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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Alexandre diz que governos ‘pressionam, coagem e ofendem’ Judiciários que defendem a democracia - O Estado de S. Paulo

A afirmação foi feita durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira, 5, durante julgamento que negou pedido de extradição feito pela Turquia contra o empresário Yakup Sagar

Alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que ‘em várias localidades do mundo’ governos tentam pressionar, coagir e ofender o Poder Judiciário quando não gostam das decisões judiciais ou da ‘defesa intransigente que o Poder Judiciário faz da Constituição e da legislação’.

A afirmação foi feita durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira, 5, durante julgamento que negou pedido de extradição feito pela Turquia contra o empresário Yakup Sagar. O colegiado, por unanimidade, seguiu o voto de Alexandre de Moraes, que considerou que parte das imputações feitas a Sagar ‘tem clara motivação política’.

“Um dos pilares do estado democrático de direito, junto com eleições livres e imprensa livre, é a independência do Poder Judiciário. Um Poder Judiciário independente, autônomo, que não sofre pressões do Executivo. Não sofre pressões, coações e perseguições. Lamentavelmente nós temos, de tempos pra cá, em várias localidades do mundo, Executivos tentando pressionar o Poder Judiciário. Quando não gostam das decisões do Judiciário. Quando não gostam da defesa intransigente da defesa intransigente que o Poder Judiciário faz da Constituição e da legislação. Simplesmente ou pressionam, ou coagem, ou ofendem, ou pior ainda, prendem, como no caso em questão”, afirmou o ministro em seu voto.[com o devido respeito, passamos a expressar nossa opinião sobre o voto do ministro Moraes, condutor perpétuo do inquérito do fim do mundo - nome dado ao famoso inquérito por vários juristas, entre eles o ministro Marco Aurélio, que  na época  que cunhou a expressão era ministro do STF -  tarefa complexa até para a nossa notória ignorância jurídica.
Começamos pelo entendimento e surpresa motivadas pelo fato do ministro considerar parte das imputações feitas a Sagar derivadas de clara motivação política - com tal entendimento, participasse o ministro de eventual julgamento nos 'States' do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, teria que votar pela inocência do réu.
Ao nosso entendimento, vez ou outra  alguns cidadãos indignados com o que entendem ser 'abuso de autoridade' expresso em decisões monocráticas de ministro da Suprema Corte, chegam a usar termos que podem ser considerados ofensivos, ao prolator da decisão, que integram o Poder Judiciário mas não são o Poder Judiciário.]

Alexandre destacou que o governo turco prendeu 2745 juízes e promotores, o que chamou de ‘absurdo’, e ainda apontou como as detenções implicam em uma ‘coação psicológica gigantesca’ a outros magistrados. Além disso, o ministro destacou que um integrante da suprema corte do País chegou a ser preso pelo governo turco, em um ataque direto à instância máxima do Judiciário daquele país. “Claramente, ostensivamente e eu diria vergonhosamente, o Poder Judiciário vem sofrendo um ataque à sua autonomia e à sua independência”, afirmou.

O ministro do STF não fez nenhuma menção ou referência aos aliados do presidente Jair Bolsonaro, mas é atacado com frequência pela base bolsonarista, incomodada com os posicionamentos do magistrado em investigações que são sensíveis ao Palácio do Planalto. Nos últimos anos, houve diferentes momentos em que foram registradas escaladas dos ataques – o mais recente deles no final de março, quando Bolsonaro exaltou o golpe de 1964, que deu início à ditadura militar.

O caso de Sagar
No julgamento em que Alexandre fez as declarações sobre os ataques ao Judiciário em todo mundo, os ministros do STF analisaram algumas alegações feitas pelo governo turco contra Yakup Sagar, que foi preso, para fins de extradição, em dezembro de 2021.

Depois de ser interrogado, Sagar teve a preventiva substituída pelo uso de tornozeleira eletrônica. Dono de uma empresa de confecção em São Paulo, ele mora no Brasil desde dezembro de 2016, com a mulher e a filha, e obteve a condição de refugiado no início deste ano.

O Executivo da Turquia acusa o empresário de integrar, junto com mais 83 pessoas, o movimento Hizmet, ligado à suposta organização Fethullah Gülen, que, em julho de 2006, teria tentado golpe armado contra o governo, que tinha como primeiro-ministro o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan.

Ao pedir a extradição de Sagar, o País citou delitos tipificados no Código Penal do país e na lei sobre financiamento ao terrorismo, argumentando que os crimes não são políticos e que o empresário seria responsável por ‘angariar recursos para viabilizar as atividades criminosas da organização’.

Já a defesa do empresário apontou a descrição genérica dos fatos a ele imputados e alegou desvio de finalidade do processo, que ‘teria se tornado instrumento de perseguição extraterritorial do governo turco a seus opositores’.

O advogado de Sagar também destacou que a Constituição proíbe extradição no caso de imputação de crime estritamente político.

Além disso, a defesa evocou a condição de refugiado de Sagar, indicando ainda que o empresário não tem antecedentes criminais no Brasil, tem endereço conhecido e sua filha cursou Comércio Exterior no país.

Ouvida no processo como parte ‘amiga da corte’, a Defensoria Pública da União argumentou que o governo turco ‘tem realizado acusações como forma de perseguição’. No mesmo contexto, a Conectas Direitos Humanos destacou que o Estado turco ‘não demonstra respeitar os direitos de seus nacionais e que há uma série de denúncias internacionais contra a prática de perseguição política por meio de extradições’.

Ao analisar o caso, Alexandre de Moraes votou por negar o pedido de extradição e ainda revogou as medidas cautelares impostas ao empresário, destacando como parte das acusações contra Sagar tem ‘clara motivação política’. Além disso, o ministro indicou que não há comprovação de que o movimento Hizmet seja terrorista.

O relator explicou que o Supremo não autoriza extradições se houver risco ‘de o réu ser julgado por juízes de exceção’. [ao nosso entendimento, com a fala do inicio deste parágrafo, o ministro  Moraes corrobora o acerto da interpretação dos que entendem a inconveniência de ser autorizada a extradição de Allan dos Santos. No Brasil, vez ou outra, certas decisões exaradas por ministros integrantes de Cortes superiores, lembram as que seriam proferidas por 'tribunais de exceção', no Brasil inexistentes - aliás, proibidos pela Constituição Federal.] “Um dos pilares do Estado de Direito é a independência do Poder Judiciário, que deve ser autônomo e não pode sofrer pressões, coações e perseguições”, apontou.

Fausto Macedo - Blog - O Estado de S. Paulo

 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Premier turco compara Netanyahu a terroristas de Paris



Segundo Davutoglu, ambos cometeram crimes contra a Humanidade

 [com o detalhe que o número de vítimas de Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, supera milhares, incluindo civis indefesos, crianças e mulheres e para executar suas matanças Netanyahu utiliza um dos mais poderosos exércitos do mundo.]
O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, comparou nesta quinta-feira o premier israelense, Benjamin Netanyahu, aos terroristas que realizaram os ataques em Paris na semana passada, argumentando que todos cometeram crimes contra a Humanidade. O comentário do chefe de governo da Turquia vem num momento de guerra verbal entre líderes de ambos os países, cujas relações se intensificaram nos últimos anos, desde que forças israelenses atacaram um barco turco que se dirigia à Faixa de Gaza, em 2010, matando nove ativistas turcos. Assim como o massacre de Paris cometido por terroristas é um crime contra a Humanidade, Netanyahu, como chefe de governo que mata crianças brincando na praia com bombardeios em Gaza, destrói milhares de casas e que massacrou nossos cidadãos (turcos) em um barco que prestaria ajuda humanitária e estava em águas internacionais, cometeu crimes contra a humanidadedisse Davutoglu em uma entrevista coletiva.

Na segunda-feira, foi a vez de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticar a presença de Netanyahu na marcha organizada na França no domingo contra os ataques ao jornal satírico “Charlie Hebdo” e a um supermercado de produtos judaicos. Davutoglu também esteve presente na manifestação. Em resposta, Netanyahu cobrou condenação do comentário de Erdogan pelos líderes mundiais.  — Ainda estou aguardando que um líder mundial condene os comentários de Erdogan. Até agora, nenhum deles o fez — afirmou o primeiro-ministro israelense em reunião com um grupo de apoiadores americanos de Israel.

 — Acredito que essas declarações vergonhosas devem ser repudiadas pela comunidade internacional, porque a guerra contra o terrorismo só triunfará se for guiada pela clareza mental. [o silêncio dos líderes mundiais incomoda ao líder israelense por representar a concordância daquelas lideranças com os comentários efetuados pelas autoridades turcas.]

A troca de farpas também envolveu o ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, que chamou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan de “provocador antissemita”. Lieberman afirmou que os líderes europeus foram “covardes” por não criticarem o líder turco. — O silêncio politicamente correto da Europa civilizada sobre provocadores antissemitas como Erdogan e seus comparsas nos levam de volta aos anos 1930 — afirmou Lieberman, líder do partido de direita Yisrael Beitenu, em referência ao período de perseguição aos judeus na Europa. — Temos que falar a verdade abertamente e colocar as cartas na mesa. Na Europa e no resto do mundo, a discussão principal após os ataques de Paris foi sobre a liberdade de expressão, o extremismo e a islamofobia. Mas os aspectos judaicos e antissemitas mal foram mencionados, e isso é particularmente grave.

Fonte: AP