Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Um vídeo exibido por Tucker Carlson, da Fox News, provou que a narrativa
partidária em torno dos eventos envolvendo a invasão do Capitólio foi
uma grande farsa
Manifestantes em frente ao Capitólio, em Washington, Estados Unidos, em 2021 | Foto: Sebastian Portillo/Shutterstock
Por dois anos o público teve acesso apenas às imagens que a grande mídia escolheu divulgar sobre a invasão do Capitólio naquele fatídico 6 de janeiro.
A narrativa era que os Estados Unidos viveram uma tentativa terrível de golpe e que a sua democracia correu enorme perigo.
Tudo teria sido culpa de Trump, claro, apesar de o então presidente ter sido claro sobre o lado pacífico da marcha de protesto que incentivou. Todo apoiador de Trump era um potencial golpista, eis o resumo da ópera.
Uma ópera-bufa, agora fica mais claro. O Comitê do Congresso que teve acesso ao material completo das câmeras de segurança nunca havia divulgado essas imagens, tampouco a velha imprensa pareceu interessada no tema. A líder era Nancy Pelosi, a democrata.
Agora, sob o comando de um republicano, essas imagens finalmente chegaram ao público, por meio de Tucker Carlson, da Fox News.
Na segunda-feira, Tucker Carlson divulgou a primeira parte da investigação de sua equipe sobre cerca de 40 mil horas de imagens de segurança do Capitólio naquele 6 de janeiro de 2021.
O vídeo que Carlson exibiu para seu grande público provou que a narrativa partidária em torno dos eventos foi uma grande farsa. “Os democratas no Congresso, auxiliados por Adam Kinzinger e Liz Cheney, mentiram sobre o que aconteceu naquele dia. Eles são mentirosos. Isso é conclusivo e deve impedir que eles sejam levados a sério novamente”, disse Carlson. A primeira série de clipes de Carlson reproduzidos foi uma filmagem adicional não divulgada anteriormente dos manifestantes de 6 de janeiro circulando sem violência pelo Capitólio, muitas vezes ao lado da equipe de segurança e dos policiais.
Certamente, alguns dos primeiros a entrar no capitólio quebraram janelas e forçaram a abertura da porta. Mas, para as centenas que se seguiram, eles pareciam inconscientes do dano causado e eram claramente não violentos. A polícia simplesmente os deixou entrar. Alguns são vistos parando para limpar alguns danos causados por outros que haviam passado antes.
O foco então mudou para Jacob Chansley, mais conhecido como o xamã QAnon. Os policiais do Capitólio, por sua própria vontade, guiaram Chansley por todo o local.
Mesmo quando a polícia superou Chansley em nove para um, eles não se moveram para prendê-lo ou removê-lo.
Chansley mais tarde agradeceria aos oficiais em oração no plenário do Senado.
Se o 6 de janeiro foi o que a mídia e o Comitê Seleto dizem que foi — uma insurreição violenta destinada a interromper a transferência pacífica de poder e assumir o controle do governo federal à força em nome de Donald Trump —, esse é um cenário em que a polícia do Capitólio deveria guiar tranquilamente os participantes do golpe violento?
Onde estavam as armas dos terroristas, aliás?
E quantos foram mortos naquele dia?
E eis, no fundo, a essência disso tudo: uma elite “progressista” e arrogante despreza a democracia verdadeira, pois despreza o povo, tido como ignorante demais para tomar decisões importantes
Eis outra farsa que vem abaixo com as imagens divulgadas por Carlson. Além de uma manifestante que morreu baleada pela polícia, a única outra morte explorada pela imprensa como prova do perigo da “insurreição” era a de um policial, que foi a óbito um dia após o evento. Alegava-se, sem provas, que Brian Sicknick teria sofrido traumatismo, ao apanhar com um extintor de incêndio durante a entrada forçada dos manifestantes. Mas o mesmo policial aparece nas imagens depois, calmo, organizando o fluxo de pessoas, usando seu capacete intacto.
Por suas ações, os policiais no local claramente não interpretaram os manifestantes que estavam entrando no Capitólio como um ataque à democracia norte-americana.
Se os oficiais entenderam isso como uma tentativa de derrubar o governo norte-americano, então o Departamento de Polícia do Capitólio deveria ser destituído de vez por incompetência ou mesmo cumplicidade.
A covardia deles seria imperdoável e incompatível com a missão em jogo.
As imagens mostradas por Tucker Carlson são devastadoras para as narrativas midiáticas sobre aquele dia.
E a reação da mesma imprensa, agora que tudo veio à tona, é ainda pior e mais suspeita: eles acusam o líder republicano de ter liberado essas imagens apenas para Carlson, ou alegam que o apresentador da Fox News é partidário (como se eles, na CNN e companhia, fossem imparciais e objetivos).
É como se a transparência com o público fosse prejudicial para a democracia!
E eis, no fundo, a essência disso tudo: uma elite “progressista” e arrogante despreza a democracia verdadeira, pois despreza o povo, tido como ignorante demais para tomar decisões importantes. É por isso que caberia aos parlamentares do Comitê Seleto observar e revelar suas conclusões, tomadas como verdade absoluta. É por isso que caberia aos jornalistas da imprensa tecer análises e disparar julgamentos, condenando Trump pelo “golpe”.
Se o povo analisar por conta própria as imagens, ele poderá concluir que um bando de fanfarrões desarmados não configura um movimento fascista ameaçador.
Ele pode até mesmo acreditar que arruaceiros fantasiados e escoltados pela própria polícia não passam de idiotas sem qualquer perigo real para as instituições republicanas. Ele pode, cruzes!, interpretar que a maior ameaça à democracia não veio daquela turba descontrolada e exótica, mas, sim, do establishment, incluindo a mídia, que insistiu por anos em narrativas furadas só para derrubar o presidente de direita que não suportavam, mas foi eleito pelo povo.
[a matéria,lida com isenção, praticamente nos obriga a ter em conta que as narrativas do 'nosso' 8 de janeiro, apresentam ações praticadas por esquerdistas infiltrados como se praticadas por bolsonaristas.
Esqueceram apenas de indicar quem, caso os bolsonaristas 'golpistas',lograssem êxito quem seria indicado para ser o beneficiário do golpe = assumir a Presidência da República.?
Querem criar o primeiro golpe de estado sem tropas e sem alguém para assumir o comando da nação após "êxito" do golpe.]
Vozes - Paulo Polzonoff Jr. "Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.
Em meio ao não-escândalo das joias sauditas, o site O Antagonista fez uma denúncia gravíssima:Lula estaria ameaçando não pagar emendas de deputados que assinaram o requerimento de instauração da CPI do 8 de janeiro.
É, aquela CPI (na verdade uma CPMI, porque reúne deputados e senadores) que pretende investigar o quebra-quebra, a revolução da bengala ou, como prefere a narrativa esquerdista, a tentativa de golpe de Estado.
O curioso é que a Operação Abafa do governo coincide com a divulgação, nos Estados Unidos, de imagens que indicam que havia algo de estranho em outro “ataque à democracia”:a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Mas, afinal, do que Lula e seus parças têm medo?
Por que não querem que a verdade-verdadeira venha à tona e que os responsáveis sejam punidos?
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
A
extrema direita assusta. Os nacional-populistas precisam ser impedidos
de seduzir massas revoltadas. A prioridade deve ser salvar as
democracias liberais do Ocidente, de gente como Trump e Bolsonaro. Para
tanto, regular as redes sociais é medida fundamental. Impor a censura
para resguardar as democracias: eis o lema! Os jornalistas aplaudem.
Está
cheio de golpista tabajara por aí, afinal. Veja a Venezuela, que teve
até um golpista de extrema direita, um tal de Juan Guaidó, resolvendo
que era o presidente no lugar do verdadeiro e legítimo presidente. Mas o
companheiro democrata Maduro conseguiu afastar essa ameaça golpista e a
Venezuela desfruta, hoje, de excesso de democracia, segundo Lula.
Gente
do porão pensa em usurpar nossas democracias, e isso não pode ser
tolerado. Nem que seja preciso calar vozes de jornalistas, criar o crime
de opinião, prender de forma arbitrária apoiadores dessa turma do
porão, congelar contas bancárias, cancelar passaportes.São medidas
duras, radicais até, mas necessárias para proteger as liberdades. Não se
faz uma omelete sem quebrar uns ovos...
A regulação
das redes sociais precisa ser internacional.
Não dá para proteger as
democracias só no Brasil, com censura e prisões arbitrárias.
Como podem
os americanos não se darem conta da importância desses passos
autoritários para proteger as liberdades?
Não viram o 6 de janeiro no
Capitólio? E vão manter a liberdade de expressão mesmo assim? Não
entenderam nada, esses americanos! Se ao menos tivessem juízes supremos
mais ativos na luta pela democracia...
Para
salvar a democracia, o caminho está claro:impedir a manifestação de
ideias da direita, tirar as armas dos cidadãos, criar o crime de
opinião, avançar com o Poder Judiciário sobre o Legislativo quando este
se mostrar omisso, tudo isso enquanto solta corruptos com malabarismos
jurídicos.
O Brasil vem dando um show de democracia, a ponto de matar de
inveja os americanos!
Mas ainda temos alguma inveja dos companheiros
venezuelanos, temos de confessar...
Na noite deste dia 8, encerramos nosso editorial sobre os lamentáveis atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes afirmando que“o crime dos invasores deste domingo não pode servir de pretexto para uma escalada repressora que extrapole o estritamente necessário para a elucidação e a punição do ‘Capitólio brasileiro’”.
Infelizmente, não foram necessárias nem mesmo 12 horas para que essa escalada começasse com novas decisões que ofuscam os limites de cada poder. Se a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, a nosso ver correta, está dentro das competências do Poder Executivo, o mesmo não se pode dizer do afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB), decretado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal sem que tivesse sido solicitado nem pela Advocacia-Geral da União, nem pelo “procurador-geral da República de fato”, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Na decisão, Moraes afirma que houve “conduta dolosamente omissiva”, pois o governador teria dado “declarações públicas defendendo uma falsa ‘livre manifestação política em Brasília’ – mesmo sabedor por todas as redes que ataques às instituições e seus membros seriam realizados”. O ministro do STF ainda lembrou a Lei Orgânica do Distrito Federal, que em seu artigo 101 lista os crimes de responsabilidade que podem ser cometidos pelo governador, entre os quais estão atos que atentem contra “o livre exercício do Poder Executivo e do Poder Legislativo ou de outras autoridades constituídas” (inciso II) e “a segurança interna do País e do Distrito Federal” (inciso IV). O afastamento de Ibaneis por Moraes desorganiza um processo que deveria ocorrer em respeito à lei e ao devido processo legal, atropelando etapas e novamente usurpando funções de outros poderes
No entanto, a mesma lei diz, em seu artigo 60, que “Compete, privativamente, à Câmara Legislativa do Distrito Federal: (...) XXIV – processar e julgar o governador nos crimes de responsabilidade” (destaque nosso). Ou seja, se Ibaneis cometeu crime de responsabilidade ligado ao vandalismo cometido pelos manifestantes do dia 8, isso é assunto para o Legislativo estadual do DF, não para o STF. A corte suprema, aliás, não tem competência sobre o governador nem mesmo no caso dos crimes comuns, já que, pelo artigo 103 da mesma Lei Orgânica do Distrito Federal, “admitida acusação contra o governador, por dois terços da Câmara Legislativa, será ele submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nas infrações penais comuns, ou perante a própria Câmara Legislativa, nos crimes de responsabilidade”.
Ou seja, não bastou, neste caso, a Moraes agir como investigador (e um investigador particularmente genial, pois chegou a conclusões definitivas sobre a responsabilidade de Ibaneis em pouquíssimas horas),acusador e julgador, papéis aos quais ele já está acostumado após quase quatro anos de inquéritos abusivos. Agora, o ministro assumiu, sozinho, também o papel da totalidade dos deputados distritais, a quem caberia analisar um processo de impeachment de Ibaneis e suspendê-lo no caso de a denúncia ser aceita. Veja Também:
A decisão, no entanto, não chama a atenção apenas pela interferência no Legislativo do Distrito Federal, mas também por sua seletividade, pois a culpa foi imputada apenas às autoridades distritais,ainda que a Força Nacional de Segurança Pública estivesse autorizada a agir pela Portaria 272/2023 do Ministério da Justiça e Segurança Pública, assinada no dia 7 pelo ministro Flávio Dino.
Ora, se Ibaneis tinha informações de inteligência afirmando que haveria uma tentativa de invasão do Planalto, do Congresso e do Supremo, é de se supor que também o governo federal as tivesse.
Se a Força Nacional não estava presente em número suficiente, ou se não agiu com a firmeza necessária para impedir a invasão das sedes dos três poderes, não seria também o caso de apontar a responsabilidade daqueles a quem a Força Nacional responde?
A intervenção federal decretada no domingo já era suficiente para que houvesse os meios de restituir a ordem no centro do poder federal e para que pudesse haver a “investigação profunda e criteriosa” e “a devida punição aos responsáveis” que também pedimos neste espaço na noite de domingo. O afastamento de Ibaneis por Moraes, no entanto, desorganiza um processo que deveria ocorrer em respeito à lei e ao devido processo legal, atropelando etapas e novamente usurpando funções de outros poderes. Por mais que não se possa descartar de imediato alguma responsabilidade do governador, ela deveria ser cuidadosamente apurada por aqueles a quem a lei reserva essa competência de forma privativa, e não desta forma precipitada.
Vivemos tempos instáveis; por isso, é natural que ninguém saiba o que
está acontecendo ao certo. Se alguém disser que tem certeza do que está
acontecendo, o mais provável é que seja um iludido por propaganda.
É
sempre bom pensar na II Guerra ou na Guerra Fria: ninguém sabia – nem os
alemães comuns – dos campos de extermínio nazistas.
No Ocidente, o
jornalista que foi à URSS fazer uma peça de propaganda pró Stálin ganhou
um Pulitzer pelo seu trabalho.
E enquanto todos temiam que a
animosidade entre os Estados Unidos e a União Soviética culminasse num
holocausto nuclear, o inesperado aconteceu: a União Soviética caiu de
madura.
Black Bloc durante manifestação no Rio de Janeiro, em 2013 - Foto: EFE/ Marcelo Sayão
Ainda assim, há que se tentar entender mais ou menos o que se passa, já que o Brasil é parte do mundo e, nos dias de hoje, tem muito mais importância do que na época da II Guerra ou da Guerra Fria. Hoje somos responsáveis pela cadeia alimentar do mundo e temos um imenso território de riquezas minerais inexploradas. Temos, portanto, todos os motivos para sermos enxergados como estratégicos por qualquer potência global. Dominar o Brasil é dominar a cadeia de produção alimentos mundial.
Tendo isso em mente, vamos ao assunto do momento: o Capitólio tabajara, há muito anunciado e enfim concretizado com a ajuda de atores duvidosos.
E se eu contasse ao leitor que nós temos, desde 2016, uma lei que especifica as motivações ideológicas que um terrorista tem que ter para ser considerado terrorista? Diz assim: “O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”.
Oposição ao progressismo é terrorismo doméstico Nos Estados Unidos, temos assistido a uma tentativa crescente de criminalizar a oposição ao progressismo, alegando tratar-se de terrorismo. Ora é supremacismo branco, ora é crime de ódio, etc. Pessoalmente, o que me chamou mais a atenção foi a tentativa de tachar de terroristas domésticos os pais que se manifestassem contra o ensino de teoria crítica da raça (negro = bom; branco = ruim) em escolas. Mas isso aconteceu só depois do paradigmático 6 de janeiro de 2021, o “Ataque ao Capitólio”,no qual terroristas domésticos quase acabaram com a democracia mas felizmente foram contidos pelas security forces (“forças de segurança”). Nisso, uma manifestante levou um tiro letal.
Esse processo de criminalização é generalizado no Ocidente e, se tratado à exaustão, daria um livro maior que o Houaiss. O último causo que me chegou vem da Noruega,onde uma mulher pode pegar três anos de cadeia por ter dito no Facebook que homens não podem virar lésbicas. Discurso de ódio. Na Inglaterra, a novela é longa, e pode ser acompanhada pela trajetória da ativista Posie Parker.
Tendo em vista esses dois nomes usados para a criminalização – “terrorismo doméstico” e “discurso de ódio” –, cabe então pegar uma lupa e voltar à lei brasileira de 2016, sancionada quando Trump nem tinha sido eleito presidente ainda. Ela trata como terrorista quem for motivado por “xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião”. A xenofobia mal faz parte do léxico do político brasileiro médio, e no entanto é citada primeiro. Essa expressão está na ponta da língua dos progressistas do primeiro mundo, que lidam com uma imigração descontrolada. Quanto à religião, a redação é ambígua; não sabemos se é motivado por “xenofonia, discriminação… e religião”, ou se por xenofobia e preconceitos relativos à cor da pele e à religião. Como no Brasil o evangélico foi pegado pra Cristo (à falta de homens brancos), eu aposto firmemente na primeira interpretação. Gente como Jean Wyllys volta e meia fala de “fundamentalismo cristão” como se fosse algo análogo ao fundamentalismo islâmico – que, como se sabe, produz terroristas aos montes. Dito isso, eu não acredito que essa lei tenha sido redigida dentro do Brasil.
O que petistas, trumpistas e bolsonaristas têm em comum
Em 2021, os trumpistas não tardaram a acusar o próprio FBI de estar envolvido com os protestos no Capitólio. Nada foi confirmado, mas nada é confirmado acerca de fato algum – por exemplo, nem se sabe o nome do agente que deu um tiro na manifestante.
Como pondera Tucker Carlson, o governo Biden tem a faca e o queijo na mão: nada é investigado, e o evento serviu para que as autoridades dos EUA dissessem que o terrorismo doméstico dos supremacistas brancos era a maior ameaça enfrentada pelo país. Seja como for (como vemos no material coligido por Carlson), o FBI admite que tinha infiltrados nos movimentos trumpistas. Polícia secreta, senhoras e senhores. Não é impossível, portanto, que o ataque ao Capitólio tenha sido tramado pelo próprio FBI.
Se os trumpistas estiverem corretos, o mecanismo consiste em fomentar o caos para passar a repressão depois. Quem opera esse mecanismo? O tal do Deep State, ou Estado Profundo, que consistiria em agentes estatais fixos que não saem do governo com as eleições e que são os reais detentores do poder nos EUA. É parecida com a noção de “aparelhamento”, usada pelos brasileiros para se referir aos postos burocráticos tomados por esquerdistas.
Pois bem. Falando neles, em 2013 os petistas estavam plenamente convencidos de que os black blocs estavam a serviço da CIA e queriam derrubar Dilma. Em 2014, era a vez dos defensores do impeachment de acusar os black blocs de estarem a serviço de outrem; - no caso, do PT, que teria o fito de transformar as manifestações em quebra-quebra e afastar os manifestantes sérios – que eram a maioria. Agora, tendo fresco na memória o caso do Capitólio, torna-se bem natural a direita supor que se tratava de uma operação análoga, que fomenta o caos para legitimar a repressão. Quem seriam os incendiários? Recomendo este dossiê de Kim Paim sobre o assunto.
Mas agora deveríamos recuar mais no tempo e pôr os olhos na lei de 2016. É possível que os petistas estivessem certos quanto aos black blocs serem plantados pelos EUA de Obama; - é possível que os antipetistas estivessem certos quanto os black blocs serem infiltrados. E o fito era o mesmo de hoje: passar a repressão. No caso, a repressão que Dilma passou é uma lei 100% alinhada com a esquerda dos EUA.
O guru Fukuyama e a desilusão dos neocons Os últimos presidentes dos Estados Unidos foram: George W. Bush (2001 – 2009), Barack Obama (2009 – 2017) e Donald Trump (2017 – 2021), com Biden começando em 2021. Antes desse período, os EUA estavam em seu apogeu no plano global: vitoriosos na Guerra Fria, líderes mundiais do capitalismo e da democracia.
Segundo explica John Gray em Missa Negra, os anos 90 foram também os anos dourados do filósofo norte-americano Francis Fukuyama, autor de O fim da história e o último homem (1992). Sua ideia era que o fim da Guerra Fria era o Fim da História.
A humanidade encontrara o seu ideal na combinação entre democracia e livre mercado.
Assim, os EUA se sentiam vanguarda moral do mundo e tratavam de impor a democracia a qualquer custo.
Um primeiro povo a ser “liberado” era o iraquiano, com o pacifista Bill Clinton iniciando uma guerra com base na mentira de que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa.
Em todas as suas intervenções no Oriente Médio, os EUA fracassaram.
A conclusão só poderia ser uma: Fukuyama tinha de rever sua posição. Esse ideal de que a combinação global de livre mercado e democracia resolve todos os problemas, de modo que algumas bombas podem ser gastas para consegui-lo, é conhecido como neoconservadorismo.
Agora Fukuyama diz que um Deep State é necessário à manutenção de democracias liberais, e que ele mudou de ideia após ver o colapso dos Estados montados pelos EUA no Iraque e no Afeganistão.
Uma hipótese Creio que Obama tenha marcado uma profunda mudança no Deep State, que trocou a ideologia neoconservadora pelo progressismo duro, que fomenta relações promíscuas entre Estado e empresas. (Thomas Sowell diz, por isso, que Obama é fascista.) O governo Obama foi marcado também por um uso maciço de espionagem sobre países estrangeiros, como mostrou o Wikileaks à época, cujo fundador, Assange, paga o preço até hoje.
No Brasil, o governo Dilma marcou uma mudança profunda no perfil da esquerda. Antes de Dilma (e Obama) a esquerda brasileira era majoritariamente antiamericana e anticapitalista; durante Dilma (e Obama), a esquerda brasileira se transformou em opositora do “racismo”, “machismo” e “homofobia” em vez de opositora dos EUA. Dilma fez as alterações legais que permitiram a Lava Jato e, com isso, neutralizou-se a ala tradicional da esquerda brasileira, alinhada com o Foro de São Paulo. Gosto de lembrar que Dilma não foi punida pela refinaria da Petrobras nos EUA (a “ruivinha” Pasadena) e que o Ciência Sem Fronteiras, bilionário, transferiu dinheiro do Brasil para as universidades públicas e privadas dos EUA, que estão sempre em crise. (Biden deu anistia às dividas estudantis agora; se ele tivesse uma Dilma, talvez isso não fosse necessário.) Essa nova esquerda é bem ruim de voto. Lula é solto com um papel a cumprir e o seu governo, em vez de se assemelhar a Lula I e II, desenha-se como uma continuidade do governo Dilma.
Ou seja:essa catástrofe financeira deve ter sido planejada em Washington, do mesmo jeito que a lei antiterrorismo.É esta então a minha hipótese: o governo Obama marcou uma nova direção nos rumos da política global dos EUA, e Dilma era uma infiltrada aliada.
Em algum momento, os comandantes militares devem parar essa roda, pois já há gente chamando generais de 'melancias'
Política e disciplina não combinam nos quartéis
Chegou-se ao ponto de um sargento do GSI postar uma mensagem dizendo que Lula não subirá a rampa
É velha como a Sé de Braga a afirmação de que quando a política entra num quartel por uma porta, a disciplina sai pela outra.No princípio, um general pensa de uma maneira, e outro, de outra.
Depois, a divergência passa aos coronéis, e assim sucessivamente.
Em algum momento, os comandantes militares devem parar essa roda, pois
já há gente chamando generais de “melancias”(verdes por fora, vermelhos
por dentro). Chegou-se ao ponto de um sargento lotado no Gabinete de
Segurança Institucional postar uma mensagem dizendo que Lula não subirá a
rampa do Planalto no dia 1º de janeiro.
A turma da transição quebrou a cabeça para escolher um ministro da Defesa. Pode ser importante, mas não é tudo.Os três novos comandantes das Forças assumirão seus postos com a tarefa de colocar ordem nas casas.[os saintes já colocaram limites ao arbítrio do ministro Moraes = em ÁREA MILITAR, polícia não entra para expulsar e/ou prender manifestante, apreender barracas - a fiscalização do GDF tentou e seus fiscais saíram escoltados pela PE e sob vaias.
Além do mais, ao que pensamos, os saintes nada tem contra os entrantes e vice-versa = são militares servindo as FF AA do Brasil e não ao presidente eleito.]Há chefes militares que empurram a disciplina com a barriga (Lyra
Tavares, desastrosamente, em 1969)e chefes que a defendem com o pulso
(Leônidas Pires Gonçalves de 1985 e 1990, e Orlando Geisel de 1969 a
1974).
Estão aí, calados, dois comandantes que chefiaram o Exército sem tumultos: Enzo Peri (2007-2015) e Gleuber Vieira (1999-2003).
Os dois sabem das coisas e afastaram-se da vida pública. Ouvi-los pode
ser boa ideia. Ambos estão esquecidos, graças a duas regras de ouro do
profissionalismo militar: se você é paisano e não sabe quem é um
general, ele é um grande oficial, e se ele passou por um grande comando e
você se esqueceu dele, foi um grande comandante.
(...)
Imposto sindical Cozinha-se no comissariado dos sindicatos a ressurreição do imposto sindical. Extinto no governo de Michel Temer, ele mordia compulsoriamente um dia de serviço anual dos trabalhadores. Com a mesma cara, ele não voltará. Poderá vir, disfarçado de contribuição destinada a remunerar o trabalho do sindicato em serviços de assistência e na negociação de dissídios. O coração do problema está na contribuição compulsória, inclusive para trabalhadores que não se sindicalizaram. Há sindicatos que não prestam quaisquer serviços e, nos dissídios, consultam primeiro os empregadores.[o molusco eleito, era um dos líderes sindicais que insuflava seus liderados para enfrentarem a polícia e ia para a sede da Fiesp saborear whisky com os patrões.]
Estatística O ministro Alexandre de Moraes, que cuida dos inquéritos das manifestações golpistas, está diante de duas estatísticas. Uma é horrível, a outra é didática.
A horrível é de Pindorama: ninguém foi preso pela baderna dos caminhoneiros de 2018. Ela quebrou uma perna do governo de Michel Temer, foram abertos dezenas de inquéritos, e ninguém foi para a cadeia.
A outra vem dos Estados Unidos. No dia 6 de janeiro de 2021, uma multidão golpista invadiu o Capitólio. Pelo menos 955 cidadãos estão espetados na Justiça, cerca de 800 passaram pela cadeia e perto de 200 já foram condenados.[Nos Estados Unidos, NÃO ESQUEÇAM; Aqui no Brasil, ou Pindorama, um individuo rouba, faz tráfico de influência, lava dinheiro, é condenado por nove juízes diferentes, sentenças apreciadas por TRÊS INSTÂNCIAS, é descondenado pelo Supremo - NÃO FOI INOCENTADO - permitem que ele seja candidato à presidência da República, é eleito e no momento aguarda ser diplomado - penúltimo passo antes de ser empossado Presidente da República. E ainda tem autoridades que não aceitam a rejeição do POVO ao ladrão.]
Faro De duas pessoas que conhecem a política americana: A primeira garante que Donald Trump acabou. A segunda acha que seu lugar será ocupado por Ron De Santis, atual governador da Flórida, muito mais perigoso que Trump, por ser mais inteligente.
Folha de S. Paulo - Jornal O Globo - Elio Gaspari, jornalista
Os traidores da pátria ainda não entenderam que não
sairemos das ruas e dos canais que criaremos para mostrar ao mundo o que
eles tentaram fazer com o Brasil
As similaridades entres os cenários políticos no Brasil e nos Estados
Unidos nos últimos anos vão muito além das semelhanças dos governos de
Jair Bolsonaro e Donald Trump e suas pautas e políticas conservadoras e
liberais.
Os mesmos ataques sem limites da velha mídia demonstraram que
jornalistas se tornaram assessores de imprensa de partidos políticos, e
muitos veículos de (des)informação não fizeram nada além mentir,
difamar, distorcer e privar cidadãos de debates com o mínimo de
honestidade intelectual.
Manifestantes protestam contra o resultado da eleição
presidencial em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo - Foto: Shutterstock
Há outras similaridades entre Brasil e Estados Unidos, como o fato de que são duas Repúblicas Federativas Presidencialistas, ou seja, ambos possuem um presidente que é eleito democraticamente, embora os métodos para a escolha do Chefe do Executivo sejam bem diferentes. Os pontos em comum entre as duas nações não param por aí, mas as diferenças também são muitas, desde o nascimento dos países, passando por revoluções e guerras, até os dias de hoje.
Essas diferenças, no entanto, não nos impedem de olhar para pontos da história americana para buscarmos alguma fonte de inspiração, e até um certo alento, diante do complicado contexto político-social que enfrentamos no Brasil. Milhões de brasileiros estão nas ruas há exatos 31 dias,pedindo muito mais do que uma auditoria das urnas eletrônicas que já se mostraram incapazes de serem submetidas a uma auditoria séria e transparente para que nosso processo eleitoral — e seus eleitos — viaje no tempo sem suspeitas.
Há 31 dias, brasileiros — pais, mães, avós, crianças e adolescentes —estão nas ruas por todo o Brasil.
Nossa nação foi lesada e nossa democracia ferida fatalmente.
Desde 2018, temos assistido atônitos a abuso de autoridade, interferência em outros Poderes e aos desmandos inconstitucionais do Supremo Tribunal Federal — tudo com a anuência de um Congresso apático e a covardia de um Senado — e seu presidente, Rodrigo Pacheco — que escolheram não usar a ferramenta constitucional de freios e contrapesos que detém para estancar ilegalidades cometidas pela Suprema Corte.
Em 2022, as inconstitucionalidades do STF também se transformaram em rompantes narcisistas de alguns ministros com, como disse um deles certa vez, “pitadas de psicopatia”.
Uma manobra ativista no STF para soltar um condenado em três instânciasnão foi suficiente para a desmoralização da Corte, um corrupto também foi alçado a candidato favorito para concorrer ao cargo de presidente da nação.
Diante do completo deboche à nossa Constituição e do assalto à democracia, com direito a expressões de quem, de fato, rouba algo, o brasileiro resolveu botar a boca no trombone e carros, barracas, motos, caminhões e bandeiras — muitas bandeiras! — nas ruas.
Há exatos 31 dias, a coragem de defender o Brasil contra a tirania jurídica e a ditadura de toga, algo como a faísca que inspirou um punhado de colonos a defender sua liberdade e representatividade contra a tirania de um rei, tomou conta dos portões de centenas de quartéis e áreas militares pelo Brasil.
Há duas semanas, escrevi aqui em Oeste sobre as manifestações e, mesmo achando tudo profundamente inspirador, pensei: é lindo, pena que não vai durar muito. Shame on me.
Justo eu, uma ex-atleta profissional, acostumada a provas físicas e emocionais extenuantes diante de situações que demandaram mais do que eu achava que possuía, não enxerguei a costura que firmou essas manifestações para que elas permanecessem não apenas intactas, mas maiores e mais fortes. Trinta e um dias e ainda contando. Shame on me.
E vendo esses brasileiros espetaculares por todo o Brasil, nas grandes capitais e em cidades do interior, sem pensar em desistir, como se estivéssemos em uma trincheira que separa a vida e a morte, me lembrei de um discurso do 40º presidente norte-americano, Ronald Reagan. Creio que, em nossos encontros semanais, muitos de vocês já perceberam minha admiração por aquele que considero um dos melhores presidentes da história dos EUA e uma das figuras mais influentes da humanidade na defesa pela liberdade.
Já escrevi sobre alguns discursos famosos dele aqui em nossas páginas, como “A Time for Choosing”, de 1964 (surpreendentemente atual!) e o famoso “Mr. Gorbachev, tear down this wall”, de 1987, proferido na Alemanha, dois anos antes da queda do Muro de Berlim.
Mas foi na releitura de seu primeiro discurso como presidente dos Estados Unidos da América, aplicada para esses dias sombrios no Brasil, que percebi a conexão com nossos bravos cidadãos que estão usando nossa bandeira como uniforme de guerra contra a coroação da impunidade.
O recado para malandros de Brasília vem de milhões de manés pelo Brasil
Em 1981, diante de uma plateia hipnotizada por seu carisma e profunda entrega às palavras, já quase no final de seu discurso de posse em seu primeiro mandato, Reagan embala a audiência nas cadeias genéticas do povo norte-americano: lutar sem pensar em desistir diante de mais uma situação de conflito, diante de mais uma situação de entrega por seu país e por uma causa nobre como a liberdade.
Pela primeira vez na história dos EUA, a cerimônia de posse fora realizada no lado oeste do Capitólio. Ali, Reagan convidou as pessoas a contemplarem os monumentos à volta de todos e fazerem uma reflexão:
“De pé aqui, deparo-me com uma vista magnífica, abrindo-se para a beleza e história especiais desta cidade. No final desta vasta área estão os santuários para os gigantes em cujos ombros nos apoiamos. Bem à minha frente, o monumento a um homem monumental, George Washington, pai de nosso país. Um homem de humildade que chegou à grandeza com relutância. Ele levou a América da vitória revolucionária para o nascimento de uma nação. De um lado, o majestoso memorial a Thomas Jefferson. A Declaração de Independência inflama com sua eloquência. E então, além da Reflecting Pool, as dignas colunas do Lincoln Memorial. Quem quiser entender em seu coração o significado da América o encontrará na vida de Abraham Lincoln”.
E Reagan continua observando o significados do que está ao redor de todos:“Além desses monumentos ao heroísmo está o Rio Potomac e, na outra margem, as colinas inclinadas do Cemitério Nacional de Arlington (cemitério militar), com suas fileiras e mais fileiras de lápides brancas simples com cruzes ou estrelas de David. Eles somam apenas uma pequena fração do preço que foi pago por nossa liberdade. Cada uma dessas lápides é um monumento ao tipo de herói de que falei anteriormente. Suas vidas terminaram em lugares como Belleau Wood, The Argonne, Omaha Beach, Salerno e do outro lado do mundo em Guadalcanal, Tarawa, Pork Chop Hill, Chosin Reservoir e em centenas de arrozais e selvas de um lugar chamado Vietnã.
Sob uma dessas lápides está um jovem, Martin Treptow, que deixou seu emprego em uma barbearia de uma pequena cidade em 1917 para ir para a França com a famosa tropa Rainbow Division. Lá, na frente ocidental, ele foi morto tentando levar uma mensagem entre batalhões sob forte fogo de artilharia”.
Aqui, o experiente Ronald Reagan, depois de ter dedicado anos à carreira política, se emociona e segue com seu discurso tentando conter o nó na garganta: “A história nos é contada que em seu corpo foi encontrado um diário. Na contracapa, sob o título “Minha promessa”, ele havia escrito estas palavras: ‘A América deve vencer esta guerra. Portanto, vou trabalhar, vou salvar, vou sacrificar, vou suportar, vou lutar com alegria e fazer o meu melhor, como se o resultado de toda a luta dependesse apenas de mim’”.
Não farei justiça à profunda maneira como Reagan entregou esse discurso para a história, para os norte-americanos e, por que não, para nós brasileiros e todos aqueles que podem sentir com suas próprias mãos o valor de uma luta, de um sacrifício pela justiça e liberdade. Por favor, vá até o YouTube e veja — ou melhor, sinta — o valor desse discurso.
E Reagan finaliza:
“A crise que enfrentamos hoje não exige de nós o tipo de sacrifício que Martin Treptow e tantos milhares de outros foram chamados a fazer. Requer, no entanto, o nosso melhor esforço e a nossa vontade de acreditar em nós mesmos e acreditar na nossa capacidade de realizar grandes feitos, acreditar que juntamente com a ajuda de Deus podemos e iremos resolver os problemas que agora nos confrontam. E, afinal, por que não deveríamos acreditar nisso? Nós somos norte-americanos”.
Há preciosas páginas inspiradoras em nossa assembleia de vozes, como Reagan. No Brasil, as pacíficas e ordeiras manifestações que clamam pelo respeito ao império das leis vai se tornando histórica e já será lembrada como parte de nossa assembleia de vozes para as futuras gerações. Pessoas comuns que desafiaram a tirania de impostores disfarçados de juízes e homens do povo. Tudo para elevar nosso país ao posto de nação.
Reagan, neste discurso e assim como em quase todos os seus discursos que viajam através do tempo sem envelhecer, toca em um ponto que é pedra angular para os norte-americanos e nos presenteia com um contundente recado, mesmo em 2022: “Não é coincidência que nossos problemas atuais sejam paralelos e proporcionais à intervenção e à intrusão em nossas vidas que resultam do crescimento desnecessário e excessivo do governo. É hora de percebermos que somos uma nação grande demais para nos limitarmos a pequenos sonhos. Temos todo o direito de sonhar sonhos heroicos. Aqueles que dizem que estamos em uma época em que não há heróis, eles simplesmente não sabem onde procurar. Você pode ver heróis todos os dias entrando e saindo dos portões de fábricas. Outros, em bom número, produzem comida suficiente para alimentar todos nós e depois o mundo além. Você encontra heróis em um balcão, e eles estão em ambos os lados desse balcão. Existem empreendedores com fé em si mesmos e em uma ideia que criam novos empregos, novas riquezas e oportunidades. São indivíduos e famílias cujos impostos sustentam o governo e cujas doações voluntárias sustentam a igreja, a caridade, a cultura, a arte e a educação. Seu patriotismo é silencioso, mas profundo. Seus valores sustentam nossa vida nacional”.
Os traidores da pátria, de Rodrigo Pacheco a Alexandre de Moraes, ainda não entenderam que não sairemos das ruas, da internet, das redes sociais, dos canais que criaremos para falar e falar e falar e mostrar ao mundo o que eles tentaram fazer com o Brasil.
O recado vem de 31 dias ininterruptos de anos de indignação com tanta roubalheira, corrupção, ladroagem.
Desprezo por Calheiros, Maias, Barrosos e seus asseclas.
O recado para malandros de Brasília vem de milhões de manés pelo Brasil e está no discurso daquele que lutou bravamente contra o comunismo e os projetos de poder nefastos de gente como Luiz Inácio Lula da Silva: “Quanto aos inimigos da liberdade, aqueles que são adversários em potencial, eles serão lembrados de que a paz é a maior aspiração do povo. Vamos negociar por ela, nos sacrificar por ela; mas não vamos nos render por ela, nem agora nem nunca”.
Mr. Reagan, permita-me pegar emprestadas algumas palavras de um de seus mais inspiradores discursos, proferido não apenas para os norte-americanos, mas para o mundo: “O Brasil deve vencer esta guerra. Portanto, vou trabalhar, vou salvar, vou sacrificar, vou suportar, vou lutar com alegria e fazer o meu melhor, como se o resultado de toda a luta dependesse apenas de mim”.
Vemos cartinha de banqueiros e juristas em "defesa da democracia". Vemos intelectuais alarmistas falando em golpe. Vemos ministros do STF agindo como militantes partidários e batendo boca com o presidente eleito. Só não vemos uma coisa: alguém disposto ou capaz de apontar uma única ameaça concreta contra a democracia do atual governo.
Já entrevistei dois importantes signatários da tal cartinha, fiz essa pergunta, e nada. Ambos saíram pela tangente. É sempre a denúncia da "retórica" do presidente, dos "ataques"que ele faz ao nosso sistema eleitoral, e a previsão de um potencial futuro golpe imaginário. E com base nessa expectativa, o sistema se mostra unido no intento de forçar uma narrativa.
Se os democratas americanos não conseguem esquecer a lamentável cena no Capitólio dia 6 de janeiro de 2021 - e lá se vão 18 meses! - pois isso ajuda a desviar o foco da péssima gestão de Joe Biden,a esquerda brasileira tampouco pode deixar o episódio se apagar, pois precisa dele como um lembrete do que pode acontecer no Brasil. E, com base nisso, justifica todo tipo de ativismo indevido contra Bolsonaro. Helio Beltrão, em sua coluna de hoje na Folha de SP, chama a carta de "eleitoreira" e explica os motivos: "Parece haver entre os signatários a crença de que a lisura é de 100%, sem possibilidade alguma de ataque malicioso, fraude ou erro. Quem não concorda com a lisura de 100%, sem riscos, das eleições vindouras é tomado por golpista, inimigo da democracia". Ignora-se que Bolsonaro sempre criticou as urnas eletrônicas de primeira geração. Aliás, os que o chamam de golpista hoje também faziam o mesmo.
Beltrão lembra, ainda, que há outras formas de realmente ameaçar a democracia: "A ameaça vem também, por exemplo, de quem propõe controle externo de juízes e do Judiciário para interesses partidários ou mudança de regras no STF, como o aumento do número de ministros. Vem de quem propõe estabelecer conselhos e comitês para gerir a sociedade, suplantando as instituições constitucionais. Vem de quem propõe controle da mídia ou persegue jornalistas. Vem de quem aplica a censura prévia e prende cidadãos e até representantes do povo com base em discursos considerados inaceitáveis".
A lista continua, mostrando quem realmente ameaça a nossa democracia: "Vem de quem propõe uma sociedade baseada em igualdade de resultados, suplantando a livre associação. Vem de quem tenha histórico de comprar os votos dos representantes do povo e de descumprir leis fiscais para benefício eleitoreiro. Vem de quem utiliza dinheiro público para financiar governos de países alinhados ideologicamente, em prol de uma supra-aliança de proteção mútua para perpetuação no poder. Vem de quem apoia Maduro e Castros, considerados 'democráticos', e que atribui a culpa de a Venezuela ter se tornado o país mais pobre das Américas à oposição. Vem de quem aplica a corrupção sistêmica como programa de governo".
Onde estavam os signatários da tal cartinha quando o Foro de SP dominava o Brasil, apontando na direção da Venezuela?
Onde estavam eles quando o mensalão usurpava nossa democracia representativa? Beltrão conclui: "De fato, a memória do brasileiro é curta. A percepção de perigo democrático no governo atual ofusca o caráter comprovadamente arbitrário da turma que quer voltar".
Não por acaso, o ex-presidente Lula pode assinar, nos próximos dias, a carta "em defesa da democracia" divulgada na semana passada pela Faculdade de Direito da USP. O tópico tem sido discutido pelo comando da campanha do ex-presidente, que até agora não quis aderir ao manifesto para não partidarizar (de forma escancarada) o debate, segundo tem dito a aliados.Mas todos já sabem que a cartinha tem lado, e daí o ridículo de pedirem para o próprio Bolsonaro assinar o troço.
Ora,outra carta, com mais signatários em menos tempo, tem circulado nas redes sociais, mas vem sendo ignorada pela imprensa. Talvez faltem "pessoas importantes" entre as assinaturas. É a visão de "democracia" que parte da nossa elite tem: uma democracia de gabinete, dos "especialistas", dos "renomados", dos "ungidos". O povo não parece ter muito espaço nessa equação.
Mas o povo pode dar a resposta nas urnas - apesar das desconfianças legítimas. É ali o local de demonstrar sua insatisfação com essa arrogância autoritária de quem acusa o outro de golpista enquanto prepara o verdadeiro golpe contra nossa democracia.
Presidente do STF, Dias Toffoli, se rendeu à tese do ministro Alexandre
de Moraes sobre o compartilhamento de dados financeiros para fins de
investigação.
Os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes trocam segredos no STF| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram o ritmo de viagens do período anterior à pandemia da Covid-19,mas com uma diferença: não é mais possível saber para onde vão, o que fazem nem quanto gastam.
Esse sigilo foi adotado por questões de segurança, mas também esconde os gastos com passagens aéreas em viagens nacionais e internacionais – na contramão do que fazem os poderes o Executivo e Legislativo.
Em 2018, teve viagem que custou R$ 240 mil.
A página de “transparência” do STF permite apurar apenas as despesas com os seguranças e assessores que acompanham os ministros nas suas viagens. Na verdade, são gastos indiretos dos ministros.
Essas despesas somaram R$ 194 mil em março e R$ 188 mil em abril – apenas com passagens aéreas.
As diárias pagas às equipes de segurança chegaram a R$ 500 mil neste ano.
As passagens de todos os servidores do STF já chegam a R$ 500 mil.
Os voos para segurança e assessoria ao ministro Alexandre de Moraes somaram R$ 48 mil.
No caso de Luís Toffoli, foram R$ 55 mil. Para Luís Roberto Barroso, R$ 43 mil.
O STF alega questões de segurança para restringir a divulgação dos detalhes das viagens dos ministros, como data, horário e trecho de voo, o que impossibilita identificar o motivo da viagem.
Essa restrição começou em janeiro de 2019, ainda no início da gestão do presidente Luís Toffoli.O ministro promoveu as viagens mais caras da história recente do tribunal.
Até 2020, o Supremo divulgava também o custo dos voos de “representação institucional”, mas informava apenas a despesa total de cada ministro por mês. Esses voos não podem ser utilizados para a “realização exclusiva de atividade remunerada”.
Nesses deslocamentos, os ministros também não podem receber diárias. Em anos anteriores, alguns ministros viajavam para seus estados de origem ou onde tinham residência.
Desde janeiro de 2021, esses voos não são mais divulgados.
Viagens retomadas Pressionados pelo presidente Jair Bolsonaro, que levanta dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas, os ministros do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)têm viajado ao exterior em busca de apoio e para propagar o risco de uma ruptura institucional do país. Mas ninguém sabe e nunca vai saber quanto custaram essas viagens. Lembrando que a conta é paga pelo contribuinte. [COMENTANDO/PERGUNTANDO: que apoio buscam? apoio tipo discurso = estilo Zelensky? ou envio de tropas para o Brasil? Afinal, o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e não cabe interferência estrangeira em seus assuntos internos.]
No dia 25 de junho, em palestra na Universidade de Oxford, na Inglaterra, o ministro Luís Roberto Barroso classificou como “abominável retrocesso” a volta do voto impresso [sic] defendido por Bolsonaro. Barroso afirmou que, na Presidência do TSE, teve de “oferecer resistências aos ataques contra a democracia”. Uma mulher gritou: “Isso é mentira”.
No dia 9 deste mês, o ministro do STF e presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou em palestra nos Estados Unidos que o Brasil pode passar por um ataque às instituições ainda mais grave do que o ocorrido na invasão ao Capitólio, sede do Congresso norte-americano. "Nós poderemos ter um episódio ainda mais agravado do 6 de janeiro daqui, do Capitólio", afirmou em evento organizado pelo instituto Wilson Center.
Ameaças a ministros e seus familiares levaram o Supremo a aumentar as medidas de segurança, como mostrou reportagem do blog. Em 13 de junho de 2020, a crise de segurança aumentou quando grupos de extrema-direita apoiadores do presidente Jair Bolsonaro lançaram fogos de artifício sobre o prédio tribunal. No 7 de setembro de 2021, uma nova crise, quando o presidente afirmou, na Avenida Paulista,diante de mais de 100 mil apoiadores, que não cumpriria mais decisões do ministro Alexandre de Moraes.
Veja Também:
Críticas a Lula e STF, aceno às mulheres: o que Bolsonaro disse no 1.º discurso como candidato A viagem mais cara desde que esses dados começaram a ser divulgados, em setembro de 2016, foi feita pelo ministro Dias Toffoli. Em maio de 2018, ele viajou para a Rússia, para representar o STF no VII Fórum Jurídico Internacional de São Petesburgo. Sua passagem custou R$ 63 mil (em valores atualizados pela inflação). As diárias, mais R$ 34 mil. Um total de R$ 98 mil.As passagens e diárias para dois assessores que acompanharam o ministro custaram mais R$ 140 mil, totalizando em R$ 230 mil as despesas da comitiva.
Em outubro do mesmo ano, já na presidência do tribunal, Toffoli foi participar da 116ª Sessão Plenária da Comissão de Veneza. A passagem custou R$ 53 mil. As passagens do presidente e mais dois assessores custaram R$ 112 mil, as diárias, mais R$ 42 mil. No total, a viagem ficou por R$ 154 mil. Em junho de 2019, a ministra Cármen Lúcia esteve na Comissão de Veneza. A passagem custou R$ 29 mil. Não há registro do pagamento de diárias.
Em setembro de 2019, Toffoli foi a Cartagena, na Colômbia, para o XXV Encontro de Presidentes dos Tribunais Constitucionais da América-Latina. A passagem saiu por R$ 39 mil. Contando com as despesas de mais dois assessores, o total fechou em R$ 133 mil.
No mês seguinte, Toffoli integrou a comitiva presidencial em “Evento Institucional na Cidade do Vaticano”. Na verdade, foi acompanhar a canonização da Irmã Dulce, que atraiu representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário, num evento que misturou política e turismo religioso. A passagem custou R$ 44 mil. Somando com as despesas do chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais, Joel Sampaio, a viagem custou R$ 100 mil. Pelo menos, Toffoli não usou o “seu” jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB).
Em 2017, as despesas do STF com passagens aéreas custaram R$ 760 mil. No ano seguinte, as despesas chegaram a R$ 1,4 milhão. Em 2019, todo sob a presidência de Toffoli, os gastos totalizaram R$ 2,5 milhões. Todos os valores foram atualizados.
O PSDB já desconfiou de eleições presidenciais quando Aécio perdeu de forma estranha para Dilma em 2014.
O partido contratou auditoria externa, mas concluiu que esta era impossível.
O líder tucano à época, deputado Carlos Sampaio, leu o resultado, deixando no ar a preocupação com a lisura do processo.
Vários outros políticos de esquerda \Em 2002, Lula teria colocado em suspeição o uso das urnas eletrônicas, como mostra reportagem de Fábio Zanini na Folha de SP:
O petista levantou dúvidas sobre a "infalibilidade" do processo eleitoral. "Nada é infalível, só Deus. Vamos pegar o que aconteceu aqui, quantas denúncias já foram feitas de defunto que vota, de cidades que têm mais eleitores do que habitantes." Para ele, dado esse histórico, "não sabemos se a urna pode ser manipulada ou não". Na semana passada, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou laudo da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) dizendo que o sistema eletrônico não permite fraude.
Ou seja, desconfiar de um sistema centralizado e opaco sempre foi algo natural no Brasil, até porque países com tecnologia bem mais avançada que o nosso rejeitam esse modelo, para garantir maior transparência e possibilidade de aferição pública dos votos. Mas eis que, no governo Bolsonaro, virou dogma repetir que nosso sistema é inviolável.E quem ousar criticar, ou "atacar" esse processo eleitoral, será rotulado de golpista e poderá acabar preso. Teve um "jornalista", que foi devorado pelo monstro do boleto faz tempo, que chegou a comparar a desconfiança com as urnas com o terraplanismo! Amém.
A postura dos ministros do STF e do TSE em nada ajuda. Fachin, o garoto-propaganda de Dilma e simpatizante do MST, achou adequado rodar o mundo insinuando que poderá haver um golpe no Brasil, algo pior do que a invasão do Capitólio nos Estados Unidos. Fachin acha inteligente alfinetar as Forças Armadas e também o presidente, mandando "recadinho" e desqualificando qualquer dúvida em relação ao processo eleitoral.
É nesse contexto que a reunião de Bolsonaro com vários embaixadores nesta semana foi tão importante.
Serviu para que o presidente colocasse o mundo a par das narrativas golpistas do sistema, que não tolera qualquer crítica ou desconfiança.
Não se pode achar estranho o malabarismo desses ministros para a soltura de Lula, depois elegível num esquema ainda mais bizarro.
São os mesmos que perseguem bolsonaristas, e que vão cuidar de todo o processo eleitoral.
Mas ai de quem se sentir desconfortável com isso tudo...
O pastor Álvaro Junior publicou um texto para a reflexão geral que merece ser reproduzido aqui, e que teve alerta do Facebook com link para o site do TSE para"encontrar informações oficiais sobre as eleições de 2022":
1. Nenhum técnico ou Ministro do TSE se dignou a estar na Câmara ou Senado para prestar esclarecimentos sobre urnas eletrônicas;
2. Toda dúvida sobre este assunto é tratada como ofensa punível;
3. Esta postura de crença religiosa em um artefato tecnológico desvia a questão do principal;
4. É direito constitucional de cada brasileiro ter a certeza de que seu √oto foi computado e pode ser auditado;
5. É injusta a argumentação de que não há prova de fraudes, sendo que estas, aparentemente, nem poderiam ser verificadas;
6. Houve uma invasão por 8 meses no sistema, por um hacker, e os dados foram apagados sobre o que ele obteve neste tempo, o que torna tudo muito suspeito;
7. O Parlamento já havia aprovado o voto impresso e, por uma ginástica jurídica, o STF conseguiu tornar isso inconstitucional;
8. O fato deste governo ter sido eleito pelo voto eletrônico legitima, não enfraquece o direito dele questionar;
9. Por tudo isso o debate deve persistir, apesar do permanente descaso e desrespeito do alto judiciário para com os demais poderes;
10. No mínimo teremos garantido mais um pouco do nosso direito à transparência. Então não há porquê ser contra.
Em suma, quem já tinha motivos para desconfiar de nossas urnas, hoje tem muito mais razão para se mostrar cético e suspeitar de fraude.
O esforço do sistema podre em transformar a urna num símbolo sacrossanto da democracia e repudiar qualquer tentativa de oferecer maior transparência ao processo apenas alimenta mais suspeita.
Bolsonaro chamou o ministro Luís Roberto Barroso de "mau
caráter", questionou se Alexandre de Moraes seria um "psicopata" e
afirmou que Edson Fachin convidou observadores eleitorais "para dar ares
de legalidade" a um processo eleitoral no qual Bolsonaro diz não
confiar
Depois de afirmar diante do presidente americano Joe
Biden que havia chegado ao poder pela via democrática e assim sairia
dele e de indicar, na visão do governo dos Estados Unidos, respeito pelo
sistema eleitoral atual e seus resultados, o presidente brasileiro Jair
Bolsonaro voltou a citar suspeitas de fraude e a atacar o trabalho do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os ministros do Supremo Tribunal
Federal que compõem o órgão.
Bolsonaro chamou o ministro Luís Roberto Barroso de
"mau caráter", questionou se Alexandre de Moraes seria um"psicopata"e
afirmou que Edson Fachin convidou observadores eleitorais "para dar ares
de legalidade" a um processo eleitoral no qual Bolsonaro diz não
confiar. Na última sexta (10/6) como queria Bolsonaro, o Ministério da
Defesa mandou novo ofício ao TSE em que pede para que o tribunal
facilite o acesso processo de auditoria das urnas tanto para militares
quanto para partidos políticos.
Questionado pela BBC News Brasil se, após a divulgação
das eleições no Brasil, o país poderia viver uma situação de violência
análoga à invasão do Capitólio nos EUA, em janeiro de 2021, Bolsonaro
disse que"eu não sei o que vai acontecer, de minha parte teremos
eleições limpas, com toda certeza nós vamos tomar providências, a
própria Defesa que foi convidada, antes das eleições" e citou uma
declaração recente de Ciro Gomes, candidato presidencial do PDT:"O Ciro
Gomes, terceiro lugar nas pesquisas, acabou de dizer que 'se Lula
ganhar, o Brasil amanhece em guerra'. A população brasileira, a maioria
esmagadora, está comigo."
O presidente voltou a repetir afirmações já desmentidas
pelo TSE sobre fraude eleitoral em 2014, quando a petista Dilma
Rousseff foi reeleita. Sugeriu que a anulação dos processos judiciais
contra Lula eram orquestrados pela Justiça para que o petista volte ao
Planalto em 2023. Perguntado pela BBC News Brasil se apelaria a seus
apoiadores para não haver violência no pleito, qualquer que fosse o
resultado, Bolsonaro afirmou: "Ah, espera um pouquinho. Você acha que eu vou partir
para isso? Entendo que a população brasileira é civilizada. Espero que
os três ministros do Supremo que estão no TSE sejam civilizados também",
afirmou, em referência a Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre
de Moraes. Na sequência, emendou: "Você está apontando uma possibilidade que pode
acontecer, a gente não sabe, mas por que não evitar isso? A equipe
técnica deles (TSE) conversar com a equipe técnica das Forças Armadas.
Não tem outra forma de você evitar problemas. Se a pesquisa está dando
aí 49% pro Lula e 30% pra mim, vamos supor que eu ganhe, esses 49% vão
ficar indignados? Vão dizer que houve fraude?", disse Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro, "ninguém tem esse poder (de evitar que apoiadores cometam atos de violência), eu menos dos meus".
Ministros dos TSE O presidente Bolsonaro chamou Barroso de "um mentiroso, sem caráter" por ter dito, em fevereiro, que o presidente havia um inquérito eleitoral sigiloso para apoiar suas alegações de fraude nas urnas e com isso teria "auxiliado milícias digitais e hackers de todo o mundo". Na sequência, Bolsonaro emendou: "Eu não estou atacando a Justiça Eleitoral, eu estou atacando o Barroso, que não tem caráter".
Sobre Moraes, questionou: "o que esse cara tem na
cabeça? O que é que ele está ganhando com isso? Quais são seus
interesses? Ele está ligado a quem? Ou é um psicopata? Ele tem um
problema".
Moraes conduz os inquéritos das fake news e dos atos
antidemocráticos, que resultaram em punições à base do presidente, como a
condenação ao deputado federal Daniel Silveira, indultado por
Bolsonaro. "Eu dei um indulto para este parlamentar e ele [Moraes]
continua perseguindo, multando ele, agora bloqueando o celular da
esposa dele, que é a advogada que o defende. O TSE lá do senhor
Alexandre de Moraes desmonetiza páginas, derruba páginas. Isso não é
democracia, É censura.", argumentou o presidente, diante da churrascaria
brasileira Fogo de Chão, em Orlando, onde almoçou antes de embarcar de
volta para Brasília.
Bolsonaro comparou as ações de Moraes com o processo
que levou à prisão de Jeanine Añez,ex-presidente da Bolívia condenada
por tramar um golpe de Estado, em 2019. Não é a primeira vez em que
Bolsonaro cita Añez para comentar a preocupação com o futuro caso deixe o
Planalto. "A turma dela perdeu [as eleições], voltou a turma do
Evo Morales. O que aconteceu um ano atrás? Ela foi presa
preventivamente. E agora foi confirmado dez anos de cadeia para ela.
Qual a acusação? Atos antidemocráticos. Alguém faz alguma correlação com
Alexandre de Moraes e os inquéritos por atos antidemocráticos? Ou seja,
é uma ameaça para mim quando deixar o governo?", questionou.
Bolsonaro ainda criticou as ações de Fachin de convidar
observadores eleitorais para acompanhar o pleito no Brasil, algo que
aconteceu nas últimas eleições . "O que esses observadores vão fazer lá?
Observar? Olha, a não ser que ele tenha um olhar de super-homem que
possa observar programas, microchips. Qual a qualificação desses
observadores?". A BBC News Brasil citou a OEA, Organização dos Estados
Americanos, que desenvolve esse trabalho rotineiramente com o apoio
inclusive do Brasil. "Ah, a OEA. Ah, pelamordedeus, você achar que alguém
colocar um crachá da OEA tá resolvido o assunto?. Convidaram pra dar
ares de legalidade. Sabe o que eu faria no lugar do Barroso, do Fachin e
do Alexandre de Moraes? 'Presidente, vamos conversar'. Mas eles não
querem conversar"
Na sexta, 10/6, um dia após a primeira conversa
bilateral entre Biden e Bolsonaro, a porta-voz do Departamento de Estado
Kristina Rosales afirmou que os EUA vem a presença de observadores
internacionais como algo fundamental no processo.
A renovação dos questionamentos e críticas às eleições
marcaram o encerramento da viagem do presidente Bolsonaro aos EUA. Além
de se encontrar com Biden, Bolsonaro participou da 9a Cúpula das
Américas. Depois, atravessou o país para inaugurar um vice-consulado em
Orlando, na Flórida, para discursar na Igreja da Lagoinha, uma
denominação evangélica, e para realizar uma motociata com cerca de 350
motociclistas da comunidade brasileira.