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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

França mobiliza mais de 3 mil homens para encontrar terroristas que atacaram revista – Alvos terroristas



Ao menos 12 pessoas morreram em atentado contra publicação parisiense nesta quarta-feira
A polícia de Paris mobilizou mais de 3 mil homens para tentar localizar os três homens que invadiram a sede do semanário Charlie Hebdo, no centro da capital francesa, e abriram fogo. Ao menos 12 pessoas morreram, entre elas o diretor da publicação  e três outros cartunistas. Ao menos dois policiais também morreram.

VEJA VÍDEO: ATAQUE TERRORISTA À REVISTA FRANCESA

O Exército francês anunciou que fornecerá duas unidades de 100 homens para reforçar o plano Vigipirate - força de resposta antiterrorista - em Paris, o que levará o efetivo de 450 para 650 homens. "Tudo foi organizado para neutralizar o mais rápido possível os três criminosos que estão na origem deste ato bárbaro", afirmou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, sem especificar o papel desempenhado pelas pessoas envolvidas.  Segundo testemunhas, os homens armados atiravam aos gritos de "Alá é grande" e "vamos vingar o profeta".

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, fez uma visita ao Ministério do Interior para se reunir com os funcionários do Serviço de Proteção das Altas Personalidades (SPHP, na sigla em francês). Um dos policiais mortos no atentado vinha desta corporação. O semanário Charlie Hebdo publicou, em 2006, charges satíricas do profeta Maomé. Até o momento, nenhuma organização assumiu a autoria do atentado, que já é apontado por alguns veículos de imprensa franceses como um dos mais graves de toda a história do país.

A redação da revista satírica, publicada semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu as suas instalações. Esse incidente ocorreu depois de a revista publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.


Terroristas teriam pedido identificação das vítimas antes de atirar
Segundo testemunhas, eles ainda gritaram "Alá é grande" e "vingamos o profeta Maomé" durante a fuga
Richard Malka, advogado da publicação francesa Charlie Hebdo, alvo de um ataque terrorista na manhã desta quarta-feira (07), contou que os homens encapuzados e armados com fuzis que invadiram a sede da revista pediram para as pessoas se identificarem e, só então, começaram a atirar, indicando que os alvos já estavam previamente escolhidos.

Durante a fuga, eles teriam gritado "Alá é grande e “Vingamos o profeta Maomé”, disse o procurador da República, François Molins, durante coletiva de imprensa. Molins também confirmou que o atentado deixou 12 mortos, entre eles oito jornalistas, e 11 feridos, sendo que quatro em estado grave.
O ataque ao semanário é um sinal de que os islamitas radicais não esqueceram da irreverente revista que publicou em 2006 as caricaturas de Maomé. Há quase nove anos a revista sofre ameaças de radicais islâmicos. Sua redação foi incendiada em 2011, seu diretor sofreu ameaças de decapitação e há meses os jihadistas pedem voluntários para ataques contra a França.

Vaticano: ataque terrorista é "dupla violência"
O Vaticano condenou o ataque terrorista à sede do jornal francês Charlie Hebdo, em Paris, e o classificou de “dupla violência”, praticada contra pessoas e contra a liberdade de imprensa. O padre Ciro Benedettini, vice-diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, disse a jornalistas que a liberdade de imprensa é tão importante quanto a liberdade religiosa.

A Conferência Episcopal da França também condenou o ataque, considerando-o “injustificável” e ressaltando o “horror” causado. Outras representações religiosas, como a Liga Árabe e a Universidade de Al Azhar, a segunda mais antiga do mundo e principal autoridade do Islã sunita, também condenaram o atentado terrorista.


Liga árabe: "condenamos energeticamente"
A Liga Árabe e a Universidade de Al Azhar, a segunda mais antiga do mundo e principal autoridade do Islã sunita, condenaram o atentado. Em comunicado, o chefe da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, informou que “condena energicamente o ataque”.

A universidade também condenou o que chamou de “ataque criminoso”. Afirmou que “o Islã denuncia qualquer violência” e que a instituição “não aprova o uso da violência, mesmo em resposta a qualquer ofensa cometida contra os sentimentos sagrados dos muçulmanos”.

Mais cedo, o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), instância representativa dos muçulmanos da França, qualificou de “ato bárbaro” o atentado ao jornal Charlie Hebdo. “Este ato bárbaro de extrema gravidade é também um ataque contra a democracia e à liberdade de imprensa”, acrescentou o órgão.

O CFCM é a primeira comunidade muçulmana da Europa, com mais de três milhões de membros. Apesar da repercussão, a polícia ainda não encontrou os responsáveis pelo ataque.  Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.


Fonte: AFP