Anúncio na televisão estatal ocorreu após detecção de terremoto
A Coreia do Norte disse ter realizado com êxito um teste de um
dispositivo nuclear de hidrogênio miniaturizado às 10h desta
quarta-feira (horário local), dois dias antes do aniversário do ditador
norte-coreano, Kim Jong-un. Se confirmado, seria o primeiro teste
nuclear com uma bomba de hidrogênio — que é mais poderosa do que uma
arma atômica — e o quarto desde 2006. A União Europeia (UE) e a Coreia
do Sul não demoraram a reagir, classificando o ensaio nuclear de uma
"grave violação e provocação". Segundo fontes diplomáticas, o Conselho
de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência nesta
quarta-feira para discutir o caso. "Se confirmado, esta ação representaria uma grave violação da (Coreia
do Norte de) das obrigações internacionais de não produzir ou testar
armas nucleares, como determinado por várias resoluções do Conselho de
Segurança das Nações Unidas", disse a chefe de política externa da UE,
Federica Mogherini, em um comunicado, acrescentando que também seria
"uma ameaça para a paz e para a segurança da região Nordeste da Ásia"
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Especialistas internacionais dizem que ainda não há confirmação da
realização do teste, mas o anúncio foi rapidamente criticado por líderes
mundiais, com a Coreia do Sul classificando-o de "uma grave provocação à
nossa segurança nacional". A França, por sua vez, pediu uma "forte
reação da comunidade internacional".
O teste nuclear é o quarto realizado pelo país mais isolado do mundo, que está sob sanções dos EUA e da ONU por seus programas nucleares e de mísseis. O país declarou que tinha armas nucleares em 2003, e realizou testes em 2006, 2009 e 2013.
No mês passado, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse que Pyongyang tinha desenvolvido uma bomba de hidrogênio. A notícia foi recebida com ceticismo por muitos especialistas que duvidam da capacidade do país de fazer uma arma nuclear pequena o suficiente para caber em um míssil.
A Coreia do Norte, porém, garantiu em maio de 2015 que tinha a
capacidade de miniaturizar armas nucleares, um desenvolvimento que lhe
permite implantar armas nucleares em mísseis. Um porta-voz do Conselho
de Segurança Nacional dos Estados Unidos respondeu na época que
acreditava que os norte-coreanos tinham essa capacidade.
David Albright, ex-inspetor de armas da ONU, afirmou à CNN no ano passado que Pyongyang já poderia ter de 10 a 15 armas nucleares, e que poderia aumentar esse montante em várias armas por ano.
Ele disse ainda que acreditava que Pyongyang tinha a capacidade de miniaturizar uma ogiva para os mísseis mais curtos, mas não ainda para mísseis balísticos intercontinentais capazes de atingir os Estados Unidos.
Fonte: AFP
O teste nuclear é o quarto realizado pelo país mais isolado do mundo, que está sob sanções dos EUA e da ONU por seus programas nucleares e de mísseis. O país declarou que tinha armas nucleares em 2003, e realizou testes em 2006, 2009 e 2013.
No mês passado, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, disse que Pyongyang tinha desenvolvido uma bomba de hidrogênio. A notícia foi recebida com ceticismo por muitos especialistas que duvidam da capacidade do país de fazer uma arma nuclear pequena o suficiente para caber em um míssil.
David Albright, ex-inspetor de armas da ONU, afirmou à CNN no ano passado que Pyongyang já poderia ter de 10 a 15 armas nucleares, e que poderia aumentar esse montante em várias armas por ano.
Ele disse ainda que acreditava que Pyongyang tinha a capacidade de miniaturizar uma ogiva para os mísseis mais curtos, mas não ainda para mísseis balísticos intercontinentais capazes de atingir os Estados Unidos.
Fonte: AFP