Em meio à
crise provocada pelas mensagens que revelam bastidores tóxicos da Lava Jato,
Jair Bolsonaro foi ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, com Sergio Moro a tiracolo.
O presidente e seu ministro da Justiça assistiram, na noite desta quarta-feira,
à partida entre Flamengo e CSA.
Do alto
da tribuna, a dupla foi saudada pela torcida rubro-negra. Um torcedor
arremessou uma camiseta do Flamengo na direção de Bolsonaro. Palmeirense, o
presidente vestiu a peça. Pediu que fosse arremessada uma para Moro. Foi
atendido. O ministro trocou o paletó pela camiseta. Sorridente, Bolsonaro
queria ser visto ao lado de Moro. Mandou postar um vídeo no Facebook.
Limitou-se, porém às imagens.
Nenhuma palavra. Desde a noite de domingo, quando o site The Intercept Brasil divulgou a primeira leva de mensagens eletrônicas trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato de Curitiba, o capitão não disse uma mísera palavra sobre a encrenca em público. [presidente da República só deve se manifestar através do porta-voz ou de nota oficial.
Nenhuma palavra. Desde a noite de domingo, quando o site The Intercept Brasil divulgou a primeira leva de mensagens eletrônicas trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato de Curitiba, o capitão não disse uma mísera palavra sobre a encrenca em público. [presidente da República só deve se manifestar através do porta-voz ou de nota oficial.
Excepcionalmente, poderá conceder entrevista coletiva, com perguntas apresentadas previamente.
A atitude do nosso presidente, ontem, ao encerrar uma entrevista coletiva devido pergunta impertinente de uma repórter foi correta e típica de estadista.]
Mais cedo, Bolsonaro reunira-se privadamente com o ministro. Os dois
almoçaram na companhia do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo.
Conversaram sobre a encrenca das mensagens, confirmou o porta-voz da
Presidência Otávio Rêgo Barros. Falaram também sobre o desejo de que a PF aprofunde
as investigações em torno de Adélio Bispo, o personagem que esfaqueou Bolsonaro
na campanha presidencial. Foi a segunda conversa do presidente com Moro desde a
deflagração da crise. Os dois já haviam se reunido na véspera. Depois,
participaram juntos de uma cerimônia promovida pela Marinha. À noite, porém, de
passagem por São Paulo, Bolsonaro interrompeu abruptamente uma entrevista ao ser
questionado sobre a situação de Moro.
O blog apurou que estiveram também no Mané Garrincha o vice-presidente
Hamilton Mourão e o ministro Paulo Guedes (Economia).
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