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domingo, 12 de março de 2023

A insurreição teatral - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Um vídeo exibido por Tucker Carlson, da Fox News, provou que a narrativa partidária em torno dos eventos envolvendo a invasão do Capitólio foi uma grande farsa

 Manifestantes em frente ao Capitólio, em Washington, Estados Unidos, em 2021 | Foto: Sebastian Portillo/Shutterstock

 Manifestantes em frente ao Capitólio, em Washington, Estados Unidos, em 2021 | Foto: Sebastian Portillo/Shutterstock  

Por dois anos o público teve acesso apenas às imagens que a grande mídia escolheu divulgar sobre a invasão do Capitólio naquele fatídico 6 de janeiro
A narrativa era que os Estados Unidos viveram uma tentativa terrível de golpe e que a sua democracia correu enorme perigo. 
Tudo teria sido culpa de Trump, claro, apesar de o então presidente ter sido claro sobre o lado pacífico da marcha de protesto que incentivou. Todo apoiador de Trump era um potencial golpista, eis o resumo da ópera.
 
Uma ópera-bufa, agora fica mais claro. O Comitê do Congresso que teve acesso ao material completo das câmeras de segurança nunca havia divulgado essas imagens, tampouco a velha imprensa pareceu interessada no tema. A líder era Nancy Pelosi, a democrata
Agora, sob o comando de um republicano, essas imagens finalmente chegaram ao público, por meio de Tucker Carlson, da Fox News.
 
Na segunda-feira, Tucker Carlson divulgou a primeira parte da investigação de sua equipe sobre cerca de 40 mil horas de imagens de segurança do Capitólio naquele 6 de janeiro de 2021.  
O vídeo que Carlson exibiu para seu grande público provou que a narrativa partidária em torno dos eventos foi uma grande farsa. “Os democratas no Congresso, auxiliados por Adam Kinzinger e Liz Cheney, mentiram sobre o que aconteceu naquele dia. Eles são mentirosos. Isso é conclusivo e deve impedir que eles sejam levados a sério novamente”, disse Carlson. A primeira série de clipes de Carlson reproduzidos foi uma filmagem adicional não divulgada anteriormente dos manifestantes de 6 de janeiro circulando sem violência pelo Capitólio, muitas vezes ao lado da equipe de segurança e dos policiais.

Certamente, alguns dos primeiros a entrar no capitólio quebraram janelas e forçaram a abertura da porta. Mas, para as centenas que se seguiram, eles pareciam inconscientes do dano causado e eram claramente não violentos. A polícia simplesmente os deixou entrar. Alguns são vistos parando para limpar alguns danos causados ​​por outros que haviam passado antes.

O foco então mudou para Jacob Chansley, mais conhecido como o xamã QAnon. Os policiais do Capitólio, por sua própria vontade, guiaram Chansley por todo o local. 
Mesmo quando a polícia superou Chansley em nove para um, eles não se moveram para prendê-lo ou removê-lo. 
Chansley mais tarde agradeceria aos oficiais em oração no plenário do Senado.
Se o 6 de janeiro foi o que a mídia e o Comitê Seleto dizem que foi — uma insurreição violenta destinada a interromper a transferência pacífica de poder e assumir o controle do governo federal à força em nome de Donald Trump —, esse é um cenário em que a polícia do Capitólio deveria guiar tranquilamente os participantes do golpe violento? 
Onde estavam as armas dos terroristas, aliás? 
E quantos foram mortos naquele dia?

E eis, no fundo, a essência disso tudo: uma elite “progressista” e arrogante despreza a democracia verdadeira, pois despreza o povo, tido como ignorante demais para tomar decisões importantes

Eis outra farsa que vem abaixo com as imagens divulgadas por Carlson. Além de uma manifestante que morreu baleada pela polícia, a única outra morte explorada pela imprensa como prova do perigo da “insurreição” era a de um policial, que foi a óbito um dia após o evento. Alegava-se, sem provas, que Brian Sicknick teria sofrido traumatismo, ao apanhar com um extintor de incêndio durante a entrada forçada dos manifestantes. Mas o mesmo policial aparece nas imagens depois, calmo, organizando o fluxo de pessoas, usando seu capacete intacto.

Por suas ações, os policiais no local claramente não interpretaram os manifestantes que estavam entrando no Capitólio como um ataque à democracia norte-americana
Se os oficiais entenderam isso como uma tentativa de derrubar o governo norte-americano, então o Departamento de Polícia do Capitólio deveria ser destituído de vez por incompetência ou mesmo cumplicidade. 
A covardia deles seria imperdoável e incompatível com a missão em jogo.
Manifestantes em Washington, em janeiro de 2020 - 
Foto: Bryan Regan/Shutterstock
As imagens mostradas por Tucker Carlson são devastadoras para as narrativas midiáticas sobre aquele dia
E a reação da mesma imprensa, agora que tudo veio à tona, é ainda pior e mais suspeita: eles acusam o líder republicano de ter liberado essas imagens apenas para Carlson, ou alegam que o apresentador da Fox News é partidário (como se eles, na CNN e companhia, fossem imparciais e objetivos)
É como se a transparência com o público fosse prejudicial para a democracia!

E eis, no fundo, a essência disso tudo: uma elite “progressista” e arrogante despreza a democracia verdadeira, pois despreza o povo, tido como ignorante demais para tomar decisões importantes. É por isso que caberia aos parlamentares do Comitê Seleto observar e revelar suas conclusões, tomadas como verdade absoluta. É por isso que caberia aos jornalistas da imprensa tecer análises e disparar julgamentos, condenando Trump pelo “golpe”.

Se o povo analisar por conta própria as imagens, ele poderá concluir que um bando de fanfarrões desarmados não configura um movimento fascista ameaçador.  
Ele pode até mesmo acreditar que arruaceiros fantasiados e escoltados pela própria polícia não passam de idiotas sem qualquer perigo real para as instituições republicanas. Ele pode, cruzes!, interpretar que a maior ameaça à democracia não veio daquela turba descontrolada e exótica, mas, sim, do establishment, incluindo a mídia, que insistiu por anos em narrativas furadas só para derrubar o presidente de direita que não suportavam, mas foi eleito pelo povo.
[a matéria,lida com isenção, praticamente nos obriga a ter em conta que as narrativas do 'nosso' 8 de janeiro, apresentam ações praticadas por esquerdistas infiltrados como se praticadas por bolsonaristas.
Esqueceram apenas de indicar quem, caso os bolsonaristas 'golpistas',lograssem êxito quem seria indicado para ser o beneficiário do golpe = assumir a Presidência da República.?
Querem criar o primeiro golpe de estado sem tropas e sem alguém para assumir o comando da nação após "êxito" do golpe.]
Foto: Orhan Cam/Shutterstock

Leia também “A mídia é racista”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 3 de março de 2023

Lula é um grande piadista: agora quer ressuscitar ideia do Trem-bala entre São Paulo e Rio - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

Lula língua de fora - O presidente Lula. .| Foto: Reprodução/ Twitter [o indivíduo perdeu de vez o pouco que lhe restava de "senso do ridículo".]

A história, como nos dizem todos os dias os comentaristas políticos, só se repete como farsa. No caso do governo Lula e do PT, ela se repete como piada. 
Francamente: pode haver uma piada mais infame que o Trem-Bala de Lula e de Dilma Rousseff? [não é novidade; é o tipo de obra de grande porte, inacabável, portanto, o ideal para os corruptos saciarem o grande apetite para se locupletarem roubando dinheiro público.]  
Pois o Trem-bala, acredite se quiser, está de volta como mais um dos 5.000 projetos “estratégicos” que o Lula-3 apresenta para o Brasil
O projeto estava morto desde que Dilma foi despejada da Presidência da República pelo impeachment; morreu por ser uma estupidez tamanho X-LLLLL, dessas que só o PT consegue produzir com a combinação concentrada de demagogia, incompetência, ignorância, pretensão e safadeza.
 
A promessa não resultou num único metro de ferrovia. Não tem, nem sequer, um projeto decente de engenharia, sem o qual não se constrói nem um forno de pizza. Custou milhões e gerou uma empresa estatal novinha em folha, com diretoria, um monte de empregos e todo o resto que você sabe – e paga com os seus impostos a cada vez que abastece o carro no posto ou acende a luz de casa.  
Pior ainda: o governo Bolsonaro não fechou essa aberração, e o PT, pelo que se está vendo, acha que foi muito certo não ter fechado. É tudo tão ruim que acabou ficando cômico.

    A despesa com trens de alta velocidade que não podem ser construídos, e dos quais ninguém precisa, é uma alucinação.   

Por mais lamentável que seja a sua história, o Trem-bala entre São Paulo e o Rio de Janeiro é mais uma das miragens colocadas à venda pelo governo Lula – ou melhor, o que está de volta é o monte de dinheiro que o cidadão vai tirar de novo do bolso para pagar por essa conversa, porque mais uma vez não vai sair trem nenhum, e nem poderia sair, obviamente.

Prometem, desta vez, que a linha ficará pronta em “2.032”. Não vai haver Trem-Bala nem em 2032, nem em 100 anos, nem nunca. Trata-se, para encurtar o assunto, de uma impossibilidade material: trem que corre a 200 ou 300 quilômetros por hora exige terreno plano, e o terreno entre São Paulo e Rio é exatamente o oposto do que se requer para uma obra assim. Não dá, simplesmente a menos que se gaste uma soma demente de dinheiro e se produza um cataclisma ecológico sem precedentes na região
Lula, é claro, diz que resolve tudo com “vontade política” – e com uma bela conversa com as empreiteiras de obras. 
Acha-se capaz de anular as leis da engenharia, da física e da geologia. Não vai conseguir. Por isso não vai haver trem; só vai haver despesa para a população e lucro para os amigos.
 
O absurdo vai além. Não existe absolutamente nenhuma carência, no atual sistema de transportes entre Rio e São Paulo, que justifique a construção de um Trem-Bala entre as duas cidades. 
Ao contrário, elas são as mais bem atendidas do Brasil em termos de comunicação; do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, há necessidades muito mais urgentes, justificáveis e lógicas de investimento em transporte. 
Não faz nenhum sentido, também, gastar uma fábula com trens de alta velocidade entre Rio e São Paulo quando tanto uma como a outra cidade precisam desesperadamente de mais linhas de metrô e de trens urbanos, que transportam milhões de pessoas por dia.
 
Enfim: como um governo honesto em seus propósitos pode pensar em Trem-Bala quando o presidente da República diz que há “33 milhões” de pessoas “passando fome” no Brasil? 
 Sua ministra do Meio Ambiente, aliás, diz que os famintos são “120 milhões”.  
É uma mentira grosseira, e uma mentira multiplicada por quatro no caso da ministra, mas é a verdade oficial do governo do PT. 
Se essa é a verdade, a despesa com trens de alta velocidade que não podem ser construídos, e dos quais ninguém precisa, é uma alucinação.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

domingo, 4 de dezembro de 2022

Golpe de Estado - Revista Oeste

Flávio Gordon

Para o PT, a democracia jamais foi um valor em si mesmo, mas uma “questão estratégica”

 
Quando, em setembro de 2018, em entrevista ao El País, José Dirceu declarou que era questão de tempo para o PT tomar o poder, e que essa tomada nada tinha a ver com ganhar uma eleição, poucos no Brasil pareceram se importar. E, todavia, o que Dirceu fazia ali era anunciar o golpe de Estado que, um ciclo eleitoral depois, ele e seus companheiros dariam no país. Com efeito, o golpe nada teve a ver com sucesso na eleição. Ao contrário, o próprio pleito recém-vencido — de maneira ilegítima, frise-se sempre é que foi a consagração formal do golpe, erigido, entre outras coisas, sobre o aparelhamento das instituições da sociedade civil (notadamente da imprensa) e do Estado (notadamente o Poder Judiciário). O golpe teve a ver, sobretudo, com aquilo que, em obra clássica, Curzio Malaparte definiu como o manejo de uma técnica.

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

“O problema da conquista e da defesa do Estado não é uma questão política, e sim técnica” — diz Malaparte, referindo-se especificamente por técnica ao controle dos centros de poder tecnológico e aos meios de coleta de informações. É sintomático nesse sentido que o anunciante do golpe tenha sido um ex-agente do serviço secreto cubano (se é que existe essa coisa de “ex”-agente de um serviço secreto), por longos anos dedicado ao aprimoramento da “técnica” malapartiana, e que, em tempos longínquos, chegou a se gabar da informação acumulada acerca de campanhas adversárias. Como bem mostrou a jornalista Paula Schmitt em artigo recente, a razão da recente subversão do Estado de Direito no Brasil pode muito bem residir no velho instituto soviético do kompromat, informações comprometedoras que podem ser usadas para chantagear pessoas poderosas.

Mas, seja como for, o fato do golpe de Estado parece-me incontestável. É claro que dificulta a sua visualização o estereótipo tradicional associado ao conceito, que costuma subentender o emprego de força militar. Na imaginação coletiva brasileira, em especial, a noção de golpe de Estado remete ao 31 de março de 1964 e às cenas de tanques nas ruas e soldados marchando. Mas há vários estilos de golpe de Estado, e o estilo adotado pelo lulopetismo — corrente política originalmente moldada pelo pensamento de Antonio Gramsci, o teórico do aparelhamento — foi o da captura e do parasitismo das instituições democráticas. Para o PT, com efeito, a democracia jamais foi um valor em si mesmo, mas uma “questão estratégica”. Daí que, em 2 de outubro de 2002, antes de sua primeira vitória eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva tenha confessado ao jornal francês Le Monde: “A eleição é uma farsa pela qual é preciso passar para se chegar ao poder”.

O golpe de Estado jurídico procede via exercício de um poder originalmente adjudicado aos magistrados pela norma fundamental, mas em seguida usurpado por eles e utilizado para a imposição de vontades políticas

Uma vertente da técnica lulopetista de golpe de Estado é aquela que alguns teóricos do Direito chamam especificamente de “golpe de Estado jurídico”. Como explica Alec Stone Sweet, professor de Direito da Universidade de Yale, o conceito de golpe de Estado jurídico implica uma transformação radical nas fundações normativas de um sistema legal, operada mediante ativismo judicial por parte dos membros de uma Corte constitucional, que passam a agir como legisladores. 
 Essa “transformação radical” ocorre, em primeiro lugar, sempre que a lei constitucional derivada do ativismo não corresponde ao espírito e aos propósitos do poder constituinte originário
Em segundo lugar, sempre que altere fundamentalmente e, de novo, de maneira não prevista ou pretendida pelos constituintes — a maneira habitual de funcionamento do sistema legal. 
Essa transformação fará com que seja impossível a um observador deduzir o novo sistema legal (ou para-legal) a partir do arcabouço institucional prévio. E, obviamente, acarretará uma quebra na ortodoxia montesquiana da separação de Poderes vigente no contexto pré-golpe. No novo contexto, o instituto habitual de freios e contrapesos não será capaz de disciplinar os papeis e as limitações constitucionais dos órgãos do Estado.
 
A pulsão legisferante de magistrados politicamente comprometidos produz na Carta Magna mudanças não delimitadas pelo texto constitucional, conquanto operadas em seu nome. 
Ao contrário do golpe de Estado estereotípico (revolucionário) cujos atos são explicitamente não autorizados pelo que Kelsen chamou celebremente de “norma fundamental” preexistente (uma Constituição, por exemplo) —, o golpe de Estado jurídico procede via exercício de um poder originalmente adjudicado aos magistrados pela norma fundamental, mas em seguida usurpado por eles e utilizado para a imposição de vontades políticas.
 
Eis porque o golpe de Estado jurídico seja muito mais insidioso e difícil de conter, uma vez que, menos espalhafatosos que golpistas revolucionários ortodoxos, seus agentes impõem uma nova ordem recorrendo aos topoi e ao prestígio da velha ordem. Daí que possam, por exemplo, julgar em favor da censura no ato mesmo de condená-la verbalmente por inconstitucional. 
Ou palestrar em evento intitulado “Brasil e o Respeito à Liberdade e à Democracia” no instante em que perseguem cidadãos politicamente não alinhados. Ou ainda posar de bastiões da Constituição no instante em que violam a separação de Poderes e, conduzindo inquéritos semiclandestinos alheios ao sistema acusatório, mandam às favas o devido processo legal. Como bem disse o saudoso Olavo de Carvalho em postagem que voltou a circular nas redes sociais ao longo dos últimos dias:Uma democracia não pode ser instaurada por meios democráticos: para isso ela teria de existir antes de existir. Nem pode, quando moribunda, ser salva por meios democráticos: para isso teria de continuar saudável enquanto vai morrendo. O assassino da democracia leva sempre vantagem sobre os defensores dela. Ele vai suprimindo os meios de ação democráticos e, quando alguém tenta salvar a democracia por outros meios — os únicos possíveis —, ele o acusa de antidemocrático. É assim que os mais pérfidos inimigos da democracia posam de supremos heróis da vida democrática”.

Leia também “O processo eleitoral brasileiro e a soberba dos malandros”

Flávio Gordon, colunista - Revista Oeste

 

domingo, 20 de março de 2022

O surreal baile de máscaras - Revista Oeste

Augusto Nunes - Paula Leal

Recado do Brasil sensato aos governantes assustados com a pandemia agonizante: basta de covardia

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Confrontados neste março com evidências robustas de que a pandemia agoniza, governadores e prefeitos promovidos pelo Supremo Tribunal Federal a condutores do combate à covid-19 vêm confirmando que só lhes sobram autoconfiança e insolência quando ordenam outra retirada. Durante dois anos, enquanto debitavam na conta do “presidente genocida” mortes provocadas pelo vírus chinês, esses guerreiros de araque recorreram a sucessivos recuos, disfarçados de isolamentos verticais e horizontais, quarentenas, lockdowns, pontapés na Constituição e restrições autoritárias. 
A estratégia que mistura intolerância e pusilanimidade contou com a orientação e o endosso de sumidades de botequim que fingem ser capazes de, simultaneamente, ouvir a voz da Ciência, enxergar a luz da Verdade e enfrentar a morte em defesa da Vida dos outros. Além de Jair Bolsonaro, só negacionistas sem cura se atreviam a discordar dessa tribo de iluminados.

A farsa acabou. Exemplarmente harmoniosa durante a temporada de fugas, a imensidão de generais e coronéis engajados na guerra sanitária vem espancando a partitura desde que pressentiu a chegada da hora da contraofensiva. O persistente declínio da curva de óbitos, a estabilidade do número de novas contaminações e a notável expansão da população vacinada dispensam consultas a sábios de jaleco. Em pânico, jornalistas reduzidos a porta-vozes de necrotério fizeram o diabo para anabolizar a Ômicron e transformar em inimigo medonho uma variante que, pela diminuta taxa de letalidade, apenas reafirmava o ocaso da covid-19. A imprensa terrorista segue assombrando crédulos vocacionais. Mas só vigaristas de nascença e estrábicos por opção ignoram que a pandemia está a um passo do fim. Mais alguns dias e terá virado endemia. Mais uma.

Se homens públicos valentes não fossem uma espécie em extinção, a imediata abolição de restrições com prazo de validade vencido já teria elevado extraordinariamente a taxa nacional de otimismo. O problema é que se move no palco um elenco de canastrões implorando pelo socorro da mãe. Governantes bestificados começaram a bater cabeça, dispersaram-se na encruzilhada e agora espantam o país com o show de cientificismo esquizofrênico que acaba de parir o mais surreal baile de máscaras. Evoluem na congestionada pista de dança, por exemplo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o governador paulista João Doria. Empenhadas em lucrar eleitoralmente com a manipulação de um valioso fetiche da seita do Fique em Casa, a dupla se meteu numa corrida que só avalizou a obviedade negada por ambos: não existe a Ciência Exatíssima. Nenhuma afirmação científica é infalível e incontestável. Se fosse assim, um deles teria cometido — por pressa ou lentidão — um erro grosseiro. E deveria ser punido pelo crime de negacionismo.

João Doria, governador de São Paulo, ao lado de Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro -  Foto: Divulgação

Em outubro de 2021, com as bênçãos dos doutores em vírus desconhecido, Paes dispensou do uso de máscara quem circulasse pelo Rio ao ar livre. Essa decisão foi encampada por Doria só neste 8 de março. Pior: os efeitos positivos da notícia foram reduzidos pela agilidade do prefeito carioca, que anunciara na véspera a revogação da obrigatoriedade da máscara também em locais fechados. O governador tropeçou de novo na tibieza ao esperar até 17 de março para seguir o exemplo de Paes. A hesitação impediu por mais nove dias que os habitantes de São Paulo respirassem normalmente em espaços abertos ou fechados. E prolongou um ritual que merecia ser cumprido ao som da lira do delírio.

Como em outros quatro Estados cujos administradores dispensaram o uso da máscara apenas em lugares abertos, um ser humano governado por Doria só fez o que lhe deu na telha no apartamento onde reside.  
Se decidiu jantar fora, cobriu o rosto no interior do elevador. Esperou um táxi de cara limpa. Recolocou a máscara ao alojar-se no carro. Tirou-a de novo ao deslocar-se do táxi para a porta do restaurante. Tornou a cobrir a face entre a porta e a mesa. Voltou a descobri-la depois de sentado. Repôs a máscara na ida ao banheiro. 
Talvez se tenha consolado com a dura vida dos garçons. Incumbidos de atender a casta que Oeste qualificou de “a nova aristocracia da covid-19”, zanzaram o tempo todo com a respiração reprimida. Ao decretar o banimento das máscaras em espaços livres, por sinal, Doria caprichou na frase de efeito: “Temos a possibilidade de, finalmente, neste primeiro grande passo, retirar as nossas máscaras e trazer o sorriso de volta”. Num gesto que pretendia ser teatral, arrancou do rosto e enfiou num bolso a máscara negra. Mas não sorriu. Tampouco sorriram os garçons que acompanharam a cena pela TV. Mesmo quando circulam pelos jardins de um restaurante, continuam proibidos de mostrar a cara.
 
A extensão da medida a espaços fechados incorporou São Paulo ao grupo de sete Estados que já haviam universalizado a abolição da máscara. Cinco unidades da federação só aplicam a restrição em lugares fechados. Outros quatro suspenderam a exigência em locais abertos e condicionaram a liberação de espaços fechados ao alcance de um índice de vacinação fixado pelos municípios. A vanguarda do atraso, que continua exigindo o uso de máscaras até em praias e parques, agrupa dez Estados: Bahia, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Paraíba, Piauí, Pará, Tocantins, Roraima e Amapá. Alguns pretendem reexaminar o assunto com urgência. Outros parecem esperar que a última esquadrilha de vírus chineses voe de volta para o país natal. Visto em seu conjunto, o mapa do Brasil redesenhado pela pandemia impõe uma boa pergunta: onde fica exatamente a linha divisória em que a cautela acaba e começa a covardia? Esteja onde estiver, está claro que faltam altivez e bravura no universo dos governadores e prefeitos. Desapareceram os intimoratos condutores de multidões. A coragem sumiu.

O medo não seleciona alvos por faixas etárias, categorias socioeconômicas e níveis de escolaridade. E é também altamente contagioso

Na semana passada, o alagoano Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, adiou por tempo indeterminado a ressurreição integral das sessões presenciais. “É preciso preservar a saúde não só dos parlamentares, mas também dos servidores e dos colaboradores”, alega Lira. Em todo o Brasil, numerosas universidades e escolas públicas ou particulares tratam aulas presenciais como coisa do passado. Faz dois anos que o ensino tem ficado para depois. Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal reiterou a preferência por sessões virtuais. 

O Distrito Federal deixou há meses de exigir o uso de máscaras em qualquer lugar de Brasília. Mas a Câmara dos Deputados não é um lugar qualquer. Muito menos o Pretório Excelso. 
Se até chefes dos Poder Judiciário e do Poder Legislativo preferem ficar em casa (de máscaras), é compreensível a presença nas ruas de multidões de brasileiros com o rosto coberto. Como o coronavírus, o medo não seleciona alvos por faixas etárias, categorias socioeconômicas e níveis de escolaridade. E é também altamente contagioso.

A eficácia da máscara sempre dividiu opiniões. Uma reportagem publicada na Edição 97 da revista Oeste lembrou que, no início da crise sanitária, a Organização Mundial da Saúde desaconselhou o uso dessa proteção por pessoas saudáveis. Em fevereiro deste ano, Leana Wen, especializada em saúde pública e analista médica da CNN norte-americana, afirmou que “o uso dessa proteção facial deve ser uma escolha individual”. Uma pesquisa recente constatou que a eficácia da máscara de pano oscila entre 2,5% e 10%.

Para o médico Roberto Zeballos, clínico geral e doutor em imunologia, o uso de máscaras ajudou a evitar infecções decorrentes de aglomerações. “Mas novos estudos mostraram que a eficácia da máscara é baixa”, pondera. “E a pandemia está claramente em queda no Brasil”. Para o médico, é provável que o elevado número de infecções provocadas pela variante Ômicron nos últimos meses tenha contribuído para que o Brasil alcançasse a imunidade de rebanho. “Todo paciente que vence a doença se imuniza”, garante Zeballos. “Quanto mais pessoas imunizadas, maiores as chances de alcançar a imunidade coletiva”. [imunidade de rebanho, condição defendida pelo presidente Bolsonaro, desde o inicio da pandemia.]

O ainda numeroso bloco dos mascarados será progressivamente despovoado pelo ritmo intenso da vacinação e pelo enfraquecimento da covid-19. Perderá inteiramente o sentido quando a OMS, que fingiu por dois meses enxergar uma endemia onde havia uma pandemia assassina, agora reluta em conferir o status de endemia a uma pandemia em estágio terminal. Corretamente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já avisou que o justo rebaixamento será oficializado pelo Brasil. A pedra no caminho é um Supremo Tribunal Federal transformado em partido de oposição. O presidente da República foi proibido de dar palpites em questões ligadas à covid-19. E o papel que caberia a Bolsonaro foi confiscado por superjuízes que se metem em tudo, de preferência em assuntos que desconhecem. Vírus chinês, por exemplo.

Se o STF permanecer em quarentena, será mais rápida a volta à normalidade.  

O Brasil sensato cansou-se da montanha-russa que enfileira um passaporte sanitário injustificável, indecorosas exumações da censura, surtos autoritários, CPIs cafajestes, imposições alfandegárias e outras brasileirices prepotentes. Muitos países europeus já entenderam que, se um vacinado pode infectar e ser infectado, quem rejeita a imunização não representa um risco para a humanidade. A intolerância insolente, amparada num duvidoso “rigor científico”, está na origem dos absurdos castigos impostos ao sérvio Novak Djokovic. 
O esplêndido campeão foi preso por autoridades australianas, execrado publicamente e deportado por não ter sido vacinado contra o coronavírus. Passados dois meses, a França poupou Djokovic da apresentação de comprovantes inócuos e liberou-o para a disputa do mítico torneio de Roland Garros, no fim de maio. O Brasil saíra ganhando se seguir o exemplo da França.

A pandemia vai morrendo de exaustão. Os brasileiros estão fartos de exigências sem sentido. É hora de aprender a conviver com outra doença endêmica. Chega de rendições. Basta de covardia.

Leia também “A elite desmascarada”

Augusto Nunes - Paula Leal - colunistas Revista Oeste


sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eles perderam de vez a noção - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Jair Messias Bolsonaro levou uma facada em 2018 e quase morreu. O autor, Adélio Bispo, era um ex-filiado do PSOL, esteve na Câmara pelo que indica o registro, e contou com suporte jurídico após a prisão. Quem mandou matar Bolsonaro? Essa pergunta nunca saiu da boca de quem insiste diariamente na questão de quem matou Marielle Franco, a vereadora do PSOL. Em vez disso, petistas como o próprio Lula chegaram a chamar a facada de "fake", de farsa. Bolsonaro já passou por várias cirurgias por conta dela.

O grau de psicopatia é assustador. Em vez de deixar diferenças políticas de lado, muitos esquerdistas torcem abertamente pela morte do presidente. Alguns desejam isso com ar de filosofia pragmática, como fez Helio Schwartsman na Folha. Mas eles não conseguem esconder o ódio em seus corações, a falta de empatia pelo próximo, e o veneno que intoxica suas almas ocas. [um jornalista recentemente sugeriu que o presidente se suicidasse; quarta-feira um ilustre e desconhecido youtuber comunicou que havia comprado fogos de artifício para  comemorar eventual morte do presidente. Mario Frias, secretário de Cultura, postou respondendo a pergunta de um amigo sobre se conhecia o famoso youtuber: "Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho".
Com a súbita fama, decorrente de uma postagem de péssimo gosto - agourando o presidente da Republica - o youtuber se tornou conhecido ser o ofensor um historiador negro e defensor do comunismo. Imediatamente um ex-ator de novelas, em final de carreira,acusou Frias de racismo.]

LEIA TAMBÉM: ONU condena prisões arbitrárias em Cuba e exige liberação de manifestantes
Em imagens: chuvas causam destruição na Europa

Agora que o presidente foi internado novamente, com risco de nova cirurgia, a turma podre saiu do bueiro uma vez mais, para expor sua falta de limites, de ética, de compaixão. São várias mensagens no mesmo teor, e esse claro discurso de ódio não é censurado nas redes sociais, que por sua vez impedem questionar sobre a real eficácia das vacinas - minha conta principal do Twitter foi suspensa uma semana por isso, e o vídeo da estreia do programa 4por4 foi retirado do YouTube com mais de 700 mil visualizações, só porque falamos que as vacinas experimentais são... experimentais!

Eis o tipo de coisa que circula livremente, e sem o repúdio dos nossos "humanistas" de plantão, inclusive aqueles que demonstram absoluta revolta quando o mesmo Bolsonaro dá uma resposta mais atravessada a algum jornalista:  Pausa aqui para mostrar como o MBL hoje em dia é indistinguível do Felipe Neto, que eles detonavam antes. Arthur do Val praticamente escreveu a mesma mensagem que o imitador de focas. Ninguém sério leva mais a sério os PsolKids, que se provaram oportunistas com claro viés de esquerda. Mas segue o show de horrores:

Esses são nossos "democratas" que se vendem como a resistência ao fascismo, que existe somente em suas imaginações toscas. Os que acusam Bolsonaro de insensível ou mesmo genocida destilam insensibilidade e torcem pela morte do presidente. A tática consiste em desumanizar o oponente, trata-lo como bicho, como um rato, um verme, e aí justificar essa postura abjeta.

Quem quer criticar o governo Bolsonaro ou a postura do presidente é livre para fazê-lo, e é legítimo que o façam numa democracia. O que estamos vendo, porém, é algo bem diferente disso. Estão tratando Bolsonaro como se fosse o próprio vírus chinês. Estão o colocando no rol dos piores tiranos genocidas do planeta, como se ele fosse Hitler, Stalin, Mao ou Fidel Castro. E isso enquanto normalmente defendem esses tiranos, ao menos os comunistas!

Tudo que podemos fazer numa hora dessas, além de expor a hipocrisia de seus discursos "humanitários", é rezar por suas almas. Essas pessoas devem ser muito infelizes, com vidas bem medíocres e vazias, para destilar tanto veneno e ódio assim...

Rodrigo Constantino, colunista -  Gazeta do Povo -VOZES 

 

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Editor de Intercept confessa que o objetivo da farsa é soltar o "presidiário"

Editor do  IntercePTação  confessa que o objetivo da farsa é soltar o “presidiário” 

 Intercept acelerou publicação de material porque tinha "alguém na cadeia"

O cidadão que se apresenta como editor do site The Intercept, Leandro Demori, comparsa de Glenn Greenwald, entregou o serviço.

Empolgado com a fama repentina, a língua do sujeito está bem solta.

Questionado durante sua participação no Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, ele revelou que o objetivo da farsa montada pelo pseudo jornalista americano é um só: soltar um presidiário.
Parece não restar dúvida de quem seja esse presidiário.

Demori, o editor do famigerado The Intercept, disse o seguinte:
“Se você tem indícios muito fortes de que pessoas estão presas injustamente e que ilegalidades estão sendo cometidas nesse momento, você não senta por um ano em cima do material enquanto alguém está comendo quentinha na cadeia.”
Amanda Acosta
Articulista e repórter

amanda@jornaldacidadeonline.com.br

 Transcrito do A Verdade Sufocada

 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Lula bate o pé e insiste com a farsa

E se ele decidir não indicar ninguém para candidato? [será melhor para o Brasil e Lula ao não indicar candidato estará passando recibo no que todos sabem: o PT não tem votos para colocar seu eventual candidato a presidência da República, sequer entre os cinco primeiros colocados.]


Estelionato é “obter, para si ou para outro, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”, segundo o Código Penal brasileiro. Pena: de um a cinco anos de reclusão.

Estelionato eleitoral é “um conceito da ciência política utilizada para descrever os casos de candidatos eleitos com uma plataforma ideológica que, após a eleição, adotam um programa de signo ideológico contrário”, segundo a Wikipédia. Pena: nenhuma. Misture as duas definições, bata bem e não tenha dúvida: Lula é um estelionatário. Sua falsa candidatura a presidente da República foi o meio fraudulento encontrado por ele para se beneficiar e conferir vantagem ilícita a quem venha a substitui-lo.

Estelionato eleitoral só se configura depois que as urnas cantam seu resultado, que o eleito começa a governar e a fazer o contrário do que prometeu. A criatividade assaz louvada do brasileiro acaba de patentear o estelionato eleitoral que dispensa tudo isso.
A candidatura de Lula não existe, jamais existiu. Ele não poderia ser candidato, impedido por lei que carrega sua assinatura. Mas foi preciso que a mais alta corte da Justiça Eleitoral esfregasse tudo isso na cara dele e na nossa cara para que… Para quê o quê?

Para nada. Para que parte de nós continue acreditando, por devoção ou ignorância, que Lula será, sim, candidato – quem sabe, não é? Fernando Haddad voou ontem a Curitiba com a esperança de voltar de lá ungido pelo encarcerado ilustre.  Voltou dizendo que o candidato será Lula para sempre, ou até quando ele quiser, ou até que se esgote o prazo de 10 dias dado pela Justiça para que o PT indique outro candidato. Pobre do Haddad, que imagina estar cumprindo bem o seu papel de capacho.

E se Lula decidir no último minuto que o melhor para o PT (leia-se: o melhor para ele) seria não indicar ninguém, ficando de fora da eleição presidencial? Hipótese remota? Quem disse? Há gente no partido, não sei se muita ou pouca, que deseja isso.  As alianças nos Estados já foram feitas. Faltam apenas 34 dias para o primeiro turno. O cadáver de Lula seguiria sendo explorado por quem já o faz. O choro, o ranger de dentes, a denúncia de mais um golpe não perderiam seus efeitos dramáticos e eleitorais.

De resto, convenhamos, seria muito mais coerente. Por que disputar se o candidato líder de todas as pesquisas de intenção de votos foi vetado por uma justiça infame, a serviço dos golpistas, reles capitães do mato de poderosos interesses internacionais?  Lula nunca foi de dividir o palco com ninguém (não é verdade, José Dirceu? Não é verdade, Antônio Palocci ou Tarso Genro?). Deu um chega para lá em Ciro Gomes só para que ele não ganhasse os poucos segundos de televisão que o PSB tinha para lhe dar.

PT é o nome de fantasia do lulismo. Os que se reuniram em torno de Lula para fundar o partido ou já morreram de morte morrida ou perderam relevância. Alguns ainda vagam arrastando correntes que já não fazem mais barulho nem arrancam fagulhas do chão.
Não se duvide da ousadia de um sobrevivente, que é o que Lula é. Conta a história oficial que ele sobreviveu à seca do Nordeste, à miséria da periferia de São Paulo, à amputação de um dedo quando usava macacão e à perseguição militar como líder sindical. Sobreviveu à desconfiança ao seu nome de tendências mais radicais da esquerda, a três derrotas como candidato a presidente, aos desafios de governar um país complicado, de eleger e reeleger sua sucessora e de enriquecer como jamais pensara. (Ufa! Basta!)

Só sucumbiu ao rigor do juiz Sérgio Moro. Desde então estrebucha na maca para fingir que ainda tem futuro como líder político. Futuro não tem. Diz a Lei da Ficha Limpa que o ficha suja fica inelegível por oito anos, além do tempo a que foi condenado.  No caso de Lula, ele pegou 12 anos de cadeia. Não importa que saia de lá antes do tempo previsto. Importa que estará com 93 anos de idade quando puder se candidatar de novo. Mesmo que viva tanto, é improvável que o Brasil de 2038 lhe dê ouvido.

Blog do Noblat - Veja
 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Dilma, a Afastada, e o PT querem usar uma conversa sobre o nada para justificar e omitir seus próprios crimes

A tese originalíssima do PT é que MPF, PF, PMDB, PSDB e o capeta se juntaram contra a santidade dos companheiros

Pergunte a um petista qualquer de que modo a ascensão de Michel Temer à Presidência contribuiria para brecar a Operação Lava Jato e, obviamente, não haverá resposta. A razão é simples: a suposta causa não tem relação lógica com a suposta consequência.

Para que tal desígnio se realizasse, seria necessário que Michel Temer e as lideranças que o apoiam tivessem meios de encabrestar os procuradores da Lava Jato, a Polícia Federal, o juiz Sergio Moro e Rodrigo Janot. Se a Lava Jato era, assim, tão facilmente subordinável, por que o próprio governo do PT não se encarregou de tal tarefa?

Golpistas dos 50 tons de vermelho tentam obter rendimento máximo das conversas destrambelhadas entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Sérgio Machado, o ex-presidente enrolado da Transpetro. O segundo ameaça o primeiro, induzindo-o a lhe oferecer garantias.  O senador não se faz de rogado e promete, em cinco linhas de transcrição, juntar num mesmo eixo de interesses o Supremo, as Forças Armadas, o PSDB, o PMDB, o futuro presidente… Só faltaram as autoridades eclesiásticas.

De fato, como afirmou o advogado de Jucá, não há crime nenhum na fala. A não ser o de excesso de imaginação. Visivelmente, o senador tenta acalmar seu aliado, não se dando conta de que caía numa cilada. É evidente que Jucá estava acenando para o interlocutor com algo que não poderia entregar. Aliás, Machado tinha plena consciência de que não seria beneficiário daquela oferta. Tanto é que, tudo indica, já havia feito delação premiada e estava apenas tentando levar o interlocutor para o buraco, o que acabou conseguindo.

Os petistas e seus esbirros já tinham inventado a tese do golpe, mas faltava o enredo. Os diálogos fornecem o entrecho narrativo que confere verossimilhança a uma farsa. Se, antes, até os petistas ficavam um pouco constrangidos porque não conseguiam apontar onde diabos estava o golpe, agora eles se sentem confortáveis: “Ouçam o que disse Jucá…”.

Foi o que fez Dilma Rousseff, a Afastada, nesta segunda à noite, durante um evento sobre agricultura familiar. Discursando para 700 pessoas, como se estivesse à frente da Presidência, mandou ver: “A gravação mostra o ministro do Planejamento interino, Romero Jucá, defendendo o meu afastamento como parte integrante e fundamental de um pacto que tinha como objetivo interromper as investigações”.

É do balacobaco! Dilma, por acaso, queria fortalecer as investigações? Não foi ela a nomear Lula ministro, aquele que dizia ser ele próprio a única pessoa capaz de botar os procuradores no seu devido lugar? Segundo Delcídio do Amaral, ela, sim, tentou interferir nos tribunais superiores para beneficiar presos e investigados.

E a doidona foi adiante: “Se alguém ainda não tinha certeza de que há um golpe em curso, baseado no desvio de poder e na fraude, as declarações fortemente incriminatórias de Jucá sobre os reais objetivos do impeachment e sobre quem está por trás dele eliminam qualquer dúvida. A gravação escancara o desvio de poder e a fraude do processo de impeachment praticados contra uma pessoa inocente. Revelam o modus operandi do consórcio golpista”.

Dilma, como de hábito, não sabe o que diz. Em primeiro lugar, ela precisaria dizer onde está a parte dita “incriminatória” da fala de Jucá. Em segundo lugar, seria preciso evidenciar onde está revelado o “desvio de poder”.

Dilma e o PT querem usar uma conversa sobre o nada para esconder ou justificar os seus próprios crimes. Mas não vão prosperar.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo


 

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Cristo, olhai pra isto!



Quem já foi a Pompeia não esquece as cenas da vida cotidiana que o Vesúvio petrificou para sempre. Os habitantes e frequentadores daquela cidade de veraneio próxima a Nápoles, uma das mais lindas e ricas da península, foram apanhados de surpresa e não puderam se postar da maneira como gostariam de ser eternizados. Já aqui... onde a natureza nos poupou de ter vulcões, o que explode são vesúvios morais que levam ao fim de um governo e à derrocada de um partido político que já foi o mais forte do país. Mas não há ninguém cuidando da foto que deixará para a História do Brasil.

O problema de dona Dilma é um só: lutar desesperadamente para não perder o Poder, essa ambição que destrói o mundo há séculos. Ela parece não se preocupar com a imagem que deixará. Discursando mais nos últimos dois meses do que nos cinco anos em que está na tal cadeira à qual se aferra como craca, ela só sabe dizer que tudo aquilo de que é acusada é farsa, traição, atentado à Constituição. Só não explica o que fez e porque o fez, só não responde com provas que desmintam aquilo de que é acusada.

Às vésperas de ter que largar o cargo, ela e seu partido resolveram que vão fazer o possível e o impossível vão novamente fazer o diabo? - para perturbar e prejudicar o governo que virá substituí-la.  Se amasse o Brasil como diz amar, agora seria o momento de provar esse amor e pensar mais no país do que na manutenção da caneta.

É natural, é humano que dona Dilma não deseje tudo de bom a Michel Temer. Mas é de um egoísmo brutal ela se dedicar a fazer o possível para complicar o governo de seu sucessor, posto que isso prejudicará a vida de todos nós.  Dona Dilma, num dos seus últimos palanques, cita Eduardo Cunha como o "pecado original" do impeachment. Taí, ele é mesmo culpado de muitas coisas que, se Deus quiser, serão investigadas e ele receberá a punição que merece.

Mas se há uma coisa da qual ele é absolutamente inocente é o fato dela ter sido colocada lá na tal cadeira. Disso, desse crime abominável, só é culpado o ex-presidente Lula. E menos culpado ainda é Cunha dos erros que ela cometeu. Dona Dilma confirmou à excelente jornalista Christiana Amampour, da CNN International, que não é um animal político. Disso Lula não pode se valer: ele é, sobretudo um animal político e, portanto, duvido que ele não perceba que ao tentar destruir o governo que vai suceder o atual, ele vai é acabar de destruir o Brasil.

Não acredito que Lula concorde com Rui Falcão quando ele conclama os militantes a ocupar as ruas e criar o máximo de tumulto que consigam. Tenho medo que eles só se satisfaçam com grandes tumultos. Eles são bem capazes de vibrar com isso. Todavia, Lula sabe que isso não somente não salvará o mandato de Dilma Rousseff, como sabe que isso fará com que o PT vire pó nas próximas eleições. [Com uma agravante: caso os tumultos atinjam grandes proporções – altamente improvável que aconteça, tendo em conta que os autores dos eventuais tumultos são ‘militontos’ que agem em ‘movimentos sociais’ que com a saída de Dilma deixarão de receber recursos públicos e morrerão à mingua.]

Pode ser que as palavras de Rui Falcão iludam dona Dilma e a militância petista. Mas duvido muito que iludam Lula.  Nós, cidadãos que estamos sofrendo os malfeitos do lulopetismo, não vamos deixar que o Brasil se ferre. Vamos apoiar o afastamento de Dilma Rousseff pelo bem do Brasil. Com as bênçãos do Cristo.

Para concluir: tenho cá para mim que Lula deveria ouvir mais dona Marisa. Ela bem que o alertou...

Por: Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - www.facebook.com/mhrrs