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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

O que Lewandowski sabe de segurança pública? - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo 
 
Meu primeiro assunto é a sua segurança, a sua liberdade de andar na rua sem ser assaltado, a sua liberdade de não ser furtado na sua casa, no seu carro, na sua loja
É que, no dia 1º de fevereiro, assume um novo ministro da Justiça, que na verdade não é ministro da Justiça, porque a Justiça é outro poder. 
É o ministro da Segurança Pública.

Ricardo Lewandowski, que já foi de outro poder – já foi ministro do Supremo –, se notabilizou quando, como presidente do Supremo, presidiu também o julgamento de Dilma e deixou de cumprir o que está escrito no parágrafo único do artigo 52 da Constituição: que o presidente condenado fica impedido de ocupar cargo público por 8 anos.

Ele, como presidente da República, e os outros ministros do Supremo e os deputados juraram cumprir e defender a Constituição. 
Mas ele sempre foi advogado na vida. 
Que contato tem ele com a segurança pública? 
O que Lewandowski sabe de segurança pública? 
O mais próximo disso é que, depois de ter feito o CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), como oficial da reserva, ele chegou a ser segundo-tenente no 17º Regimento de Cavalaria em Pirassununga. Mas ele sempre foi advogado. 
Tanto que ele virou juiz do Tribunal de Alçada Criminal em São Paulo, por indicação de Orestes Quércia, depois que a OAB o indicou no quinto constitucional destinado a advogados. Acabou no tribunal estadual.
 
Depois, com o voto pesado de dona Marisa Letícia, foi indicado por Lula para o Supremo. 
Lá no Supremo, como revisor do Mensalão, Lewandowski teve um bate-boca feio com o presidente do tribunal, Joaquim Barbosa, porque achou que o Mensalão não era formação de quadrilha, e que o assunto tinha que ir para o foro de primeira instância – ao contrário dos que foram presos em 8 de janeiro –, porque os acusados não tinham foro privilegiado. 
E houve um bate-boca muito grande, porque eles estavam ligados a quem tinha foro privilegiado.

A narcopolítica se alastra pela América Latina
Por que eu estou contando tudo isso?
Porque aqui no Brasil nós tivemos, no ano passado, mais de 30 mil homicídios. 
O Equador teve cerca de 9.000 homicídios. Claro, o Equador é bem menor, tem menos população. 
Mas, em números absolutos, nós temos mais de três vezes o número de assassinatos do Equador. 
E o Equador está em crise seríssima.
Aconteceu agora com o Equador o que já tinha acontecido com a Colômbia nos anos 1980, com o México nos anos 1990. É o crime – o narcocrime – tomando conta inclusive da política
A fiscal-geral, que é a procuradora geral da República de lá, a Diana Salazar, diz que o Estado está colonizado pela narcopolítica, é um câncer com metástase. 
Já prendeu juízes, promotores, funcionários, policiais, e todos são considerados cúmplices das 22 facções da droga. Foi instituída prisão perpétua para essa gente.
 
E aqui no Brasil está tudo muito semelhante. Há territórios liberados em que autoridade brasileira não entra – com exceções. 
No Rio de Janeiro, por exemplo, há situações assim. A Amazônia está sendo tomada por essa gente. Os presídios também.
 
Por isso, eu pergunto: o que o novo ministro vai conseguir a partir de 1º de fevereiro? 
Ele fez uma declaração dizendo que o objetivo é o combate permanente e rigoroso à criminalidade sob todas as suas formas, com respeito à Constituição e às leis. 
Por que Lewandowski usa "criminalidade", e não "criminosos"?  
Quando eu falo em combater os criminosos, eu estou personalizando. "Criminalidade" é uma abstração – parece que não estou muito disposto a fazer o necessário. 
Ele fala também em respeito à Constituição e às leis. 
Como é que pode dizer isso depois do 31 de agosto de 2016, no julgamento de Dilma?
 

Celso Lafer condena decisão de Mauro Vieira

Para encerrar, queria chamar a atenção de vocês para a carta que o ex-chanceler brasileiro Celso Lafer, do governo de Fernando Henrique Cardoso, mandou para o seu ex-subordinado, atual chanceler, Mauro Vieira, sobre a história de entrar junto com a África do Sul no Tribunal Internacional
 A África do Sul está ao lado do Hamas, acusando Israel de genocídio. 
Ele disse que, à luz da Convenção de 1948, isso é impossível, porque a reação de Israel foi decorrente de uma agressão que sofreu. 
Disse que há má-fé, e que isso não acrescenta credibilidade ao Brasil, que só reforça o antissemitismo.
 
E ele acrescenta que uma de suas preocupações como chanceler – que Mauro Vieira, como seu subordinado, pôde acompanhar – foi a de zelar pela consistência da política jurídica exterior do Brasil. 
Disse ainda que o Brasil, nessa nota do Itamaraty, não atende aos requisitos de consistência e coerência da política jurídica externa do Brasil. Não obedece às regras de direito, não acrescenta credibilidade entre os que têm relações com o Brasil.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

sábado, 8 de setembro de 2018

A pedido de Temer, escolta a serviço de candidatos aumentará

Dos 80 policiais designados para escoltar os presidenciáveis, 21 estavam com Jair Bolsonaro devido à elevada probabilidade de ataque. A pedido de Michel Temer, o contingente a serviço dos postulantes ao Planalto aumentará para 144 agentes

O ataque sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro, do PSL, na quinta-feira, foi lamentado pela Polícia Federal, mas não encarado como uma completa surpresa. Ele é um dos cinco candidatos que tinham solicitado proteção pessoal à PF e o que tinha conseguido o maior número de agentes. Dos 80 policiais designados para a segurança dos postulantes ao Planalto na campanha deste ano, 21 estavam com o capitão reformado do Exército, o que sinaliza uma avaliação de que ele corria mais riscos do que outros, disse ontem o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

Depois do atentado, a pedido do presidente Michel Temer, o contingente total a serviço dos candidatos deve aumentar para 144 policiais. Segundo a corporação, o reforço já está sendo feito, e os agentes, recrutados. Atualmente, 59 policiais federais fazem a segurança dos candidatos Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Alvaro Dias (Podemos) e Marina Silva (Rede). Os agentes designados para essa atividade fazem parte do Serviço de Segurança de Dignitários (SSD), o mesmo usado para chefes de Estado que vêm ao Brasil.

A concessão de agentes para a segurança de presidenciáveis é feita com base em análises dos riscos que cada postulante encara. Segundo a PF, a avaliação leva em conta uma série de fatores, como as atividades principais da campanha de cada um e os locais aos quais costumam ir. Varia também de acordo com o reduto eleitoral e se ele viaja mais ou menos.  No total, levando em conta as escalas, foram designados, inicialmente, pelo menos seis agentes para cada presidenciável. O número exato não é divulgado pela PF por uma questão de segurança. No caso de Bolsonaro, o total foi de 21, já considerada a variação de acordo com os turnos. “Eles já foram recrutados imaginando que nem todos estarão disponíveis o tempo todo, devido à escala”, explicou um agente da PF.

Cada caso, um caso
Segundo a corporação, o contingente de policiais escalados para cada ocasião varia conforme o tipo de evento e do local, por exemplo. Se for um jantar em um shopping, vai menos. Se for para uma passeata no centro da cidade ou na praia, vai mais. Em eventos públicos, Bolsonaro costuma ser acompanhado por pelo menos sete policiais. 
Geralmente, a segurança da PF usa a chamada “posição de diamante”, cercando o candidato a partir de pontos específicos. Um dos policiais fica responsável pela área de inteligência, observando o movimento. Além disso, antes de todos os eventos, a polícia faz uma visita ao local. Os candidatos sempre são avisados de que, ao sair com multidão, a PF não garante a segurança. “É um risco deles”, explicou um agente.

O lugar em que Bolsonaro foi atacado, aberto e com grande proximidade de pessoas, está na lista dos mais prováveis de resultar em algum tipo de agressão — alerta feito ao presidenciável. Por isso, foram 13 policiais com ele na ocasião, número considerado adequado pelo Ministério da Segurança Pública. Além deles, 50 policiais militares trabalhavam para garantir a integridade do capitão do Exército no local.  “Candidato é um bicho difícil, porque ele procura ter contato. Quem lida com segurança sabe que isso faz parte do jogo. O problema é quando você vai para uma situação de risco reiterada sobre a qual a segurança diz: ‘Olha, não dá para fazer segurança nessas condições’. Foi chamada a atenção dele (Bolsonaro) e de outros candidatos”, explicou Jungmann, após o desfile de 7 de Setembro, em Brasília.

“Candidato é um bicho difícil, porque ele procura ter contato. Quem lida com segurança sabe que isso faz parte do jogo”
Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública

Correio Braziliense

 

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Vem BOBAGEM por aí: Ministro Jungmann participará de debate sobre crime organizado do Correio

O debate acontecerá nesta terça-feira (4/9), no Correio Braziliense, e contará com autoridades no assunto, dentre eles o Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann 

[ministro as vésperas  de ficar desempregado, pretende apresentar soluções que não apresentou durante todo o período em que foi o homem da confiança do atual presidente da República.

Sendo notório que todas as reuniões da qual a presença daquele ministro está prevista e ele não comparece ou comparecendo nada fala, vamos torcer para que ele falte ou entre e permaneça em silêncio e saia calado.]

De difícil combate, o crime organizado tem avançado no país trazendo insegurança à população e levantando a questão para políticas de segurança pública mais efetivas. No intuito de promover um diálogo sobre medidas para acabar com a criminalidade, aumentar a segurança e conter o mercado ilegal, o evento 'Correio Debate 10 medidas contra o mercado ilegal: os 3 Poderes unidos contra o Crime Organizado' reunirá especialistas e autoridades no assunto, dentre eles o Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.

O evento acontece no dia 4 de setembro, das 8h às 14h no auditório do edifício sede do jornal e é uma realização do Correio Braziliense, patrocinado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco). A mediação é do jornalista Leonardo Cavalcanti.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.correiobraziliense.com.br/correiodebate/mercadoilegal/ com vagas limitadas.

Um Welcome Coffee será oferecido no começo da cerimônia e a abertura do evento contará com a presença do professor da FGV e coordenador do estudo do Centro de Estudos de Direito Econômico Social (CEDES), Luciano Godoy.  Os painéis serão divididos em três partes, que representam o Poder Executivo, Legislativo, e Judiciário e MPF. [complicou: existe Três Poderes e um apêndice do Executivo que é o Ministério Público - só que no painel juntam Judiciário e MPF o que não é conveniente.] O tema do primeiro painel é “A importância do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras e o papel dos Orgãos Reguladores no combate ao mercado ilegal” e será aberto pelo Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. 

Comporão a mesa o professor da UERJ e autor do estudo do CEDES, José Vicente Mendonça; o Coordenador Geral de Combate ao Contrabando e ao Descaminho da Receita Federal, Arthur Cezar Rocha Cazella e o diretor geral da PRF, Renato Dias. O segundo painel de tema “Três caminhos para combate ao crime organizado: sistema penal brasileiro, simplificação tributária e Segurança Pública como prioridade dos investimentos públicos” será aberto pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly.

A mestre da USP e autora do estudo CEDES, Danyelle Galvão; o doutor pela USP e autor do estudo do CEDES, Carlos Daniel Neto; o professor livre-docente de direito tributário da USP, Cristiano Carvalho e o professor doutor em Economia Aplicada, Pery Shikida compõe a mesa. O presidente do ETCO, Edson Vismona encerrará o debate.  

 

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Assassinato de vereadora chega a cinco meses sem solução; para ministro, elucidar o caso é 'questão de honra' para o governo Temer

[Óbvio que ELUCIDAR QUALQUER ASSASSINATO - de qualquer pessoa, político ou não - é QUESTÃO DE HONRA para qualquer Governo.

Inaceitável é que se despreze a obrigação de investigar milhares de assassinatos na tentativa de justificar um ministério cujo ministro quando fala, só complica e faz promessas vãs.] 

Jungmann diz que PF já escolheu equipe para caso Marielle [pergunta ingênua: o que justifica destacar uma equipe da PF para investigar um assassinato em um Brasil que ocorrem mais  de 60.000 assassinatos por ano?

as vidas humanas no Governo Temer tem valorização de acordo com o cargo?

qual lei autoriza este tratamento diferenciado?]

Ministro da Segurança Pública ponderou, no entanto, que agentes só entrarão na apuração caso o governo do Rio ou o MP estadual solicitem

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta segunda-feira, 13, que a Polícia Federal já tem uma equipe definida para atuar nas investigações da execução da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), que completa cinco meses na terça-feira, 14, sem qualquer solução. Delegados da corporação no Rio e de fora do estado foram selecionados, disse Jungmann. Os policiais só vão atuar no caso, no entanto, se forem solicitados pelo governo fluminense ou o Ministério Público estadual.

Segundo o ministro, a PF está pronta para entrar nas investigações, diante da sua complexidade. “Logo no início foi cogitada a federalização das investigações pela Procuradoria Geral da República, mas o MP do Rio não quis. Passados 150 dias, a gente tem a obrigação de colocar a PF à disposição, para ajudar ou assumir (o caso). Isso não quer dizer que estou desqualificando a equipe que trabalha”, disse Raul Jungmann, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, após anúncio de programa conjunto para a construção de presídios via parcerias público-privadas.

“Não é que se queira isso (que a PF assuma). É uma responsabilidade enorme. Estamos dispostos a compartilhar essa responsabilidade, se quiserem”, afirmou. Ele declarou ainda que a elucidação do crime é “questão de honra” para o presidente Michel Temer (MDB).

Jungmann ponderou, entretanto, que a atribuição sobre as investigações é estadual e ressalvou que não recebe informações dos investigadores da Delegacia de Homicídios sobre a condução do caso. “A PF não pode fazê-lo (assumir). É preciso que haja requisição”. Como o Rio está sob intervenção federal na segurança, o ministro disse que o pedido poderia vir do gabinete de intervenção.

Nesta segunda, Raul Jungmann voltou a dizer que a complexidade das investigações se deve ao fato de haver envolvimento de “políticos e agentes públicos” no homicídio. “Isso me parece algo óbvio”, afirmou.  Conforme VEJA revelou na última sexta-feira, 10, uma das linhas de investigação envolve três deputados estaduais do MDB alvos da Lava Jato no Rio: Jorge Picciani, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, em prisão domiciliar, Paulo Melo e Edson Albertassi. Por esta tese, o crime teria sido encomendado por conta de uma disputa política. Jungmann não comentou essa possibilidade.

Veja
 

 


terça-feira, 6 de março de 2018

Jungmann defende fim do contato direto entre presos e visitantes

Ministro da Segurança Pública também comentou sobre eventuais mudanças no regime de progressão de pena

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu nesta terça-feira o fim do contato direto entre presos e visitantes nas penitenciárias. Jungmann propôs a construção de parlatórios, em que qualquer contato com o preso seja registrado. “Vocês já viram em filmes: tem um vidro, tem um telefone, e tudo aquilo que é conversado é registrado. Se houver necessidade, requisitam-se ao juiz aquelas informações”, disse, após participar da abertura da 13ª Feira Internacional de Segurança, na zona norte de São Paulo.

[as ideias do ministro Jungmann são ótimas, só que de demorada implantação - muitas delas necessitam até de modificar a Constituição dos direitos dos bandidos; 
só que são bem antigas - o contato entre preso e visitante, por telefone,  já é visto em filmes dos anos 80;
- tem que acabar com a visita íntima - bandido tem que sofrer na cadeia;
- tem que acabar com essa moleza de o cara cumprir um sexto da pena e ganhar direito ao semi aberto - em uma pena de 30 anos o  cara cumpre cinco e já pode pleitear sair; o ideal é que o preso só tenha direito a alguma beneficio após cumprir no mínimo 4/10 da pena e se reincidente, dois terços.
- tem que acabar com saídão; outra coisa  importante é que usar o tempo total da pena como referência para cálculo de beneficios - o ideal é que considere a pena total.
Se o cara tem um total de cem anos de condenação, qualquer percentual para conceder beneficio tem que ser calculado sobre os cem anos.]
Devido a demora devemos considerar que as propostas do ministro são coisas para daqui dez a vinte anos, no mínimo.]


Para o ministro, a medida é necessária para evitar que os chefes do crime organizado continuem a agir de dentro das cadeias, em uma situação que chamou ironicamente de “home office”, expressão em inglês para escritório em casa. “É uma maneira de acabar com esse fluxo de informação para dentro e para fora. Mas isso, evidentemente, dependerá de um acordo [com os governo estaduais] a ser feito e da normatização, para que a gente possa definitivamente romper os laços entre o comando do crime, que está dentro do sistema prisional, e aqueles que estão na rua aterrorizando o povo”, acrescentou.

Progressão mais dura
Jungmann também quer dificultar a progressão de regime para os condenados por crimes hediondos. “Quem cometeu um crime hediondo não deve ter praticamente nenhum direito à progressão de pena. O nosso problema não está em penas mais longas, está em rever alguns regimes de progressão”, analisou. ”Não é possível que o sujeito cometa um crime hediondo, um sequestro seguido de morte e, em poucos anos, pela progressão que aí está, ele esteja na rua. Isso é inaceitável”, complementou, ao citar medidas que considera necessárias para combater os problemas de segurança pública no país.

O ministro disse, também, que ainda está trabalhando para estruturar a pasta da Segurança Pública, criada por medida provisória assinada pelo presidente Michel Temer no dia 26 de fevereiro. Ele citou, entre as ações que pretende tomar, a criação da Secretaria de Produtos de Segurança, como existe no Ministério da Defesa. “É fundamental que nós tenhamos uma relação com o setor privado, que hoje o cluster em defesa e segurança, a base industrial em defesa e segurança é responsável por 3,6% do nosso PIB [Produto Interno Bruto]. E responsável pelo faturamento de algo como 206 bilhões de reais”, disse, ao destacar a importância da área dentro do ministério.

Sobre a intervenção federal na segurança pública no Rio de Janeiro, o ministro disse que pretende se informar sobre a situação ao visitar o Estado na próxima sexta-feira (9).

Agência Brasil

quinta-feira, 1 de março de 2018

O maldito usuário, o noiado, o maconheiro vagabundo, o cheirador safado, são os responsáveis pelo tráfico de drogas - sem eles não existiria o tráfico. O usuário, o consumidor de drogas precisa ser punido SEM DÓ, nem PIEDADE.


[As autoridades e o povo de bem tem que parar de se preocupar com o sistema carcerário;  quem precisa se preocupar com as cadeias são os criminosos, para as PESSOAS DE BEM pouco importa se quem cai no sistema carcerário sai andando ou vai para a vala.]


Opiniões sobre frase de Jungmann de que consumo financia tráfico

Especialistas comentam a declaração dada pelo ministro de Segurança Pública

Após 23 anos, a classe média e o crime organizado voltaram a ser relacionados em uma declaração polêmica. Em seu discurso de posse no cargo nesta segunda-feira, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, criticou a classe média, afirmando que, ao mesmo tempo em que ela pede segurança, consome as drogas ilícitas que financiam o crime organizado. A declaração do ministro lembra a do delegado e ex-chefe da Polícia Civil, Hélio Luz, que afirmou, em 1995, que "Ipanema brilha à noite", numa referência ao grande consumo de droga pela classe média na região da Zona Sul do Rio de Janeiro.
— O assunto é o mesmo, mas o contexto naquela época era outro. Não é só a classe média que consome drogas, sabemos disso. Em 1995, quando eu dei aquela declaração, foi em referência a uma situação que envolvia comerciantes de uma rua em Ipanema.

Para Hélio Luz, a crise no sistema prisional deveria impulsionar o debate sobre a descriminalização do consumo de drogas no Brasil. Para ele, no papel de ministro da Segurança Pública, Jungmann deveria propor discussões mais sérias sobre esse assunto.
— Isso é uma guerra perdida que a gente está empurrando com a barriga sem saber o que fazer. O problema das drogas, antes de mais nada, é um assunto de saúde pública. Rever a liberação e a descriminilização ajudaria a solucionar os problemas do sistema carcerário do Brasil, esse sim é um dos grandes problemas de hoje — destaca o ex-chefe da Polícia Civil. [NÃO PODE, NEM DEVE, DESCRIMINALIZAR as DROGAS; Deve sim é aumentar a repressão, aumentando as penas para o traficante e para o usuário - acabar com esse negócio do 'noiado' ser pego com pequena quantidade de drogas e assinar um termo e ir comprar mais drogas.
O usuário, o 'noiado' flagrado com qualquer droga, em qualquer quantidade, deve ser preso, sem fiança e sujeito a pena de reclusão, regime fechado mesmo.
Sem o  usuário não tem consumo, não tem demanda, não tem tráfico.
Muitos falam que é impossível acabar com o tráfico e estão enganados = é só apertar o consumo que o tráfico cai por si.]
Para analisar a frase dita por Jungmann, dois especialistas em segurança pública escreveram artigos que ilustram o assunto. Um deles, contrário à avaliação feita pelo ministro, é o coronel da reserva da PM de São Paulo, José Vicente da Silva Filho, que também é ex-secretário nacional de Segurança e mestre em psicologia social pela USP. O outro convidado é o tenente coronel reformado da PMERJ, Milton Corrêa. [Parabéns ao tenente coronel PMERJ, MIlton Corrêa, pelo magnifico artigo: 'Lei dura para usuários.]


 Leia os artigos:
'De quem é a culpa', por José Vicente da Silva
O que devemos fazer para reduzir a violência no Rio? “Cheirem menos”, respondeu uma autoridade há uns bons anos. De fato, há extensas redes criminosas que operam como negócios, atendendo a seus mercados de consumo, de olho na concorrência. Cidadãos consomem drogas, materiais contrabandeados e pirateados, produtos baratos de clara origem criminosa, além de comprarem conveniências com agentes públicos, do guarda da esquina ao político de alto escalão. Para o psicólogo social Philip Zimbardo, 90% das pessoas são sujeitas às tentações das oportunidades. Não adianta brigar com a natureza humana, mas administrar as oportunidades de infringir normas sociais e leis e operar com competentes instrumentos dissuasórios.

E existem os verdadeiros incentivos à delinquência quando o governo descuida do ambiente público com a desordem do comércio irregular, o lixo, o flanelinha abusivo, o transporte clandestino, entre outros, que geram sensação de abandono e impotência.
Culpar cidadão/consumidor por ser combustível de máquinas criminosas pode ser um bom discurso de igreja, mas não é argumento quando o desafio é criar obstáculos tanto à criminalidade comum como às organizações estruturadas para o crime em larga escala. Todo crime se estabelece ou cresce não pelo patrocínio de cidadãos consumidores de seus produtos, mas pela incapacidade ou ineficiência de resposta dos instrumentos do Estado: leis reguladoras, polícia, justiça e castigo.

'Lei dura para usuários', por Milton Corrêa
Os efeitos nefastos do uso de drogas uma permanente preocupação e discussão da sociedade brasileira, neste instante acuada pela ação da violência descontrolada do narcoterrorismo — entram definitivamente em pauta, onde a corrente dita progressista, na contramão de direção, ainda insiste na descriminalização do uso de drogas como forma de redução de danos e da própria violência.

Usuários de drogas precisam deixar de ser tratados com a benevolência da lei. Não há traficante sem usuário de droga, necessitando este, além de ser tratado primeiramente em sua recuperação física e psicológica, também pagar, criminalmente com penas mais realistas, pelo dano causado à sociedade e aos próprios familiares. Ademais, usuários de drogas acabam por financiar os fuzis e o crime organizado que mata e aterroriza cidadãos ordeiros. Cinicamente saem em passeatas para reivindicar segurança, descriminalização de drogas e o fim da violência, quando são, sem dúvida, parte integrante dela.

O Congresso Nacional precisa assumir, em caráter de urgência, a pauta do endurecimento da Lei Federal 11.343/06, a chamada Lei Antidrogas, para torná-la mais rígida com dependentes e usuários de drogas. A questão não é só de saúde pública. Quem usa drogas está a um passo da delinquência e, muitas vezes, comete crimes para manter o vício obstinado, num perigoso caminho quase sem retorno.
Drogas não agregam valores sociais positivos. Toda a sociedade precisa contribuir em nome da paz social. É preciso refletir sobre isso.

O Globo