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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Charge de jornal holandês ironiza eleição de Bolsonaro

[muitos não suportam ver os que  consideram adversários vencerem - este jornaleco holandês tem tudo a ver com Calabar.

o que os jornais estrangeiros, que criticam a escolha soberana da maioria do eleitorado brasileiro tem a ver com isto?

aliás, não é da conta de ninguém, a decisão soberana do eleitorado brasileiro.]

Ilustração do diário 'de Volkskrant' relaciona vitória do capitão com a ascensão da ideologia nazista no Brasil

O jornal holandês de Volkskrant publicou em sua edição desta segunda-feira (29) uma charge ironizando a eleição de JairBolsonaro. Na imagem, uma suástica nazista é representada nas cores da bandeira do Brasil e construída com os tradicionais chinelos Havaianas.

A charge faz refercia às muitas críticas recebidas pelo capitão de seus oponentes, que o acusam de ser o rosto da extrema-direita no Brasil e que o ligaram à ideologia fascista durante a campanha eleitoral. A ilustração foi assinada pelo cartunista Bas van der Schot e publicada no site e na edição impressa do de Volkskrant, um diário de Amsterdã considerado de centro-esquerda.

Bolsonaro (PSL) venceu neste domingo o segundo turno das eleições presidenciais com 55% dos votos, contra 44% de Fernando Haddad (PT).

Além do de Volkskrant, grandes veículos da imprensa estrangeira repercutiram a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. Boa parte dos sites se dedicaram a publicar matérias explicando aos leitores detalhes sobre quem é Bolsonaro, desde sua formação militar, passando por suas declarações controversas. Também descrevem a polarização no Brasil, até sobre como o resultado das urnas reflete as insatisfações da população com o Partido dos Trabalhadores.

A revista liberal The Economist, que chegou a publicar uma capa chamando Bolsonaro de ameaça, começa seu texto sobre a vitória com a sucinta frase: “Os brasileiros fizeram uma péssima escolha”.

O texto aponta que Bolsonaro é um “apoiador de ditadores e de armas, que incita a polícia a matar suspeitos, que ameaça banir oponentes e diminui as mulheres, os negros e os gays”. [quem bancava com dinheiro público os piores ditadores era o presidiário Lula.] Em seguida, a revista explica como o PT colaborou para o crescimento do conservador PSL, com os  escândalos de corrupção, o desejo de se manter no poder e a depressão econômica que a política de Dilma Rousseff provocou no país.

O jornal The New York Times seguiu o caminho dos concorrentes, lembrando falas polêmicas de Bolsonaro e apontando para o crescimento do conservadorismo da extrema-direita no mundo. “Bolsonaro, que vai conduzir o maior país da América Latina, é o mais à direita entre todos os presidentes da região, onde recentemente os países elegeram líderes mais moderados. Ele engrossa o movimento da extrema-direita que tem crescido no mundo, juntamente com a Itália e a Hungria.”

O britânico The Guardian, que acompanhou a apuração dos votos em uma longa reportagem atualizada em tempo real, foi às ruas no Brasil retratar as celebrações dos eleitores de Bolsonaro. Após destacar diversas frases de entrevistados, como a de um estudante de fisioterapia de 40 anos, que disse ter agora o “presidente que sempre esperamos, que teme a Deus e é genuinamente de direita”, o jornal ressaltou ao fim que o triunfo de Bolsonaro deixou milhões de brasileiros progressistas “profundamente perturbados e com medo da intolerância que vai tomar o país”.

Muitos veículos também compararam Bolsonaro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A emissora britânica BBC lembrou que as declarações do futuro presidente brasileiro, consideradas racistas, homofóbicas e misóginas por muitos, têm um tom muito parecido com as declarações do presidente americano. 

Veja
 

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Senadora critica vídeo do PT à TV árabe e provoca discussão no Senado



Para a Ana Amélia conteúdo poderia ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional; Gleisi rebate e diz que há ‘preconceito e xenofobia com os árabes’




 O debate no plenário do Senado esquentou na tarde desta quarta-feira depois que a senadora Ana Amélia (PP-RS) subiu à tribuna para acusar a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR) de violar a Lei de Segurança Nacional, ao pedir, em vídeo gravado para a rede de TV Al Jazeera, que o povo árabe se juntasse à luta em apoio ao ex-presidente Lula, condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) - Agência Senado 18/04/2018




No vídeo veiculado nesta terça-feira pela emissora de TV do Qatar, Gleisi diz que Lula é um grande amigo do mundo árabe e ao longo da história, o Brasil recebeu milhões de árabes e palestinos, mas Lula foi o único presidente que visitou o Oriente Médio. Da tribuna, Ana Amélia pediu ao presidente da sessão, senador João Alberto, que inscrevesse nos anais da Casa como documentos históricos, o vídeo de Gleisi e o editorial do jornal “O GLOBO”: “Aécio convertido em réu abala teoria persecutória do PT”.

Nesse vídeo a presidente do PT faz uma exortação ao povo árabe, com afirmações graves, denegrindo a imagem do STF, do Ministério Público, atacando a imprensa do país, violando preceitos constitucionais e ignorando que estamos vivendo em um estado democrático de direito. Chegou ao cúmulo de dizer que nossa política externa é guiada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos — discursou Ana Amélia, lembrando que os próprios senadores lulistas haviam visitado o ex-presidente e atestado que ele estava bem instalado e bem tratado na cela em Curitiba.

No discurso, Ana Amélia disse que o conteúdo do vídeo de Gleisi Hoffman poderia ser enquadrado no Artigo 8º da Lei de Segurança Nacional, que diz: “aliciar indivíduos de outra Nação para que invadam o território brasileiro, seja qual for o motivo ou pretexto”.
— Perderam o poder em 2016, o apoio popular na decretação da prisão de Lula e agora perdem a compostura ao atacar a Imprensa, o Judiciário, e o Ministério Público! É possível que queiram o apoio do Exercito Islâmico para livrar Lula da cadeia disse Ana Amélia.

No plenário, o líder da Minoria, senador Humberto Costa (PT-PE) saiu em defesa de Gleisi, até então ausente.  — Reconheço que é uma boa senadora, mas ultimamente tem se concentrado em fazer ataques frontais ao PT e a Lula, em espezinhar uma pessoa presa, condenada injustamente, fazendo espezinhamento e humilhação. Vossa Excelência não precisa disso. Retome a boa linha do seu mandato que sempre teve aqui — rebateu Humberto Costa.

Em resposta a Humberto Costa, Ana Amélia disse que o ex-presidente Lula fez avanços em seu governo, mas isso não lhe dava o direito de não reconhecer os crimes que praticou. E disse que, ao contrário do que tinha sido apregoado, o país não parou pela prisão de Lula, mas apenas manifestações feitas em Curitiba e no Rio Grande do Sul pelos movimentos sociais ligados ao PT.  — No meu estado, com os trancamentos das rodovias, hoje impediram que uma família levasse o filho para fazer quimioterapia. Como ex-ministro da Saúde o senhor sabe o que isso significa — disse Ana Amélia.

Nesse momento a senadora Gleisi Hoffmann adentrou o plenário e foi ao microfone para responder Ana Amélia, mas como seu nome não foi citado explicitamente na fala da senadora gaúcha, o presidente da Mesa, João Alberto de Souza (MDB-MA), não permitiu que falasse. — Fui ofendida, quero falar. Que outra presidente nacional do PT tem aqui? — insistiu Gleisi, sem sucesso.

Gleisi então respondeu em sua conta no Twitter: “A senadora que incentivou a violência contra a caravana do Lula no Sul do país, mandando erguer o relho, agora externa seu preconceito e xenofobia com os árabes, ao me criticar por ter falado com a TV Al Jazeera. Entrevistas que dei com o mesmo conteúdo a BBC, RTP, EFE não a incomodaram”.
Mais tarde, falando como líder do PT, Gleisi contra-atacou Ana Amélia, acusando-a de xenofobia e preconceito.  — O incômodo daquela senadora não foi com o conteúdo, mas com o veículo. Só pode ser por ignorância, preconceito e xenofobia com o povo árabe — rebateu Gleisi, acusando Ana Amélia de ter praticado um ato de “desvio de caráter”.

Ana Amélia ainda tentou rebater, mas como seu nome não foi citado nominalmente, João Alberto também não permitiu que ela aparteasse Gleisi.  — Senhor presidente, eu não tenho desvio de conduta — tentou Ana Amélia, sendo cortada por João Alberto.

O vídeo continuou provocando bate boca durante toda a sessão. O senador José Medeiros (Podemos-MT), reagiu com irritação ao líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), que o chamou de ignorante quando dizia que houve uma mensagem subliminar de Gleisi a fundamentalistas. — Perdoem a ignorância — aparteou Lindberg.
— Eu estou com a palavra. Aqui Vossa Excelência não vai ganhar no grito! Se tiver um atentado aqui, ele terá o nome e o CNPJ. Porque não foram a uma embaixada reclamar? Querem transformar um país pacífico numa zona de guerra — reagiu Medeiros.

— Eu só queria falar: perdoem a ignorância — continuou Lindbergh.
O líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), disse que o vídeo é uma "verdadeira afronta à soberania nacional" e um "crime de lesa-pátria". Para Caiado, é uma grande irresponsabilidade a parlamentar petista pedir a intervenção de outros países sob uma democracia consolidada.  — E querer agora lançar uma campanha mundial para tentar vitimizar o ex-presidente Lula? Olha, é uma afronta ao Judiciário e à Procuradoria Geral da República. Até ao decoro do Senado Federal uma atitude como essa — criticou Caiado. — O que eles queriam é imaginar que podiam amanhã aqui entrar com seus cubanos, que hoje praticam os assassinatos de todo grau de violência contra o povo venezuelano, que são conhecidos como os coletivos — protestou.

O Globo