Quem
já foi a Pompeia não esquece as cenas da vida cotidiana que o Vesúvio
petrificou para sempre. Os
habitantes e frequentadores daquela cidade de veraneio próxima a Nápoles, uma
das mais lindas e ricas da península, foram apanhados de surpresa e não puderam
se postar da maneira como gostariam de ser eternizados. Já aqui... onde a natureza nos poupou de ter vulcões,
o que explode são vesúvios morais que levam ao fim de um governo e à
derrocada de um partido político que já foi o mais forte do país. Mas não há
ninguém cuidando da foto que deixará para a História do Brasil.
O problema de dona Dilma é um só: lutar
desesperadamente para não perder o Poder, essa ambição que destrói o mundo há
séculos. Ela parece não se preocupar com a imagem que deixará. Discursando mais nos últimos dois meses do que nos cinco anos
em que está na tal cadeira à qual se aferra como craca, ela só sabe dizer que tudo aquilo de que é
acusada é farsa, traição, atentado à Constituição. Só não explica o que fez
e porque o fez, só não responde com provas que desmintam aquilo de que é
acusada.
Às
vésperas de ter que largar o cargo, ela e seu partido resolveram que vão fazer
o possível e o impossível – vão novamente fazer o diabo? - para
perturbar e prejudicar o governo que virá substituí-la. Se amasse o Brasil como diz amar,
agora seria o momento de provar esse amor e pensar mais no país do que na
manutenção da caneta.
É natural, é humano que dona
Dilma não deseje tudo de bom a Michel Temer. Mas é de um egoísmo brutal
ela se dedicar a fazer o possível para complicar o governo de seu sucessor, posto que isso prejudicará a vida de todos
nós. Dona Dilma, num dos seus
últimos palanques, cita Eduardo Cunha como o "pecado original" do impeachment. Taí, ele é mesmo culpado de
muitas coisas que, se Deus quiser, serão investigadas e
ele receberá a punição que merece.
Mas se há uma coisa da qual ele é absolutamente inocente é o fato dela ter sido
colocada lá na tal cadeira. Disso, desse
crime abominável, só é culpado o ex-presidente Lula. E menos culpado
ainda é Cunha dos erros que ela cometeu. Dona
Dilma confirmou à excelente jornalista Christiana Amampour, da CNN
International, que não é um animal político. Disso Lula
não pode se valer: ele é, sobretudo um animal político e, portanto, duvido que ele não perceba que ao tentar destruir o governo
que vai suceder o atual, ele vai
é acabar de destruir o Brasil.
Não
acredito que Lula concorde com Rui Falcão quando ele conclama os militantes a
ocupar as ruas e criar o máximo de tumulto que consigam. Tenho medo que eles só se
satisfaçam com grandes tumultos. Eles são bem capazes de vibrar com isso. Todavia,
Lula sabe que
isso não somente não salvará o mandato de Dilma Rousseff, como sabe que
isso fará com que o PT vire pó nas próximas eleições. [Com uma agravante: caso os tumultos
atinjam grandes proporções – altamente
improvável que aconteça, tendo em
conta que os autores dos eventuais tumultos são ‘militontos’ que agem em
‘movimentos sociais’ que com a saída de Dilma deixarão de receber recursos
públicos e morrerão à mingua.]
Pode ser que as palavras de Rui
Falcão iludam dona Dilma e a militância petista. Mas duvido muito que iludam
Lula. Nós, cidadãos que estamos sofrendo os malfeitos do lulopetismo, não
vamos deixar que o Brasil se ferre. Vamos apoiar o afastamento de Dilma Rousseff pelo bem do
Brasil. Com as bênçãos do Cristo.
Para concluir: tenho cá para mim que Lula deveria ouvir mais dona
Marisa. Ela bem que o alertou...
Por: Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - www.facebook.com/mhrrs