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domingo, 21 de junho de 2020

A blindagem tabajara de Queiroz no Sítio de Atibaia - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

Fabrício Queiroz estava guardado no sítio de Atibaia do doutor Frederick Wassef, o “Anjo”, da família Bolsonaro

Pior, só se o ex-assessor de Flávio Bolsonaro estivesse escondido no Alvorada     

A blindagem que protegia Fabrício Queiroz foi coordenada por Asmodeu. Em 2019, quando um passarinho da Polícia Federal fez chegar aos Bolsonaro a informação de que havia gente de olho no chevalier servant do capitão, ele foi protegido pelos sete lados. De saída, Queiroz e sua filha foram demitidos dos gabinetes da família em que estavam lotados. Em seguida, tratou-se da sua defesa. O primeiro nome que entrou na roda foi o do advogado Antônio Pitombo. Não era conveniente, porque ele defendia Jair Bolsonaro. Numa segunda hipótese o caso iria para Christiano Fragoso. Profissional renomado, estaria acima das posses de Queiroz. Tratava-se de arrumar um advogado que não desse na vista. Nessa altura, Queiroz sumiu das vistas do público, e Jair Bolsonaro paralisou toda operação, chamando-a a si. Na quinta-feira, o vexame: Fabrício Queiroz estava guardado no sítio de Atibaia do doutor Frederick Wassef, o “Anjo”, da família Bolsonaro.


Wassef gosta de holofotes, fez fama e tornou-se figurinha carimbada em Brasília e vistosa presença em eventos oficiais. O que foi uma operação para afastar Queiroz da família, virou uma pajelança tabajara que resultou no oposto. Pior, só se ele estivesse no Alvorada. Queiroz estava sem advogado desde dezembro do ano passado. Seu novo defensor é Paulo Emílio Catta Preta. Até fevereiro ele cuidava dos interesses do miliciano Adriano da Nóbrega, que estava foragido e foi morto pela polícia no interior da Bahia, num sítio do vereador Gilsinho da Dedé, eleito pelo PSL, partido a que pertenceu Jair Bolsonaro. A mãe e a mulher de Adriano estiveram lotadas no gabinete de Flávio Bolsonaro, sob o patrocínio de Fabrício Queiroz.

Preso, Queiroz vê a realização de suas premonições. Em 2018 ele perguntou a um advogado quantos anos ia pegar. Meses depois, assustado, dizia que “o Ministério Público está com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente e não vem ninguém agindo.”
Pelo visto, o “Anjo” Wassef agia. Passaram-se dois anos do aviso dado pelo passarinho da Polícia Federal, a questão, piorada, voltou ao ponto de partida: o Ministério Público não tem pressa, só tem perguntas.

(.....)


Eremildo, o idiota
Eremildo é um idiota, come alho cru com cloroquina e acha que se instalou um clima de histeria diante de uma gripezinha

Com governadores e prefeitos aliviando o isolamento, um milhão de casos de Covid e mais de 40 mil mortos, ele acredita que os doutores interpretaram mal uma conversa que teve com um amigo. O cidadão contou ao cretino que tinha um raro distúrbio urinário. Às 10h de Greenwich, estivesse onde estivesse, urinava-se. Foi a cinco médicos, inclusive três urologistas, e nada.

Eremildo aconselhou-o:
— Acho que você deve procurar um psicanalista.
Passaram-se algumas semanas e o cretino encontrou o amigo.
— E aí? Como vai aquele seu problema?
— Resolvido. Fui ao psicanalista, são 10h15m, estou todo molhado, mas estou feliz.

Autocombustão
O doutor André Mendonça fez boa fama como advogado-geral da União. Foi empossado no Ministério da Justiça numa cena de programa de auditório, durante a qual a deputada Carla Zambelli aplaudia-o assobiando e ele, num lance esquisito, deu continência ao capitão Bolsonaro duas vezes, chamando-o de “profeta”. Passaram-se poucos meses e ele pediu que investigasse o chargista Aroeira por ter associado Bolsonaro a uma cruz gamada do nazismo e o repórter Ricardo Noblat, por tê-la veiculado.

Quem se mete com chargista, de duas uma, ou não tem o que fazer ou faz o que lhe mandam. Dezenas de profissionais replicaram o trabalho de Aroeira. E agora? Indo-se para o campo jurídico, a revista americana “Hustler” publicou uma paródia de um anúncio do rum Bacardi, no qual brincava-se com a “primeira vez” de personagens famosos e a vítima foi o pastor Jerry Falwell. Sua “primeira vez” teria sido incestuosa. Falwell processou a revista, pedindo US$ 45 milhões de indenização. Perdeu por 8x0 na Corte Suprema. Como diria o capitão Bolsonaro, o Judiciário toma decisões abusivas. Sendo advogado, Mendonça poderia dar uma lida na decisão da Corte, redigida pelo seu presidente William Rehnquist. Acompanhando-o, estava Antonin Scalia. Ambos ajudaram a ressuscitar o conservadorismo americano servindo ao Direito.

(.....)

Folha de S. Paulo - O Globo - Elio Gaspari, MATÉRIA COMPLETA




sábado, 18 de janeiro de 2020

Discurso de Goebbels, ópera de Wagner e cruz medieval: os símbolos do vídeo que derrubou Roberto Alvim - GaúchaZHZero Hora

 Fala que evocava ministro nazista em vídeo com cenografia típica da propaganda autoritária levou à demissão do secretário

O agora demitido secretário nacional da Cultura, Roberto Alvim, provocou polêmica ao anunciar em uma live as diretrizes do Prêmio Nacional das Artes, em um cenário e com uma ambientação que remetiam diretamente à retórica e à propaganda nazista, com direito a frases iguais às pronunciadas pelo ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels.
Diretor de teatro de carreira consolidada, Alvim afirmou em entrevista ao programa Timeline, de GaúchaZH, que foi tudo uma coincidência retórica. Ainda assim, as coincidências são muitas. Este texto enumera as possíveis simbologias contidas no vídeo:
 A semiótica autoritária de Roberto Alvim
- Ópera de Lohengrin que toca ao fundo foi composta por Richard Wagner (1813-1883), ídolo do nazismo e de Hitler.
- Foto de Bolsonaro remete à imagem de um "grande líder" ao fundo.
- Discurso olho no olho, piscando pouco e quase ausência de gestos são truques para falar sem parecer retórica.
- Fala de Alvim remete ao discurso de Goebbels que apontava para nova direção da arte nazista.
- Possível referência à cruz das Missões Jesuíticas ou à Cruz de Caravaca, supostamente formada por pedaços da cruz de Cristo.
Cenário simples, com mesa, bandeira e parede de compensado busca vender o governo como impessoal e eficiente.
 
O discurso
A fala do ex-secretário Roberto Alvim, como já foi amplamente esmiuçado na polêmica que se seguiu à divulgação, tem semelhanças inegáveis, quase palavra a palavra, com um discurso proferido pelo ministro da cultura e da propaganda alemã Joseph Goebbels, em 8 de maio de 1933.
O pronunciamento de Goebbels foi dirigido a administradores de cinema e diretores de teatro no hotel Kaiserhof, em Berlim. Embora comece dizendo que não tem intenção de "restringir a criatividade dos artistas", Goebbels logo se estende em ferozes críticas ao Expressionismo, movimento que apresentava uma visão mais subjetiva e emocional e que ele considerava arte degenerada. A fala que Alvim, ele próprio diretor de teatro, parafraseou, aponta para a nova direção da arte alemã pretendida pelos nazistas, que Goebbels chega a nomear "o Novo Objetivismo".
 Lohengrin, pintura de August von Heckel (1886)

A música
O fundo sonoro do pronunciamento de Alvim é o prelúdio de Lohengrin, ópera romântica em três atos composta pelo artista alemão Richard Wagner (1813-1883). Wagner, obviamente, não era nazista, mas seus preceitos de uma "arte total" enraizada na grandeza mitológica do passado alemão logo foram apropriados pelos nazistas em sua ideologia de retorno a uma Alemanha gloriosa do passado.
Lohengrin tira sua inspiração da literatura medieval alemã e tem como personagem título um filho de Percival, o lendário cavaleiro e rei que teria sido companheiro de aventuras do Rei Arthur e encontrado o Santo Graal. Não apenas a obra de Wagner como um todo era reverenciada pelos nazistas como o compositor era o preferido do próprio Hitler. Em seu livro Minha Luta, a "Bíblia" do partido nazista, Hitler situa seu "despertar estético" justamente na audição de Lohengrin.

 Cruz em São Miguel

A cruz
Em cima da escrivaninha do ex-secretário de Cultura, encontra-se uma cruz de dois braços transversais. O adorno pode ser tanto uma referência à cruz missioneira, fartamente documentada na iconografia das Missões Jesuíticas no Brasil, quanto ao modelo que a inspirou, a Cruz de Caravaca, uma relíquia cristã que, de acordo com a tradição, teria aparecido por milagre na cidade de Caravaca, na Espanha, em 1232, quando a região ainda estava sob domínio muçulmano.
Supostamente, a cruz de Caravaca apareceu nas mãos de um sacerdote prisioneiro que recebera a ordem de rezar uma missa para um sultão curioso pelas práticas dos cristãos. A relíquia conteria pedaços da madeira da cruz de Cristo. Como muitos dos jesuítas que se lançaram ao trabalho missioneiro no Novo Mundo eram espanhóis, a cruz de Caravaca veio a inspirar a cruz missioneira, inclusive a que está em São Miguel (foto). Uma história que Alvim, católico devoto, certamente conhece. O "segundo braço" da cruz, menor e na parte superior, é uma versão estilizada da tabuleta presente na cruz de Jesus Cristo, identificando-o como "Rei dos Judeus". [a cruz em questão tem todos os componentes para ser uma CRUZ ORTODOXA;
nenhuma das fotos exibidas na matéria mostra a cruz por inteiro, o que impede de que se veja o terceiro travessão, na parte inferior,  destinado a suportar os pés do condenado.
A cruz usada como símbolo dos partido nazista, é a CRUZ GAMADA, conhecida então como CRUZ SUÁSTICA - proibida no Brasil, que não proíbe a foice e o martelo,  símbolos do comunismo.]

O cenário
A composição do cenário, com a mesa, a foto de um "grande líder" ao fundo (no caso, o presidente Bolsonaro), a bandeira ao lado e o fundo com uma parede simples de compensado são elementos clássicos dos regimes que tentam vender a estrutura de governo como impessoal e eficiente. A encenação é completada pela forma como Alvim, apresenta seu discurso, olhando o tempo todo diretamente para a câmera, como a falar para o espectador olho no olho (o ministro quase não pisca o vídeo inteiro). Há uma grandiloquência calculada também na impostação da voz.
A quase ausência de gestos físicos também é um conhecido truque retórico para quem quer falar sem parecer um retórico. Exatamente como já havia prescrito o romano Quintiliano (35-95) em seu livro A Instituição da Oratória, ou Sobre a Formação do Orador, no qual sugeria que grandes oradores imitassem a técnica dos atores, mas com cuidado: "Nem todos os gestos e movimentos devem ser adotados. Ainda que o orador deva, dentro de certos limites, desempenhar ambos, deverá, no entanto, afastar-se do ator cômico, sobretudo evitando os gestos exagerados. Porque, se nisso está a arte daquele que fala, a primeira recomendação é aparentar não tê-la". 

GauchaZH - Transcrição em 18 janeiro 2020

domingo, 14 de outubro de 2018

O delegado viu paz e amor na suástica



Quem marcou a barriga da jovem inverteu a perna do S, mas sabia muito bem o que estava fazendo 

[diversas órgãos da imprensa divulgaram que o ataque à jovem foi realizado por apoiadores do Bolsonaro;

temos que destacar que NÃO EXISTE nenhuma prova de que apoiadores do Bolsonaro, praticaram tal ato.

Ao contrário, tem tudo para ser obra da militância petista, adeptos do Haddad, é público e notório que o PT tem o péssimo hábito de fazer as coisas erradas e negar, ou pior ainda, acusar inocentes.

Se o ataque fosse obra de 'bolsonaristas' o símbolo desenhado seria a 'foice e o martelo' visto que o objetivo seria acusar o PT;

só os petistas tem interesse em tentar 'queimar' Bolsonaro e um dos caminhos é atribuir aos que são Bolsonaro, a prática atos do tipo em comento.]

Uma jovem de 19 anos contou na terça-feira à polícia de Porto Alegre que na noite anterior vestia uma camiseta com o slogan “Ele Não”, desceu de um ônibus e foi agredida por três pessoas. Contou ainda que, imobilizada, fizeram-lhe seis talhos na barriga, marcando-a com uma suástica.  Ainda não se conhecem as circunstâncias do episódio, e na quinta-feira a jovem, que não teve o nome revelado, desistiu da denúncia. A investigação prossegue. Um dia antes da desistência, o delegado Paulo César Jardim, tendo visto uma fotografia dos ferimentos, deu uma entrevista aos repórteres Kelly Matos e Pedro Quintana com suas observações preliminares.

Ele repetiu seis vezes que ali não havia uma suástica. Informando que é um “especialista nesta área”, revelou que a cruz gamada do nazismo não tem aquele formato, pois a perna do “S” estava invertida. Segundo Jardim, “o que temos é um símbolo milenar religioso budista, símbolo de amor, paz e harmonia”. (A fotografia está na rede, bem como os 16 minutos do áudio da entrevista.) 
[qualquer pessoa capaz de somar 2 + 2 = 4, - o que inclui os petistas - vai diferenciar que a marca nunca (abaixo)foi uma Cruz Suástica, ou Cruz Gamada, que foi utilizada como símbolo do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães.]

Homens inscrevem suástica em jovem de 19 anos que voltava para casa com camisa 'Ele Não', em Porto Alegre - Reprodução  

[Comparem com a verdadeira cruz suástica e constatarão a evidente má fé dos que chamam de cruz suástica o acima desenhado.
Ironicamente, no Brasil, A FOICE E O MARTELO SÍMBOLOS DO PIOR FLAGELO DA HUMANIDADE.


A FOICE E O MARTELO SIMBOLO DO PIOR FLAGELO DA HUMANIDADEREPRESENTAM A OPRESSÃO A TORTURA E MORTE DE MILHÕES DE SERES HUMANOS AINDA HOJE E NO BRASIL EXISTEM HORDAS DE COMUNISTAS TRAMANDO PELA QUEDA DA NOSSA DEMOCRACIA EM PROL DESTA TIRANIA ASSASSINA E MENTIROSA, são permitidos no Brasil.
Quanto a Cruz Suástica é proibida 

Proibição injusta

O NAZISMO MATOU 6 MILHÕES DE PESSOAS, O COMUNISMO MATOU 100 MILHÕES E CONTINUA MATANDO... PORQUE A SUÁSTICA ESTA PROIBIDA E A FOICE E O MARTELO CONTINUAM LIVRES???
Somos, com orgulho, um Blog pró BOLSONARO e por isso optamos por não divulgar, não com fins de publicidade, e sim de esclarecimento,  foto da Cruz Suástica - não publicando evitamos que digam que Bolsonaro mandou seus seguidores divulgar um simbolo nazista - mas, qualquer dos nossos estimados leitores  que tenha dúvidas sobre a 'falsidade' do desenho, sabe onde encontrará a Cruz Suástica e poderá  comparar.]


Quando lhe perguntaram se havia sentido em uma pessoa marcar a canivete um “símbolo de amor, paz e harmonia”, ele respondeu o seguinte: “Quem fez, foi, sei lá (...) Papai Noel, enfim, o que a gente tem é isto”. Categórico, acrescentou: “Não é uma suástica, isso eu afirmo com absoluta convicção”.  O delegado foi didático: “O movimento neonazista, quando ele iniciou, a partir de 1930, ele precisava ser representado por símbolo, um lado esotérico, (...) O que é que aquelas pessoas que circundavam Hitler decidiram? Decidiram que buscariam um símbolo que trouxesse confusão e trouxesse harmonia para o povo alemão. Então o que é que eles pegaram? Pegaram o símbolo budista de paz, amor e fraternidade e inverteram ele”.

Tudo errado. O nazismo (nada a ver com “neo”) [obviamente que o nazismo nada tem a ver com 'neo', chama-se neonazismo os movimentos que buscam resgatar o nazismo.] trazer de volta bem como a suástica surgiram em 1920, e ela não chegou à Alemanha pelo caminho da cultura indiana. Até sua apropriação pelo Partido Nacional Socialista, tinha vários significados, inclusive o de trazer sorte. Para Hitler, tratava-se de um símbolo do arianismo  e da pureza racial.  Sejam quais forem as circunstâncias do episódio, quando aparece uma pessoa com uma suástica na barriga e um delegado como o doutor Jardim diz o que ele disse, algo de muito ruim está acontecendo.
(...)


Caos jurídico
Juízes e procuradores estragaram o equilíbrio da eleição, comprometeram a neutralidade dos poderes constituídos e afetaram a qualidade de suas próprias posturas.
O juiz Sergio Moro liberou um pedaço desconexo e inconclusivo da colaboração do ex-ministro Antonio Palocci, atual hóspede da Federal de Curitiba. Fez isso seis dias antes da eleição. [o trecho divulgado não representa todo o processo, mas, deixa bem claro que Lula é ladrão e o PT uma organização criminosa, que sabia das propinas (inclusive foi quem autorizou)  e que Palocci pelo cargo que ocupava teve participação em todo o processo de corrupção.] 

O juiz Marcelo Bretas, a quem se deve o encarceramento de Sérgio Cabral, felicitou publicamente os dois senadores eleitos pelo Rio de Janeiro.

Já o Ministério Público Federal de Brasília soltou a informação de que o economista Paulo Guedes, o “Posto Ipiranga” de Jair Bolsonaro, está sendo investigado porque encontraram-se “indícios relevantes” de malfeitos nas suas transações financeiras com fundos de pensão estatais. Fez isso dias antes do segundo turno da eleição. [convenhamos que a divulgação de informações que podem comprometer assessor de um dos candidatos que disputam o segundo turno, às vésperas daquele turno,  quando os dois concorrentes já estão definidos, tem o objetivo claro de comprometer o candidato assessorado pelo acusado - mesmo havendo apenas suspeitas.
De qualquer forma, o tiro do MP saiu pela culatra - nada foi provado contra Guedes e caso ele fosse culpado, é apenas o provável futuro ministro da Fazenda e se for provado que é inidôneo, Bolsonaro cancelará o convite.]

Moro e o MP de Brasília não precisavam permitir que suas ações fossem confundidas com o calendário eleitoral. Bretas não precisava botar suas preferências eleitorais na vitrine.
Os doutores atiraram para todos os lados. Falta de sorte para quem os paga acreditando que são servidores neutros ou, pelo menos, discretos.

Já o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antonio Dias Toffoli, diz que a deposição de João Goulart, em 1964, não foi “golpe” nem “revolução”, mas “movimento”. Faltou encaixar o “movimento” no Ato Institucional nº 5, que suspendeu o habeas corpus e fechou o Congresso. [sem o AI-5 o Brasil seria hoje mil vezes pior que a Venezuela.]
As palavras de Toffoli ofendem a memória de Francisco Campos, um tremendo jurista, encantado por ditaduras. Foi ele quem construiu o conceito de “revolução” ao redigir o preâmbulo do Ato Institucional de abril de 1964. Campos não se incomodaria com o descarte da palavra que usou. Como zelava pelo vernáculo e pelo direito, sofreria ao saber que um regime teria virado um “movimento”.



Abin
Está passando em branco na campanha presidencial o tema do fortalecimento da Abin. A Agência Brasileira de Inteligência seria um órgão capacitado a informar ao presidente da República quem são os colaboradores que pretende levar para o governo.
Como a Abin sucedeu ao falecido Serviço Nacional de Informações, herdou a urucubaca do ancestral. A documentação conhecida do SNI permite dizer que ele funcionava como guarda pretoriana, metia-se onde não devia e tinha uma competência pra lá de discutível. Hoje a Abin tem servidores concursados e deve ser capaz de informar que um gatuno, gatuno é.

Olhando-se para os prontuários de muitas autoridades nomeadas nas últimas décadas, percebe-se que os presidentes ignoram fatos básicos, como se não soubessem que a avenida Atlântica é paralela à Nossa Senhora de Copacabana.
   Utilizando-se o filtro consultivo da Abin, fica registrado que ela mostrou o que havia de podre na biografia do escolhido e retira-se de quem nomeia o álibi do “eu não sabia”.

Elio Gaspari, jornalista -  O Globo

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