O Globo
Governo decide antecipar o envio da reforma administrativa ao Congresso para 5ª feira
Medidas propostas valerão apenas para os novos servidores públicos
O anúncio de envio da reforma ao Congresso foi feito pouco depois de o IBGE divulgar queda de 9,7% da economia brasileira no segundo trimestre, o pior resultado da História. [Não esqueçamos que o mundo atravessa a pior pandemia dos últimos 100 anos.] No mesmo dia, o presidente anunciou a prorrogação do auxílio emergencial em mais quatro parcelas de R$ 300 até o fim do ano.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou a importância da reforma administrativa:
— A reforma administrativa é importante, como o presidente deixou claro desde o início, não atinge os direitos dos servidores públicos atuais, mas redefine toda a trajetória do serviço público para o futuro, um serviço público de qualidade, com meritocracia, com concursos exigentes, promoção por mérito. É importante que nós estamos não só com os olhos na população brasileira no curto prazo, mas toda classe política brasileira, pensando no futuro do país, implementando as reformas.
Mais tarde, ao falar a parlamentares em uma audiência pública no Congresso, Guedes afirmou que o ritmo do envio das reformas é definido pela política.
— Quem dá o ritmo das reformas é a política, não é a economia. A economia é uma ferramenta da política. A política que decide a que momento disparar que reforma — pontuou o ministro.
A demora no envio da reforma administrativa, cujo texto está praticamente pronto desde o fim do ano passado, foi um dos motivos que levaram à saída do ex-secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital Paulo Uebel, insatisfeito com o ritmo da tramitação do projeto.
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