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quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

O lado bom das chuvas que castigam o Sudeste e o sul da Bahia - Gazeta do Povo

Reservatórios

A ômicron está se alastrando no Brasil e no mundo. Já falei aqui que essa variante tem uma incrível capacidade de contaminação, mas, em compensação, a agressividade é menor. Segundo estão constatando, a agressividade é de uma gripe comum, com a vantagem de que ela "imunizaria" para todas as cepas do vírus Influenza.

chuvas reservatórioschuvas reservatórios

Usina de Três Marias, no norte de Minas Gerais: chuvas ajudam a restabelecer os níveis dos lagos de hidrelétricas e reduzir o custo com energia| Foto: Divulgação/Cemig

Alguns países, como a África do Sul, que já aprendeu mais com a ômicron porque a variante apareceu lá, já estariam falando em declarar a Covid-19 uma endemia, que tem aquela sazonalidade, em que todos os anos aparece aquele surto. Ou seja, já é uma degradação da pandemia.



Aqui no Brasil está cheio de gente vacinada contra a Covid que se infectou com a nova variante. Entre as pessoas da política, a ministra da Família e Mulher, Damares Alves, e a filha; o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto. Todos de posse do tal passaporte da vacina. E aí eu pergunto: de que está servindo o passaporte?

Lá do Rio de Janeiro, eu li essa manchete: "38% dos internados por Covid não tomaram vacina". Quer dizer, por aritmética, isso significa que 62% dos internados foram vacinados.

Enfim, não dá para dizer que é uma boa notícia, mas as notícias que se têm a respeito é que deixam a gente aliviado, porque parece que finalmente está acabando a pandemia. Sendo assim, a campanha eleitoral, que já vem desde o dia em que saiu o resultado do segundo turno da eleição de 2018, com o pessoal que não ganhou não deixando o governo governar, já pode começar para valer. Muita gente aproveitou o coronavírus como muleta para fazer oposição.

É um ano eleitoral em que a gente tem que estar bem atento para não sofrer desinformação, fake news, não receber o que é militância como se fosse informação.

Nível da água dos reservatórios sobe
Um lado bom das chuvas fortes que atingem o Sudeste é que as represas das hidrelétricas já estão com mais de 70% da suas capacidades e o nível continua subindo. Isso vai fazer com que, em breve, acabe essa bandeira vermelha, que torna mais cara a eletricidade e que colaborou para a inflação chegar a mais de 10% em 2021. [o nosso presidente, apesar de sua capacidade política (que ele insiste em disfarçar) tem horas que escorrega feio... Já era tempo de ter acabado com a bandeira vermelha. Insistir em manter, sob alegação da necessidade de evitar  eventual antecipação na ligação das termoelétricas, é  fornecer munição para o inimigo. Inimigo insignificante mas sempre traiçoeiro. Presidente Bolsonaro ACABE AGORA COM A BANDEIRA VERMELHA. O povo brasileiro precisa desse alívio.]

O lado ruim é que Minas Gerais já está com 24 mortos. O Rio de Janeiro também enfrenta problemas com o transbordamento do rio Paraíba do Sul e outros rios da região serrana. Rios conhecidos de Minas Gerais, muito citados na literatura, como Rio Doce, Piracicaba, Januária, Rio das Velhas, Rio Pomba, conhecidos pela música, pela cachaça e etc, estão todos transbordando. O mesmo ocorre no Espírito Santo e no sul da Bahia, o primeiro estado a sofrer com as inundações.

São as consequências da chuva, que faltaram lá no Sul do país durante muito tempo, prejudicando as safras de milho e de soja, e é um exagero. Em Brasília está chovendo desde meados de outubro e não para.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Mutações no Sars-CoV-2 na Inglaterra: devemos nos preocupar? - Blog Letra de Médico

Adriana Dias Lopes - VEJA

O novo coronavírus não começou a mudar o seu código genético agora. Ele sofre cerca de duas mutações por mês, metade em relação ao vírus influenza

O aumento súbito do número de casos de COVID-19 nas últimas semanas na Inglaterra levou a uma investigação epidemiológica mais profunda. A Inglaterra é um dos países que mais tem investido no sequenciamento do genoma do SARS-CoV-2 como ferramenta de vigilância epidemiológica, e analisa profundamente mais de 10% de todos os casos de infecção, um número impressionante. Graças a esta avançada tecnologia, os ingleses conseguiram detectar o aumento rápido de uma linhagem genética do SARS-CoV-2 que está sendo chamada de B.1.1.7. ou de VUI 202012/01 (Variant Under Investigation, year 2020, month 12, variant 01).

SARS-CoV-2 começou a mutar agora?
Importante entender que o SARS-CoV-2 não começou a mudar o seu código genético agora. Já se sabe que em SARS-CoV-2 acontecem cerca de 1-2 mutações por mês, uma taxa que é metade da taxa de mutação do vírus influenza e um quarto da taxa do HIV, de modo que até agora apenas 11 locais do RNAm do SARS-CoV-2 diferiam em mais de 5% das sequências conhecidas. 
 
Estas mutações vêm sendo acompanhadas de maneira pioneira por um consórcio de pesquisadores mundiais, a iniciativa GISAID (https://www.gisaid.org), que inclui o Brasil, e a grande maioria destas variantes não exerce nenhum efeito maléfico nem benéfico sobre o hospedeiro humano. Todos os dias informações sobre centenas de sequências do SARS-CoV-2 são transmitidas para a base de dados deste consórcio GISAID, de modo que há uma vigilância epidemiológica molecular constante sobre o SARS-CoV-2 desde o início da pandemia em 10 de Janeiro de 2020. Por exemplo, foi detectado alguns meses atrás que uma mutação chamada D614G aumentou muito a sua frequência, mas aparentemente não trouxe maior vantagem ao coronavirus. O que chama a atenção especial sobre esta linhagem inglesa é que ela aumentou de frequência rapidamente e que contém várias mutações ao mesmo tempo, o que a difere das linhagens anteriores que tem, em cada linhagem, uma ou poucas mutações.
 
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Destas 10 mutações em Spike, três requerem maior atenção dos pesquisadores;

1) A mutação N501Y, que ocorre dentro do domínio de ligação ao receptor (RBD) na região S1 de Spike, e que pode gerar uma afinidade maior desta linhagem com o receptor ACE2, que é a chave para a entrada do SARS-CoV-2 na célula humana. Esta mutação é a que está sendo considerada como a mais preocupante entre todas, provavelmente a responsável pela maior transmissibilidade de toda a linhagem. N501Y foi detectada agora também na África do Sul, mas por origem independente, não por transmissão por viajantes. Este dado, trazido pelo consórcio GISAID, tem importância, pois demonstra que o exato local desta mutação no genoma do SARS-CoV-2, pode favorecê-lo de alguma maneira;

2) A deleção 69-70del, que leva a perda de dois aminoácidos na proteína Spike, se situa no domínio terminal N de S1 de Spike, numa alça exposta na superfície da proteína Spike, que pode representar lugar de ligação de anticorpos contra o Coronavírus, e, portanto, uma mutação ali pode alterar a estrutura de Spike e impactar no reconhecimento por anticorpos. Junto com outras mutações esta é uma que já foi demonstrado que pode escapar da resposta imune quando o paciente é tratado com plasma de convalescentes, ou seja, de pessoas que já tiveram e se recuperaram da COVID-19. “In vitro” ela tem o dobro da capacidade de infecção, “in vivo” ainda não sabemos;

3) Mutação P681H, que se localiza imediatamente adjacente ao sitio de clivagem para a Furina entre S1 e S2 de Spike, lembrando que o SARS-CoV-2 usa este sitio de clivagem para aumentar a efetividade do processo de ligação com o receptor ACE2 e fusão de membranas para penetração na célula humana;

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Em Letra de Médico - VEJA, MATÉRIA COMPLETA -  Por Salmo Raskin