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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Simone cogita desafiar Renan sem aval do MDB



O MDB reúne sua bancada nesta terça-feira para deflagrar o processo de escolha do candidato da legenda à presidência do Senado. Há sobre a mesa dois nomes: Renan Calheiros (AL), que tenta retornar à poltrona pela quinta vez, e Simone Tebet (MS). Em tese, o perdedor deveria apoiar o rival. Entretanto, Simone avisou aos aliados que cogita desafiar seu oponente no plenário do Senado mesmo sem o aval da bancada. Nessa hipótese, ela permaneceria na disputa como candidata avulsa.

Tratado pela adversária como representante da "velha política", Renan evita morder a isca: "Só serei candidato indicado pela bancada". Ante a perspectiva de que Simone arraste para o plenário o apoio de senadores como Tasso Jereissati (CE), que representa o PSDB na disputa, o cacique alagoano dá de ombros: "As tentativas do Tasso nunca dão certo. Difícil será compatibilizar os interesses dele com a candidatura da Simone, com a bancada do PSDB e com a nossa."

Simone afirma aos colegas que obteve também o compromisso de apoio do neo-senador Major Olimpio (SP), lançado como alternativa ao comando do Senado pelo PSL, partido do presidente da República. Renan contaria com a simpatia do ministro Paulo Guedes (Economia), o Posto Ipiranga de Jair Bolsonaro. A decisão do MDB deve ser empurrada para quarta ou quinta-feira, véspera da eleição.

A proliferação de candidatos e a disputa que racha o MDB, maior partido da Casa, injeta na corrida pelo comando do Senado uma dose de imprevisibilidade que parece não haver na Câmara. Ali, a disputa ganhou ares de jogo jogado nesta segunda-feira, quando o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) consolidou seu favoritismo ao arrastar para o bloco de apoiadores da sua reeleição o PP, o MDB e o PTB.


 

domingo, 23 de setembro de 2018

A gestão Tabajara do ‘Posto Ipiranga’



Esta pode ser a pior sucessão presidencial da História republicana 

Jair Bolsonaro diz que não entende de economia e que o doutor Paulo Guedes é seu “Posto Ipiranga”. Deve-se suspeitar que o sábio multiuso tenha terceirizado a gestão de seu estabelecimento para as “Organizações Tabajara”, imortal criação do humorista Bussunda.   Numa só reunião ele fez duas boas. Recusando entrevistas a canais de televisão, Guedes foi a uma reunião na GPS Investimentos, anunciou que pretendia propor a criação de um imposto sobre transações financeiras (leia-se CPMF) e declarou que em 2015 foi convidado pela presidente Dilma Rousseff para o Ministério da Fazenda. As pérolas foram reveladas pela repórter Mônica Bergamo.

A promessa iria melhor se tivesse sido anunciada publicamente, e não numa conversa fechada, promovida na banca. Trata-se de uma ideia que pode ser discutida como um mecanismo de política tributária, sem significar aumento nem redução de carga de impostos. Na revelação de que Dilma o convidou é que entra o sistema Tabajara de gestão. Há algumas semanas a repórter Malu Gaspar publicou um perfil de Guedes no qual ele ligou sua metralhadora giratória e lançou uma acusação factualmente errada contra o banqueiro Persio Arida. Ele respondeu, chamando-o de “mitômano”.

Numa de suas conversas com Malu Gaspar, Guedes contou que foi chamado para um jantar com Dilma e que ela avisou que demitiria o então ministro Joaquim Levy, passando a perguntar o que ele achava que se devia fazer na economia. Nenhuma referência a convite.  Depois da divulgação de sua conversa na GPS e do desmentido de Dilma, Guedes explicou-se, em “tabajarês”:
“Ela está perfeitamente habilitada a dizer que não me convidou para ser ministro da Fazenda, e eu estou perfeitamente habilitado a me sentir sondado. Ninguém chama alguém para jantar e faz essas (...) perguntas se não está fazendo um convite.”

Foi mal o “Posto Ipiranga”. Não houve convite algum, nem sondagem. As perguntas revelavam curiosidade, talvez interesse. Doutor Guedes está perfeitamente habilitado a dizer apenas que Dilma quis saber suas opiniões, e só.  A cabeça do genial Steve Jobs operava com um campo de distorção da realidade, mas ele criou a Apple. Já os “fatos alternativos”, enunciados por uma assessora da Casa Branca, produziram a presidência de Donald Trump, de onde já saíram mais de duas mil mentiras.

(...)

Lembrete
Alguém precisa avisar ao doutor Fernando Haddad que a eleição do mês que vem vai escolher um presidente da República.
Ele está fazendo campanha para soltar Lula.


Elio Gaspari, jornalista - O Globo