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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

A nova jogada dos chefes militares a favor de Bolsonaro e contra Lula

Os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica decidiram deixar seus cargos antes do fim do ano, colocando o presidente eleito Lula numa situação delicada em relação à transição do comando das Forças Armadas. [até a posse do eleito, o Comandante Supremo das FF AA é o Presidente da República JAIR MESSIAS BOLSONARO.  
E os comandantes militares são leais ao seu COMANDANTE SUPREMO - honra e lealdade, virtudes que a corja do molusco eleito, e o próprio, desconhecem. 
 
É conveniente que o molusco eleito não esqueça dos seus deveres, como autoridade constituída e que foram lembrados pelos atuais comandantes das 3 Forças, naquela Nota Conjunta, que foi ótima, já que mostrou a algumas autoridades os seus limites.
 
Importante destacar que os  oficiais generais, atuais  comandantes das FF AA, servem ao governo do Presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO e que os futuros comandantes das Forças Armadas, no governo do  presidente eleito, servirão ao governo do Presidente da República Federativa do Brasil, não serão servidores do ex-presidiário, descondenado, não inocentado  Luiz Inácio Lula da Silva
 
Temos convicção que tanto os comandantes saintes quanto os entrantes se conhecem de longa data, mantém relações de amizade,  muito provavelmente foram colegas de turma nas academias militares,  e não vão compactuar com uma situação criada pela imaginação fértil de um jornalista pautado para semear uma discórdia inexistente entre oficiais das Forças Armadas do Brasil.]

A decisão dos militares mostra um dos frutos da reunião realizada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Como a coluna apontou, o mandatário fez um movimento para alinhar o discurso com os comandantes na reta final de seu governo. Com o anúncio da saída antes do fim do mandato, fica claro o golpismo do presidente para atrapalhar o início do governo Lula. [o futuro governo já começa atrapalhado, desorganizado e fadado ao fracasso - a dúvida é se ele aguenta três meses ou seis meses.  O tal governo, ou DESgoverno,  vai fracassar não por golpe de estado e sim pela INcomPeTência dos seus integrantes, começando por quem a preside.]

O movimento dos comandantes é visto, em algumas alas fardadas, como insubordinação e deixa ainda mais claro o que já se sabe há algum tempo: a maioria dos militares compraram a ideia do bolsonarismo, defendem os atos antidemocráticos que têm sido feitos em frente aos quartéis e pretendem dificultar a gestão de Lula.[atos antidemocráticos só na ótica da mídia militante que conspira contra a democracia e quer destruí-la a pretexto de preservá-la.]

Do outro lado, Lula pode indicar o ex-ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro para a pasta da Defesa. O papel de Múcio seria desarmar a bomba que foi armada por Bolsonaro. A boa notícia é que Múcio é conhecido por suas habilidades conciliadoras e deve cumprir bem o papel.

Esta coluna já disse, em diversas ocasiões, que as Forças Armadas deixaram de ser uma instituição de Estado e se comportam como uma instituição de governo. Mais uma prova está aparecendo. Os comandantes das forças tentam tumultuar o ambiente político com a farda, seus canhões e suas baionetas.

Eles não aprenderam com os erros do passado, não se arrependem das falhas cometidas nos últimos quatro anos, mas terão que aceitar a mudança de governo e se submeter à liderança de Lula.

Blog Matheus Leitão - Revista VEJA

 

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Nota Oficial - Relatório das Forças Armadas não excluiu a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas

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Com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório enviado, ontem (9.11), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos. Entre eles:

- houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte;

- os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e

- houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.

Em consequência dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento.

Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

Por fim, o Ministério da Defesa reafirma o compromisso permanente da Pasta e das Forças Armadas com o Povo brasileiro, a democracia, a liberdade, a defesa da Pátria e a garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem.
 

Ministério da Defesa

 

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O ato escandaloso e ilegal de Moraes contra Marcos Cintra - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo


O ato escandaloso e ilegal de Moraes contra Marcos Cintra
| Foto: José Cruz/Agência Brasil

O que a alta justiça brasileira está fazendo com o economista Marcos Cintra é um escândalo. Cintra, como todos sabem, não é um bolsonarista e, portanto, não está na lista negra do sistema STF-TSE – ao contrário, foi candidato a vice numa chapa que se opunha a Jair Bolsonaro nas últimas eleições, e dirigiu a ele críticas pesadas durante toda a campanha eleitoral. 
Nessa condição, e como qualquer cidadão comum, escreveu umas poucas palavras no Twitter para dizer que considerava conveniente a justiça eleitoral averiguar os fatos em torno das alegações de que em dezenas de urnas o presidente não teve nenhum voto, zero, nada ou, então, 1 voto só. Foi só isso: disse que seria bom investigar. 
Não disse e nem sugeriu, em nenhum momento, que tenha havido fraude, nem nada - só observou que, na sua opinião, seria bom esclarecer o que tinha acontecido. Também teve o cuidado de usar termos prudentes, educados e respeitosos em sua postagem.
 
A resposta à observação de Cintra foi automática: seu perfil no Twitter foi imediatamente censurado, por uma “demanda judicial”. Mas o que ele fez de errado, ou ilegal? 
A justiça eleitoral, entre outras funções, não existe exatamente para isso – ouvir as observações que o cidadão queira fazer sobre a eleição? 
Pior: a decisão não foi levada a público, como deve ser qualquer ato judicial; o site Poder 360 procurou o TSE para apurar o que havia acontecido, e não recebeu informação nenhuma.  
Pior ainda: o ministro Alexandre Moraes, presidente do TSE, disse numa nota oficial, com todas as palavras, que Cintra “utilizou as redes sociais para atacar “as instituições democráticas”. Isso é uma acusação objetivamente falsa – as observações do economista estão registradas por escrito em seu tuíte, e não existe nelas nenhum ataque à democracia, ou a quem quer que seja, mas apenas um pedido de investigação. Pior do que tudo: Cintra foi intimado a comparecer à Polícia Federal para ser interrogado pela suspeita de “crime eleitoral”.
 
Fica decidido, assim, que o cidadão brasileiro não apenas está proibido de pedir a atenção do TSE para algo que julga relevante se fizer isso, vai receber punição.  
Onde está escrito, na legislação brasileira em vigor, que o ministro Moraes tem o direito de fazer o que fez? 
É ilegal como têm sido patentemente ilegais dezenas de decisões que ele vem tomando, de forma sistemática, no exercício de sua função. A eleição já acabou; o ministro, porém, decidiu criar no Brasil o estado de eleição perpétua, pelo qual ele se sente autorizado a continuar utilizando o TSE para censurar manifestações de pensamento e jogar a polícia em cima de pessoas que não cometeram crime nenhum. [oportuno lembrar que foi o ministro Moraes quem criou o MANDADO DE PRISÃO em FLAGRANTE e o FLAGRANTE PERENEMENTE PERPÉTUO.]

Tudo isso é vendido como um virtuoso esforço para impedir que sejam divulgadas “notícias falsas”. É insano: quem decide o que é falso ou é verdade? O ministro Moraes? Em que lei está escrito isso? A Constituição não proíbe a mentira, que é punida na forma da lei pelo Código Penal. O que ela proíbe, sem a mínima dúvida, é a censura.  
O alto judiciário brasileiro deu a si próprio o direito de desrespeitar a Constituição – e diz que está fazendo isso para salvar a “democracia” no Brasil.

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 25 de abril de 2022

Nota Oficial - As Forças Armadas e o processo eleitoral

Brasília (DF), 24/04/2022

Acerca da fala do Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, durante participação, por videoconferência, em um seminário sobre o Brasil, promovido por entidade acadêmica estrangeira, em que afirma que as Forças Armadas são orientadas a atacar e desacreditar o processo eleitoral, o Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia.

Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições.

As Forças Armadas, republicanamente, atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas colaborativas, plausíveis e exequíveis, no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e calcadas em acurado estudo técnico realizado por uma equipe de especialistas, para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral, o que ora encontra-se em apreciação naquela Comissão. As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos.

As Forças Armadas, como instituições do Estado Brasileiro, desde o seu nascedouro, têm uma história de séculos de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro, quer na defesa do País, quer na contribuição para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar dos brasileiros. Elas se fizeram, desde sempre, instituições respeitadas pela população.

Por fim, cabe destacar que as Forças Armadas contam com a ampla confiança da sociedade, rotineiramente demonstrada em sucessivas pesquisas e no contato direto e regular com a população. Assim, o prestígio das Forças Armadas não é algo momentâneo ou recente, ele advém da indissolúvel relação de confiança com o Povo brasileiro, construída junto com a própria formação do Brasil.

 

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Ministro de Estado da Defesa

 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

EUA x Irã - Diplomacia ideológica - Merval Pereira


Na sua ilógica atuação internacional, o governo brasileiro vem colhendo situações inusitadas, como a que fez com que o presidente Bolsonaro afirmasse que o Brasil continua interessado nos acordos comerciais com o Irã, momentos depois de ter emitido uma nota oficial em que apoiou o ataque dos Estados Unidos.  Ontem, no entanto, o Itamaraty adiou uma reunião, agendada antes dos ataques, que a embaixada do Brasil em Teerã teria para discutir questões culturais, alegadamente porque não teria sentido discutir acordos com o Irã tendo apoiado a ação dos americanos.

O que parecia ter sido um recuo do Brasil movido pelo bom-senso, em relação ao conflito EUA x Irã, quando Bolsonaro mandou todos ficarem em silêncio depois que o Irã chamou nosso embaixador para uma conversa, vê-se agora que foi um surto que já passou.  Embevecido com a imagem de Trump na televisão, dirigindo-se à nação respaldado por militares de alta patente, Bolsonaro passou a defender a posição brasileira inicial e a atacar o governo do ex-presidente Lula com afirmações equivocadas. Não precisava inventar críticas, elas são muitas nesse relacionamento com o Irã e com outras autocracias e ditaduras pelo mundo. O acordo que Lula assinou com a Turquia e o Irã em 2010 não permitia que o urânio fosse enriquecido a 20%, como acusou Bolsonaro. Simplesmente não foi levado em conta na Europa e nem nos Estados Unidos porque não tinha credibilidade. Foi uma tentativa do governo Lula de dar-se uma importância que não tinha nas negociações geopolíticas internacionais.

Três anos depois, os membros do Conselho de Segurança da ONU que têm direito a veto (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Franca e China) e mais a Alemanha, após quatro dias de negociações em Genebra, chegaram a um acordo que foi considerado histórico.  O compromisso, que estava em vigor mesmo Trump tendo retirado os Estados Unidos dele, previa que o Irã parasse a produção de urânio enriquecido a mais de 5% e impedia a instalação de novas centrífugas. A lição é que não se pode tratar a política externa da maneira como vem sendo tratada pelo presidente Bolsonaro e pelo chanceler Ernesto Araújo, que reagem com o fígado, antes de ter estratégia e visão geopolítica e econômica.

Não se pode dizer o mesmo do governo de Lula, que tinha estratégia clara e megalômana, que levou o país a assumir posições contrárias às nossas tradições diplomáticas e acima de nossa capacidade de atuação. No caso de Honduras, chegou a ser escandalosa a intromissão do governo brasileiro nos assuntos internos daquele país, a ponto de ter tentado, com a cumplicidade de Hugo Chávez, criar um fato consumado com o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya, abrigando-o na embaixada brasileira.  Da mesma forma, o Brasil foi dos países mais ativos, ao lado da Venezuela de Chávez, na condenação das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia, mas nunca fez um comentário sobre os acordos militares que o mesmo Chávez andou assinando com a Rússia e o Irã. [todos os governos da Nova República são ou de esquerda ou favoráveis à esquerda - mesmo que por covardia alguns deles disfarcem.
Todos eles foram a favor de Cuba, da Venezuela, de Kirchner e de outras republiquetas da América do Sul. Ser aliado dos Estados Unidos, especialmente buscando erradicar do continente americana a esquerda,é nobre e patriótico, mas, no momento em que os interesses dos Estados Unidos são contrário aos do Brassil, a neutralidade é o melhor caminho - desde que com uma posição proativa favorável à PAZ.]

O Brasil tem definições de política externa na Constituição que o colocam contra qualquer tipo de terrorismo, e foi nisso que o chanceler se baseou para a nota apoiando o ataque americano no Irã. Bolsonaro usou o mesmo argumento ontem, para defender a primeira reação brasileira. Mas também na Constituição há outros aspectos, como o da não intervenção em assuntos de outros países, o da tentativa de buscar sempre a paz, e este é o caminho que temos que tomar. O Brasil não tem que ser parte de uma crise no Oriente Médio, e não tem condições geopolíticas para ser intermediário de nenhum acordo internacional fora de sua região.

As ideologias não podem impedir que se tenha uma politica externa que atenda aos interesses do país. Na ditadura militar, o Brasil reatou laços de amizade com a China no governo Geisel, assim como, no mesmo governo, cujo chanceler era o embaixador Azeredo da Silveira, reconheceu a independência das colônias portuguesas na África.


Censura
A  proibição de o especial de Natal do Porta dos Fundos ser exibido pela Netflix nada mais é do que censura. Com a decisão, o juiz respalda a tese da defesa do miliciano que colocou fogo na sede da produtora de que foi um protesto, não uma tentativa de homicídio. [atualizando:
-  Felizmente ainda existem juízes no Brasil para impor a Justiça, o que inclui o cumprimento das leis;
- o ministro Toffoli reviu sua decisão que  impedia a redução de preços do DPVAT - aquele seguro gerou para as seguradoras um acúmulo de capital superior a R$ 5.000.000.000,00, isto só com o lucro. O presidente do STF erra,com mais frequência do que a tolerável, mas, tem a grandeza de retificar seus erros.]

Merval Pereira, jornalista - O Globo

 



quinta-feira, 13 de junho de 2019

Bolsonaro vai a jogo do Flamengo junto com Moro



Em meio à crise provocada pelas mensagens que revelam bastidores tóxicos da Lava Jato, Jair Bolsonaro foi ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, com Sergio Moro a tiracolo. O presidente e seu ministro da Justiça assistiram, na noite desta quarta-feira, à partida entre Flamengo e CSA.



Do alto da tribuna, a dupla foi saudada pela torcida rubro-negra. Um torcedor arremessou uma camiseta do Flamengo na direção de Bolsonaro. Palmeirense, o presidente vestiu a peça. Pediu que fosse arremessada uma para Moro. Foi atendido. O ministro trocou o paletó pela camiseta. Sorridente, Bolsonaro queria ser visto ao lado de Moro. Mandou postar um vídeo no Facebook. Limitou-se, porém às imagens. 


Nenhuma palavra. Desde a noite de domingo, quando o site The Intercept Brasil divulgou a primeira leva de mensagens eletrônicas trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, chefe da Lava Jato de Curitiba, o capitão não disse uma mísera palavra sobre a encrenca em público. [presidente da República só deve se manifestar através do porta-voz ou de nota oficial.
Excepcionalmente, poderá conceder entrevista coletiva, com perguntas apresentadas previamente.
A atitude do nosso presidente, ontem, ao encerrar uma entrevista coletiva devido pergunta impertinente de uma repórter foi correta e típica de estadista.]



Mais cedo, Bolsonaro reunira-se privadamente com o ministro. Os dois almoçaram na companhia do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Conversaram sobre a encrenca das mensagens, confirmou o porta-voz da Presidência Otávio Rêgo Barros. Falaram também sobre o desejo de que a PF aprofunde as investigações em torno de Adélio Bispo, o personagem que esfaqueou Bolsonaro na campanha presidencial. Foi a segunda conversa do presidente com Moro desde a deflagração da crise. Os dois já haviam se reunido na véspera. Depois, participaram juntos de uma cerimônia promovida pela Marinha. À noite, porém, de passagem por São Paulo, Bolsonaro interrompeu abruptamente uma entrevista ao ser questionado sobre a situação de Moro.




O blog apurou que estiveram também no Mané Garrincha o vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro Paulo Guedes (Economia).








domingo, 14 de abril de 2019

Se execução é incidente, Bolsonaro é desrespeito


Decorridos cinco dias da execução do músico Evaldo Rosa dos Santos por uma patrulha do Exército, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro balbuciou, finalmente, meia dúzia de palavras sobre o fato. "O Exército não matou ninguém, não", disse ele. "O Exército é do povo. A gente não pode acusar o povo de ser assassino, não." Para Bolsonaro, o que houve foi "um incidente". Ele lamentou que esse "incidente" tenha levado à morte de um "cidadão trabalhador, honesto". No mais, disse que "está sendo apurada a responsabilidade."
[Pergunta que não quer calar: o que a imprensa quer que Bolsonaro, a Presidência da República e o próprio Brasil façam?

- hoje completa uma semana do lamentável incidente que vitimou um cidadão carioca e a imprensa continua implacável cobrando um pronunciamento do governo.
Um ministro já se manifestou sobre o incidente, assumiu o compromisso de que o ocorrido será investigado - aliás, as investigações começaram no dia seguinte ao evento (ignoramos as realizadas no dia dos fatos, visto que foram realizadas por autoridade policial incompetente, sem jurisdição sobre o fato -  Polícia Civil do Rio;).

O que a imprensa quer mais:
- o presidente da República não tem entre suas atribuições, nem tem sentido ter, a de se manifestar sobre ocorrências policiais havidas nas ruas de qualquer cidade brasileira;
- não se trata de ocorrência que enseje a decretação de luto oficial.
Caso caiba indenização,  será a Justiça quem vai decidir.

O acontecido - lamentável por ter envolvido pessoa inocente e de bem - está sendo investigada pelas autoridades competentes, tudo na forma da lei, e com certeza a verdade será apurada e na sua apuração serão consideradas todas as variáveis possíveis, disponíveis, entre elas ser ÁREA DE SEGURANÇA, velocidade desenvolvida pelo veículo atingido, será também considerado o fato de que horas antes veículo com as mesmas características havia sido roubado, o que colocou a patrulha em estado de tensão, etc, etc.

Não é matéria para o presidente da República se manifestar, expedir Nota Oficial ou algo parecido.

Uma coisa podemos antecipar: a vítima era pessoa de bem, cidadão direito e trabalhador, caso não fosse a 'anistia internacional' e uma meia dúzia de ONGs dos 'direitos humanos' estariam fazendo escarcéu.
Sendo a vítima pessoa de bem, policial, trabalhador, eles silenciam.]


O que é um incidente? Os dicionários trazem vários significados. Por exemplo: Incidente é "um fato inconveniente ou desagradável". Incidente é algo "que desempenha um papel secundário, incidental." Quer dizer: Para Bolsonaro, a execução de Evaldo Rosa é uma inconveniência secundária. [fato: não foi acidente, portante, não cabe classificar o infausto acontecimento como acidente;
não houve dolo - não cabe classificar como assassinato.
Pode parecer uma tentativa de apequenar o ocorrido, mas, é a única palavra (das dez que conheço, que melhor define o ocorrido.] Essa é a posição do presidente da República, comandante em chefe das Forças Armadas. Não fica bem discutir com um presidente sobre tiros, tema no qual ele é especialista. Mas sugiro que façamos um teste. Como ficariam as coisas se Evaldo, em vez de negro e músico, fosse branco e senador, deputado federal ou vereador carioca. Suponha que Evaldo, em vez de morar nos fundões do Rio, vivesse na Barra da Imagine que, numa tarde de domingo, esse nosso personagem hipotético decidisse levar a família a um chá de bebê. 

Suponha que uma patrulha do Exército disparasse mais de 80 tiros de fuzil contra o carro desse Evaldo imaginário. Imagine que ele morresse. Agora suponha o que aconteceria na República se o sobrenome do nosso Evaldo fictício, em vez de Rosa, fosse, digamos, Bolsonaro. Pronto. Agora você pode avaliar o que deveria ter dito o capitão e como se sentem os familiares do músico com o que foi declarado. Não se trata de culpar o Exército. Trata-se de respeitar o morto. Incidente não é sinônimo de execução.


Decorridos cinco dias da execução do músico Evaldo Rosa dos Santos por uma patrulha do Exército, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro balbuciou, finalmente, meia dúzia de palavras sobre o fato. "O Exército não matou ninguém, não", disse ele. "O Exército é do povo. A gente não pode acusar o povo de ser assassino, não." Para Bolsonaro, o que houve foi "um incidente". Ele lamentou que esse "incidente" tenha levado à morte de um "cidadão trabalhador, honesto". No mais, disse que "está sendo apurada a responsabilidade."... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/04/13/se-execucao-e-incidente-bolsonaro-e-desrespeito/?cmpid=copiaecola... - Veja mais em https://josiasd... - Veja mais em https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/04/13/se-execucao-e-incidente-bolsonaro-e-desrespeito/?cmpid=copiaecola
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