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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A invasão do Congresso dos EUA e nós aqui - O Estado de S. Paulo

Celso Ming

Tentativa de golpe produzirá desdobramentos que ainda não se podem prever

[os Estados Unidos são os Estados Unidos e 'nós aqui' somos do Brasil - coisas distintas, situações diversas e soluções específicas.

É o conhecido 'Cada coisa é uma coisa e não se confunde com nenhuma outra, por mais parecida que seja'.]

A invasão do Capitólio, em Washington, pelos extremistas seguidores do presidente Trump, nessa quarta-feira, produzirá desdobramentos que ainda não se podem prever. O desfecho desse 6 de janeiro segue a lógica da política isolacionista, xenófoba, populista e antidemocrática adotada pelo governo dos Estados Unidos nestes últimos quatro anos.

[Sábia e adequada definição do presidente JAIR BOLSONARO sobre o incidente ocorrido, dia 6, nos Estados Unidos: 
“Qual foi o problema (nos Estados Unidos)? Falta de confiança no voto. Então lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram”,  disse Bolsonaro."]

Se não pode levar pelo voto, a eleição não serve. É invariavelmente “roubada”, quando os da turma são vencidos nas urnas. Numa primeira tentativa, vale apelar para a guerra judicial e, se não adiantar, a saída é o golpe. Se as forças institucionais, como as polícias e os militares, não aderirem, a solução é apelar para os movimentos de massa, para os agrupamentos armados e, assim, arrancar o poder com a invasão dos centros de exercício da democracia. Foi assim no nazismo, foi assim no fascismo e será assim nos regimes totalitários.

Como não poderá mais agasalhar esses movimentos antidemocráticos, sob pena de se esvaziar, o Partido Republicano dos Estados Unidos, o Great Old Party (GOP, na sigla em inglês), que já foi liderado por Abraham Lincoln, terá de se renovar, tarefa complicada, a ser precedida por expurgos.

Tiraram o megafone do Trump. No meio da confusão, as contas do presidente Trump no Twitter e no Facebook foram bloqueadas. O homem mais poderoso do mundo, que tem o botão da bomba à altura dos seus dedos, não pode mais usar as redes sociais para transmitir ordens e contraordens a seus comandados, como se o alcance à corneta fosse retirado do comandante no campo de batalha.

Desse fato não se conclui apenas que, numa dimensão que importa, há poder maior do que o do presidente dos Estados Unidos. Conclui-se, também, que uma vez bloqueada a comunicação com suas massas de manobra, a capacidade de mobilização de um chefão autoritário perde substância. Questão subsequente consiste em saber quem, em última instância, manda nas redes sociais e como o acesso a elas pode ser controlado democraticamente.  A partir do que houve em Washington, é preciso saber por que o país mais dotado de instituições de segurança no mundo e por que o FBI, a CIA e outros organismos de inteligência que existem para defender as instituições não serviram para prever e prevenir as forças democráticas contra a invasão e a tentativa de golpe. 

A aglomeração começou desde a véspera, no dia 5. O presidente Trump havia feito pronunciamentos desesperados contundentes em que conclamou seus seguidores a agir pela força. E as intenções de invasão foram manifestadas a qualquer interessado. Por que, mesmo assim, tudo aconteceu como se viu?  Finalmente, vamos às implicações para o Brasil. A mesma lógica da política de Trump que desembocou onde desembocou se aplica ao atual governo brasileiro, para quem a democracia só tem serventia se ajudar na tomada do poder para sua turma. Quando as instituições e as regras do jogo se tornam obstáculos, então é preciso desmontá-las. 

Se o Supremo dispara sentenças desfavoráveis, é preciso destituí-lo. Para isso e para outras providências da mesma qualidade, sempre é melhor aproveitar a confusão da hora para “passar a boiada”. Se o Congresso atrapalhar, cumpre aliciar segmentos importantes que o compõem, como o Centrão, com benesses e favores políticos. Ao mesmo tempo, convém armar os seguidores e prepará-los para confrontos que possam se tornar inevitáveis. Criar e encorpar as milícias acaba sendo o passo seguinte.

Tudo isso é mera fantasia? Pois, ainda nesta quinta-feira, o presidente Bolsonaro não poderia ter sido mais claro do que foi: “A falta de confiança nas eleições levou a esse problema que aconteceu lá (nos Estados Unidos). Se tivermos voto eletrônico no Brasil em 2022, vai ser a mesma coisa. Ou vamos ter problema pior que nos Estados Unidos”  foi o que disse

Celso Ming - O Estado de S. Paulo

 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Trump inicia atividades do dia da posse com serviço religioso

Donald Trump e sua esposa Melania chegaram nesta sexta-feira a uma igreja episcopal de Washington para um serviço religioso, dando início, desta forma, às atividades oficiais do dia em que prestará juramento como 45º presidente dos Estados Unidos.
Washington se prepara para a posse presidencial - AFP
 
Em meio a um forte dispositivo de segurança, o casal chegou acompanhado pelos filhos adultos do presidente eleito à pequena igreja episcopal de Saint John, aberta em 1816 e situada a 150 metros da Casa Branca.
A cerimônia religiosa terá uma duração de aproximadamente uma hora, de acordo com o comitê organizador.

Após a cerimônia religiosa, Trump será recebido na Casa Branca pelo presidente em fim de mandato, Barack Obama, e por sua esposa Michelle, e depois os dois partirão juntos rumo ao Capitólio, onde será realizada a cerimônia de posse.  Fiel ao estilo que se tornou sua marca registrada, Trump começou o dia histórico com uma mensagem no Twitter.

“Tudo começa hoje”, tuitou Trump. “Os verei às 11:00 A.M. (horário local) para o juramento. O MOVIMENTO CONTINUA – O TRABALHO COMEÇA!”, acrescentou.

Enquanto Trump participava da cerimônia religiosa, dezenas de milhares de pessoas já aguardavam para ter acesso ao enorme espaço preparado diante das escadarias do Capitólio para acompanhar a posse do 45º presidente dos EUA.  Além do gorros vermelhos com letras em branco (“Devolver a grandeza aos Estados Unidos”) era possível ver também milhares de pessoas com gorros de lã laranja e o número 45, em referência a Trump.  As forças de segurança colocaram de quilômetros de grades no centro da capital americana. A temperatura em Washington oscilava ao redor dos 6 graus centígrados e o serviço de meteorologia prevê chuva fraca durante o dia.

Fonte: AFP