Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A bebê Indi Gregory, de 8 meses, teve seu suporte vital desligado por ordem judicial - Foto: Arquivo familiar
Após
ter os aparelhos hospitalares que a mantinham viva desligados – mesmo
com a Itália oferecendo cidadania, translado e tratamento sem onerar seu
país natal – a britânica Indi Gregory, de apenas oito meses, foi mais
uma vítima do sistema de saúde da Inglaterra.
Lançado em 1948, o NHS
[sigla em inglês para Serviço Nacional de Saúde], que se orgulha de ser
“o maior serviço de saúde com financiamento público do mundo”, tem um
histórico de idas ao tribunal para encerrar o tratamento de pacientes
menores de idade(na maior parte das vezes, bebês)considerados sem
possibilidade de cura por seus médicos. Como no caso de Indi, o NHS tem
vencido na justiça os litígios, ainda que os pais dos pacientes
“terminais” apelem, apresentando alternativas de tratamentos em outros
países.
De maneira simplificada, a legislação estabelece a superioridade da
decisão da justiça sobre a dos pais em decidir o que é de maior
interesse da criança.
Em outras palavras, o sistema
de saúde governamental seria capaz de discernir com mais clareza (entre
os motivos, por não ter o envolvimento emocional comum aos pais) o que é
melhor para o bem-estar de um menor.
O corpo médico do Queen's Medical
Center, onde Indi Gregory estava internada, argumentou que ela estava
morrendo e que o tratamento aplicado apenas causava dor a uma pessoa sem
consciência. “Morrer em paz”, portanto, seria a melhor alternativa na
visão dos especialistas. Embora os pais tenham discordado, a justiça
ficou do lado dos médicos.
Depois de um tribunal de
primeira instância decidir que a remoção do suporte vital era do
interesse de Indi, e que ela deveria morrer em uma instituição de saúde,
os pais e o governo italiano pediram permissão à justiça para que a
pequena fosse tratada no Hospital Infantil Bambino Gesu, em Roma. A
instituição, ligada ao Vaticano, se comprometeu a arcar com todos os
custos.
O
juiz Peter Jackson, do Tribunal de Apelação, disse que os médicos que
cuidam de Indi e de outras crianças com enfermidades graves foram
colocados em uma posição “extremamente desafiadora” nessas disputas
legais, e condenou o que chamou de “táticas de litígio manipulativas”,
cujo objetivo seria frustrar ordens judiciais.
“Tais ações não serão
toleradas”, afirmou Jackson. Segundo a decisão,
a tentativa de intervenção italiana no caso é “totalmente mal
concebida” e “não está no espírito” da Convenção de Haia, que tem Reino
Unido e Itália como signatários.
Pesquisadora do
Independent Women's Forum [Fórum Independente de Mulheres, uma
organização americana conservadora com foco em questões de política
econômica que preocupam as mulheres], Madeleine Kearns admite
que “os médicos podem estar em melhor posição para avaliar a condição
física de Indi. O juiz e o tutor nomeado pelo tribunal — um terceiro
interposto quando o interesse superior de uma criança está em disputa —
podem ser mais objetivos em sua análise dos fatos".
Ainda assim,
Madeleine argumenta que “o julgamento clínico não deve ser dotado de
procuração. E a perícia médica não deve ser entendida como autoridade
moral. Os médicos podem fazer recomendações. Eles certamente podem se
recusar a fazer o que consideram uma má prática médica ou ética. Mas no
final, o paciente – ou, neste caso, a família do paciente – deve ser
livre para ir para outro lugar”.
Para ela, o fato de
os pais serem proibidos de levar a filha para receber tratamento em
outro lugar reforça um perigoso precedente no sistema de saúde
britânico. “Se os tribunais puderem intervir para usurpar os direitos
dos pais neste tipo de casos de fim de vida, é concebível que, no
futuro, o possam fazer quando os médicos de um paciente preferirem a
eutanásia”, diz.
Série de casos Indi nasceu em 24 de fevereiro, com uma doença mitocondrial rara, sem cura conhecida até o momento, que afeta a produção de energia nas células de seu corpo.
Até mesmo a tentativa dos pais de que ela morresse em casa foi negada nos tribunais, que determinou a transferência da bebê para uma unidade de cuidados paliativos.
Na semana anterior, o juiz do Supremo Tribunal inglês Robert Peel proibiu a transferência de Indi para Roma, alegando
que não havia provas de que o tratamento proposto pelo hospital do
Vaticano melhoraria a qualidade de vida da paciente. Segundo ele, a
tentativa, pelo contrário, “perpetuaria um alto nível de dor e
sofrimento” para o bebê, que já tinha dores frequentes e uma “qualidade
de vida extremamente limitada”. [oportuno lembrar que a conduta adotada com a bebê Indi Gregory é mais um passo rumo a liberação da eutanásia, que certamente alcançará muitos dos desumanos magistrados de agora e do futuro.
E, certamente nos seus cérebros condenados, por inúteis, porém vivos, lembrem-se do quanto ajudaram na aceitação da eutanásia - sentença de morte que contra eles estará sendo aplicada.]
O caso Indi Gregory é
o mais recente de uma série de disputas legais entre médicos e
familiares de crianças e adolescentes no Reino Unido. Entre as batalhas
ganhas pelo sistema de saúde na justiça estão os casos de Archie
Battersbee, de 12 anos, que teve o suporte vital removido no ano
passado; de Charlie Gard, que sofria de uma doença mitocondrial, como
Indi, e morreu aos 11 meses, após seu tratamento ser encerrado em 2017; e
de Alfie Evans, que sofria de uma doença cerebral degenerativa rara e
teve os aparelhos desligados aos 23 meses, em 2018;
Em
setembro, Sudiksha Thirumalesh, 19 anos, que sofria de uma doença rara
causadora de fraqueza muscular crônica, morreu depois que o hospital de
Birmingham decidir interromper o tratamento de diálise e transferi-la
para cuidados paliativos. Sem danos cerebrais, ela pediu aos advogados
que conseguissem uma transferência para o Canadá, onde passaria por um
tratamento experimental, mas a justiça britânica negou a solicitação. Eu quero morrer tentando viver. Temos que tentar de tudo”, disse a menina.
Em
2014, os pais de Ashya King, de cinco anos, afetado por um tumor
cerebral, “sequestraram” o filho do Hospital Geral de Southampton, na
Inglaterra, para que a justiça não lhe aplicasse uma sentença de morte
como se fosse algo de“seu maior interesse”. O casal chegou a ser preso
na Espanha, mas conseguiu levar o filho para a República Tcheca, onde
uma terapia com prótons foi eficaz na cura do câncer.
“Em
alguns casos, as famílias optaram pela via de fato: levar diretamente o
menor sem esperar autorização, como aconteceu com Ashya King. É a
triste consequência da jurisprudência restritiva que parece estar
consolidada [no Reino Unido]”, afirma Guillermo Morales Sancho, advogado da Alliance Defending Freedom [Aliança em Defesa da Liberdade], que oferece apoio jurídico em casos do tipo.
Mais de 30 correspondentes da mídia estrangeira baseados em
Brasília foram convidados pelo Palácio do Planalto para um café da manhã
com Lula da Silva, no dia 02AGO2023, na sede do governo.
Para mostrar a
importância e significado do convite, à direita de Lula, na cabeceira
da mesa, estavam os dois chanceleres do governo: o chanceler chefe do
Itamaraty, Embaixador Mauro Vieira, e o verdadeiro chefe da diplomacia
brasileira e operador de relações paralelas, a diplomacia presidencial,
Embaixador Celso Amorim, oficialmente denominado como Assessor-chefe da
Assessoria Especial do presidente Lula.
Desde o primeiro dia de seu
governo, Lula vem tentando obter um retumbante triunfo internacional. A
imprensa oficial seguida pela grande mídia brasileira gosta de se
referir a Lula como um “líder mundial”, mas cada uma de suas ações ao longo de oito meses foram fracassos óbvios.
Lula geralmente recebe ampla cobertura da imprensa global, que
reflete simpatia, às vezes cúmplicidade, ele tem amigos em cargos
governamentais em todo o mundo, do Vaticano ao Kremlin, e a rede da
esquerda global serve como plataforma de propaganda para ele. O objetivo
da chamada à imprensa no dia 02AGO23 foi informar sobre os preparativos
de um evento do qual Lula esperava grandes retornos políticos
internacionais: ele o chama de “Cúpula da Amazônia”.
Seu
antecessor o presidente Jair Bolsonaro ganhou péssima imagem
internacional, entre outras questões, pelo desmatamento da Amazônia e
por seu apoio ao agronegócio.[destaque-se que em 2023, o desmatamento ultrapassou com folga índices de 2022!!!] Lula, assim como o colombiano Gustavo
Petro, busca conquistar louros internacionais com sua “defesa” da
Amazônia, garantindo que irá deter o ritmo de desmatamento. Além de
defender a Amazônia, Lula pretende se tornar o campeão mundial na luta
contra a fome e a desigualdade. [só que até agora NADA DE CONCRETO surgiu - continuam tudo na base das pretensões e promessas;] Foi assim que deu a conhecer ao Papa
Francisco, proclamou-o na cimeira União Europeia – CELAC, 17-18 de julho
de 2023, Bruxelas, e comentou aos correspondentes estrangeiros
convidados para o café da manhã.
*****
Em
2008, foi criada a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL)
e o Brasil, presidido por Lula da Silva, perdeu para Hugo Chávez o
projeto há muito idealizado pela diplomacia brasileira para formalizar a
liderança do Brasil.
A chegada de Lula para seu terceiro governo, em 01JAN2023, encontrou a
UNASUL paralisada, sem sede, sem orçamento, sem secretário-geral e
muitos de seus ex-integrantes separados, inclusive o próprio Brasil.
O
objetivo da reunião de 30MAI2023 foi declarar a reativação da UNASUL e,
se possível, abrir negociações para nomear um novo Secretário-Geral.
O
documento elaborado para assinatura dos atuais líderes, a pedido do
Brasil, teria o bombástico nome de “Consenso de Brasília”.
Segundo o texto, os líderes “decidiram estabelecer um grupo de contato,
chefiado pelos Chanceleres, para avaliar as experiências dos mecanismos
de integração sul-americanos e a preparação de um roteiro para a
integração da América do Sul, a ser submetido à consideração dos Chefes
de Estado”, ou seja, Lula fracassou em sua tentativa de reanimar a
UNASUL e seus colegas apenas concordaram em fazer uma espécie de projeto
escolar sobre a integração sul-americana.
*****
Na véspera, 29MAI2023, Nicolás Maduro havia desembarcado em Brasília
para uma visita oficial bilateral antes da reunião do dia seguinte.
Desta forma, Lula reabriu as portas dos salões diplomáticos
sul-americanos a Maduro que, apesar da natureza ilegítima do seu
governo, agora se sentava entre os líderes eleitos do subcontinente. O
fracasso da oposição venezuelana em destituir a ditadura chavista,
apesar do grande apoio internacional, que a causa democrática
venezuelana conseguiu agregar em 2019, ficou agora evidente pela
presença de Maduro em Brasília. Um mês depois, Lula continuou a
justificar a sua defesa da ditadura venezuelana.
Durante entrevista coletiva conjunta com Maduro no Palácio do
Planalto, Lula se posicionou a favor da ditadura chavista e descreveu os
“problemas da democracia na Venezuela” como uma simples “narrativa” e elogiou Maduro: “a
narrativa que eles construíram em relação a Venezuela sobre
autoritarismo, antidemocracia, você tem que desconstruir essa narrativa
mostrando a sua própria narrativa para que as pessoas mudem de ideia”
(…) “é preciso derrotar essa narrativa”. Ele também atacou as sanções
que a UE e os EUA mantêm contra os principais líderes chavistas e as
empresas estatais venezuelanas: “é incrível e inexplicável que uma nação esteja sujeita a 900 sanções ilegais porque outro país não gosta dela”.
Para Lula, as sanções são uma simples questão de simpatia e boas
maneiras entre os governos.
No dia seguinte, com todos os líderes
sul-americanos reunidos, Lula teve que ouvir as reivindicações dos
líderes do Uruguai, Paraguai e Equador a respeito de sua cúpula
antecipada com Maduro e sua descrição da grave e duradoura crise na
Venezuela como um “narrativa”. No dia 29JUN2023, entrevistado na Rádio
Gaúcha, Lula garantiu que “o conceito de democracia é relativo”, quando
questionado por que lhe foi tão difícil descrever o governo Maduro como
uma ditadura.
No dia 04JUL2023 Lula fez uma nova cena sobre a Venezuela. Naquele
dia, foi realizada em Puerto Iguazú a cúpula presidencial do MERCOSUL e
países associados, na qual o Brasil receberia a presidência rotativa
semestral da Argentina.
O MERCOSUL vive uma crise profunda, não tem
conseguido avançar no acordo de livre comércio com a União Europeia, o
Uruguai exige liberdade para negociar acordos bilaterais, especialmente
com a China, os esquemas protecionistas permanecem entre os parceiros, a
Argentina vive um nova crise econômica e Lula se recusa a fornecer
recursos financeiros para Alberto Fernández financiar a crise fiscal.
Mas a diplomacia paralela do governo brasileiro deixou claro aos seus
parceiros que Lula estava preocupado com outra questão: procurar a
reintegração de Maduro como membro do mecanismo. A adesão da Venezuela
ao Mercosul foi suspensa em 05AGO2017, quando os líderes dos países
fundadores do mecanismo verificaram “a ruptura da ordem democrática da
República Bolivariana da Venezuela” violando o Protocolo de Ushuaia
sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL.
Durante a reunião em Iguaçu
no dia 04JUL23, os presidentes do Paraguai e do Uruguai, Mario Abdo Benítez e Luis Lacalle Pou,
fizeram referências diretas em seus discursos aos recentes
acontecimentos na Venezuela. Benítez e Lacalle denunciaram a
desqualificação de María Corina Machado que a impediria
de concorrer nas votações que a ditadura hipoteticamente convocará nos
próximos meses.
Lula afirmou desconhecer “os detalhes” dos problemas dos
candidatos na Venezuela, mas expressou implicitamente seu desejo de ver
Maduro sentar-se à mesa do Mercosul: “Acho que entre nós deveríamos tentar não deixar ninguém de fora“,
alegando que o Mercosul não o faça, deve manter o regime venezuelano
isolado.
A crise do Mercosul continua, as exigências ambientais
europeias, especialmente do governo francês, aumentaram como condição
para avançar no acordo com os Mercosulianos.
Lula fracassa na sua
tentativa de desbloquear o acordo com a UE e não avança no seu desejo de
suspender a sanção do Mercosul à ditadura venezuelana.
Enquanto isso, na Venezuela há um grupo de militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), braço armado do Lulismo, recebendo instrução política.
Magic Kingdom, um dos parques da Disney em Orlando, na Flórida.| Foto: stinne24/Pixabay
Pouco mais de um ano atrás, no dia 28 de março de 2022, o governador da Flórida, Ron DeSantis, assinou a lei que seus detratores chamariam de “Don’t Say Gay” (“não diga ‘gay’”, em tradução livre), cujo nome real é apenas “Lei dos Direitos dos Pais na Educação”.
A legislação proibiu a instrução em sala de aula sobre orientação sexual e identidade de gênero desde o jardim de infância até a terceira série.
Além disso, exigiu que qualquer material relacionado a tais temas seja adequado à idade dos alunos de outras séries.
Na época, diante de toda a polêmica criada pela imprensa de esquerda, que deturpou por completo o texto da lei, o então CEO da Disney, Bob Chapek, disse aos trabalhadores da gigante do entretenimento que a empresa não assumiria uma posição pública sobre a legislação, de forma a permanecer fora do campo da ação política. Os funcionários da Disney protestaram e Chapek cedeu rapidamente, declarando que a empresa lutaria para que a lei fosse rescindida.
Por décadas, a Disney teve motivos para ser o “lugar mais feliz da Terra”. O governo da Flórida sempre apoiou a empresa, dando-lhe um status único no controle de sua própria governança. Quando escolheu Orlando para estabelecer seu complexo turístico, a Disney foi agraciada com a criação de um distrito chamado Reedy Creek Improvement, uma entidade jurídica que estabelece regras de uso e zoneamento de todo o território ocupado pela empresa.
Enquanto outras corporações precisam se estabelecer nos condados do estado, estando sujeitas aos regramentos estabelecidos por autoridades eleitas como qualquer outro agente político, a Disney controlou desde o início o conselho administrativo de seu distrito, podendo estabelecer seus próprios padrões de construção, conceder suas próprias licenças de construção e determinar o escopo dos serviços, códigos de construção, coleta de lixo e outras questões de infraestrutura.
Fora o Vaticano, não se tem notícia de outra organização não governamental com poderes desse nível.
A Disney tornou-se o símbolo do aumento do ativismo corporativo. A empresa é um bastião do movimento woke. Ainda que esteja longe de quebrar, ela está enfrentando boicotes sem precedentes de seus parques e filmes
A Disney poderia continuar se beneficiando dessa vantagem única por muitas décadas mais. Em vez disso, optou por agir politicamente contra o governo eleito da Flórida, achando que não haveria consequências graves. Em resposta à promessa de Chapek de lutar pela rescisão da lei, o governador Ron DeSantis articulou uma resposta contundente com o Legislativo estadual, extinguindo o distrito Reedy Creek Improvemente criando um novo distrito para governar toda a área de propriedade da empresa e um novo conselho administrativo em que a turma do Mickey não possui nenhuma influência ou capacidade de decisão.
Diante desse revés, a empresa poderia ter tentado encontrar um meio-termo. Em vez disso, fez algo ainda mais imprudente: nos últimos dias do conselho dominado pela Disney, os membros votaram pela transferência de poderes para a empresa. Algo do tipo “já que nao haverá mais um distrito em que somos a autoridade, nós estamos inventando uma resolução em que nossa empresa fica imune ao controle de qualquer outro conselho daqui para a frente”. Em outras palavras, uma verdadeira declaração de guerra ao governo estadual.
E qual foi o resultado? Na semana que passou, surgiram rumores de que os integrantes do novo conselho, cujo “mandato” está prestes a iniciar, reverterão essa decisão com base em uma lei estadual que requer um mínimo de sete dias de aviso para consulta pública quando uma mudança desse montante é proposta.
Além disso, parece que o novo conselho pretende impor uma miríade de fiscalizações sobre a Disney, desde as condições de funcionamento de itens como o monotrilho e os brinquedos do parque, até o salário de bombeiros e paramédicos que, ao que parece, são pagos abaixo do piso pela Disney. Resumindo bem facilmente, o novo conselho não deixará pedra sobre pedra.
A Disney tornou-se o símbolo do aumento do ativismo corporativo. A empresa é um bastião do movimento woke. Ainda que esteja longe de quebrar, ela está enfrentando boicotes sem precedentes de seus parques e filmes, incluindo filmes infantis controversos com personagens e relacionamentos do mesmo sexo. Em dois desses filmes, a Disney perdeu mais de um quarto de bilhão de dólares. Mas ela não está sozinha. Nos últimos dias, Bud Light e Nike enfrentaram reações e boicotes depois de alinhar suas marcas com o influenciador transgênero Dylan Mulvaney. No caso da Anheuser-Busch, controladora da Bud Light, o impacto imediato foi a perda de US$ 6 bilhões em valor de mercado. Essas empresas se juntam a uma longa lista de corporações que abraçam causas políticas e sociais a despeito da oposição significativa de seus consumidores.
No caso da Disney, se os rumores se confirmarem e o novo conselho prosseguir com seu plano, a empresa terá de fazer uma escolha. Ela pode abandonar a briga e buscar um acordo com o Estado. Caso opte por continuar a briga, o litígio manteria a Disney no noticiário de forma negativa e polarizadora. Também exporia suas operações à descoberta e escrutínio público. Além disso, diante da imensidão de quatro parques temáticos, dois parques aquáticos, 25 hotéis e cerca de 80 mil funcionários, o estado da Flórida tem uma série de áreas onde seu poder regulatório pode custar muito caro à Disney. Basta que o novo conselho aja para forçar inspeções de monotrilhos e elevadores, fazer cumprir as normas ambientais e aumentar os salários dos socorristas. Só isso já seria suficiente para causar um tremendo prejuízo. E se a Disney lutar publicamente contra qualquer uma dessas ações, terá de fazê-lo com base no argumento de que merece ser tratada com desigualdade de condições em relação a outras empresas, uma posição que tem um apelo muito mais negativo que positivo. Mickey está num beco sem saída. Aguardemos as cenas do próximo capítulo.
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Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos Flavio Quintela, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Em entrevista que foi ao ar na última quinta-feira, o Papa Francisco questionou a condenação de Lula, dizendo que não existiam provas contra ele. O trecho com pouco mais de três minutos sobre o assunto, um dos tópicos de uma longa entrevista, pode ser conferido a partir do minuto 40. O papa Francisco é uma das principais lideranças cristãs e religiosas do mundo. Neste artigo, para além de expressar meu profundo respeito ao papa, apresento as informações que o papa não conhecia ao fazer seu comentário.
Primeiro, ser cristão e discípulo de Jesus me faz nutrir um profundo respeito pelo Papa. Eu me esforço para aprender diariamente com Jesus, meu maior mestre e inspiração. Busco fortalecer minha fé e minha prática todos os dias com exame de consciência, oração e leitura espiritual.
Jesus me ensinou que o propósito central da vida é amar a Deus e ao próximo. E foi por amor que entrei na Lava Jato e trabalhei manhãs, tardes e noites, com dedicação incansável e permanecendo firme mesmo diante de ameaças, ataques e retaliações.
Quem acha que meu objetivo na Lava Jato era prender pessoas está enganado.
Meu propósito sempre foi defender os brasileiros que sofrem com o desvio de dinheiro público: com mortes em hospitais, uma educação pobre, falta de segurança e poucas oportunidades. Ao lutar por justiça, meu combustível sempre foi a compaixão.
Compaixão e indignação são duas faces da mesma moeda.
Foi por compaixão que Jesus expressou sua indignação contra a corrupção dos governantes, virando as mesas do templo, o centro do governo judaico, por ter se transformado num covil de ladrões. Essa foi a única vez que a Bíblia descreve Jesus usando a força física contra a injustiça.
E foi por amor que entrei na Lava Jato e trabalhei manhãs, tardes e noites, com dedicação incansável e permanecendo firme mesmo diante de ameaças, ataques e retaliações
O primeiro grande opositor da corrupção política brasileira foi um cristão, padre Antônio Vieira. Ele foi muito corajoso em confrontar os governantes corruptos brasileiros, debaixo do risco de vinganças e retaliações. Para ele, a corrupção era a origem das nossas doenças e o verdadeiro ladrão não era o de galinhas, mas o governante que roubava e despojava os povos.
A dor desses povos despojados, especialmente dos pobres, faz pulsar o coração de muitos cristãos como o do papa Francisco. Quando foi escolhido para ser o novo papa, dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, abraçou-o e disse “não se esqueça dos pobres”. Como o papa conta, esse se tornou o seu sonho, o de uma igreja que cuide dos pobres, o que foi a razão da escolha de seu nome papal, inspirado na vida de Francisco de Assis.
O cuidado dos pobres passa necessariamente pelo combate à corrupção.
Políticos corruptos que sequestram o Estado usurpam os direitos de todos, mas quem mais sofre com isso são os pobres, justamente por dependerem mais dos serviços estatais de saúde, educação e segurança. Petrolão e Mensalão tiravam o dinheiro do povo que corria para farras de guardanapos, contas no exterior, malas em apartamentos, festas e triplex. É uma ilusão achar que quem rouba o país cuida dos pobres.
Justamente por isso o próprio papa Francisco afirmou, em 2017, que “a corrupção deve ser combatida com força. É um mal baseado na idolatria do dinheiro que fere a dignidade humana”. Em 2021, ele endureceu as regras contra a corrupção no próprio Vaticano.
No ano passado, o papa sublinhou que os cristãos não podem ser indiferentes à corrupção num mundo cheio de “condutas desonestas, políticas injustas e egoísmos que dominam as escolhas dos indivíduos e das instituições”. Somos chamados a fazer o bem, disse ele. Eu não poderia concordar mais.
Tendo expressado meu imenso respeito ao papa e que compartilho dos mesmos valores e princípios bíblicos que levam os cristãos a lutar contra a corrupção, devo dizer: o que existiu contra Lula foi um processo correto que fez valer a lei contra a corrupção, porque encontrou um caminhão de provas de que Lula era culpado de um esquema de desvios e lavagem de dinheiro.
Eu tenho certeza absoluta de que não foram levadas ao papa Francisco todas as informações que constam nas acusações e condenações, por isso vou retratar um pouco do conteúdo da Lava Jato que é de conhecimento público, mas é essencial para entender o caso Lula.
Acredito que não contaram ao papa que há provas do desvio de dezenas de bilhões de reais da Petrobras e de outros órgãos e ministérios por parte de pessoas nomeadas diretamente por Lula, que criminosos confessos devolveram 15 bilhões de reais e que as empreiteiras beneficiadas nos esquemas deram benefícios milionários para Lula.
Creio que o papa não soube, por exemplo, das adulterações documentais e provas que demonstraram, segundo a Justiça, que o triplex foi dado pela OAS para Lula como contrapartida de benefícios que este concedeu à empreiteira quando era presidente. Aposto que o papa não sabe, ainda, que a empreiteira OAS colocou cozinhas caríssimas no triplex e no sítio usados por Lula sem cobrar um real por isso de ninguém.
Será que informaram o papa de que as empreiteiras que investiram milhõesna reforma do triplex e do sítio usado por Lula não faziam esse tipo de serviço pequeno para ninguém, mas sim construíam grandes obras de engenharia como pontes, usinas e estradas?
Soube o papa que as condenações de Lula mostraram que o dinheiro para essas obras que beneficiaram Lula não saiu do seu bolso, mas foram pagas por meio de obras cartelizadas, superfaturadas ou irregularmente concedidas pelo governo petista?
Contaram para o papa que havia planilha para controlar os valores das propinas devidas e pagas ao governo?
Será que o papa sabe que Lula e seu partido jamais expulsaram José Dirceu, que era braço direito de Lula quando o esquema de corrupção Mensalão aconteceu e foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, não só no Mensalão, mas também na Lava Jato?
Será que o papa sabe que Lula elogiou recentemente Dirceu no aniversário do Partido dos Trabalhadores, como se fosse um político modelo?
Talvez não tenham contado ao papa que o apartamento do lado de onde Lula morava em São Bernardo do Campo foi comprado com dinheiro da Odebrecht e que ele quebrou a parede e passou a usar o apartamento como seu, conforme o Ministério Público apontou no terceiro processo contra Lula.
Creio que o papa não soube, por exemplo, das adulterações documentais e provas que demonstraram, segundo a Justiça, que o triplex foi dado pela OAS para Lula como contrapartida de benefícios que este concedeu à empreiteira quando era presidente
Será que contaram ao papa que mais de duzentos criminosos confessaram seus crimes e devolveram valores que variaram entre poucos milhões até bilhões? Que um gerente da Petrobras e um ex-governador do Rio tinham 100 milhões de dólares cada em contas no exterior?
Será que o papa soube que dezessete empreiteiras reconheceram seus crimes, incluindo as que pagaram propinas a Lula, como a OAS que assinou acordo no valor de 1,9 bilhão de reais, e a Odebrecht que se comprometeu a devolver 2,7 bilhões de reais? E tomou conhecimento de que esse trabalho envolveu centenas de agentes públicos?
É importante contar para o papa que os processos contra Lula não foram uma armação. Foram movidos por um conjunto de quinze a vinte procuradores só na primeira instância, todos concursados, com grande experiência e respeitados pelos trabalhos que fizeram ao longo de sua história no Ministério Público.
E será que o papa sabe que vários desses procuradores que acusaram Lula e pediram sua condenação por crimes haviam votado em Lula, mas apresentaram a acusação para cumprir o seu dever com a verdade e a justiça? Será que o papa tem conhecimento de que dentre os procuradores havia vários progressistas?
Acredito que não relataram ao papa que Lula não foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro apenas por Moro, mas também por outra juíza, a Gabriela Hardt. E será que tem conhecimento de que quatro desembargadores mantiveram as condenações e de que quatro Ministros do Superior Tribunal de Justiça já haviam confirmado a primeira delas?
Será que o papa sabe que o Supremo Tribunal Federal não absolveu Lula nem analisou o mérito do seu caso,mas anulou o processo por questões formais, em uma decisão de 7 votos contra 4? E será que tomou conhecimento de que, dentre os 7 ministros vitoriosos, 4 foram nomeados pelo próprio Lula?
Papa Francisco é uma pessoa boa, correta e tenho certeza de que não sabe disso tudo. Na disputa de narrativas, as pessoas sofrem a influência de quem grita mais e mais alto. Lula e o PT sabem que uma mentira gritada mil vezes vira “verdade” e conseguiram iludir muita gente – até o papa.
E se você ficou chateado e quer parar de ir à igreja por conta disso, você está errado. Primeiro, porque a solução é outra: a disseminação das informações verdadeiras e o exercício da cidadania. O próprio papa disse em 2013 que “devemos estar sempre em guarda contra o engano”.
Segundo, porque a razão que nos une em igreja não é uma discussão sobre um caso criminal, mas o compromisso último da existência, a nossa fé em Cristo. O que nos une em igreja no fundo não são pessoas, mas Deus.
Meu propósito é amar e servir a Deus e aos homens, fazendo o meu melhor.
Acredito no amor, na compaixão, na indignação santa e na justiça.
Por isso, seguirei lutando com perseverança e com todas as forças pelo que eu amo e acredito, levando informações a todos para que o bem, a verdade e a justiça possam, no fim, prevalecer.
É preciso esfregar a constituição na cara de quem censura e na cara de quem se omite da obrigação de denunciar o desrespeito
A Nicarágua de Daniel
Ortega acaba de suspender relações com o Vaticano, porque o papa
comparou o regime de Ortega com o comunismo soviético e o nazismo de
Hitler."Ditaduras grosseiras" — postou o papa Francisco, sugerindo
"desequilíbrio" de Ortega. Imediatamente, o ditador mandou fechar a
Nunciatura Apostólica. A nota oficial nicaraguense anunciando a
suspensão usou palavras conhecidas por aqui: "Terrorismo golpista que
divulga notícias falsas". Na escalada totalitária, a primeira liberdade
que Ortega suprimiu foi a de expressão, antes de tirar as outras
liberdades. Assim fizeram Stálin e Hitler. Assim fazem todos os regimes
totalitários.
Os nossos constituintes de
1988, marcados pelo AI-5, trataram de preservar a liberdade de
expressão. Na cláusula pétrea que é o artigo 5º, está o inciso IV, que
estabelece:"É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato". O art. 220, que trata da comunicação social, garante que"a
manifestação do pensamento, a criação, a expressão, e a informação, sob
qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição…". A
seguir, o §2º veda qualquer tipo de censura política, ideológica e
artística.
Por que
insistir com esse óbvio, que é o respeito à Constituição? Porque ela não
está sendo respeitada.
É preciso esfregar a Constituição na cara de
quem censura e na cara de quem se omite da obrigação de denunciar o
desrespeito.
Teríamos um regime de liberdade de expressão — portanto
democrático — se a Constituição fosse praticada, mas muita gente defende
sua própria liberdade de expressão, mas não a de quem discordam.
Carregam ideias totalitárias, pelas quais as pessoas são livres para
pensar, desde que pensem como se lhes impõem.
São censores a policiar
seus concidadãos. Assim agem Hitler, Stálin e totalitários políticos e
religiosos de todos os tempos. Isso já foi questão de vida ou morte.
Durante a pandemia, censuraram informações que poderiam salvar milhares
de vidas.
No nosso
país grassam modismos disfarçados de libertadores, que na realidade são
liberticidas. Quem já leu o 1984 de George Orwell identifica bem essa
ditadura que começa com o controle da expressão do pensamento e pretende
desembocar em outra Revolução dos Bichos.
Já existe um virtual
Ministério do Pensamento, impondo e criando palavras e conceitos, ainda
que contrariem a lógica e o conhecimento científico.
A justiça e o
mérito são sacrificados ante verdades inventadas — e quem expõe o
ridículo dessas teses é denunciado como infectado por alguma neofobia.
As pessoas estão sendo de tal forma patrulhadas que têm medo de resistir
e mostrar que não querem ser enganadas, se encolhem com medo da
opressão.
É um processo em que a opinião está sendo criminalizada para
formar seres acríticos e inermes. Até quem faz a propaganda disso
acabará sem liberdade para decidir como a propaganda. Quando esse
acólito da seita perceber que foi usado, já será tarde; o regime já
passou da fase primária de dominar a liberdade de expressão, e já terá
controlado as liberdades de ir e vir, de se relacionar e, sobretudo, de
pensar.
Então vai ser tarde, já não serão livres, porque seus neurônios
já terão sido algemados.
Funeral do pontífice falecido na véspera de Ano Novo será realizado na próxima quinta-feira, 4, na Praça São Pedro
CIDADE DO VATICANO - 02 DE JANEIRO: (NOTA DO EDITOR: A imagem retrata a morte.) O corpo do Papa Emérito Bento XVI jaz em estado dentro da Basílica de São Pedro, em 02 de janeiro de 2023 na Cidade do Vaticano.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/mundo/papa-bento-e-velado-no-vaticano-e-fila-ja-reune-15-mil-pessoas/
O velório do Papa Emérito Bento XVI começou nesta segunda-feira, 2, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e vai se estender até o final desta semana. O ex-pontífice morreu no último sábado 31, aos 95 anos, após apresentar uma piora repentina em seu quadro de saúde.
Cerca de 15 mil pessoas, entre fiéis e curiosos, circulam, segundo a imprensa italiana, pela praça São Pedro e pelos arredores de Roma. Órgãos de segurança da capital italiana estimam que até 35 mil pessoas podem passar pela região por dia. Para o funeral, a estimativa é de 60 mil pessoas.
Bento, que foi a primeira pessoa a renunciar ao cargo de Papa em quase 600 anos, foi eleito em abril de 2005 após a morte de seu antecessor, João Paulo II. Seu corpo foi transferido do mosteiro para a Basílica onde ficará exposto para a despedida dos fiéis. Dentre os visitantes, estiveram presentes a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, acompanhada do atual presidente, Sergio Mattarella.
O funeral de Bento XVI será às 9h30 (horário local) da próxima quinta-feira, 4, na Praça São Pedro, de acordo com o diretor de assessoria de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni. A cerimônia será presidida pelo Papa Francisco e será “simples”, acrescentou o assessor. “Em particular, esta saudação é para o Papa Emérito Bento XVI, que faleceu ontem de manhã. Nós o saudamos como um fiel servo do evangelho”, disse Francisco na oração do Angelus no domingo 1.
Apesar dos milhares de pessoas na fila e dos pontos de controle, com detectores de metal, a entrada acontecia de forma organizada até a metade do dia.
Bento era conhecido por ter uma postura mais conservadora do que seu sucessor,que tomou medidas para suavizar a posição do Vaticano sobre divórcios e homossexualidade, além de dar passos importantes para lidar com a crise de abuso sexual que tomou conta da Igreja nos últimos anos.[Respeitosamente lembramos que Bento XVI era contra a Igreja Católica se adaptar a modismos; homossexualismo segundo a Doutrina da Igreja Católica é PECADO, nada muda isso; o mesmo vale para o rompimento de um casamento - nada muda isto.]
Ele surpreendeu os fiéis quando anunciou que iria renunciar ao cargo em 2013 alegando“idade avançada”. Os motivos que o levaram à decisão ainda são incertos. Em seu discurso de despedida, ele prometeu ficar “escondido” do mundo, mas continuou dando opiniões sobre assuntos religiosos ao longo dos anos, contribuindo para um aumento das tensões dentro da Igreja Católica.
Sua morte gerou homenagens de uma série de líderes políticos globais como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, e até o Dalai Lama.
O pontífice vai conduzir o funeral do papa emérito no dia 5 de janeiro, na Praça de São Pedro
Junho de 2018 - Francisco, um dos mais assíduos na casa do papa emérito: vida reclusa e limitada ao Vaticano Vatican Media/AFP
O papa Francisco prestou uma homenagem ao papa emérito Bento XVI, que morreu neste sábado, 31, aos 95 anos. O pronunciamento foi feito na homilia de Ano-Novo, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, segundo o jornal The Guardian. “É de forma emotiva que me lembro dessa pessoa, tão nobre, tão gentil. E sentimos em nossos corações a gratidão. Gratidão a Deus por ter dado ele de presente à igreja e ao mundo”, disse o pontífice sobre o alemão Joseph Ratzinger.
Francisco assumiu o lugar de Bento XVI após a renúncia do alemão em 2013. Opostos em ideias e posturas, os dois papas se tornaram amigos e Francisco o visitava com frequência no mosteiro Mater Ecclesiae, que fica nos jardins do Vaticano. O funeral de Ratzinger acontecerá na Praça de São Pedro na próxima quinta-feira, 5 de janeiro, a partir das 5h30 (horário de Brasília) e será conduzido pelo papa.
Joseph
Ratzinger teve a trajetória marcada pela renúncia ao posto, atitude que
fez dele o primeiro em 600 anos da Igreja Católica a abdicar do papado
Pope Bento XVI em Veneza, na Itália, em 2011 - Barbara Zanon/Getty Images
Morreu neste sábado, 31, o papa Bento XVI,
aos 95 anos. “É com pesar que informo que o papa emérito Bento XVI
morreu hoje às 9h34 no mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano”, escreveu o
perfil de notícias do Vaticano no Twitter. O corpo de Bento XVI será
velado na Basílica
de São Pedro a partir de segunda-feira, 2. O funeral está marcado para a
manhã de quinta-feira, 5, na Praça São Pedro, presidido pelo papa
Francisco
Lembrado
por sua renúncia em 2013, Bento XVI, o alemão Joseph Ratzinger,vivia
recluso nos últimos anos no mosteiro no interior dos Jardins do
Vaticano.Reportagem de VEJAde junho de 2018 revelou que Bento sofria de Parkinson e já sentia os sinais da doença quando renunciou.
Renúncia No
dia 11 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI apresentou, durante uma
reunião com as Cardeais da Cúria Romana, sua renúncia. O motivo alegado
para deixar o Trono de Pedro era que, aos 85 anos, depois de quase oito
de pontificado, ele já não tinha mais forças para levar adiante o
governo da Igreja.
Eram
principalmente três as razões da amargura de Bento XVI, segundo
concordavam na época os mais argutos vaticanistas da Itália. Em primeiro
lugar, casos de pedofilia afundavam a Igreja na época e colocavam o
pontífice em posição cada vez mais difícil.
O
segundo motivo que embaraça o papa tem a ver com um escândalo de
corrupção envolvendo o Instituto de Obras Religiosas – o banco do
Vaticano. A Justiça italiana abriu uma investigação sobre o IOR e
bloqueou 23 milhões de euros de suas contas, por suspeita de violação
das normas do sistema financeiro contra lavagem de dinheiro.
O
terceiro motivo foi originado pelo roubo de documentos comprometedores
da Santa Sé, no episódio batizado de Vatileaks que veio à tona no início
do ano passado – Paolo Gabriele, que foi mordomo pessoal do papa desde
2006, é acusado de ter vazado as informações para um jornalista
italiano. Os documentos eram, basicamente, cartas de um ex-administrador
da sede da Igreja que informava o papa sobre corruptos que haviam
assinado contratos superfaturados e, desse modo, causado um prejuízo de
milhões de euros às finanças da Santa Sé. Gabriele, apelidado de “O
Corvo”, foi condenado, preso e perdoado por Bento XVI.
O
roubo dos documentos contribuiu para amargurar um papa já cansado de
decepções e intrigas, mas os papéis em nada o maculavam do ponto de
vista moral. O que, de fato, pesou em sua decisão de renunciar foi o
derradeiro relatório da investigação sobre o roubo dos documentos, que
revelou conexões de gente muito próxima a ele com o esquema de lavagem
de dinheiro no IOR.
Papado Nascido
Joseph Ratzinger, sua trajetória pessoal de antes de chegar ao trono de
São Pedro foi cheia de lances surpreendentes, desde sua participação na
II Guerra Mundial (quando foi forçado a se juntar aos nazistas) até
a batalha ideológica da Guerra Fria. Testemunha de alguns dos fatos
mais marcantes do século XX, ele ajudou a moldar a Igreja Católica neste
início de século XXI, ao transformar-se no homem forte do pontificado de João Paulo II.
Seu
poder dentro do Vaticano era tão avassalador que, na ausência de um
papa tão carismático e marcante, foi escolhido para ocupar o posto,
mesmo com a idade avançada. Sua escolha como sucessor de João Paulo II,
em 2005, foi o auge de um longo caminho desde o seminário, a carreira
acadêmica e a entrada na estrutura de poder da Santa Sé.
Quando
Joseph Ratzinger foi escolhido no conclave que o tornou papa, suas
primeiras palavras foram: “Depois do grande papa João Paulo II, os
senhores cardeais elegeram-me, um simples e humilde trabalhador na vinha
do Senhor”.
Em
pouco menos de oito anos de pontificado, Bento XVI protagonizou
triunfos e fracassos, acumulou tropeços e façanhas, errou e acertou –
como quase todos os outros ocupantes do trono de Pedro. Mesmo sem a
perspectiva histórica necessária para dimensionar sua importância dentro
da extensa lista de pontífices do Vaticano, já é possível dizer que o
legado de Bento XVI deixou pelo menos uma pessoa decepcionada:o cardeal
Joseph Ratzinger, que entrou no conclave de sucessão de João Paulo II
como decano do colégio cardinalício e saiu dele, em 19 de abril de 2005,
como novo chefe da Igreja Católica. Como papa, o alemão foi, em linhas
gerais, o que a maioria já previa: um líder mais discreto e menos
midiático que o antecessor, um defensor ferrenho da doutrina católica,
um protetor da liturgia da Igreja.
Ratzinger
não desejava ser papa. Uma vez escolhido, porém, queria mais do que
apenas confirmar as impressões que todos tinham sobre ele. O alemão
tinha alguns objetivos muito claros. Ao renunciar, em 2013, teve de
sofrer não apenas com o peso dessa controversa decisão, mas também com a
impressão de que não atingiu nenhuma de suas grandes metas – e com a
conclusão inescapável de que deixa inacabado seu extenso trabalho a
serviço da Igreja.
A
própria escolha de seu nome papal, uma referência ao padroeiro da
Europa, já indicava uma de suas intenções mais fortes: a de reforçar as
estruturas da Igreja no continente onde o catolicismo foi construído.
Isso não significava necessariamente arrebanhar novos fiéis e expandir a
presença da Igreja nos países europeus, mas sim solidificar sua posição
e se reaproximar dos seguidores que andavam se desgarrando.
Para
Ratzinger, de nada adiantava sair à caça de novos simpatizantes mundo
afora se a Igreja perdia espaço e relevância em seu próprio berço. As
circunstâncias, no entanto, foram as piores possíveis para que Bento XVI
levasse adiante essa reevangelização. Durante quase todo o papado, a
revelação de mais escândalos de abusos sexuais cometidos por integrantes
da Igreja – na maioria dos casos, em países europeus – foram uma
barreira intransponível para seus planos. O número de fiéis nas
paróquias europeias não aumentou – e a revolta dos seguidores que
restaram, cada vez mais desiludidos por causa da longa lista de
escândalos, só cresceu. Em países como Áustria, Holanda, Noruega,
Bélgica e a própria Alemanha, a terra do papa, a imagem da Igreja
continuou sendo manchada pela revelação dos abusos. A decepção do papa
não se resumia aos escândalos em si, mas também ao fato de ele ter sido o
principal responsável por conduzir a reação da Igreja aos abusos.
Em
2001, João Paulo II entregou à Congregação para a Doutrina da Fé,
comandada por Ratzinger, a responsabilidade de lidar com o assunto. O
cardeal, que sempre sofreu muito com os relatos e testemunhos que teve
de ouvir, estava convicto de que era um imperativo moral agir contra os
pedófilos – ainda que a estrutura da Igreja não facilitasse o processo
de investigação e punição. O assunto marcou profundamente o futuro papa.
“Quanta imundície há na Igreja”, disse, pouco antes do conclave. Ainda
como cardeal, ele tomou medidas inequívocas no sentido de combater o
problema. De acordo com os críticos, entretanto, faltou firmeza ao
alemão, apesar de apelidos como “papa panzer” e “o rottweiler de Deus”.
A
ausência de reformas específicas e eficazes para impedir que pedófilos
entrassem no clero foi uma das principais queixas dos grupos que reúnem
as vítimas de abusos. Esperava-se ainda que Bento XVI conduzisse uma
reorganização da Cúria Romana, que administra a Igreja. Se João Paulo II
não tinha o perfil ideal para reformar a estrutura administrativa do
Vaticano, o alemão, metódico e profundo conhecedor dessa máquina, seria
perfeito para a tarefa. Poucos lembraram, porém, que Bento XVI é
essencialmente um acadêmico – e, portanto, não tem nas relações pessoais
e no carisma seus pontos fortes. Fazer política não era com ele. Diante
da resistência dos integrantes da Cúria, sempre avessos às tentativas
de modernização das engrenagens do Vaticano, o papa foi ficando isolado e
impotente. Ele fracassou em duas tentativas práticas de reduzir a
burocracia interna através da fusão de diferentes departamentos. A
criação de um novo Conselho Pontifício, dedicado à “nova evangelização”,
fez com que a máquina administrativa do Vaticano ficasse ainda maior do
que já era quando seu pontificado começou.
Ainda
assim, Bento XVI deixa um legado admirável. Mais do que pelas três
encíclicas, ele notabilizou-se, no que se refere à difusão da fé, pela
trilogia magistral que escreveu sobre a vida de Jesus – o terceiro tomo,
a respeito da infância do Nazareno, ratifica a hipótese de que Ele
nasceu antes do que veio a ser datado como o primeiro ano da era cristã –
e pelas entrevistas que concedeu publicadas em forma de livro. Dono de
uma cultura vasta, que vai muito além da teologia, ele era capaz de ser
didático sobre temas espinhosos.
Vida até o papado Bento
nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, no estado da Baviera,
Alemanha. Seu pai, Joseph Ratzinger, um comissário de polícia alemã,
encontrou a sua esposa por meio de um anúncio no jornal. A mensagem
dizia que policial procurava por uma moça virtuosa para se casar.
Ao
anúncio, respondeu aquela que seria então, a mãe de Ratzinger, a
senhora Maria Peintner. Desse casamento nasceram 3 filhos: Georg, Joseph
e Maria. Joseph e Georg se encaminharam desde muito cedo à vocação
sacerdotal. Maria não se casou e dedicou-se aos cuidados dos pais e,
depois, mais tarde, dos dois irmãos.
Bento
era apaixonado por música clássica. Seu gosto foi influenciado pelos
seus pais que, ainda criança, lhe apresentaram a obra de Wolfgang
Amadeus Mozart. Entre suas brincadeiras preferidas da infância estavam
celebrar missas de faz de conta ao som de Mozart e tocar piano. O
religioso também cultivou um amor especial pelos gatos ao longo de sua
vida. Até seus últimos dias de vida, seus ajudantes e secretários contam
que Bento alimentava e brincava com os felinos que passavam pelo
Mosteiro Mater Ecclesiae.
Joseph
Ratzinger prestou serviço obrigatório no Exército Alemão entre 1943 e
1945. Na época, ele havia acabado de entrar no seminário preparatório,
mas não conseguiu evitar ser convocado pelo nazismo. Desde 1941, quando
fazer parte da Juventude de Hitler se tornou obrigatório, o jovem já
frequentava o grupo. Ele só foi convocado oficialmente, contudo, aos 16
anos, para realizar trabalhos auxiliares ao lado dos soldados. Em 1944,
ele e seus companheiros de seminário foram transferidos para as unidades
regulares do Exército.
Em
entrevistas, Ratzinger contou que viu judeus húngaros sendo levados
para campos de concentração quando sua base era próxima da Hungria. O
papa chegou a ser dispensado, mas acabou convocado novamente e desertou
em abril de 1945. Ele foi capturado por soldados americanos e mantido
prisioneiro de guerra por alguns meses.
Bento
voltou ao seminário na Universidade de Munique em 1945 e foi ordenado
padre em 1951. Se tornou doutor pela mesma instituição e, em 1958,
conquistou sua licenciatura e se tornou professor de dogma e teologia da
Freising College.
Nos
anos seguintes ensinou nas Universidades de Bonn, Muenster, Tübingen e
Regensburg. Em março de 1977 se tornou arcebispo de Munique e Freising
e, três meses depois, foi nomeado cardeal pelo papa Paulo VI.
Em
1981, o papa João Paulo II nomeou Ratzinger prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé. Em 1998, tornou-se vice-reitor do Colégio de
Cardeais e foi eleito reitor em 2002. Ratzinger defendeu e reafirmou a
doutrina católica, incluindo o ensino de temas como controle de
natalidade, homossexualidade e diálogo inter-religioso. Foi eleito o
265º papa pelo conclave de 2005, com 78 anos de idade, após a morte de
João Paulo II.
Ministro corintiano não vê diferenças entre uma questão judicial e um jogo de futebol
Rosa Weber, Alexandre de Moraes e Rodrigo Pacheco, em entrevista coletiva sobre as eleições | Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE
“Eu sou corintiano, como todos sabem”, começou o mais curto, surpreendente e destrambelhado pronunciamento de Alexandre de Moraes desde que descobriu os superpoderes concedidos a titulares do Timão da Toga. Sem esclarecer a abrangência do pronome indefinido plural — todos os parentes, todos os amigos, todos os demais torcedores ou todos os brasileiros? —, o governador-geral das eleições partiu para a evocação do trauma, sofrido quando tinha 8 anos de idade, que explica a origem do seu estilo tiro-porrada-e-bomba: “Até hoje eu contesto a vitória do Internacional contra o Corinthians em 1976, aquela bola que bateu na trave e bateu fora e foi dado o gol”.
Feito o misterioso preâmbulo, chutou de bico no pau de escanteio: “Só que eu fico com a minha contestação pra mim mesmo. É assim que o Tribunal Superior Eleitoral vai tratar quem contestar as eleições”.
Enfim se soube que um gol que Moraes tenta digerir há quase 50 anos poluiu a cabeça baldia com certezas tão esquisitas quanto um baile a rigor no meio do Deserto do Saara.
Para o presidente do TSE, por exemplo, não há diferenças entre uma questão judicial no Brasil do século 21 e um jogo de futebol de antigamente. Mais: o despacho injusto de quaisquer excelências do alto comando do Judiciário é tão definitivo e inapelável quanto decisões desastradas dos juízes que suavam nos gramados trajados de preto e calçando chuteiras.
Alguma alma piedosa precisa contar à sumidade em matéria eleitoral que foi para reduzir ao mínimo o volume de erros que os dirigentes do mundo do futebol decidiram socorrer os árbitros com a criação do Video Assistant Referee, o VAR.
Caso tivesse ocorrido neste outubro, o gol que segue atormentando o ministro decerto seria anulado pela revisão das imagens. Mas Moraes prefere um TSE sem VAR ou qualquer outro instrumento de correção.A usina de decisões monocráticas, frequentemente sem pé nem cabeça, não admite contestações protagonizadas por quem se considera prejudicado. E vive perdendo a paciência com quem constata que os doutores a serviço da Justiça Eleitoral são tão imparciais como mãe de candidata a miss na noite do desfile final.
“Seremos implacáveis com divulgadores de fake news”, recita Moraes desde a festa de posse em que foi aplaudido de pé por meia dúzia de reputações ilibadas e uma imensidão de prontuários.
Mas só quem vota em Jair Bolsonaro comete esse pecado capital, informa a enxurrada de punições impostas a quem publica notícias que possam prejudicar o ex-presidente Lula.
Até os bebês de colo sabem que o chefe do Mensalão e do Petrolão passou meses engaiolado em Curitiba.
Mas o TSE proíbe que o qualifiquem de ex-presidiário.
Até napoleões de hospício compreendem que as mortes ocorridas durante a pandemia foram causadas por um vírus chinês em todos os países do mundo.
Menos no Brasil, concorda o tribunal. Aqui só se morreu de Bolsonaro, singularidade que libera adversários do candidato à reeleição para acusá-lo de“genocida”.
Ninguém errou tanto quanto os pajés do Datafolha e do Ipec. Nenhum voltou a agir com a rapidez do velho Ibope com novo codinome
Como comprova J.R. Guzzo na análise do tema de capa desta edição de Oeste, a Gazeta do Povo foi censurada por registrar que Lula é um velho amigo de Daniel Ortega — o ditador nicaraguense que, depois de prender um a um todos os que ousaram inscrever-se como candidato numa eleição de araque, agora deu de prender padres, freiras e bispos católicos.
Não pode, resolveu o juiz Paulo de Tarso Sanseverino, outro impetuoso artilheiro do TSE.
O companheiro Ortega e o companheiro Lula só se conhecem de vista. Quem acha o contrário quer induzir o eleitorado a acreditar que, se Lula conseguir regressar ao palco dos crimes incontáveis, vai declarar guerra ao Vaticano, estatizar igrejas e transformar púlpito em palanque. Às favas a liberdade de imprensa, os fatos, a sensatez, a verdade e a Constituição.
O batalhão de advogados, chefiado pelo inevitável Cristiano Zanin, consegue 11 decisões favoráveis a cada dez pedidos de remoção de notícias incômodas.
E vence 101 a cada 100 ações destinadas a vetar o conteúdo ou interditar peças de propaganda eleitoral concebidas pela equipe de Bolsonaro. Alguém aí se surpreendeu?
Zanin obrigou Gilmar Mendes a consumir barris de água para não desandar na choradeira exigida pelo desempenho de um advogado disposto a tudo para libertar o cliente bandido.
Tão comovido quanto o decano do Supremo, Lula vai infiltrar Zanin no Pretório Excelso se alcançar um terceiro mandato.
Para adular um possível colega, Moraes delegou ao ministro Benedito Gonçalves, aquele que Lula contempla publicamente com tapinhas no rosto, a missão de irritar Bolsonaro com o atrevimento dos antigos juízes de futebol.
Gonçalves proibiu a primeira-dama Michelle Bolsonaro de aparecer com destaque no horário eleitoral,proibiu o marido de gravar lives na residência oficial do casal, proibiu o presidente da República de documentar com imagens a presença no funeral de Elizabeth II em Londres, proibiu a reprodução de trechos do discurso na sessão de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. Haja insolência. E haja esperteza, berra a impunidade dos mais ativos parteiros de mentiras deste ano eleitoral: os donos das lojinhas de porcentagens disfarçadas de “institutos de pesquisa”.
Lula vai liquidar a disputa no primeiro turno,mentiram em 1º de outubro apresentadores de telejornais e redatores de primeiras páginas, todos amparados em pesquisas divulgadas por sete das nove empresas em ação no Brasil.
No dia seguinte, a apuração dos votos escancarou em 21 das 27 unidades da federação diferenças de proporções siderais entre os prognósticos dos videntes de galinheiro e a verdade das urnas.
Além de atropelados pela ascensão de Bolsonaro,os fabricantes de índices foram espancados pela desmoralizante inversão de posições nas disputas por governos estaduais e vagas no Senado. Ninguém errou tanto quanto os pajés do Datafolha e do Ipec. Nenhum voltou a agir com a rapidez do velho Ibope com novo codinome.
Neste 5 de outubro, os vigaristas da estatística reapareceram com mesma fantasia. Segundo o Ipec, Lula está na frente, Bolsonaro corre arfante quilômetros atrás. O TSE não vê nada de mais. O favorito se fecha em casa, o azarão mobiliza multidões.Os doutores em eleição fecham os olhos ao que acontece na margem esquerda do rio. Só vigiam o outro lado. Mas não percebem que o povo se move à direita. Tampouco sabem que o povo pune.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou que a Igreja
Na Igreja Católica"tudo é imposto, é uma ditadura perfeita, é uma tirania perfeita (...) Quem elege os padres, quem elege os bispos, quem elege o papa, os cardeais, quantos votos, quem vota?", questionou o presidente na quarta-feira, em um momento de relações tensas de seu governo com a instituição. "Se vão ser democráticos que comecem a eleger com o voto dos católicos o papa, os cardeais, os bispos", insistiu durante um discurso exibido na quarta-feira à noite, por ocasião do 43º aniversário da polícia nacional. [perguntas que só um ateu, um energúmeno, quem não conhece nada sobre Cristianismo precisa fazer. Ele e o ladrão petista são amigos e Luladrão o tem como mentor.]
Ortega voltou a chamar os bispos e padres de "assassinos" e "golpistas" pelo apoio que, segundo o seu governo, os templos deram aos protestos da oposição em 2018.
Os manifestantes "saíram das igrejas, não de todas, armados para lançar os ataques contra as delegacias de polícia (...) e alguns padres convocando o povo (para) atirar em mim", criticou Ortega.
Ele também censurou os religiosos por terem apoiado a proposta da oposição de reduzir seu mandato, quando atuaram como mediadores de um diálogo que buscava uma solução para a crise. "Uma instituição com a Igreja Católica utilizando os bispos aqui na Nicarágua para dar um golpe de Estado", disse.
O arcebispo auxiliar de Manágua, Silvio Báez, que está exilado nos Estados Unidos, questionou no Twitter "as lições de democracia" de Ortega, que governa desde 2007, após três reeleições sucessivas.
As relações entre o governo e a Igreja Católica se deterioraram desde os protestos de 2018, que o presidente vinculou a uma suposta tentativa fracassada de golpe de Estado planejada pela oposição com o apoio de Washington.
O conflito se agravou em agosto com a detenção - em prisão domiciliar - do arcebispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, um grande crítico do governo.
Ao menos quatro padres e dois seminaristas também foram detidos e as acusações contra os religiosos não foram divulgadas.
A polícia proibiu recentemente as procissões religiosas.
Em março, o Vaticano informou que o núncio apostólico Waldemar Sommertag foi expulso da Nicarágua.
No mês de julho, o governo proibiu a associação Missões de Caridade, criada pela madre Teresa de Calcutá,e suas freiras tiveram que deixar o país.
O papa Francisco anunciou um "diálogo" com a Nicarágua a respeito da detenção de vários membros da Igreja Católica, mas a evolução das conversas não foi revelada. Ortega, que governou o país pela primeira vez durante a revolução da década de 1980, obteve em 2021 o quarto mandato consecutivo, com seus adversários presos ou no exílio.
A comunidade internacional exige que o governo liberte mais de 200 opositores, incluindo sete ex-candidatos à presidência que foram condenados este ano a penas de entre oito e 13 anos de prisão por "minar a integridade nacional" e outras acusações.
Duas semanas atrás, tratamos aqui do “caminho sinodal” alemão,
que andava tão aloprado que conseguia preocupar até mesmo cardeais de
posições bem controversas, como Walter Kasper e Christoph Schönborn. Em
2019, quando começou essa sandice, o papa Francisco já tinha enviado uma carta aos católicos alemãesavisando que o caminho não era por ali. Como não adiantou muito, oVaticanoresolveu ser um pouco mais enfático.
Em uma declaração datada de 21 de julho,
a Santa Sé afirma com todas as letras que “é necessário esclarecer que o
‘caminho sinodal’ na Alemanha não pode obrigar os bispos e os fiéis a
assumir novas formas de governo, nem novas regras de doutrina e moral”.
Acrescenta que “não é lícito implantar nas dioceses, antes de uma
concordância no nível da Igreja universal, novas estruturas ou
doutrinas, que representariam uma ferida na comunhão eclesial e uma
ameaça à unidade da Igreja”.
Alguns amigos ficaram
alarmados com a menção a “novas doutrinas”, como se o Vaticano estivesse
dizendo“calma, não façam besteira sozinhos, esperem por nós para
fazermos besteira todos juntos”. Mas não é para tanto. A Santa Sé está
apenas dizendo que não interessa o que os “sinodais” alemães decidam
sobre ordenação de mulheres; celibato sacerdotal;comunhão para quem quiser independentemente de ser católico
ou não, de ser pecador público ou não; contracepção artificial; o que
for –nada disso tem a menor validade, porque o que vale é a doutrina imutável da Igreja, algo que não se decide “de baixo para cima”.
É inimaginável que um puxão de orelha desses não tenha tido o conhecimento e a aprovação do papa Francisco
No
mesmo dia, a Assembleia Sinodal respondeu, de uma forma que beira a
insolência. O comunicado é assinado pelo bispo Georg Bätzing, presidente
da conferência episcopal alemã, e por Irme Stetter-Karp, presidente do
Comitê Central de Católicos Alemães (que, dias atrás, defendeu o direito ao aborto na Alemanha).
Mas, ao contrário do dito popular, a dupla primeiro assopra para depois
morder. Com um cinismo impressionante, Bätzing e Stetter-Karp dizem
alegrar-se que “a Santa Sé volte a insistir naquilo com que já nos
comprometemos (...): as decisões da Assembleia Sinodal não têm por si
mesmas efeitos jurídicos. A autoridade da Conferência Episcopal e de
cada bispo diocesano para promulgar normas jurídicas e exercer seu
magistério no âmbito de suas respectivas competências não é afetada
pelas resoluções”, como se Vaticano e Assembleia Sinodal estivessem
apenas dizendo a mesma coisa com palavras diferentes. Cinismo, sim,
porque a resposta ignora a pressão dentro do próprio “caminho sinodal”
para obrigar todos os bispos alemães a seguir o que saísse da
Assembleia.
Mais adiante, os “sinodais” partem para o
ataque. “Lamentamos com irritação que esta comunicação direta não tenha
ocorrido até agora”, afirmam, em relação à possibilidade de um diálogo
com Roma (como se o próprio papa já não tivesse tratado do assunto na
carta citada e em encontros com o bispo Bätzing), e concluem dizendo que
“isso também se aplica à forma atual de comunicação, que nos assombra.
Não há testemunho de um bom estilo de comunicação dentro da Igreja se as
declarações não são assinadas”.
Vá lá, a declaração de 21 julho
realmente não traz o nome de ninguém, nem está vinculada a algum
dicastério específico.
Mas é inimaginável que um puxão de orelha desses
não tenha tido o conhecimento e a aprovação do papa Francisco.
Assim,
quem exatamente redigiu o texto é o que menos importa neste contexto.
O
que importa é que, pela maneira como os “sinodais” reagiram, a
possibilidade de a chamada de atenção produzir algum bom resultado é
mínima.
Um detalhe interessante disso tudo é que o Vaticano atirou no que viu e pode ter acertado também o que não viu.
Na véspera da divulgação da declaração da Santa Sé, a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia(CEA), a Rede Eclesial Panamazônica (Repam-Brasil) e a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB) lançaram um certo “Documento de Santarém 50 anos: Gratidão e Profecia”(foi destaque até no Vatican News) em que também se pede a ordenação sacerdotal de homens casados e a ordenação diaconal de mulheres – “até mesmo porque não encontramos teológica e pastoralmente impedimentos para isso”, afirmou, no evento de lançamento, Márcia Maria de Oliveira, da Universidade Federal de Roraima, que participou como perita do Sínodo para a Amazônia.
Ela argumenta que “nos apoiamos na orientação do Documento Final do Sínodo Especial para a Amazônia”
para fazer essas propostas, mas, ao menos em relação à ordenação de
mulheres ao diaconato, o documento não chega a fazer essa solicitação;
apenas menciona que, nas consultas prévias, esse pedido apareceu com
frequência e, “por isso, o tema também esteve muito presente no Sínodo”.
Quanto à ordenação sacerdotal de homens casados, sim, o documento final
foi mais explícito ao afirmar que “propomos estabelecer critérios e
disposições por parte da autoridade competente, no âmbito da Lumen Gentium 26,
para ordenar sacerdotes a homens idôneos e reconhecidos pela
comunidade, que tenham um diaconato permanente fecundo e recebam uma
formação adequada para o presbiterato, podendo ter uma família
legitimamente constituída e estável”.
Mas o papa meio que já deu suas respostas na exortação pós-sinodal Querida Amazônia.
Sobre as mulheres, escreveu que não se pode “reduzir a nossa
compreensão da Igreja a meras estruturas funcionais. Este reducionismo
levar-nos-ia a pensar que só se daria às mulheres um status e
uma participação maior na Igreja se lhes fosse concedido acesso à Ordem
sacra. Mas, na realidade, este horizonte limitaria as perspectivas,
levar-nos-ia a clericalizar as mulheres, diminuiria o grande valor do
que elas já deram e subtilmente causaria um empobrecimento da sua
contribuição indispensável”, e que “as mulheres, que de fato realizam um
papel central nas comunidades amazónicas, deveriam poder ter acesso a
funções e inclusive serviços eclesiais que não requeiram a Ordem sacra
e permitam expressar melhor o seu lugar próprio”(o destaque é meu).
Sobre a ordenação sacerdotal de homens casados, o papa não diz
absolutamente nada. Então, se a Igreja na Amazônia estiver pensando em
trilhar o caminho dos “sinodais” alemães, para ela também vale o aviso
do Vaticano.
O pedido de perdão do papa Francisco no Canadá O papa está no Canadá para uma “viagem penitencial”. Nesta segunda-feira, sua conta oficial no Twitter em português trouxe a seguinte mensagem:
Vamos, então, acalmar os perplexos. Sim, o Trudeauzinho é um protótipo de ditador que não tem nenhum apreço pela liberdade religiosa.
Sim, a história das valas comuns com corpos de crianças mortas em escolas religiosas era uma farsa completa (e ainda estamos esperando os pedidos de desculpas pelo vandalismo
cometido contra igrejas após o surgimento da história). Mas, apesar
disso, temos de admitir que escolas católicas também(porque não foram
as únicas) participaram do projeto do governo canadense de substituir
forçadamente a cultura indígena local pela cultura europeia, em uma
assimilação forçada que violou inúmeras liberdades, inclusive a
religiosa.
Não foi algo amplamente generalizado, muitas escolas
proporcionavam um tratamento perfeitamente respeitoso às crianças
indígenas, mas houve outras em que a coisa foi bem diferente. A esse
respeito, colo aqui o que um amigo católico, que já viveu no Canadá e
prefere não se identificar, escreveu no Facebook:
Sendo
católico e tendo morado alguns anos no Canadá, creio que é importante
comentar certos pontos da visita do Papa e seu pedido de perdão aos
indígenas canadenses.
1. As escolas residenciais foram um genocídio cultural e a Igreja tem sim
responsabilidade quanto a elas, assim como também têm certas
denominações protestantes e o governo canadense. O exagero propagado por
alguns grupos revanchistas quanto ao dano causado não exime esta culpa.
O pedido de perdão do Papa é cabido e necessário para um vital processo
de reparação.
2. O
Canadá tem um “Centro de Verdade e Reconciliação” criado para a questão
das escolas residenciais. Por meio dele, há várias exigências contra a
Igreja – algumas plausíveis, outras descabidas. Uma delas é o pedido de
perdão formal. A demonstração de boa vontade nos municia para abrir o
diálogo da outra parte e para rechaçar as exigências descabidas.
3.
O ódio anticlerical lá é forte e depois das recentes agressões
anticatólicas, com incêndio criminoso de igrejas, este pedido de perdão é
ainda mais relevante e evangélico. Deixa claro que os intolerantes e
agressores, agora, são esses grupos que exploram a vulnerabilidade
social dos indígenas para nos atacar; e não nós. No campo político, isto
reequilibra a balança a favor da Igreja.
4.
Indígenas no Canadá não são como no Brasil: organizam-se em federações e
têm representação política formal, com assentos nos parlamentos. Um
pedido de perdão em cerimônia oficial é importante também por isso.
5. Nota-se também que o Santo Padre citou nominalmente as reduções jesuíticas no Brasil e Paraguai como um bom exemplo
de evangelização de povos indígenas que não usaram de agressão
colonialista. Provou que é possível evangelizar sem destruir e derrubou
mais uma mentira anticatólica.
6.
Ah, o Papa usou um cocar? Ótimo, agora os indígenas o reconhecem como
autoridade. Cocar não é fantasia de carnaval, é uma coroa – e os papas
também usaram coroas romanas e germânicas pagãs. E como disse o Padre
Antônio Vieira: “a coroa de penas é tão digna quanto a coroa de ouro”.
Julgar
as pessoas de outrora a partir do que sabemos hoje é sempre algo
complicado. Pode ser que elas estivessem realmente crentes de que faziam
a coisa certa. Mas hoje sabemos que não era a coisa certa, e por isso é preciso retificar.