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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Assassinato de vereadora chega a cinco meses sem solução; para ministro, elucidar o caso é 'questão de honra' para o governo Temer

[Óbvio que ELUCIDAR QUALQUER ASSASSINATO - de qualquer pessoa, político ou não - é QUESTÃO DE HONRA para qualquer Governo.

Inaceitável é que se despreze a obrigação de investigar milhares de assassinatos na tentativa de justificar um ministério cujo ministro quando fala, só complica e faz promessas vãs.] 

Jungmann diz que PF já escolheu equipe para caso Marielle [pergunta ingênua: o que justifica destacar uma equipe da PF para investigar um assassinato em um Brasil que ocorrem mais  de 60.000 assassinatos por ano?

as vidas humanas no Governo Temer tem valorização de acordo com o cargo?

qual lei autoriza este tratamento diferenciado?]

Ministro da Segurança Pública ponderou, no entanto, que agentes só entrarão na apuração caso o governo do Rio ou o MP estadual solicitem

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta segunda-feira, 13, que a Polícia Federal já tem uma equipe definida para atuar nas investigações da execução da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), que completa cinco meses na terça-feira, 14, sem qualquer solução. Delegados da corporação no Rio e de fora do estado foram selecionados, disse Jungmann. Os policiais só vão atuar no caso, no entanto, se forem solicitados pelo governo fluminense ou o Ministério Público estadual.

Segundo o ministro, a PF está pronta para entrar nas investigações, diante da sua complexidade. “Logo no início foi cogitada a federalização das investigações pela Procuradoria Geral da República, mas o MP do Rio não quis. Passados 150 dias, a gente tem a obrigação de colocar a PF à disposição, para ajudar ou assumir (o caso). Isso não quer dizer que estou desqualificando a equipe que trabalha”, disse Raul Jungmann, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, após anúncio de programa conjunto para a construção de presídios via parcerias público-privadas.

“Não é que se queira isso (que a PF assuma). É uma responsabilidade enorme. Estamos dispostos a compartilhar essa responsabilidade, se quiserem”, afirmou. Ele declarou ainda que a elucidação do crime é “questão de honra” para o presidente Michel Temer (MDB).

Jungmann ponderou, entretanto, que a atribuição sobre as investigações é estadual e ressalvou que não recebe informações dos investigadores da Delegacia de Homicídios sobre a condução do caso. “A PF não pode fazê-lo (assumir). É preciso que haja requisição”. Como o Rio está sob intervenção federal na segurança, o ministro disse que o pedido poderia vir do gabinete de intervenção.

Nesta segunda, Raul Jungmann voltou a dizer que a complexidade das investigações se deve ao fato de haver envolvimento de “políticos e agentes públicos” no homicídio. “Isso me parece algo óbvio”, afirmou.  Conforme VEJA revelou na última sexta-feira, 10, uma das linhas de investigação envolve três deputados estaduais do MDB alvos da Lava Jato no Rio: Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, em prisão domiciliar, Paulo Melo e Edson Albertassi. Por esta tese, o crime teria sido encomendado por conta de uma disputa política. Jungmann não comentou essa possibilidade.

Veja