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sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Uns podem tudo; os outros...Falsidade, escárnio e deboche - Gazeta do Povo

Vozes - Luís Ernesto Lacombe



Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, tem sido criticado pela esquerda devido às ações policiais de combate ao crime.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Estamos assim: não importa o que é feito, mas quem faz. Há pessoas que podem tudo. A elite no Judiciário e no Executivo tem suas próprias leis, seu projeto de poder. O discurso é esquizofrênico: a ditadura implementada é em defesa da democracia... 
É preciso extirpar os opositores, contra eles tudo é permitido. 
Chega de debate, de perguntas, de dúvidas. É terminantemente proibido discordar da elite, que decide o que é verdade e o que é mentira, o que é ódio e o que é amor, que escolhe a dedo os “inimigos” do Brasil. Tudo o que antes era criticado passa a ser aceito, compreendido, até elogiado. Com medo ou por ignorância, o povo vai se entregando. Com medo e por interesse, o Congresso se entrega. 
Por militância e egoísmo, a imprensa vira cúmplice de todas as burradas, de todos os absurdos.
 
O balcão de negócios foi reaberto, e está tudo bem... Há muitos ministérios, que podem torrar um dinheirão sem licitação. Está liberado. Há também estatais, há verbas para comprar quem estiver à venda. 
É do “jogo político”. Gastar, gastar... Há viagens internacionais para todo lado, em meio a grande luxo, com enormes comitivas e nenhum resultado positivo concreto para o país. Há voos da FAB sempre disponíveis
Há muito dinheiro para regular preços, uma bobagem que nunca dará certo. E a Petrobras virou, de novo, refém da politicagem. Seu lucro já caiu pela metade, mas tudo parece normal.

    A imprensa não quer mais saber dos fatos, de todos os lados da história, das histórias em movimento. Não quer saber do que verdadeiramente é feito. Tudo depende de quem faz

O governo só faz inchar, aumentar custos, custos desnecessários
O bolso dos pagadores de impostos parece mesmo ser fundo, não ter fim. A imprensa acredita no tal arcabouço fiscal, que prevê aumento anual das despesas do Executivo, de olho numa receita fictícia, irrealizável. A sanha arrecadadora é destrutiva. 
E vêm cortes na saúde, na educação... Ninguém fala nada. 
Não há mais discursos inflamados no Congresso, não há reclamações na imprensa, protestos nas ruas. Não há estudante indignado, segurando cartaz com desenho do presidente da República sem cabeça e os dizeres “o único corte que eu quero”... A questão é quem faz.
 
Até o fim do ano passado, dizem, o Brasil enfrentava uma ditadura imposta pelo Executivo, que não prendeu ninguém, não torturou ninguém, não censurou ninguém. Mandaram dizer que Lula era contra o aborto, a liberação das drogas, que não defendia criminosos, que não apoiava ditadores mundo afora
Juraram que Bolsonaro interferia na Polícia Federal, mas não veem problema em Flávio Dino “expor direção da PF mais política e próxima do governo”. São os mesmos que absolveram Dilma quando ela tentou enquadrar a instituição, em 2016, e quando Lula, em 2007, queria ser informado sobre ações da PF e achava que a atuação da Abin era ineficiente.
 
E já há uma guerra declarada a qualquer um da oposição que possa ser candidato a presidente no longínquo ano de 2026
Tarcísio de Freitas recebe críticas pela ação da PM no litoral paulista. 
A Polícia Militar da Bahia, governada há 16 anos pelo PT, não é questionada. 
Romeu Zema defende a atuação do bloco Sul-Sudeste e vira inimigo do Nordeste, vira separatista... 
A imprensa não quer mais saber dos fatos, de todos os lados da história, das histórias em movimento. Não quer saber do que verdadeiramente é feito. Tudo depende de quem faz. 
Somos o país das distorções, das falsidades, do escárnio, do deboche. Mesmo assim, desistir está fora de cogitação.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sexta-feira, 10 de maio de 2019

Diretor-geral do Detran, Fabrício Moura, é exonerado do cargo

O diretor-geral do Departamento de Trânsito (Detran), Fabrício Moura, é exonerado.  

Em reunião com o governador Ibaneis Rocha, na manhã de ontem,  Fabrício informou que deixará o cargo. Ele alegou que quer priorizar a defesa diante de denúncias envolvendo supostas irregularidades na contratação de serviços de manutenção de semáforos. O substituto de Fabrício serpe o ex-distrital Alirio Neto, delegado aposentado.

Na semana passada, o Ministério Público do Distrito Federal abriu investigação para apurar supostas irregularidades na manutenção de semáforos do Distrito Federal. A a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) pediu esclarecimentos a Fabrício Moura. O MP quer saber por que o Detran firmou um contrato emergencial, sem licitação, se o processo de concorrência pública estava pronto para publicação.

A promotoria abriu inquérito civil público depois de receber uma extensa denúncia, embasada por documentos internos do Detran. Segundo nota divulgada pelo MP, a Prodep “investiga possíveis irregularidades na contratação de manutenção semafórica no DF”. O atual contrato para a prestação desse serviço é com a empresa Sitran.

O Ministério Público pediu ao Detran cópia do processo que levou à celebração do Contrato Emergencial nº 1/2019. Entre os documentos entregues ao MP estão áudios de supostas conversas relacionadas a uma nova licitação – mais ampla e mais cara.

[a exoneração já foi publicada no DO-DF e a nomeação do ex-distrital Alirio Neto. Na exoneração de Fabricio Moura, consta conforme é de praxe,  o  'a pedido', mas foi exoneração mesmo.] 

Correio Braziliense