Pausa nas aplicações está ligada a relatos de aparecimento de coágulos no sangue de pessoas que receberam o imunizante
Alemanha, Itália e França passaram a integrar a lista de países que anunciaram pausas na aplicação da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Na semana passada, Noruega, Dinamarca e Islândia também fixaram restrições temporárias em relação ao mesmo imunizante. As decisões estão baseadas em medidas de “precaução” após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam doses do imunizante.
A decisão, porém, está em desacordo com o que diz a rigorosa agência da saúde da União Europeia, a EMA. Em comunicado recente, a entidade afirmou que os benefícios da vacina seguem superiores aos seus riscos. Além disso, esclareceu que não há indícios claros que a vacinação tenha causado essas condições de saúde, que não estão originalmente listados como efeitos adversos da vacina. Em nota, a EMA afirmou que “o número de eventos tromboembólicos em pessoas vacinadas não é maior do que o número observado na população em geral. Em 10 de março de 2021, 30 casos de eventos tromboembólicos foram relatados entre cerca de 5 milhões de pessoas vacinadas com o imunizante”.
A AstraZeneca também esclareceu, tão logo ocorreram as primeiras restrições, que “a segurança da vacina foi amplamente estudada em ensaios clínicos de Fase I, II e III, e os dados revisados por consultores externos confirmam que a vacina foi geralmente bem tolerada”. Mais um posicionamento da agência é esperado para a terça-feira 16, quando a França decidirá se mantém a suspensão.