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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Havan suspende propagandas na Globo em apoio a Bolsonaro - VEJA

Luciano Hang, dono da empresa, diz que emissora faz 'desserviço à nação'; rede de supermercados já havia cortado publicidade


A rede de lojas de departamentos Havan informou nesta quinta-feira, 7, que suspendeu todas as campanhas publicitárias que faria em intervalos de programas jornalísticos e de entretenimento da Globo. “Não compactuamos com o jornalismo ideológico e algumas programações da Rede Globo nacional e estamos sendo cobrados pela sociedade e nossos clientes”, diz o comunicado assinado pelo dono da empresa, Luciano Hang, apoiador do presidente.

No comunicado, Hang não cita nominalmente Jair Bolsonaro, mas afirma que “as eleições do ano passado mostraram que a grande maioria dos brasileiros quer mudança” e diz que a Globo faz “desserviço à nação” e é “contra os costumes da família brasileira”.  Segundo o comunicado, estão suspensas as campanhas no Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional, Jornal da Globo, Malhação e Caldeirão do Huck.

O empresário divulgou o comunicado em suas redes sociais e afirmou que “por enquanto” ainda manterá publicidade nas afiliadas e jornais locais, “que ainda informam a sociedade de uma forma mais isenta e conservadora”.

Hang, que é dono de 133 lojas no país, é apoiador de longa data de Bolsonaro. Durante a campanha eleitoral, a rede foi processada pelo Ministério Público do Trabalho por intimidar funcionários, dizendo que faria demissões em massa se a esquerda ganhasse o pleito. O apoio também mudou o uniforme da rede de lojas, que trocou uma camiseta preta com o logo da empresa por uma verde e amarela com os dizeres “o Brasil que queremos só depende de nós”. Hang foi multado pelo Tribunal Superior de Justiça por pagar anúncios para Bolsonaro no Facebook durante a campanha.
Este é o segundo caso em uma semana que uma rede varejista suspende comerciais na emissora carioca em apoio a Bolsonaro. Na segunda-feira, a rede paranaense de supermercados Condor havia anunciado a suspensão de anúncios na grade nacional da emissora.

VEJA - Economia



segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Vem aí o Facebank - A internet é uma ilusão

Em uma tentativa para retomar o crescimento acelerado, o Facebook agora quer acesso a dados financeiros de seus usuários


Diante de uma crise de confiança que já afeta o seu número de usuários e, por extensão, suas fontes de receita, o Facebook decidiu contra­-atacar. A rede social fundada e comandada por Mark Zuckerberg está em negociação com bancos americanos para tentar obter acesso aos dados dos correntistas, tais como os registros de uso do cartão de crédito e o saldo nas contas. 

O objetivo da empresa é ampliar a oferta de serviços, provavelmente por meio de sua ferramenta de mensagens instantâneas, o Messenger, de modo a aumentar o engajamento dos usuários. Com a revelação da nova empreitada, as ações da companhia subiram 4,5% em um único pregão. “Nós nos associamos a bancos e empresas de cartão de crédito para oferecer serviços como chat para suporte de clientes ou gerenciamento de contas”, afirmou o Facebook em comunicado oficial.

Mas não será uma tarefa trivial convencer as instituições financeiras e, principalmente, os correntistas a compartilhar tais dados com o Facebook. A rede social teve a sua reputação manchada com a revelação, em abril, de que permitiu o acesso a informações de 87 milhões de usuários à Cambridge Analytica, uma empresa britânica de análise de dados. O episódio fez crescer entre autoridades regulatórias e congressistas de vários países a preocupação em proteger os dados dos usuários da plataforma e punir quem se descuidar desse direito fundamental. Sofrendo com a perda de confiança, o Facebook anunciou recentemente que vai ampliar os gastos para reforçar a segurança e a privacidade de seus mais de 2 bilhões de usuários no mundo. Além desse episódio, a companhia sofreu acusações de que foi e continua a ser instrumento de manipulação política por meio de perfis falsos que propagam fake news — e tem buscado reagir bloqueando e excluindo páginas suspeitas. As denúncias afetaram seu desempenho e as projeções para os próximos meses, com efeito devastador sobre o valor de mercado da companhia: as ações chegaram a cair 20% em um dia, o que gerou uma perda de 123 bilhões de dólares na bolsa.


Recuperar a confiança é crucial para o Facebook. Quanto mais informações as pessoas estiverem dispostas a ceder, mais valiosas serão as redes sociais para os investidores e para as empresas parceiras, alimentando um círculo virtuoso que amplia a sua relevância. Hoje, já é possível transferir dinheiro por meio do Messenger entre pessoas amigas no Facebook. Trata-se de um modelo disseminado na China, onde imperam os chamados superaplicativos, como o WeChat Pay, que permitem o pagamento de serviços diversos. É curioso que a empresa, acusada de fazer pouco-caso da privacidade de seus usuários, queira agora os dados bancários deles. Mas o Facebook confia na estratégia. “Uma parte essencial das parcerias é manter as informações das pessoas seguras e protegidas”, disse a companhia. Que assim seja, para o bem dos usuários.

Publicado em VEJA de 15 de agosto de 2018, edição nº 2595


Hugo Gloss, o “influenciador digital” mais cortejado pelas celebridades fala sobre truques usados por quem tenta parecer importante nas redes sociais


Bruno Rocha Fonseca, brasiliense de 32 anos, é um fenômeno na internet. Seus 12,2 milhões de seguidores no Instagram superam a marca de famosos como a pop star Madonna (11,5 milhões). Mais conhecido como Hugo Gloss (uma brincadeira com o nome do estilista alemão Hugo Boss), ele chamou atenção com tiradas engraçadas no Twitter, há cerca de dez anos. Acabou contratado como redator do programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo, emprego no qual passou seis anos, enquanto se consolidava como o influenciador digital — pessoa que dita tendências de consumo e comportamento na web — mais badalado pelas celebridades. Hoje, Hugo Gloss produz um site com notas sobre famosos e tem mais de 20 milhões de fãs, somando-se todas as redes sociais, nas quais a atração principal, com frequência, é ele próprio, em viagens, festas e cenas de bastidores ao lado de nomes que vão de Ivete Sangalo a Katy Perry.

12,2 milhões de seguidores no Instagram superam a marca de famosos como a pop star Madonna (11,5 milhões). Mais conhecido como Hugo Gloss (uma brincadeira com o nome do estilista alemão Hugo Boss), ele chamou atenção com tiradas engraçadas no Twitter, há cerca de dez anos. Acabou contratado como redator do programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo, emprego no qual passou seis anos, enquanto se consolidava como o influenciador digital — pessoa que dita tendências de consumo e comportamento na web — mais badalado pelas celebridades. Hoje, Hugo Gloss produz um site com notas sobre famosos e tem mais de 20 milhões de fãs, somando-se todas as redes sociais, nas quais a atração principal, com frequência, é ele próprio, em viagens, festas e cenas de bastidores ao lado de nomes que vão de Ivete Sangalo a Katy Perry.

Quanto custa um post no seu Instagram?  
A partir de 35 000 reais. Tem todo tipo de proposta: gente que quer se promover, sex shop, saco de lixo. Trabalho, no entanto, para que meu site seja mais forte que qualquer rede social. Quem depende do Instagram ou do Facebook está à mercê dos algoritmos, que fazem com que os posts apareçam para um número restrito de pessoas que seguem você. Seguidor não é sinônimo de dinheiro.

Nem milhões de seguidores? 
A internet não é a vida real, é uma edição da realidade, filtrada como cada um bem entende. Não é à toa que o Stories (recurso do Instagram no qual vídeos e fotos publicados desaparecem depois de 24 horas) tem esse nome, porque ali você é autor da própria narrativa, que pode tanto ser fiel como ficcional. Há agências que contratam posts para eu inserir no Stories e exigem aprovação prévia. Isso significa que, ao contrário do que parece, os vídeos não são necessariamente do momento. É preciso entender que existe um abismo entre conquistar muitos seguidores e conseguir viver apenas do seu trabalho nas redes. Desde 2008, quando comecei no Twitter, eu tinha números altos, mas só pude sair do emprego na Globo e me dedicar exclusivamente a ser Hugo Gloss oito anos depois. Vale ainda dizer que muita gente compra seguidores e curtidas das tais fazendas de perfis falsos.

Como isso funciona? Existem empresas cujo negócio é criar e administrar perfis falsos, para vender curtidas, fazer algo parecer muito maior, seja de um político, seja de um artista. Nunca comprei nem me envolvi, mas sei que são adquiridos aos milhares. Há cantores que inflam números de curtidas e visualizações no YouTube utilizando esse recurso. As pessoas acham que a música está estourada, ficam curiosas, e aquilo acaba eventualmente decolando de fato.

“Tem gente que viaja por dois dias ao exterior, tira fotos com roupas diferentes para que os seguidores achem que ficou mais tempo. Ou se hospeda por um dia no Hotel Fasano e faz o mesmo”

Que outros truques são usados nas redes? 
 É muito comum gente que viaja por dois dias ao exterior, tira fotos com roupas diferentes para montar um arquivo e os seguidores acham que a pessoa ficou muito mais tempo fora. Ou se hospeda por um dia no Hotel Fasano do Rio e faz a mesma coisa. Tem gente que se hospeda, chama um amigo e posa com sungas e biquínis variados para parecer habitué.

No seu site você não fala de outros influenciadores. Por quê? Porque prefiro falar dos famosos de verdade. O Brasil é gigante, e virar uma pessoa famosa requer passar pela televisão ou pelo rádio, que chegam a áreas do país onde ainda não há internet. Influenciador, então, não é celebridade. Por outro lado, a maioria dos atores e atrizes não sabe ser influenciadora, fica presa ao arquétipo do galã ou da mocinha, e isso não cola. 

MATÉRIA COMPLETA em VEJA de 15 de agosto de 2018, edição nº 2595