

 Leia  também: Teoria sobre origem da Covid em laboratório chinês é considerada “mais provável” por agência dos EUA - Gazeta do Povo

Quem preferir, pode ignorar essa parte e se ater aos fatos que estão contando uma história à qual não deveríamos fechar nossos ouvidos.

Coluna Mundialista - Vilma Gryzinski - VEJA


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

O poeta Fachin - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

O ministro se despediu do comando do TSE com um discurso repleto de elogios a si mesmo e pitadas de poesia 

Nesta semana, o ministro supremo Edson Fachin se despediu do comando do Tribunal Superior Eleitoral, com um discurso repleto de elogios a si mesmo e pitadas de poesia. Faltou, claro, um grau maior de autocrítica, ou de “semancol”, alguns diriam. Vamos esmiuçar as partes mais importantes.

Luiz Edson Fachin, ministro do STF | Foto: Montagem Revista Oeste/STF/SCO/Shutterstock
Luiz Edson Fachin, ministro do STF | Foto: Montagem Revista Oeste/STF/SCO/Shutterstock 

“Ao longo dos últimos 175 dias, os afazeres da Corte foram direcionados à busca por paz e segurança para as eleições gerais de 2022, o que se deu por meio do diálogo, da estruturação do combate à desinformação, da eficiência na gestão do processo eleitoral, da promoção da transparência eleitoral, integridade, diversidade.” Foi exatamente isso, só que ao contrário.

Nesse período, Fachin convidou de forma indevida embaixadores para demonstrar preocupação com um potencial golpe futuro do presidente, insinuou que poderia haver ataque de hackers russos enquanto o presidente estava em viagem diplomática na Rússia, alfinetou as Forças Armadas de graça, recusou-se a debater com a sociedade e com aqueles que desconfiam do processo eleitoral, preferindo rotular essa gente toda de “negacionistas”.

De outro giro, mas ainda dentro dessa perspectiva dos diálogos internos à República, a gestão que se encerra promoveu o diálogo incessante com todos os partidos políticos nacionais. Repito, todos os partidos políticos, demonstrando, desde logo, caráter “dialógico e democrático”. Não foi bem assim, para dizer o mínimo: Fachin recebeu os partidos da esquerda radical e também o Prerrogativas, grupo de advogados petistas.       Recusou o convite de Bolsonaro no evento com os embaixadores, alegando que não seria adequado pelo “dever de imparcialidade”. Somente após forte repercussão negativa, ele aceitou se encontrar com advogados conservadores também.

Em todas essas interlocuções firmou-se, entre a Justiça Eleitoral e a integralidade dos partidos políticos nacionais, um pacto de cooperação na atuação do Programa de Enfrentamento à Desinformação. Disso só se pode extrair uma única conclusão: há um pacto político-institucional de âmbito nacional pelo combate à desinformação e às fake news.                 Na verdade, há enorme pressão por parte do próprio Fachin para que ninguém mais possa tecer críticas ou demonstrar desconfiança para com nosso sistema opaco, centralizado e utilizado apenas por Butão e Bangladesh.

Quais seriam essas fake news? Que o sistema é inviolável, como garantiu Barroso, ignorando que houve uma invasão hacker e que o STF preferiu atirar no mensageiro, abrindo inquérito para investigar Bolsonaro por ter tornado público o inquérito que não era sigiloso da Polícia Federal? 
 Ou talvez a fala do mesmo Barroso alegando que Bolsonaro deseja a volta do voto em papel, quando o presidente deixou claro que era o voto impresso defendido e explicado até pelo site do próprio TSE?

O que Fachin deseja, está claro, é impor uma narrativa de que nosso sistema eleitoral é praticamente perfeito e invejado pelo mundo todo, mesmo que os países mais ricos e desenvolvidos tecnologicamente se recusem a adotar tal modelo. A pressão chegou até as redes sociais, que precisam aderir ao Ministério da Verdade criado na prática por Fachin e seus companheiros.

Há enorme pressão por parte do próprio Fachin para que ninguém mais possa tecer críticas ou demonstrar desconfiança para com nosso sistema opaco

Em seguida, Fachin passou a fazer elogios aos funcionários do TSE e aos seus parceiros de fora, mencionando várias iniciativas que supostamente garantem a segurança das urnas. O ministro só ignora que, quanto mais gente estiver envolvida nesses processos, maior o risco de falha humana, de fraude. Qualquer cidadão tem o dever de cobrar mais transparência, mas isso, por si só, tem sido visto por Fachin como “golpismo”.

Os mesmos políticos que até “ontem” desconfiavam das urnas eletrônicas, ou que ajudaram a derrubar o veto de Dilma sobre o voto impresso, hoje fazem coro a Fachin e repetem que só um golpista pode deixar de reverenciar nossa magnífica urna! Lula, Simone Tebet, Rodrigo Maia, Ciro Gomes, Roberto Requião e muitos outros já acompanharam no passado (recente) as desconfianças de Bolsonaro, mas agora, em conluio com Fachin, todos insistem que só um golpista pode considerar a possibilidade de fraude num sistema tão maravilhoso…

Mais confortável e solto após tantos elogios internos, Fachin começou a soltar suas alusões poéticas, artísticas e, claro, ideológicas: “Gilberto Gil costuma cantar que a Bahia lhe deu régua e compasso, aqui no Tribunal Superior Eleitoral, a Bahia nos presenteou com a Dra. Samara Carvalho Santos, que também é conhecida como Dra. Samara Pataxó, cuja disciplina e  dedicação à causa indígena e à temática da diversidade coroou, com o mais vívido e imponente cocar, sua atuação na Justiça Eleitoral”. O que a causa indígena ajuda na transparência e na confiança da urna permanece um mistério.

“Não há dúvidas de que a transparência é um dos elementos mais relevantes para a aferição da qualidade de uma democracia. Como é cediço, o processo eleitoral transparente é aquele que se mostra aberto à fiscalização, sendo, na ótica tanto do eleitorado quanto dos atores políticos, mediado por uma instituição confiável e dialógica. Ciente disso, este Tribunal tem disponibilizado informações, justificado as suas decisões e estabelecido um fluxo comunicativo que se traduz em efetiva governança horizontal e democrática.”

Em que pese o palavrório difícil, na prática o que se tem é um sistema que ignora o próprio Código Eleitoral Brasileiro, que exige aferição pública dos votos, algo impossível com esse modelo opaco
Nossas urnas tampouco são auditáveis, como já constatou o PSDB ao contratar especialistas internacionais na eleição de 2014, e também a Polícia Federal em inquérito. E, como sabemos, não há qualquer diálogo com um dos dois principais candidatos à Presidência, que desconfia do atual sistema faz tempo, e vem sendo demonizado por isso pelo próprio Fachin. “Eu e a maioria esmagadora da população brasileira, como se viu na última pesquisa Datafolha, acreditamos na urna eletrônica”, disse Fachin, ignorando que a esmagadora maioria da população brasileira não acredita no DataFolha, que sempre erra inflando o número dos candidatos de esquerda, e que pesquisas mais sérias mostram no mínimo um terço dos eleitores céticos com as urnas. Se um em cada três eleitores não confia muito no sistema, isso significa um problema grave para a democracia, não? E, em vez de trabalhar para oferecer melhorias e mais transparência, Fachin prefere acusar esse mar de gente de “negacionista”. [abaixo  transcrição de parte matéria do Percival Puggina,que mostra o jogo das pesquisas: "na pesquisa de maio, a mais recente, ele aparece apenas em matérias de O Globo e na DW. Os três números são os seguintes: 42% confiam muito, 31% confiam um pouco e 24% não confiam. As notícias, porém, destacam que 73% confiam no sistema brasileiro de votação e apuração.

No mundo onde vivo, com os pés no chão dos fatos, quem confia um pouco no médico, procura outro; quem confia um pouco no cônjuge, contrata detetive; ministro que confia um pouco em seu guarda-costas o substitui. E eleitor que confia um pouco no sistema preferiria algum mais confiável".

Ler íntegra matéria, clique aqui.]

Por fim, Fachin puxa da cartola a poetisa brasileira para encerrar: “Helena Kolody tinha razão ao dizer que quem pinta estrelas no muro tem o céu ao alcance das mãos. Quem defende a democracia a toca diariamente e vive num país melhor”. Fachin, que já foi garoto-propaganda de Dilma Rousseff para que prosseguissem juntos “na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens naturais, um país socialmente justo que continue acelerando a inclusão social”, entre outras balelas. Fachin, o simpatizante do MST!

Enfim, Fachin pode ser um bom poeta, para aqueles com a visão estética de mundo, que só ligam para aparências, para falas bonitas, ainda que dissociadas da realidade. Fachin só não é mesmo um bom juiz, um ministro imparcial.

Leia também “Eu sou o Bem”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste

 

domingo, 13 de março de 2022

O candidato que não pode ganhar - Revista Oeste

J. R. Guzzo

Mesmo que Bolsonaro tenha 99% dos votos, as classes intelectuais, os meios de comunicação e aquilo que se apresenta como o ”campo progressista” vão dizer que o resultado não vale 

Protesto contra Jair Bolsonaro ("Ele Não"), em 2018 | Foto: Shutterstock
Protesto contra Jair Bolsonaro ("Ele Não"), em 2018 | Foto: Shutterstock
 
Ninguém sabe, e possivelmente não vai saber antes de terminar a apuração dos votos, qual será o resultado das eleições para presidente no próximo mês de outubro.  
Mas de uma coisa pode se ter, desde já, certeza absoluta: vão aparecer todas as razões, por mais espantosas que sejam, para os derrotados dizerem que um dos candidatos, o presidente Bolsonaro, não tem o direito de ganhar e continuar no seu cargo para um novo mandato de quatro anos. Ele não. Mesmo que Bolsonaro tenha 99% dos votos, como Fidel Castro tinha nas eleições de Cuba, as classes intelectuais, os meios de comunicação em peso e aquilo que se apresenta como o “campo progressista” vão dizer que o resultado não vale. 

Por que não vale? Porque decidiram que ele não pode ficar nem mais um minuto no governo, mesmo que o eleitor queira que fique; pode ser perfeitamente legal, mas, segundo dizem o tempo todo, “o país não aguenta” — e, por esta razão superior, a lei não deve ser aplicada. Eleições não se destinam a saber se o país aguenta ou não alguma coisa, nem a eleger o mais virtuoso, e sim a colocar no governo o escolhido pela maioria. Mas não é este o entendimento do que passa hoje por ser a “oposição” no Brasil. Nunca aceitaram, não de verdade, o resultado das eleições de 2018, que o atual presidente ganhou com 58 milhões de votos. Não vão aceitar de novo agora.

O Brasil que quer pensar por todos os brasileiros está convencido que o povo não tem direito de opinar

Vão dizer que não vale? Já estão dizendo, e não vão parar mais — a não ser que Lula, e não existe outro candidato além de Bolsonaro na vida real, ganhe as eleições
Não interessa minimamente se Bolsonaro tem sido um presidente bom, médio ou péssimo; 
interessa menos ainda o que poderia ser em mais um mandato.
Isso é uma questão de opinião e, nesse caso, o Brasil que quer pensar por todos os brasileiros está convencido que o povo não tem direito de opinar. 
Mas eleição, numa democracia, não é justamente para a população escolher quem governa? 
É, mas só vai valer se o eleito não for Bolsonaro ele não, de jeito nenhum. A única ideia em circulação entre os negacionistas da candidatura do presidente, à medida que outubro se aproxima, é que ele é “contra a democracia” — e, portanto, “não pode usar as eleições” para continuar com a sua ação “antidemocrática”. É uma alucinação, porque eleição não se “usa” — ou se ganha ou se perde. Mas aí é que está: também é exatamente o que estão falando.
 
Prepare-se, assim, para ler, ver e ouvir cada vez mais que o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e “a sociedade” terão o dever cívico de impedir que “Bolsonaro destrua a democracia” e, assim sendo, não podem permitir que ele seja eleito mais uma vez para a Presidência. 
Ninguém diz direito como, na prática, se poderia fazer uma coisa dessas anular uma eleição livre. Mas essa vai ser a alma da campanha do “Ele Não”; depois se vê como ficam os detalhes, não é mesmo? Não há nada que não possa ser resolvido no plenário do STF
O que interessa é impedir a vitória do candidato proibido pelos professores universitários, os jornalistas e os ricos que se consideram civilizados, incluindo aí os banqueiros de investimento de esquerda e os departamentos de marketing que descobriram a urgência de defender a “diversidade”, combater o efeito carbono e censurar os Sete Anões da Branca de Neve
 
Basicamente, para encurtar a conversa, esse mundo considera que quem vota em Bolsonaro é um nazista, ou algo assim, e, como não existe o direito de ser nazista no Brasil, não é possível votar pela sua reeleição.  
Da mesma maneira que os menores de 16 anos não podem votar, por exemplo, os eleitores de Bolsonaro também não poderiam; não seriam “aptos”, simplesmente, a exercer o seu direito de votar.  
É um rompimento com os circuitos normais pelos quais as ideias são processadas no aparelho cerebral — seria preciso achar uns 70 milhões de nazistas para fazer a maioria na eleição, e nem na Alemanha havia tanto nazista assim. Mas e daí? 
Os negacionistas da existência política do presidente (há os que pregam, também, a conveniência de sua morte física) há muito tempo se dispensaram da obrigação de pensar.

A aflição, em geral, aumenta à medida que afunda a “terceira via”. A “terceira via” sempre foi uma piada; hoje não chega a ser nem isso. (Veja a reportagem seguinte.) O que dizer do movimento pelo “equilíbrio” se o seu grande nome, o ex-juiz Sergio Moro, tinha até cinco minutos atrás esse Arthur do Val, o lamentável deputado que foi à Ucrânia, como candidato a governador do maior Estado do Brasil? Se isso é o que Moro tem de melhor para governar São Paulo, quem seriam os seus ministros? É complicado. 

Tudo bem para os inimigos de Bolsonaro que querem Lula na Presidência, abertamente ou não; vão batalhar por ele e chamar o VAR se perderem, como fará todo o Brasil que vive na bolha do “Ele Não”
Problema mesmo, e mais cômico, está tendo o lado que não admite nenhum dos dois. 
Quem, então? Esses são os únicos candidatos que há no Brasil das realidades. Onde vão achar o nome que querem: na Nova Zelândia?

O “Ele Não”, naturalmente, não vai ser um passeio. Que argumentos reais poderiam ser apresentados para dar alguma justificativa ao que pretendem fazer? Não vai dar para dizer, já de saída, que houve fraude na apuração se Bolsonaro ganhar; o STF garante, 24 horas por dia, que é impossível haver fraude na apuração. [quem garante a exatidão, a procedência fidedigna, do que o STF diz? o que mais tem ocorrido são invasões de hackers a destruir a segurança apregoada pelo STF.]  E agora: como se poderia voltar atrás? (O ministro Edson Fachin inventou uns ataques à “justiça eleitoral” brasileira por parte da “Rússia”, ou da “Macedônia do Norte”; mas estava apenas sendo irresponsável, e logo em seguida teve de desfazer, de forma tão incompreensível como havia feito, as suas acusações.) Se a eleição não pode ser roubada, como é questão de fé em todo o ecossistema do “Ele Não”, então quem ganhou foi quem teve realmente mais votos e, portanto, tem de levar, certo? Ainda não há, ao que se sabe, uma saída razoável para esse problema.

Em três anos e três meses, ainda não apareceu nenhuma denúncia de roubalheira que tenha ficado minimamente de pé contra Bolsonaro ou algum de seus ministros

Também não parece possível, até agora, acusar o presidente e o seu governo de corrupção — o remédio clássico para se combater candidaturas à reeleição. 
 Em três anos e três meses, ainda não apareceu nenhuma denúncia de roubalheira que tenha ficado minimamente de pé contra Bolsonaro ou algum de seus ministros
 
Nem a obra mais ambiciosa de todas as tentativas da oposição para descobrir algum delito do governo a “CPI da Covid”, que ficou aí seis meses inteiros conseguiu achar nada de errado com Bolsonaro; até agora, dos “nove crimes” dos quais acusou o presidente, não se produziu uma única ação penal de verdade, nem na mais miserável comarca deste país. “Impeachment”, então, é melhor esquecer de vez. Desde o início do governo, foram apresentados mais de 100 pedidos de “impeachment”; nenhum chegou sequer a ser recebido para discussão na Câmara dos Deputados.[´lembrando que no inicio do governo Bolsonaro, o presidente da Câmara era o deputado Maia, vulgo 'botafogo', inimigo do presidente Bolsonaro e que não vacilaria em encaminhar qualquer processo contra o presidente.]    
Um problema-chave, nessa história, é que o grande candidato do “Ele Não”, o ex-presidente Lula, não pode nem pensar em ficar falando de ladroagem na sua campanha não depois de ter sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, em três instâncias e por nove magistrados diferentes, na justiça brasileira. [o luladrão foi descondenado pelo ministro Fachin, decisão que se o Poder Moderador criado pelo ministro Toffoli, fora do Brasil, tivesse algum valor e fosse 'moderar' a decisão.] Aí não é um caso de “Ele Não” — é “Isso Não”.
O argumento-chefe para o veto à reeleição de Bolsonaro, pelo que deu para deduzir até agora, é que a sua vitória eleitoral seria “ilegítima” — ou seja, pode estar dentro da lei, mas estaria fora do que “é bom para o país”, e não é bom para o país porque Bolsonaro é contra “a democracia”.  
 
Não parece valer grande coisa como argumento, levando-se em conta que argumento é um raciocínio que leva a justificar uma afirmação através dos instrumentos da lógica comum. Não há lógica nessa história de “contra a democracia”; não é certo nem que haja um raciocínio. Mas é o que temos no momento; é isso o que dizem. Parece bem pouco. O que seria preciso, para o presidente ser um antidemocrata verdadeiro, seria uma lista dos atos objetivos que ele cometeu contra a democracia em seu governo. Não existe essa lista.  
 
Bolsonaro não mandou prender nenhum deputado depois de entrar no Palácio do Planalto, nem antes. Na verdade, não mandou prender cidadão algum. Não deixou de cumprir nenhuma ordem judicial; ao contrário, a cada cinco minutos tem de “dar explicações” ao STF sobre as coisas mais extravagantes.  
A última delas: por que o seu filho foi com o senhor para a Rússia? (Já houve mais de 100 exigências dessas até agora.) Todas as medidas que tomou, incluindo as acusadas de serem “autoritárias”, foram através de recursos legais, como projetos de lei ou medidas provisórias a serem aprovadas pelo Congresso.
 
Nem Bolsonaro nem o seu governo censuraram até agora um órgão de imprensa, nem impediram o trabalho de um jornalista.  
O presidente não pediu a expulsão de nenhum correspondente estrangeiro, nem apresentou projetos de “controle social” da mídia. 
Não deixou de obedecer a nenhuma decisão do Congresso. 
Não fez nada, até hoje, que a justiça brasileira considerasse contra a lei. Não há registro, em nenhuma vara penal ou civil do país, de alguma queixa de cidadãos contra atos de arbitrariedade de agentes federaismuito prefeito mandou algemar mulheres com filhos pequenos durante a covid, pelo fato de estarem tomando ar em público, mas não se sabe de nada parecido por parte da Polícia Federal ou das Forças Armadas. Não houve repressão policial do governo contra qualquer manifestação popular, ou da oposição.

Bolsonaro não expropriou nada, nem invadiu propriedade de ninguém. Não interferiu nos cultos religiosos. O que mais?

Daqui a pouco vão dizer que pagar o funcionalismo em dia é beneficiar-se de dinheiro do Erário para ganhar os votos dos funcionários públicos

Também vai se falar muitíssimo, na verdade já está se falando, que Bolsonaro não pode ser eleito porque vai usar os “recursos do governo” para ganhar votos; assim não vale. De novo, é complicado
Todos os 27 governadores estaduais e todos os 6.000 prefeitos brasileiros têm o direito de inaugurar obras todos os dias todos, menos um. Bolsonaro não pode.  
E qual a sugestão que fazem para as obras que estejam prontas? 
Não podem ser entregues à população que pagou por elas? 
O presidente é acusado de se beneficiar do programa de auxílio financeiro durante a covid e do novo sistema de renda mínima; o negacionismo de sua candidatura diz que isso é demagogia eleitoral. 
O que ele deveria ter feito, então? Não dar nada a ninguém?  
Se dando ele já é genocida, seria o que se não desse? 
Todos os governos do mundo, pelo menos os que têm um mínimo de organização, deram dinheiro para a população na pandemia; todos podem, mas ele não. 
 
É o mesmo com a modesta redução de impostos para dar um pouco de gás à economia, ou o aumento salarial para os professores do sistema federal de educação básica — também não pode, porque caracteriza “compra de popularidade”. É impossível, na verdade, evitar esse tipo de acusação; o governo precisa continuar governando, e se tudo que fizer é demagogia para tirar proveito eleitoral, então não dá para fazer nada. Daqui a pouco vão dizer que pagar o funcionalismo em dia é beneficiar-se de dinheiro do Erário para ganhar os votos dos funcionários públicos. Qual seria a saída?
É claro que também vai se falar que a reeleição não será “legítima” porque Bolsonaro não vai conseguir a maioria dos votos da população total do Brasil; para valer, mesmo, ele teria de ter pelo menos 110.000.001 votos, se forem considerados os 220 milhões de habitantes que o país deve ter hoje. 
Ninguém pode ter isso tudo, é óbvio, mesmo porque nem haverá 110 milhões de votantes, já que uma parte da população não está habilitada a votar e milhões de eleitores vão se abster, ou votar em branco, ou anular o voto. Em lugar nenhum do mundo, por sinal, é possível ter a maioria absoluta de tudoaté porque em nenhuma democracia séria existe a aberração subdesenvolvida do “voto obrigatório”, ou da obrigação de se exercer um direito. É claro, mais uma vez, que essa exigência não vale para nenhum outro candidato — só para ele.

Bolsonaro produziu um fenômeno esquisito neste país o fanatismo liberal. Parece que vai ficar cada vez pior.

Leia também “Bolsonaro desapareceu — e daí?”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Harmonia forçada e “párias” irritados - Vozes

Rodrigo Constantino

O presidente da França, Emmanuel Macron, causou controvérsia ao falar sobre a estratégia do seu governo para a vacinação contra a Covid-19 usando um termo grosseiro para dizer que pretende "irritar" os não vacinados.

Em entrevista a um grupo de leitores do jornal Le Parisien na terça-feira, Macron disse: "Eu não quero irritar os franceses. Mas com relação aos não vacinados, eu realmente quero irritá-los. E vamos continuar a fazer isso, até o final. Essa é a estratégia".

O termo usado por Macron ("emmerder", de "merde") é considerado vulgar e provocou reação imediata de seus opositores e críticas em redes sociais. "Um presidente não deveria dizer isso. Emmanuel Macron é indigno de seu cargo", tuitou a líder de direita Marine Le Pen, acrescentando que Macron estava "transformando os não vacinados em cidadãos de segunda classe".

Já está muito claro que os "especialistas" que monopolizam a fala em nome da ciência querem culpar os não totalmente vacinados - conceito móvel que, agora, já inclui quem não tomou a dose de reforço - por todos os males do planeta, inclusive a permanência da pandemia.

É sobre controle social, não sobre vidas. Querem segregar as pessoas entre os do clubinho da "ciência" e os "negacionistas". E, para tanto, é preciso transformar esses "tontos" em párias da sociedade, em idiotas que precisam do "empurrão" do estado clarividente para proteger sua própria saúde e a dos outros, não importa que vacinados também peguem e espalhem a doença.

A página Quebrando o Tabu, que faz campanha pela legalização das drogas, chegou a enaltecer o regime ditatorial comunista da China, alegando que o Ocidente não o compreende bem, mas que uma "harmonia forçada" pode ser algo maravilhoso. Em seguida, pela repercussão negativa ao escancarar sua essência comunista totalitária, o movimento "pediu desculpas" pela postagem: "Foi mal demais a thread que postamos sobre a China. Queremos pedir desculpas e contar que reformularemos aquele conteúdo para trazê-lo de volta com a versão correta dos fatos".

Leandro Ruschel, porém, não perdoou, pois está evidente qual postagem realmente expressa a visão de mundo desses esquerdistas: "Havia um cara com bigodinho ridículo que também tinha um projeto de gerar harmonia à força, no mundo inteiro, eliminando quem não concordasse com ele. Quem somos nós para julgar?"

Tatiana Roque, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, escreveu: "As universidades qualificadas precisam criar estruturas de combate ao negacionismo em seus quadros. Isso é urgente diante da crescente weaponização da ciência. Não devem ser permitidas palestras tentando travestir de 'polêmica' posições bem estabelecidas na comunidade científica". Leonardo Coutinho comentou: "Ainda bem que Galileu viveu no Século XVI".

Trago apenas alguns exemplos para repetir, uma vez mais e quantas forem necessárias, que estamos diante do maior avanço totalitário em décadas, tudo em nome da "ciência". A pandemia foi um presente para esses totalitários, que querem calar os dissidentes "hereges", interditar o debate, impor sua visão estreita de mundo, "irritar" os "imbecis" até que eles sucumbam e digam "amém" para a seita predominante.

Se depender desses "liberais", o Ocidente vai mesmo ter de se acostumar com uma "harmonia forçada" ao estilo chinês. Mas tudo em nome da ciência e de nossa própria saúde, claro...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo, VOZES


terça-feira, 7 de dezembro de 2021

O ovo da serpente está de volta - VOZES

Guilherme Fiuza

A Alemanha anunciou lockdown para não-vacinados. Claro que iríamos chegar a isso. Estava na cara desde o início. O lockdown é um slogan tosco alçado a política de segurança sanitária – sem jamais precisar demonstrar eficácia científica, porque a coletividade estava madura para o sadomasoquismo do controle pelo controle. Sem abrir mão da violência gratuita contra inocentes, claro, senão não teria graça. A graça é poder patrulhar o próximo com soberba de virtuoso.

Alemães protestam contra medidas restritivas impostas para conter a Covid-19.Alemães protestam contra medidas restritivas impostas para conter a Covid-19.

   Alemães protestam contra medidas restritivas impostas para conter a Covid-19.

E era evidente, portanto, que a irmã gêmea do lockdown seria a vacinação experimentaligualmente dispensada da aferição de eficácia. Ou melhor, com a licença poética para propaganda de eficácia voadora, prometendo uma panaceia para a saída da pandemia que jamais aconteceu. Ao contrário: os primeiros seis meses de vacinação coincidiram com o agravamento da pandemia em todo o planeta – levando o ano de 2021 a ter mais óbitos por Covid do que o ano de 2020 (sem vacina).

Claro que vocês vão tentar negar a realidade, dizer que não foi bem assim, que a vacina é sempre inocente, etc. Já conhecemos os seus dogmas de fundo de quintal. “Estudos mostram” que vocês são a seita da seringa. “Especialistas garantem” que vocês agem incondicionalmente para lustrar as botas do lobby custe o que custar. Parabéns pela bravura. Fiquem à vontade.

Como a mentalidade da “cautela em excesso” leva à tirania
“Você aí, ô branquinho, onde é que se doa sangue?”

Mas o fato é que em nenhum lugar do mundo se demonstrou que uma região mais vacinada teve melhor enfrentamento da pandemia do que uma região menos vacinada. Israel já passava de 80% de habitantes totalmente vacinados e enfrentava a pior recaída de casos de covid – inclusive com aumento explosivo de internações hospitalares, contrariando a tese “categórica” de que as vacinas ao menos garantiriam manifestações mais brandas da doença. Quem tem manifestação branda da doença não vai para o hospital.

Mas esse consórcio asqueroso que reúne a maioria da imprensa, plataformas de rede social, subcelebridades, boa parte da classe médica, autoridades de saúde, autoridades regulatórias, juízes e governantes não quis saber de nada disso. Estão todos excitadíssimos com o arrastão do lobby – e a sua montanha de doces agrados. Deu-se a lavagem cerebral mais fajuta da história – com a imposição de premissas toscas que neste exato momento “checadores” pagos ou voluntários devem estar fazendo seu serviço sujo de tentar carimbar neste texto.

Eu disse que são toscas, as premissas, mas fui suave: são ridículas. Neste momento um desses vassalos do lobby deve estar todo eriçado para gemer que as vacinas não são experimentais e que isso aqui é fake news. As vacinas SÃO EXPERIMENTAIS, porque mesmo conseguindo registro definitivo (leia acima quem integra o lobby asqueroso) ainda não cumpriram seu desenvolvimento completo (procure a data prevista para a conclusão dos estudos de cada fabricante, se quiser)que evidentemente é impossível de se cumprir num espaço de pouco mais de um ano. Jamais aconteceu na história – e jamais acontecerá, porque o lobby pode muito, mas não pode acelerar o relógio do tempo. E em pouco tempo efeitos adversos graves já estão espalhados por aí – não numa pesquisa controlada, mas num experimento criminoso nas veias da população.

Não adianta gemer, checador trouxa. Não adianta ameaçar. Essa tragédia de inconsequência e desumanidade vai estourar na sua cara. E não é porque eu queira. É porque eu já vi que está acontecendo. Eu estou acompanhando diversos casos, como acompanhei o do jovem Bruno Graf, morto pela vacina de covid. Jamais afirmei que a causa foi a vacina antes da comprovação técnica. Mas o que teria acontecido com um jovem totalmente saudável, sem nenhum histórico de complicação clínica, para ter um mal-estar atroz após tomar a vacina e evoluir em poucos dias para um AVC hemorrágico?

Enquanto tentávamos PERGUNTAR o que teria se passado, vocês, os covardes de aluguel e covardes voluntários, saiam gritando desesperados contra qualquer pedido de investigação da causa da morte de Bruno. Não foi a vacina! Negacionistas! Terraplanistas! Etc. Até assediar uma mãe em luto vocês fizeram. Vocês são uma vergonha humana.

Só que essa mãe é forte. E num momento que a imensa maioria dos seres humanos sucumbe, capitula, se entrega, ela foi à luta. Encomendou o exame indicado para aferir a causalidade da vacina, a partir da detecção de uma síndrome trombótica associável à substância inoculada segundo os próprios estudos de desenvolvimento do “imunizante”. O exame deu positivo. Arlene Ferrari Graf foi então buscar o reconhecimento oficial de que a vacina de covid matou seu filho. E é claro que nesse percurso ainda foi hostilizada, ameaçada, ultrajada por vocês, os pimpolhos da mamãe farma.

Ninguém reconheceu espontaneamente a causa da morte de Bruno. Mas Arlene não parou. E fez uma petição à Secretaria de Saúde de Santa Catarina com uma série de questionamentos sobre os efeitos adversos da vacina. Foi em resposta a essa petição que a Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado de Santa Catarina reconheceu que a morte de Bruno Graf foi causada pela vacina. Vocês, que tentaram intimidar os que PERGUNTAVAM sobre essa hipótese – ou seja, que agiam para IMPEDIR A INFORMAÇÃO à população sobre os graves riscos das vacinas EXPERIMENTAIS de Covid – deveriam estar presos.

Mas é claro que vocês ainda estão confiantes, numa conjuntura em que a Alemanha esquece o seu passado tenebroso e institui a segregação populacional como forma de controle totalitário. Sem um pingo de ciência, como sempre. Contando apenas com gente como vocês, o rebanho covarde que está gostando do jogo de perseguir, patrulhar e brincar de supremacia higienista. Vocês são tão cínicos que fingem não ver ultra vacinados adoecendo e morrendo. Vocês não querem saúde, nem imunidade. Vocês querem coleira.

E para isso são capazes de afirmar que as vacinas de Covid são seguras. Que casos como o de Bruno Graf são “isolados” – claro, porque da mesma maneira que vocês guerrearam para escondê-lo, há uma multidão de outros submersos pela hedionda propaganda vacinal. Na Alemanha dos anos 1930 também era assim. A ética emanava da propaganda.

Vamos ver se o mundo dessa vez vai cair de fato no pesadelo que os democratas conseguiram evitar, à custa de muito sangue, na Segunda Guerra Mundial. Se não cair, vocês, os ratos, vão pagar.

Guilherme Fiuza, colunista - VOZES - Gazeta do Povo

 [Nota do Blog Prontidão Total: em respeito ao direito à informação dos nossos dois leitores transcrevemos a excelente matéria do colunista Guilherme Fiuza, ao tempo que expressamos nossa posição favorável às vacinas - seja os imunizantes contra a COVID-19 ou os mais antigos, tradicionais.] 

 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Pequenos ditadores - Revista Oeste

Por qual motivo a mídia chamaria de negacionistas homens que se dedicaram a vida toda à ciência?
 
Completando quase dois anos desse inferno pandêmico, podemos analisar certos aspectos das atuações políticas, científicas e sociais dos governantes e demais líderes. No entanto, neste ensaio, vou me atentar ceticamente à atuação da ciência ou daquele espírito político que se apossou dela. Já vou prepará-los: sou um cético por natureza, e tal inflexão da minha alma e mente costuma me causar inúmeros problemas sociais. O principal deles é a tendência a não acreditar previamente em anedotas midiáticas, imposições científicas e estatais. De antemão, já quero informar que tomei a vacina contra o coronavírus, pois ser cético não é o mesmo que ser “antivacina” — pasme, Folha de S. Paulo.

Nos dias de hoje, sempre que falamos em “ciência” se subentende que o passo seguinte a essa conclamação é dizer um “amém silencioso”. Questionar a ciência, diriam os doutos defensores do cientificismo engajado, é papo de negacionista. No entanto, o que farei hoje não é exatamente questionar a ciência em si, pois sou daquela turba marginalizada que gosta dela sem adorá-la. Vou discutir, no entanto, o ente espiritual que possuiu o discurso científico na era covid e fez com que a ciência se tornasse a palavra mais distorcida dos últimos tempos.

Em maio deste ano, vários cientistas renomados daquela leva raiz de cientistas quebraram o silêncio e pressionaram publicamente a OMS acerca de uma real investigação na China sobre a origem da covid-19. Estamos falando de uma doença que supostamente surgiu num mercado de frutos do mar, numa cidade chinesa — Wuhan — que também ostenta um centro de manipulação biológica de vírus Instituto de Virologia de Wuhan. Nesse centro, por uma estrondosa aleatoriedade do universo, muito possivelmente também se manipulava o coronavírus. Mas, o que se jurava, sob o silêncio gutural dos jornalistas, é que o vírus tinha provavelmente advindo de morcegos.

No século em que começamos a manipular o genoma humano, e que a manipulação químico-biológica está de vento em popa, nenhum laboratório do planeta conseguiu dar sequer uma dica da origem real do vírus que matou quase 5 milhões de pessoas ao redor do mundo. A mídia mostra aqui e acolá uma teoria e outra; mas, de forma oficial, o que se escuta mesmo é esse eterno silêncio complacente. Por que a China quis silenciar acadêmicos que estudavam a origem do vírus, como noticiou a CNN americana? Por que ninguém se levantou aos berros contra esse ataque à ciência?

Recentemente, uma médica chinesa corajosamente foi a público no programa britânico Loose Woman e disse que a origem do vírus é, sim, laboratorial, que o governo chinês encobriu isso e que estudos que comprovavam esse fato também foram abafados. OK. Isso é ela quem diz, e pode ser que ela seja apenas mais uma “ativista ingrata” fugida do “Éden vermelho”. Mas a pergunta, nesse caso, não é exatamente se ela está certa ou errada, mas por que o tema se tornou um tabu para o mainstream autodenominado progressista? Por que a China não permitiu que especialistas da OMS investigassem a origem do vírus?

Fica claro que o poder se sobrepôs à ciência, e nenhum “progressista” defensor aguerrido dela apareceu para escudá-la. Parece haver uma força, um éter de emudecimento e complacência que habita simultaneamente todas as redações e escritórios políticos mundiais. A ciência, aqui, foi calada e jogada no canto, mas ninguém protestou. Aqueles que gritavam por um respeito à ciência, e se afogavam em virtudes científicas, sorrateiramente passaram a se esconder quando o papo era a possível origem laboratorial do vírus. Por quê?

A resposta não é lá muito difícil de conceber. Por qual motivo a mídia chamaria de negacionistas homens que se dedicaram a vida toda à ciência e, por posições científicas divergentes, não concordavam com as diretrizes gerais? Não são um ou dois médicos, é um batalhão deles que, por exemplo, acredita que um tratamento precoce é eficaz contra a infecção. Médicos que trataram diretamente milhares de infectados durante toda a pandemia não devem ser previamente calados por uma decisão unilateral de burocratas, ou tachados como negacionistas por jornalistas engajados. A liberdade médica foi revogada.

A possibilidade de escolha de alguém em querer ou não deixar que injetem uma substância em seu organismo também se tornou uma espécie de heresia grotesca, passível de punições sociais que beiram o apartheid. O caboclo que ergue a mão e diz que, por ora, não irá se vacinar se torna, no mesmo instante, uma espécie de adorador do satã anticientífico.

É preciso entender o cerne dessa mentalidade para melhor criticá-la. O iluminismo moderno, que abriu as portas para a ciência experimental se desenvolver e construir os benefícios dos quais hoje gozamos, é o mesmo que cravou na alma ocidental a consciência inalienável da liberdade individual, de crença e de ação. 
Sem tais liberdades asseguradas, a própria ciência objetiva fica manca e passa a ser mais uma religião política na mão dos que governam com o poder. Como diz o escritor britânico John Gray em seu livro A Busca pela Imortalidade: “A ciência foi lançada contra a ciência e tornou-se um canal para a magia”.

Pobreza, desalento, infelicidade, deficiências, tudo isso estava com os dias contados

Tais impressões são completamente previsíveis a partir de um olhar mais atento e criterioso. A ciência veio para ser, em muitas mentes, a substituta da religião. Como dizia o filósofo francês Raymond Aron em O Ópio dos Intelectuais: “Toda libertação, entretanto, traz em si o perigo de uma nova forma de sujeição”. Quando a religião começa a cair em descrédito no pós-renascentismo, uma certeza com igual tamanho deve tomar o seu trono vazio.

Foi assim que, aos poucos, muitos começaram a acreditar piamente que a ciência era a resposta para as mazelas humanas, que a injustiça social, os grandes pandemônios humanos — e por que não a morte — seriam problemas que logo mais seriam resolvidos pelos homens da ciência. Assim como Thomas Edison descobriu a liga metálica que poderia fazer surgir a luz em cada lar, da mesma forma era questão de tempo para acharmos a ideologia que consertaria nossas desgraças humanas. Pobreza, desalento, infelicidade, deficiências, tudo isso estava com os dias contados; o homem moderno era aquele que tinha dominado a natureza falha, que havia domado as pragas e voava no lombo dos demônios. A razão venceu a limitação, a finitude se tornou possibilidade. Antes era Deus quem escutava as nossas dúvidas, agora é o cientista quem tem a missão de perscrutá-las. E tal como antes a Igreja era inquestionável nas questões de fé e moral, a ciência agora se coloca como incontestável nas questões de saúde. Quem questionava a religião oficial se tornava herege, quem questiona a religião científica se torna negacionista. Diz o historiador francês Paul Hazard, em A Crise da Consciência Europeia: 1680-1715:“Agora a ciência se torna um ídolo, um mito. Já se confunde ciência com felicidade, progresso material com progresso moral. Crê-se que a ciência substituirá a filosofia, a religião e atenderá a todas as exigências do espírito humano”.

Mas há nessa equação uma verdade dura de ser aceita, seja pelos fiéis, seja pelos sacerdotes: tudo que a mente humana toca é suscetível de engano, suas verdades podem estar — e quase sempre estão — contaminadas com seus preconceitos e tendências. E por mais que métodos existam nos laboratórios e nos livros, o último crivo da verdade ainda vai esbarrar na mente de quem irá enunciá-la. Não creio que todas as resoluções científicas sejam tendenciosas e suas conclusões previamente contaminadas. O fato é fato. O sequestro ideológico pela política é algo repetitivo na história humana. Desde quando o burocrata ou o revolucionário descobriu que ele poderia justificar as suas intenções políticas atrás de um outdoor científico, suas ideias sempre foram apresentadas como sendo uma receita laboratorial. O comunismo, jurava Karl Marx, era científico, era apenas uma questão de ajustes e sacrifícios para que a humanidade igualitária surgisse do tubo de ensaio da sociedade; o nazismo, obviamente, diria Hitler, era científico. É científico acreditar na eugenia, afinal, a eugenia nada mais era do que a aceleração estatal da seleção das espécies. Quer algo mais científico — teoricamente — que as verdades de Darwin?

No entanto — vêm aí spoilers da realidade —, o homem continua sendo falho, a ciência, por mais que tenha avançado e seja sensacional quando bem utilizada, não conseguiu encontrar nem desenvolver uma humanidade sem problemas ou erros. Durante a pandemia, assistimos a um passeio de arrogância e prepotência, seja daqueles que queriam desferir estudos inconclusivos como sendo verdades últimas, seja por jornalistas que, imbuídos de uma sacra missão científica, vomitavam rótulos naqueles que escolhiam simplesmente se manter céticos a algumas diretrizes. Aqueles que simplesmente optavam por um tratamento recomendado por uma junta médica que o mainstream já havia colocado em seu Index Librorum Prohibitorum eram relegados aos cantões dos conspiracionistas, bolsonaristas.

Essa tal pretensão de um conhecimento universal, perfeito, uma verdade suprema, indiscutível, foi o que pediu Átila Iamarino na Folha de S. Paulo. É o que a mídia tentou emplacar no debate social; e conseguiu, diga-se de passagem. Hoje, aqueles que escolheram não se vacinar são literalmente excluídos de várias atividades sociais; são repelidos como se fossem infecciosos ou tangivelmente grotescos. Disso para a estrela amarela no peito, será que estamos tão longe assim? O “autoritarismo necessário” se baseia justamente nessa crença catequética na ciência dos perfeitos. A lógica é relativamente simples, “se é científico, é verdadeiro; se é verdadeiro, por que não impor”? Era nisso que acreditavam Stalin e Hitler. Joseph Mengele, um dos insanos médicos nazistas, ao assassinar mais de 400 mil prisioneiros nazistas — entre eles, padres poloneses e judeus de toda a Europa — dizia fazê-lo em nome da “ciência”.

Chovem estudos, dados e estatísticas, rebanhos de jornalistas, entusiastas e opinadores para dizer o que o outro deve fazer. Os pequenos tiranos já estão sob a bênção dessa pseudociência, e, em nome dela, podemos dizer o que cada um deve ou não fazer. Como um cético conservador, tenho temor daqueles que ganham o poder de ditar regras sociais inerrantes a um povo escravo de uma mentalidade autoritária. Como cidadão do pós-século 20, tenho pavor daqueles que empunham a ciência para fazer políticas tirânicas.

Leia também “A Pfolia da Pfizer”

 Pedro Henrique Alves, colunista - Revista Oeste


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

STF - A corte do fim do mundo - Gazeta do Povo

O Supremo Tribunal Federal resolveu declarar guerra ao governo federal. Grande novidade. Ele está guerreando contra o governo há anos, na cara de todo mundo – e não só contra o governo atual. Felizmente agora resolveu rasgar a fantasia e confessar que quer a ruptura. Melhor assim. Chega de dissimulação.

O presidente da corte, Luiz Fux, num discurso inflamado que oscilou entre o patético e o ridículo, disse que o STF estava cancelando unilateralmente a reunião que haveria entre os três poderes. Ótimo.  
Os ministros da suprema corte fazem política da hora que acordam à hora que vão dormir contra o presidente da República a quem já chamaram até de assassino. 
Agora ficarão mais leves para panfletar sob as togas sem ter que fingir que aquilo é uma alta representação judiciária.

As eleições de 2022 estão sob suspeita porque todas as perícias – da Comissão de Constituição e Justiça à Polícia Federal comprovaram a vulnerabilidade do sistema. Mas o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, vocalizando a posição política – repetindo: política – do STF desinforma reiteradamente sobre a segurança das urnas eletrônicas no sistema atual, afirmando tanto que não há vulnerabilidade, quanto que o processo é passível de auditagem.

Subsidiado por relatórios técnicos que não foram refutados por ninguém – com exceção da gritaria dos negacionistas o presidente da República passou a defender o aprimoramento do sistema de votação e aferição dos votos. Isto levou o STF e o TSE a uma guerra aberta contra essa proposta – porque, como se sabe, o nome do jogo é investir tudo no antibolsonarismo religioso, que dá muita manchete e espaço na TV. Eles acham que isso é poder. A história dirá se é mesmo.

Até simpatizante petista protagonizou campanha institucional do TSE – Barroso escolhe bem os símbolos da isenção para dizer que a urna eletrônica atual é segura. O próprio presidente do TSE passou a discursar dia sim outro também afirmando que o sistema é inviolável. Aí apareceu o que não podia aparecer de jeito nenhum: relatório da Polícia Federal mostrando que o sistema eleitoral foi invadido e violado em 2018.[invasão que foi confirmada em Nota Oficial do TSE, onde reconhece o acesso indevido.]

Pelo menos um invasor passou mais de seis meses dentro do sistema, a partir da captura de códigos fonte. Que tipo de fraude ele preparou lá (e outros que eventualmente tenham seguido o mesmo caminho) ninguém saberá porque o TSE apagou os arquivos que continham todos os registros do sistema nas eleições de 2018.

O presidente da República criticou a falsidade do ministro Barroso ao negar uma violação já constatada e reconhecida pelo próprio TSE. Aí veio a resposta ao feitio dos supremos companheiros: o TSE denunciou Bolsonaro por “fake news” e, surpresa, Alexandre de Moraes aceitou a denúncia enquadrando o presidente no famigerado inquérito do fim do mundo. Ainda bem que eles agora não precisam mais fingir que isso não é politicagem – viva a sinceridade.

Então é isso. O STF/TSE quer tirar Bolsonaro da eleição no grito, depois de ter colocado nessa mesma eleição, também no grito (ou no sussurro, como você preferir), o criminoso condenado Lula da Silva
Eles acham que bastam umas manchetes amigas tratando Lula como um homem bom, umas pesquisas providenciais dizendo que o ex-ladrão já está eleito e uma lavagenzinha de reputação por parte de FHC e outros sócios do clube dos ricos apontando sorridentes para o meliante que depenou o Brasil como se ele fosse uma “alternativa democrática”.
Será que basta isso? Talvez. Se bastar, você já sabe: o Brasil acabou. Quem sabe até pode ser uma boa mesmo transformar a nação em agremiação. Como diz o STF, chega de dissimulação.

O problema do STF não é com Bolsonaro. A corte esteve no centro do cerco ao governo Temer. Foi o palco da homologação em tempo recorde (Fachin) daquela delação arranjada de Joesley Batista – instruído pelo ex-braço direito do então procurador-geral Rodrigo Janot, que estava no front da armação com declarações tipo “enquanto houver bambu, lá vai flecha”. A delação acabou suspensa e Joesley preso, mas a mesma imprensa que trata hoje o STF como vítima do fascismo imaginário apoiou ostensivamente, por mais de ano, a tentativa de virada de mesa contra Michel Temer.

Até que enfim o STF admite que quer a ruptura. Antes tarde do que nunca. Como você já entendeu pelo exposto acima, ele aposta nela há bastante tempo. E você tem todo o direito de querer acreditar em eleições seguras com um árbitro desses. Mas tem um país inteiro saindo às ruas para dizer que sem auditagem do voto não vai dar. Essa imprensa que já conspirou contra dois presidentes finge que não vê o país nas ruas. E o clube dos ricos que manda nos altos burocratas do lobby (aqueles que envenenaram a comissão do voto auditável) finge que acredita na imprensa cega. Escolha a sua posição na foto. Se estiver com preguiça de afirmar a democracia, certamente terá um lugar quentinho na elite intelequitual que resolveu fingir que voto auditável é uma espécie de terraplanismo. Com tanto cínico saindo do armário cheio de charme você não há de ficar constrangido.

[Encerrando com duas perguntas que não podem calar:
-  Por que ser contra algo que pode tornar a votação mais segura?
- o que eles tem contra botar mais  uma tranca na porta da "urna"?
 
Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES