O
período eleitoral expõe aos olhos de todos a intolerância vigente contra
opiniões e posições conservadoras e liberais.
Bate às portas dos
tribunais superiores o apartheid de toda divergência. Ele já é padrão de
conduta dominante na aparelhada e instrumentalizada cadeia improdutiva
da educação, nos corpos disfuncionais das carreiras de Estado e nas
trevas dos ambientes ditos culturais.
Agora, petições propondo
cancelamentos, censura, bloqueios, quebras de sigilo chegam às cortes em
carrinhos de mão e fazem fila.
Ontem à noite (17/10), assisti à live do Brasil Paralelo
(BP) relatando que os advogados do PT haviam ingressado contra a
empresa demandando tudo isso e mais um pouco. O produto final, na
análise dos advogados, se atendido pelo TSE, representaria o
encerramento das atividades do BP!
Eu vi essa
empresa nascer e crescer, conheço seus diretores, sei que seu sucesso é
produto de gestão competente, responsabilidade em relação aos conteúdos
que produzem, qualidade técnica e, claro, virtudes humanas que provocam
reações em personalidades habituadas ao som de suas próprias vozes.
Brasil Paralelo é um brilhante e raro foco de luz no breu do ambiente
cultural brasileiro.
Quase 400 mil assinantes ativos dão prova do que
afirmo. Nenhum dos grandes jornais brasileiros alcança esses números. O
BP não recebe um centavo sequer do setor público.
Mais de
quatro dezenas dos principais jornais, revistas, sites, canais, páginas
que atuam em ambiente digital são alvo, também, dessa oportunista
arremetida que se vale do momento proporcionado pelo tipo de atuação que
cabe ao TSE em período eleitoral.
Não estou
criticando o direito de peticionar, em que pese meu convencimento de que
se trata de manobra abusiva. Estou fazendo algo mais importante:
mostrando que essa investida está direcionada a quem não participa do
clubinho ou do clubão, do grupinho ou do grupão.
Seus alvos são os
mesmos que, de modo cotidiano, sofrem o apartheid, o bullying, o
cancelamento, nos tantos espaços da vida social acima mencionados.
[temos que ter muito cuidado com o que a esquerda maldita chama de cultura;
a sua cultura chega a ser imprópria para menores de 18 anos, embora em alguns casos crianças toquem corpos nus de adultos - é algo dificil de ser mostrado, encontrado, mas tem alguma coisa que pode ser vista no 'queermuseu' ou em 'macaquinhos'. ; - por respeito aos nossos dois leitores e aos milhares do Puggina, recomendamos cuidado com presença de crianças ao acessar os links, especialmente o segundo - se a esquerda vencer, os exemplos, de anos anteriores, passarão a estar disponíveis até para crianças - nos intervalos de aulas sobre ideologia de gênero.]
Os veículos
da velha imprensa, contra os quais nada é feito, passaram os últimos
quatro anos prestando serviços, afofando colchas e travesseiros do leito
político oposicionista. Então, essa investida é test drive ensaiado por
aqueles que falam em “regulação da mídia”. Lembre-se disso no próximo
dia 30.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.