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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Data - O único que comemora a tentativa de “golpe” no 8 de janeiro - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - VOZES

"Comemorar tentativa de golpe também é crime", alertou o ministro Alexandre de Moraes, emendando que depois não adianta reclamar que o Ministério Público é rígido demais. 
Não vem ao caso, aqui, voltar a questionar essa premissa de que houve mesmo uma tentativa de golpe de estado naquele fatídico 8 de janeiro. O foco é outro: quem comemora aquilo?
 
Foi com base naquela baderna, com ou sem infiltrados lulistas, que o sistema podre e carcomido avançou rumo à tirania
Foi sob tal pretexto que centenas foram presos por "culpa coletiva".  
Foi usando o 8 de janeiro que jornalistas acabaram censurados por Alexandre de Moraes. 
Foi aquele dia de arruaça que alimentou as narrativas da mídia e do PT de que Lula "salvou a democracia".
 
    Os verdadeiros golpistas não sobrevivem sem a narrativa furada de que impediram uma tentativa de golpe. 
 
Logo, ninguém pode comemorar o 8 de janeiro, à exceção do maior beneficiado com os "atos antidemocráticos": o defensor da "democracia relativa", aquele que idolatra as ditaduras comunistas mundo afora há décadas.  
Lula, que reverencia o regime cubano, que grava vídeo de apoio ao ditador Maduro, que se inspira no modelo chinês, é o único que celebra o 8 de janeiro.
 
Os tucanos, claro, vão atrás feito marionetes, que é o papelão que lhes cabe na "democracia" brasileira que foi salva por um comunista corrupto em conluio com ministros supremos autoritários. 
Eduardo Leite já disse que vai mexer nas férias para estar presente no teatro patético, e João Amoedo elogiou a iniciativa. 
O que seria do comunismo sem os tucanos?

Veja Também:

    “Queriam me enforcar em praça pública!”

O verdadeiro gabinete do ódio


    Tucanos ignoram viés ideológico do PT


Mas voltemos ao começo: Alexandre foi categórico ao dizer que é crime também comemorar tentativa de golpe contra instituições democráticas. 
Vai prender quem comemorar o regime venezuelano? 
Vai mandar para a Papuda quem aplaude invasor de Alesp que parte para a agressão para impedir o funcionamento da democracia? 
Vai colocar no xilindró quem rasga a Constituição para perseguir um espectro político?

Os verdadeiros golpistas não sobrevivem sem a narrativa furada de que impediram uma tentativa de golpe - agora com o acréscimo de plano mirabolante para enforcar o próprio ministro supremo em praça pública. Tudo é tão ridículo que seria até bem cômico, não fosse trágico...


Conteúdo editado por:Jocelaine Santos


Rodrigo Constantino, colunista, - Gazeta do Povo - VOZES

 


quinta-feira, 14 de setembro de 2023

STF retoma julgamento de primeiro réu do 8 de Janeiro

Ministros da Corte votam sobre ação penal depois de divergência entre o relator Alexandre de Moraes e o revisor Nunes Marques

VAGAS À VISTA - O plenário do STF: Lula terá ao menos duas indicações à Corte em seu terceiro mandato

O STF retoma nesta quinta-feira, 14, o julgamento do primeiro réu pelos ataques de 8 de Janeiro. Relator das ações penais, Alexandre de Moraes defendeu a condenação de Aécio Pereira por todos os cinco crimes que ele foi acusado: associação criminosa, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio público. O ministro estabeleceu a pena de 17 anos de prisão.

Revisor do processo, Nunes Marques divergiu e condenou o réu apenas pelos dois últimos crimes, de menor gravidade, defendendo pena de 2 anos e 6 meses.

Durante a sessão, Cristiano Zanin, Luís Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes acompanharam o voto de Moraes. Barroso, porém, absolveu o réu por abolição violenta do Estado Democrático de Direito por considerar que o crime já estava contemplado na condenação por tentativa de golpe. 
André Mendonça votou para absolver o réu por tentativa de golpe e o condenou pelos outros quatro crimes.

A sessão teve momentos de bate boca entre os ministros. Uma das discussões envolveu Moraes e Mendonça. Outra teve como protagonistas Gilmar Mendes e Nunes Marques.

Política - Revista VEJA

segunda-feira, 19 de junho de 2023

CPI vai investigar se ONGs que atuam na Amazônia agem contra os interesses do país - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Senador Plínio Valério (PSDB-AM) presidirá a CPI das ONGs; Marcio Bittar (União Brasil-AC) (à esquerda) será o relator| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Nesta terça-feira (20) ocorre a segunda sessão da CPI das ONGs da Amazônia, que estava pronta para começar as investigações, quando, por interferência do Supremo, impôs-se ao Senado a CPI da Covid, que virou a “CPI do Circo”, com consequências desastrosas para a saúde das pessoas, até mesmo de vida ou morte.

A CPI das ONGs foi instalada, enfim, na semana passada, e nesta terça acontece o exame dos requerimentos de convocações. A comissão é uma sugestão do senador Plínio Valério (PSDB-AM) e pretende investigar o dinheiro do povo brasileiro, que foi para ONGs desde 2002, e se elas estão trabalhando contra os interesses do país.

CPMI dos atos de 8 de janeiro
Por falar nisso, a outra CPI, mista, dos atos de 8 de janeiro, não vai dar em nada. A relatora já disse que foi tentativa de golpe e ponto final. Que não vai apurar responsabilidades das autoridades. Não vai apurar as causas, não vai saber por quê
Duvido que apure exatamente os personagens que praticaram atos de vandalismo, quebrando o patrimônio público e cometendo crimes. 
O que vimos foram são aquelas pessoas idosas, até a senhora que estava cozinhando para os outros no acampamento, sendo levadas ao presídio e hoje monitoradas com tornozeleira eletrônica.

Mas há uma CPI no Legislativo de Brasília, do Distrito Federal, que vai ouvir nesta semana o general Gonçalves Dias, que a tropa do governo impediu que fosse convocado lá no Congresso. Ele foi convocado pela CPI local e vai ter que depor. [cabe duvidas se uma CPI presidida pelo petista Chico Vigilante, em outros tempos mais conhecido como 'chico gambiarra', vai investigar com seriedade o general, ex-guarda-costas do atual presidente petista.]

CPI do sítio de Atibaia e do tríplex do Guarujá
Todos sabemos que os processos do presidente Lula foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi condenado na primeira, na segunda e na terceira instância. 
Mas anularam o processo desde seu início, lá na 13ª Vara Federal. 
Não foi inocentado, não houve absolvição nem transitou em julgado. 
Então eu vejo a possibilidade de se fazer uma CPI para investigar os casos do sítio de Atibaia e do tríplex de Guarujá.[tem sentido; sabemos que um dos processos que motivaram a condenação do atual presidente (são tantos, que vez ou outra se perde o rumo) - processo anulado, não houve absolvição e sim uma mera descondenação - quando chegou ao CEP CERTO - Vara Federal de Brasília - estava prescrito. Mas, a prescrição não alcançou os do sítio e os do triplex. Caso não haja travamento, chegará a tempo de ser julgado.]

Afinal, por causa da Lava Jato, foram devolvidos quase R$ 7 bilhões, principalmente da Petrobras, em 43 acordos de leniência, que envolvem R$ 24,5 bilhões de corrupção confessa. Portanto, acho que há motivo, sim, para simplesmente não se jogar uma pá de cal sobre isso e deixar para as nossas crianças a sensação de que o crime compensa ou de que este é um país de impunidade.

 Conversas no celular do ajudante de ordens de Bolsonaro
Gostaria ainda de recomendar que leiam o diálogo entre e um coronel e um tenente-coronel que era ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Estão fazendo um barulho enorme, mas não querem que as pessoas leiam, porque quem ler vai chegar à mesma conclusão a que eu cheguei.

Na conversa, há um coronel que liga paro ajudante de ordens de Bolsonaro, seu companheiro de farda, e diz: “Ô, Cidão, por favor, convence o presidente a dar uma ordem". 
Mas o ajudante de ordens responde que o presidente não dará essa ordem. Pronto.
 
Se pegar a conversa da mulher do ajudante de ordens com a filha do general Eduardo Villas Boas, vai ver que é uma conversa igual as que recebemos mil vezes nas redes sociais
Estão fazendo um barulho para criar uma narrativa. 
Isso porque na quinta-feira (22) o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai julgar uma ação movida por partidos de esquerda alegando que Bolsonaro cometeu crime  eleitoral quando falou com embaixadores estrangeiros sobre o processo de votação eletrônica brasileiro sem comprovante de voto.
 
Outra coisa: lembram da cocaína que foi devolvida porque não havia ordem para apreendê-la? 
A decisão do STF dizia respeito a 695 kg da droga
Até anularam a pena do traficante porque não tinha ordem para apreender. Pois nos telefones do ajudante de Bolsonaro, onde encontraram essas mensagens, a ordem era para buscar, se houve, fraude no cartão de vacina. E não para bisbilhotar conversas.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 27 de abril de 2023

A batalha de togas no Supremo sobre a tentativa de golpe

 André Mendonça e Nunes Marques confrontam Alexandre de Moraes. Irônico, Mendonça diz que vive dilema: aderir ou não à teoria do Direito Penal do "inimigo"

Sem estridências, começou uma batalha de togas no julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a tentativa de golpe de estado no 8 de janeiro.

Na primeira fase, a maioria (sete) dos juízes seguiu o relator do caso, Alexandre de Moraes, e aceitou a denúncia contra cem pessoas acusadas por crimes contra a Constituição e a democracia — como planejar, instigar e executar invasões às sedes do STF, do Congresso e ao Palácio do Planalto.

Dois juízes, André Mendonça e Nunes Marques, votaram pela rejeição das denúncias por considerá-las absolutamente inviáveis, ineptas na forma e no conteúdo, por entenderem que não existem fundamento nas acusações.

Na madrugada desta terça-feira (25) começou a segunda etapa do julgamento virtual. Agora são 200 pessoas denunciadas pelo Ministério Público por crimes mais graves — como tentativa de golpe de estado com violência, ameaça, danos ao patrimônio histórico e bens da União. Até 2 de maio define-se a aceitação, ou não, dessas duas centenas de denúncias. A tendência é a repetição do placar da primeira leva, com oito votos a integralmente a favor.

Mendonça e Nunes Marques já votaram: aceitam as denúncias pelos crimes, mas fazem ressalvas. Principalmente, sobre a competência do Supremo para julgar pessoas que não possuem foro privilegiado — vantagem restrita a grupo de cerca de 30 mil agentes públicos, com ou sem mandato.

Com esse argumento confrontam a essência da tese apresentada por Moraes que legitima o julgamento no STF: a da comprovação (“evidente conexão”) entre as condutas das pessoas denunciadas e as de quatorze parlamentares federais entre eles dois filhos de Jair Bolsonaro — que listou como acusados em cinco inquéritos no Supremo.

As provas, segundo o juiz-relator do caso, mostram que todos estão envolvidos na tentativa de golpe de estado.  
Nunes Marques e Mendonça votaram demonstrando dúvidas sobre essa vinculação dos militantes bolsonaristas radicais com parlamentares alinhados a Bolsonaro. 
Tudo indica que devem avançar na divergência até a etapa final do julgamento.

A uma plateia de adotados [sic] paulistas, na segunda-feira (24), Mendonça falou sobre o julgamento com alguma ironia. Referiu-se à teoria do Direito Penal do “inimigo”, desenvolvida pelo alemão Gunther Jakobs, sobre a segregação social, com restrições aos direitos fundamentais, de quem o Estado classifica como “inimigo”.

Ele se antevê num impasse: “Não necessariamente agora no ambiente da denúncia, mas em algum momento do julgamento dos casos, se eu aplico essa corrente mais garantista ou se eu entro em uma vertente que se concebe, teoricamente, como Direito Penal do Inimigo… É um dilema porque eu serei cobrado para aplicar a Justiça. E quais contornos vão definir isso?”

Mendonça constrói, com apoio de Nunes Marques, um contraponto a Moraes para o julgamento final dos acusados — a lista poderá incluir os filhos de Bolsonaro e outros parlamentares, ainda não denunciados. É uma batalha de togas iniciada nesta etapa de aceitação das denúncias STF contra os sem foro privilegiado.

O problema de Mendonça e Nunes Marques está na autêntica muralha erguida pela maioria dos juízes no plenário. Alinhados ao juiz-relator, indicam que acabou a tolerância. Os ataques de 8 de janeiro teriam eliminado o espaço para contemporizações políticas e institucionais. Aparentemente, como tem repetido o juiz Moraes citando Winston Churchill, entendem que “apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado”.

José Casado, jornalista -  Revista VEJA


sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A invasão do Congresso dos EUA e nós aqui - O Estado de S. Paulo

Celso Ming

Tentativa de golpe produzirá desdobramentos que ainda não se podem prever

[os Estados Unidos são os Estados Unidos e 'nós aqui' somos do Brasil - coisas distintas, situações diversas e soluções específicas.

É o conhecido 'Cada coisa é uma coisa e não se confunde com nenhuma outra, por mais parecida que seja'.]

A invasão do Capitólio, em Washington, pelos extremistas seguidores do presidente Trump, nessa quarta-feira, produzirá desdobramentos que ainda não se podem prever. O desfecho desse 6 de janeiro segue a lógica da política isolacionista, xenófoba, populista e antidemocrática adotada pelo governo dos Estados Unidos nestes últimos quatro anos.

[Sábia e adequada definição do presidente JAIR BOLSONARO sobre o incidente ocorrido, dia 6, nos Estados Unidos: 
“Qual foi o problema (nos Estados Unidos)? Falta de confiança no voto. Então lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram”,  disse Bolsonaro."]

Se não pode levar pelo voto, a eleição não serve. É invariavelmente “roubada”, quando os da turma são vencidos nas urnas. Numa primeira tentativa, vale apelar para a guerra judicial e, se não adiantar, a saída é o golpe. Se as forças institucionais, como as polícias e os militares, não aderirem, a solução é apelar para os movimentos de massa, para os agrupamentos armados e, assim, arrancar o poder com a invasão dos centros de exercício da democracia. Foi assim no nazismo, foi assim no fascismo e será assim nos regimes totalitários.

Como não poderá mais agasalhar esses movimentos antidemocráticos, sob pena de se esvaziar, o Partido Republicano dos Estados Unidos, o Great Old Party (GOP, na sigla em inglês), que já foi liderado por Abraham Lincoln, terá de se renovar, tarefa complicada, a ser precedida por expurgos.

Tiraram o megafone do Trump. No meio da confusão, as contas do presidente Trump no Twitter e no Facebook foram bloqueadas. O homem mais poderoso do mundo, que tem o botão da bomba à altura dos seus dedos, não pode mais usar as redes sociais para transmitir ordens e contraordens a seus comandados, como se o alcance à corneta fosse retirado do comandante no campo de batalha.

Desse fato não se conclui apenas que, numa dimensão que importa, há poder maior do que o do presidente dos Estados Unidos. Conclui-se, também, que uma vez bloqueada a comunicação com suas massas de manobra, a capacidade de mobilização de um chefão autoritário perde substância. Questão subsequente consiste em saber quem, em última instância, manda nas redes sociais e como o acesso a elas pode ser controlado democraticamente.  A partir do que houve em Washington, é preciso saber por que o país mais dotado de instituições de segurança no mundo e por que o FBI, a CIA e outros organismos de inteligência que existem para defender as instituições não serviram para prever e prevenir as forças democráticas contra a invasão e a tentativa de golpe. 

A aglomeração começou desde a véspera, no dia 5. O presidente Trump havia feito pronunciamentos desesperados contundentes em que conclamou seus seguidores a agir pela força. E as intenções de invasão foram manifestadas a qualquer interessado. Por que, mesmo assim, tudo aconteceu como se viu?  Finalmente, vamos às implicações para o Brasil. A mesma lógica da política de Trump que desembocou onde desembocou se aplica ao atual governo brasileiro, para quem a democracia só tem serventia se ajudar na tomada do poder para sua turma. Quando as instituições e as regras do jogo se tornam obstáculos, então é preciso desmontá-las. 

Se o Supremo dispara sentenças desfavoráveis, é preciso destituí-lo. Para isso e para outras providências da mesma qualidade, sempre é melhor aproveitar a confusão da hora para “passar a boiada”. Se o Congresso atrapalhar, cumpre aliciar segmentos importantes que o compõem, como o Centrão, com benesses e favores políticos. Ao mesmo tempo, convém armar os seguidores e prepará-los para confrontos que possam se tornar inevitáveis. Criar e encorpar as milícias acaba sendo o passo seguinte.

Tudo isso é mera fantasia? Pois, ainda nesta quinta-feira, o presidente Bolsonaro não poderia ter sido mais claro do que foi: “A falta de confiança nas eleições levou a esse problema que aconteceu lá (nos Estados Unidos). Se tivermos voto eletrônico no Brasil em 2022, vai ser a mesma coisa. Ou vamos ter problema pior que nos Estados Unidos”  foi o que disse

Celso Ming - O Estado de S. Paulo

 

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

GOLPISMO 1: Fachin, Cármen, Maia, Janot! Fantasmas da 1ª fase da ação golpista estão de volta!

Ninguém aí me surpreende. Cumprem uma vocação. Nunca temam, a ambição talentosa. Mas todo cuidado é pouco com a mediocridade ambiciosa. “Isso vale para quem, Reinaldo?” Para todos eles!

Impressionante! Três dos personagens do quiproquó envolvendo a divulgação dos vídeos com depoimentos do escroque Lúcio Funaro são rigorosamente os mesmos que estrelaram, de forma consciente e por espontânea vontade, o primeiro ato da tentativa de golpe contra o presidente Michel Temer. Naquela jornada, um quarto entrou na história mais tarde, na periferia, e depois se percebeu que ambicionava o papel principal.

Vamos dar os respectivos nomes destes ilustres. A nenhum deles se pode pespegar a pecha de inocente, de ingênuo, aquilo que os franceses tratam por “naïve”. Estamos falando de quatro cobras criadas: o trio inicial, como se sabe, era composto de Rodrigo Janot, Edson Fachin e Cármen Lúcia. E Rodrigo Maia é o que pega carona — antes, de forma dissimulada; agora, de modo escrachado.

A primeira coisa a destacar no imbróglio é que o barulho gerado pelos vídeos de Funaro chega a ser estúpido. Atenção! Tudo o que lá vai serviu para a embasar a segunda denúncia de Janot, que acusa o presidente Michel Temer de obstrução da investigação e de integrar organização criminosa, imputação esta que atinge também os ministros Moreira Franco (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil). Logo, tudo o que há no vídeo e não integra a denúncia foi considerado inútil até por Janot — ao menos no que diz respeito a Temer, Franco e Padilha. Divulgar os depoimentos antes da votação da CCJ, na quarta, serve a qual propósito? É evidente que se busca, com o mero alarido, interferir no resultado da votação.

A Folha foi quem primeiro divulgou os vídeos. A verdade é que ninguém sabia que eles estavam disponíveis no site da Câmara. Na sexta, o jornal informou o seguinte, conteúdo repetido na edição impressa de sábado: “O depoimento à PGR (Procuradoria-Geral da República), de 23 de agosto deste ano, foi registrado em vídeo, ao qual a Folha teve acesso.” Notem: a expressão “ter acesso”, como sabem os jornalistas, costuma indicar uma exclusividade que, não raro, deriva de vazamento. A reportagem não informava que o material estava à disposição no site da Câmara. Aliás, não admitiu ter sido essa a fonte nem na edição de domingo.  Lá se lê: “A Folha obteve os vídeos por meio de fontes oficiais e não por vazamentos.” O site na Câmara é uma página pública, não uma fonte oficial. E que se note: não tem obrigação nenhuma de revelar suas fontes.

Nem Eduardo Carnelós, advogado de Temer, nem a imprensa (e, insisto, a Folha não disse ter sido o site da Câmara a sua fonte) sabiam que os vídeos estavam disponíveis. Até porque a todos era evidente que Fachin, relator do caso JBS no STF, havia determinado sigilo. E foi isso que levou Carnelós, um experiente criminalista e, à diferença do que diz Maia, um advogado competente, a classificar, em nota, de “criminoso” o vazamento. Logo, é claro que não tentou ofender nem o presidente da Casa nem seus funcionários. Escreveu ele em nota, a meu ver com correção, entre outras coisas: “É evidente que o criminoso vazamento foi produzido por quem pretende insistir na criação de grave crise política no País (…). Autoridades que têm o dever de respeitar o ordenamento jurídico não deveriam permitir ou promover o vazamento de material protegido por sigilo.” Ora, ora, ora… Maia resolveu se abespinhar. Chamou Carnelós de “incompetente”. E, mais uma vez, fez questão de lembrar que, se quisesse, teria derrubado Temer por ocasião da primeira denúncia. E emendou: “Esperava do presidente uma atitude contundente com o advogado. Infelizmente isso não aconteceu. Ser tratado como criminoso é muito difícil”.

É mentira! Maia não foi tratado “como criminoso” por ninguém. Não ainda. Em nova nota, o advogado explicou, e é fato:
“Quando divulguei nota ontem [sábado], referindo-me a vazamento que qualifiquei como criminoso, eu desconhecia que os vídeos com os depoimentos de Funaro estavam disponíveis na página da Câmara dos Deputados. Aliás, considerando os termos da decisão do ministro Fachin, eu não poderia supor que os vídeos tivessem sido tornados públicos. Somente fiquei sabendo disso por meio de matéria televisiva levada ao ar ontem”.

Maia, claro, como agitprop da tentativa de golpe, disse não aceitar a explicação. O presidente da Câmara afirma ter recebido o material do gabinete de Cármen Lúcia, com a ressalva de que somente seria sigiloso o conteúdo da Petição 7099. O gabinete de Fachin informa que os vídeos, que integram a Petição 7210, também estavam sob proteção porque esta é parte da 7099. Fato é que Maia se encontrou com Cármen para definir o que poderia ser tornado público. A presidente do Supremo, então, chamou Fachin para tirar as dúvidas.  E a dupla entendeu que os vídeos poderiam ser postos no ventilador, se é que me entendem…

Aqui se diz tudo, não? Fachin, como sabem, foi feito relator do caso JBS por decisão de Rodrigo Janot, que rasgou a Constituição e fraudou o princípio do juiz natural. Cármen, primeiro nome pensado para substituir Temer já que a aposta era a de que ele seria deposto —, concordou com a patuscada, referendada depois por todos os ministros do STF nas asas do chamado “espírito de corpo”. E Maia é aquele que aproveitou a ausência de Temer, na primeira denúncia, para se apresentar como seu sucessor, embora dissesse que não. A imprensa divulgava até seu futuro ministério. E ele lá, tomando sopinha com deputados, com ares de estadista.

Estão todos de volta. Fachin, para não variar, está fazendo lambança com sigilo. Quando menos, é ambíguo. Cármen conhece todos os absurdos derivados da divulgação desses depoimentos, que só servem para inflamar a opinião pública, mas deixou que a coisa fluísse. E Maia, ora vejam!, resolveu abrir uma crise artificial com a defesa de Temer e com o próprio presidente.  Querem saber? Fachin, Cármen e Maia… Ninguém aí me surpreende. Os três cumprem uma vocação. Nunca temam a ambição talentosa. Mas todo cuidado é pouco com a mediocridade ambiciosa. “Isso vale para quem, Reinaldo?” Para todos eles: Fachin, Maia, Cármen e, por óbvio, Janot.

NÃO DEIXE DE LER:  Golpismo 2: O ataque de Maia a advogado é covardia; divulgação de vídeos pela Câmara é ilegal

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Prendam esse boneco

ESTAMOS DIANTE DE MAIS UMA TENTATIVA DE GOLPE CONTRA OS COMPANHEIROS. COMO SOFRE ESSA ELITE VERMELHA!

O boneco inflável de Ricardo Lewandowski é o mais novo investigado pelo Supremo Tribunal Federal. O presidente da Corte máxima pediu à Polícia Federal que aja contra essa "grave ameaça à ordem pública e inaceitável atentado à credibilidade" do Judiciário. Ou seja: estamos diante de mais uma tentativa de golpe contra os companheiros. Como sofre essa elite vermelha!

Se o atentado é inaceitável, a coisa deve ser grave mesmo.
Por curiosidade: o que seriam atentados aceitáveis? Tráfico de influência no STF, por exemplo, seria um atentado aceitável? Aparentemente, sim. Senão, a tropa de choque petista que há anos corta um dobrado no Supremo para defender Lula e Dilma no mensalão e no petrolão já estaria em maus lençóis.

Mas estão todos muito bem, obrigado, sob suas togas. Tanto que Sergio Moro, esse terrorista a serviço da elite branca, foi instado a prestar informações sobre os grampos de Lula. Adivinhe por quem? Acertou: por Lewandowski, o ministro inflável.  A relação de afilhados inflados pelo filho do Brasil é extensa - e não param de aparecer novos felizardos. A Lava Jato está investigando o ex-garçom inflável que hoje anda de Porsche e detém empresas como a gráfica Focal, que recebeu R$ 24 milhões da campanha de Dilma, no amor. Veja como pode ser proveitoso passar com uma bandeja à frente de Lula no ABC paulista. Você só continua garçom porque não atendeu o freguês certo.

O garçom de Lula tem estreitas relações com a família Demarchi, de onde partiu a indicação de Lewandowski para o círculo do próprio Lula - uma história bonita que atingiu seu clímax no Supremo Tribunal Federal. Um ex-operário que fez bem a tanta gente não pode terminar na cadeia - e os supremos companheiros estão aí para isso.  Dias Toffoli soltou o ex-ministro Paulo Bernardo, mesmo com o risco concreto de novos crimes de lavagem - e logo a seguir surge um relatório da Receita Federal indicando a ligação entre o braço direito de Bernardo e as negociatas da campanha de Dilma envolvendo a gráfica Focal. Dá para entender quanto é importante um bom círculo de amizades?

E prossegue a impressionante seqüência de atentados aceitáveis, produzidos pelos amigos dos ministros infláveis. A PF descobre na delação do ex-presidente da Andrade Gutierrez a evidência de que um ex-diretor do BNDES negociou propina na veia para o PT. É mais um flagrante do uso obsceno dos maiores bancos públicos do país por Lula e Dilma - que bastariam, relacionados aos demais delitos, para tipificar a cúpula do governo do PT como quadrilha, com todas as medidas policiais preventivas e coercitivas necessárias para sustar a gestão do patrimônio criminoso. Mas o STF tomou a providência de decretar que a quadrilha não é quadrilha.

Então fica tudo bem. E ficamos sabendo que a Odebrecht, vitaminada pelo BNDES sob a varinha de condão de Lula, escalou uma empresa afiliada para comprar um imóvel de 5.000 metros quadrados para o Instituto Lula - mesma empresa que pagou jatinho para levar o ex-presidente a Cuba. O mesmo BNDES onde floresceram as jogadas do ex-ministro Fernando Pimentel, amigo do peito de Dilma - laranja de Lula, que ocupou a Presidência para dar cobertura a essa farra toda.

Um boneco inflável com a cara de Ricardo Lewandowski perambulando pela Avenida Paulista é um atentado inaceitável à credibilidade de um tribunal que vem blindando, como pode, essa dupla do barulho. A investigação da dobradinha de criador e criatura para calar o companheiro Cerveró foi tirada das mãos de Sergio Moro. Tudo o que chega lá implicando a mulher honrada, afastada e do lar é indeferido. Até o rito de impeachment na Câmara foi operado pelo Supremo, em evidente atropelo institucional, para tentar refrescar os padrinhos delinquentes. Como se vê, há pouco que um boneco inflável possa fazer para prejudicar essa credibilidade.

As sabotagens ao impeachment não adiantaram nada - como, ao final das contas, não vão adiantar todas as outras pantomimas solidárias. Lula e Dilma cometeram uma avalanche de crimes, estão fora do poder e a Lava Jato não é comprável pela elite vermelha.
Mas a história há de registrar que, durante o maior assalto aos cofres da nação, a ordem pública foi gravemente ameaçada por um boneco inflável.


Fonte: Guilherme Fiuza - Época

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Cadê Waldir Maranhão?



E Waldir Maranhão, hein?
O presidente interino da Câmara dos Deputados não foi visto na posse do presidente Temer no Palácio do Planalto. E não foi convidado para a posse do ministro Gilmar Mendes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ontem à noite. A República compareceu em peso às duas posses.

Maranhão não tem sido visto nem mesmo na Câmara. Fez breves aparições por lá, sempre cercado de seguranças. Recusou-se a responder a perguntas de jornalistas. Anunciou que não renunciará ao cargo. Os atuais componentes da direção da Câmara atenderam ao seu pedido e retiveram o pedido do DEM e do PSDB de abertura de processo da cassação do seu mandato. Maranhão é acusado de quebra de decoro parlamentar.

Na semana passada, ele foi o principal personagem de uma tentativa de golpe contra o impeachment concebida e comandada pelo então ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União, com o conhecimento e apoio da presidente Dilma.  Agraciado pelo governo com cargos, e sabe-se lá mais com o quê, Maranhão anulou a votação do impeachment aprovado na Câmara. Sob pressão dos colegas, anulou seu próprio ato menos de doze horas depois de tê-lo assinado. Desde então mergulhou para ver se o esquecem. Não será esquecido.

Fonte: Blog do Noblat