Um exemplo: o vendedor ambulante que ia para o Centro do Rio e agora não pode mais. Ele está fora do programa, gerava a sua própria renda, e agora a sua renda vai sumir. O que vai acontecer com ele?
A diarista, também? O governo ainda não sabe, mas estuda como fazer uma rede de proteção aos informais.
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga me disse na segunda-feira que era hora de acionar os mecanismos que já estão nas leis, como o A Lei de Responsabilidade Fiscal e o Teto de Gastos, porque todas elas têm recomendações para o que fazer em momentos de calamidade. Então é isso que o governo está fazendo agora. Até os economistas preocupados com as contas públicas sabem que esse é um momento diferente, por conta do coronavírus.
O governo quer ter bom diálogo com o Congresso para conseguir avançar com esses projetos em tempos de emergência. A área técnica quer construir pontes, embora o presidente Jair Bolsonaro a todo momento agrave a crise política. [Não é possível se aceitar que o Congresso para complicar o êxito do governo Bolsonaro, prejudique milhões de brasileiros, rejeitando ou retardando a aprovação da legislação necessária para transformar a ameaça de um CAOS CAÓTICO em um CAOS temporário - não foi o presidente Bolsonaro quem criou o coronavírus.]
Míriam Leitão, jornalista - O Globo