Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Anefac. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Anefac. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Perigosa armadilha

Lance de marketing bem sucedido dos bancos incentiva pessoas a se endividarem a juros impagáveis. Quanto menor a inflação, mais proibitivo o empréstimo

É uma temeridade, que beira a irresponsabilidade, alardear que os juros dos empréstimos caem junto com a Selic, a taxa básica reduzida ontem pelo Banco Central em 0,25 ponto percentual, para 6,75% ao ano, ou 0,58% ao mês.
 
Isso incentiva as pessoas a se endividarem, assumindo encargos virtualmente impagáveis.
Uma armadilha.
Aos números.

Saiu hoje a inflação oficial de janeiro: 0,29%. Ou 2,86% em 12 meses.
Primeiro: a Selic é 2,3 vezes a inflação anual, ou exatamente o dobro dela, se compararmos os índices mensais.
É a quinta maior do mundo, em termos reais, segundo ranking atualizado ontem pela Moneyou: http://moneyou.com.br/wp-content/uploads/2018/02/rankingdejurosreais070218.pdf
Segundo: há um cipoal de taxas de empréstimos para a pessoa física no mercado.
Num bem sucedido lance de marketing, grandes bancos anunciaram ontem que reduzirão os juros dessa categoria para algo entre 1,37 e 1,5% ao mês, cerca de 20% ao ano.
Ora, isso dá 7 vezes o IPCA dos últimos 12 meses.
 
Pior: a última pesquisa disponível no site da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Anefac, informa que, em dezembro, o custo médio do crédito para a pessoa física foi de 7,33% ao mês, ou 133,7% ao ano.
É mais de 46 vezes a inflação anual.
É proibitivo.
É pra quebrar qualquer um.
 
Acrescento, abaixo, um trecho do boletim da associação, sobre a evolução do custo dos empréstimos nos últimos quatro anos:
“Considerando todas as elevações e reduções da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde março/2013, tivemos neste período (março/2013 a dezembro/2017) uma redução da Selic de 0,25 ponto percentual (redução de 3,45%) de 7,25% ao ano em março/2013 para 7,00% ao ano em dezembro/2017.
Neste período a taxa de juros média para pessoa física apresentou uma elevação de 45,73 pontos percentuais (elevação de 51,98%) de 87,97% ao ano em março/2013 para 133,70% ao ano em dezembro/2017.”

https://www.anefac.com.br/uploads/arquivos/201818144218855.pdf

Blog da Lillian Witte Fibe - VEJA
 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Crédito mais caro



Juro cobrado no cartão de crédito sobe para 350,79% em agosto, a maior taxa desde 1999
Segundo a Anefac, taxas cobradas da pessoa física avançaram em todas as linhas; juro médio subiu para 7,14% em agosto, o que representa o 11º aumento consecutivo
As taxas de juros para pessoa física subiram em agosto em todas as linhas pesquisas pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Um dos destaques ficou com o cartão de crédito, modalidade na qual a taxa de juros o atingiu o maior valor desde março de 1999. Entre julho e agosto, a taxa ao mês subiu de 13,03% para 13,37%, e ao ano aumentou de 334,84% para 350,79%.

Pelo levantamento, a taxa média de juro subiu 0,08 ponto porcentual, de 7,06% ao mês em julho para 7,14% ao mês em agosto. Na base anual, a taxa subiu de 126,74% para 128,78%, maior patamar desde julho de 2009. O aumento da taxa média de juro em agosto foi o oitavo no ano, e o 11º consecutivo. Segundo a Anefac, a alta pode ser explicada pela deterioração da economia, com o aumento do risco da inadimplência. No cheque especial, as taxas atingiram o maior patamar desde janeiro de 2003. Segundo a Anefac, a taxa mensal subiu de 10,10% para 10,14%, e a anual aumentou de 217,28% para 218,67%.

Para os próximos meses, a Anefac acredita que os juros devem voltar a subir "tendo em vista o cenário econômico atual que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência." Na semana passada, após a agência de rating Standard & Poor's rebaixar a nota de crédito do Brasil, parte do mercado passou a acreditar numa nova alta do juro básico Selic. Já nesta segunda-feira, o Relatório Focus mostrou economistas mais pessimistas. O mercado piorou as previsões para inflação e queda do PIB.

Fonte: Estadão