Embora mantenha seu apoio inabalável, deputado viu sua rejeição crescer fortemente
[apesar da vontade de parte da mídia, a urna eletrônica não tem tecla de rejeição e nos oito dias restantes Bolsonaro crescerá bastante.
O eleitor brasileiro não pode cometer o erro de devolver a chave do cofre aos que destruíram a Petrobras]
Em 2014,
após ser alvo de intensa campanha de TV que associava sua proposta de
independência do Banco Central à possibilidade de famílias ficarem sem ter o
que comer, Marina Silva derreteu velozmente. Nas últimas semanas, Bolsonaro foi
alvo de um intenso bombardeio dos adversários — e manteve-se inabalável do alto
dos mesmos 28%, na liderança da corrida eleitoral.
A ampla
campanha de artistas, brasileiras e internacionais, [a maioria desses artistas foi famosa, em meados do século passado - seus integrantes, nos dias atuais, vivem no esquecimento, no ostracismo, loucos para aparecer.]nas redes em torno do
bordão #Elenão não impactou o eleitor que já havia escolhido o capitão
reformado. Tampouco teve efeito sobre os eleitores do deputado a profusão de
propagandas de Geraldo Alckmin alardeando a possibilidade de volta da CPMF e o
risco de Fernando Haddad vencer Bolsonaro no segundo turno.
Desqualificando
moralmente os adversários e dizendo-se alvo de perseguição da imprensa,
Bolsonaro parece ter conseguido desenvolver em seus eleitores o que no meio
político se chama de “efeito teflon”: nenhuma informação negativa a seu
respeito “cola” para quem já aderiu. Isso garante a Bolsonaro sua presença no
segundo turno. O
problema do capitão reformado hoje está nos cerca de dois terços dos eleitores
que não aderiram à sua campanha. Os números divulgados pelo Datafolha nesta
sexta-feira praticamente repetem os que já haviam aparecido na pesquisa Ibope
do início da semana.
A notícia mais relevante de ambas é que, embora mantenha
seu apoio inabalável, Bolsonaro viu sua rejeição crescer fortemente, atingindo
46%. [uma soma boba, mas, que não pode ser ignorada: considerando que os 28% que apoiam o capitão permanece firme, a tendencia é que parte dos indecisos se some - segundo a matéria dois terços dos eleitores - aos 28% que apoiam Bolsonaro e, por extensão, o melhor para o Brasil.
Assim, apesar da torcida contra, a tendencia de Bolsonaro é crescer nesta última semana de campanha.]
As duas
pesquisas também mostram que o capitão — que nesta sexta-feira disse que não
reconheceria um resultado diferente da vitória — perde no segundo turno, fora
da margem de erro, para Alckmin, Ciro Gomes e até para o petista Fernando
Haddad. [a surpresa das eleições 2014 não pode ser esquecida.]
O
ex-prefeito de São Paulo segue em rápido crescimento e ontem já tinha 22% das
intenções de votos — o dobro de Ciro, que perdeu dois pontos, caindo para 11%,
e quase empatou numericamente com Alckmin, que ganhou um e chegou a 10%. [parte da imprensa que apoia o poste laranja do presidiário Lula, jamais pensou que em 2016 o laranja perderia para o Doria no primeiro turno.]
Mantido o
ritmo atual, não é improvável que Haddad saia do primeiro turno numericamente à
frente de Bolsonaro. Só que com o crescimento da intenção de votos no petista,
aumenta também sua rejeição, que já atinge 32%. O segundo
turno que se anuncia tende a ser uma disputa entre dois campos que inspiram
mais rejeição que confiança. Dele, não sairá um vencedor, mas um sobrevivente.
Ao que tudo indica, parte significativa da sociedade será obrigada a escolher
alguém que não gosta para impedir outro, que ela desgosta ainda mais, de ganhar. [considerando a herança maldita que o PT deixou para o Brasil e a fragorosa derrota do laranja Haddad em 2016, ainda no primeiro turno, fica claro de quem parte significativa da sociedade desgosta ainda mais.]