Não há nada mais conhecido do submundo dos
clandestinos do que esse sistema de se comunicar com outra pessoa por
email sem ser rastreado, utilizado por Monica Moura e a então presidente
Dilma agora denunciado pela marqueteira.
O sistema é denominado
de Dead Drop ou, mais frequentemente, Dead Letter Box. Muito utilizado
na espionagem internacional, ganhou notoriedade nos anos 1930 com o caso
dos Cinco de Cambridge (Cambridge-Five) assim denominados os
participantes de uma célula de espiões britânicos a serviço da URSS
(Anthony Blunt, Kim Philby, Donald MacLean, Guy Burgess e John
Cairncross) durante a chamada Guerra Fria. E popularizou-se através dos
livros de espionagem do escritor britânico John Le Carré.
Os que
trocavam informações secretamente deixavam o documento em algum lugar
previamente combinado (uma parede com tijolo solto, um buraco de árvore)
para que fosse resgatado. Assim, não se encontravam e poderiam até
mesmo não se conhecer.
Com a revolução tecnológica, chegou-se ao
sistema atual, onde uma pessoa cria conta falsa em um provedor gratuito
(Yahoo ou Gmail) e compartilha essa conta com sua contraparte.
Deixando a mensagem no rascunho, a pessoa que a recebe só precisa saber o
nome da conta e a senha.
No caso de Dilma e Monica, a conta era
2606iolanda@gmail.com. O nome fictício foi uma freudiana lembrança de
Iolanda, mulher do General Costa e Silva, presidente na época em que
Dilma esteve presa por atividades guerrilheiras contra a ditadura
militar.
Esse sistema já era utilizado pelos executivos da
Petrobras para combinarem suas falcatruas, e eu noticiei isso aqui na
coluna em junho de 2016. O texto dizia que “os envolvidos na venda de
Pasadena trocavam mensagens em uma rede de e-mails do Gmail que não era
rastreável, pois as mensagens ficavam sempre numa nuvem de dados, sem
serem enviadas.Numa dessas mensagens, na véspera da reunião decisiva, há
a informação de que “a ministra” já estava ciente dos arranjos dos
advogados”. Essa primeira parte foi confirmada mais adiante, quando
surgiram novas revelações da delação premiada do ex-diretor da Petrobras
Nestor Cerveró.
Ele disse que Dilma Rousseff mentiu quando
declarou que não sabia da propina cobrada na compra da refinaria de
Pasadena. Segundo ele, não apenas sabia de Pasadena como tinha
informações de que políticos do PT recebiam propina do esquema da
Petrobras.
Na mesma coluna, que tinha o título “Por conta da
Petrobras”, está dito que “em outras mensagens, há informações sobre
pagamentos de itens pessoais da presidente pelo esquema montado na
Petrobras, como o cabeleireiro Celso Kamura, que viajava para Brasília
às custas do grupo. (...) Há também indicações de que um teleprompter
especial foi comprado para Dilma sem ser através de meios oficiais, para
escapar da burocracia da aquisição”.
Com a delação dos
marqueteiros João Santana e Monica Moura, fica-se sabendo que todas as
informações estavam corretas, com exceção do teleprompter. Não houve
compra de um aparelho, mas a contratação de uma equipe de operadores de
teleprompter, os irmãos Votmannsberger, que trabalharam na campanha de
Dilma e eram os únicos técnicos de teleprompter que acertavam o ritmo de
fala da presidente.
Para que também trabalhassem fora da época
de campanha foi pedido a João Santana e Monica Moura que fizessem os
pagamentos, pois o Palácio do Planalto não poderia arcar com as
despesas. Os técnicos chegaram a acompanhar a presidente em viagens ao
exterior, e recebiam em dinheiro vivo.
Segundo Monica, a
presidente Dilma Rousseff mandou também pagar o cabeleireiro Celso
Kamura porque ela "não tinha rubrica" para isso. Contratado oficialmente
na campanha de 2010, já Presidente, Dilma usava seus serviços, para
eventos importantes, e governo não poderia arcar com um valor tão alto
para o cabeleireiro, pois em ambos os casos “não tinha rubrica e nem
tempo para superar a burocracia”.
Esses “favores” eram prestados
por se tratar de uma cortesia a uma cliente importante que já havia
feito com eles a campanha de 2010 e existia a possibilidade de virem a
fazer a campanha de 2014. A presidente mandou Mônica Moura pagar também
sua camareira, "Rose alguma-coisa", que morava com ela e "fazia seu
cabelo, fazia unha, fazia maquiagem". Foram R$ 4 mil por mês, por quase
um ano, segundo relato de Monica. O favor mais político de todos foi o
pagamento de R$ 200 mil também do Caixa 2 para o publicitário Jefferson
Monteiro que criou o personagem Dilma Bolada, na campanha de 2014, para
que mantivesse sua página nas midias sociais como se fosse um apoiador
independente.
Fonte: Merval Pereira - O Globo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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domingo, 14 de maio de 2017
Dilma bolada
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quinta-feira, 21 de abril de 2016
O homem de Dilma no esquema
A delação que compromete Dilma
Em depoimento, a dona da Pepper, Danielle Fonteles, afirma que recebeu recursos "por fora" num total de R$ 58 milhões, para abastecer as campanhas de 2010 e 2014. Quem a orientou no esquema foi o braço direito da presidente, Giles Azevedo
Assessor especial de Dilma Rousseff, o discreto Giles Azevedo é considerado no Palácio do Planalto os olhos e os ouvidos da presidente da República. O único na Esplanada com autorização para falar em nome de Dilma e a quem ela confia as mais delicadas tarefas. Por isso, quem recebe instruções do fiel auxiliar da presidente não entende de outra maneira: ele fala na condição de enviado da principal mandatária do País. Foi com essa credencial que Giles se aproximou da publicitária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper Interativa. Em uma série de encontros, muitos deles mantidos na própria residência da publicitária no Lago Sul, em Brasília, Giles orientou Danielle a montar a engenharia financeira responsável por abastecer as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 com recursos ilegais.
A maior parte do dinheiro oriunda de empreiteiras do Petrolão e de agências de comunicação e publicidade que prestam serviço para o governo federal. As revelações foram feitas pela própria dona da Pepper em seu acordo de delação premiada, a cujo conteúdo ISTOÉ teve acesso. Ainda não homologado, o depoimento tem potencial explosivo, pois sepulta o principal argumento usado até agora por Dilma para se apresentar como vítima de um “golpe” destinado a apeá-la do poder: o de que não haveria envolvimento pessoal seu em malfeitos. Agora, fica complicado manter esse discurso em pé. No governo, e fora dele, há um consenso insofismável: Giles é Dilma. Nas conversas com Danielle, segundo a delação, Giles tratava sobre as principais fontes de financiamento que irrigariam as campanhas de Dilma por intermédio da Pepper. Sem registro oficial. Segundo ela, as orientações partiam do discreto assessor da presidente.
No depoimento aos investigadores, a
publicitária confessou ter recebido recursos “por fora”, por meio de
contratos fictícios, da Andrade Gutierrez, da Queiroz Galvão, da OAS, da
Odebrecht – empreiteiras implicadas no Petrolão –, da Propeg e de uma
grande empresa de assessoria de comunicação dona de contas no governo,
tudo conforme combinado com Giles. A Propeg, agência de publicidade
baiana que, de acordo com Danielle, teria sido responsável por vultosos
repasses, figura entre as oito que mais receberam verbas do governo
Dilma nos últimos anos. Atualmente, ela possui a conta da Caixa
Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Na quebra de sigilo da
Pepper, a pedido da CPI do BNDES, foram identificados quatro depósitos
da Propeg totalizando R$ 223 mil entre 2011 e 2012.
Da Andrade
Gutierrez, a dona da Pepper admitiu ter recebido de maneira ilegal R$
6,1 milhões, ratificando depoimento de Otávio Azevedo, ex-presidente da
empreiteira. Com o montante, a empresa pagou funcionários do comitê de
Dilma na campanha de 2010, entre outras despesas. Em outro trecho da
delação, Danielle afirma que abriu uma conta na Suíça em 2012, sob o
conhecimento de Giles, para receber da Queiroz Galvão na chamada
“Operação Angola”. Por ela, a Pepper recebeu US$ 237 mil. A conta para
movimentar os recursos, identificada com a sequência
CH3008679000005163446, foi aberta por Danielle no banco Morgan Stanley.
Com tantos recursos para internalizar e uma
teia de interesses em jogo, a Pepper acabou se transformando numa
espécie de lavanderia de dinheiro do PT. Só entre 2013 e 2015, a Pepper
movimentou em conta própria R$ 58,3 milhões. Com parte destes recursos, a
empresa bancou despesas das campanhas de Dilma à reeleição,
principalmente o pagamento a blogs favoráveis ao PT contratados para
atuar na guerrilha virtual travada nas redes sociais. O dinheiro,
segundo orientação de Giles Azevedo, veio da OAS e da Odebrecht por meio
de contratos fictícios ou superestimados. Essa informação consta da
delação de Danielle.
Coube a Pepper, por exemplo, o pagamento de um
pixuleco de R$ 20 mil mensais para o criador do perfil de humor chapa
branca “Dilma Bolada”, Jefferson Monteiro. A personagem faz troça de
adversários com a mesma veemência com que exalta iniciativas e discursos
da presidente, até mesmo os mais frugais. Outros ativistas digitais
pró-PT têm motivos para estarem bolados com a delação da publicitária.
Uma lista contendo o nome de dezenas de jornalistas destinatários da
verba repassada pela Pepper foi entregue por Danielle aos
investigadores. Os nomes permanecem guardados a sete chaves e podem
ensejar outra investigação. Oficialmente, a Pepper foi responsável pela
estratégia de internet da campanha da presidente Dilma em 2010. Na
reeleição, em 2014, ficou encarregada de produzir as páginas da
candidata do PT no Facebook e Twitter. Pelo trabalho, recebeu R$ 530 mil
por mês.
(...)
A má notícia para Giles Azevedo e, consequentemente, para Dilma, é que os investigadores reconhecem a consistência dos depoimentos de Danielle Fonteles. Foi com base neles que, na sexta-feira 15, o empresário Benedito Oliveira, o Bené, amigo de Pimentel, foi preso preventivamente, também na Operação Acrônimo. Em 2010, Bené foi o responsável por custear as despesas de uma mansão em Brasília alugada para abrigar funcionários da campanha da presidente, sob a coordenação de Pimentel. Para a PF, o governador de Minas recebeu “vantagens indevidas” de Bené, como o pagamento de despesas pessoais dele e de sua mulher, Carolina Oliveira. Na delação, a dona da Pepper confirmou que Benedito Oliveira atuava como um dos financiadores da primeira campanha presidencial de Dilma. As empresas de Bené, como a Gráfica e Editora Brasil, receberam meio bilhão de reais do governo do PT. Muitos desses pagamentos para serviços gráficos e organização de eventos, sem comprovação de prestação de serviços. Como aqueles combinados entre Giles Azevedo, o homem de Dilma no esquema, e Danielle Fonteles.
Ler na íntegra.............................. Isto É - http://www.istoe.com.br/reportagens/451625_A+DELACAO+QUE+COMPROMETE+DILMA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage
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quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Até Dilma Bolada abandona Dilma Rousseff
Nem Dilma Bolada manteve seu apoio a Dilma Rousseff.
Neste quarta-feira, o publicitário Jeferson Monteiro - criador da personagem que brinca com a imagem de durona da presidente ao mesmo tempo em que a enaltece - anunciou rompimento com o governo federal. Confira o texto integral a seguir:
O publicitário costumava afirmar que o apoio à presidente era espontâneo. É uma versão difícil de acreditar, contudo.Suspeitas de que Monteiro deliciava a plateia a soldo sempre existiram. A tal ponto que, em agosto, segundo o jornal Folha de S. Paulo, parlamentares defenderam uma investigação sobre o publicitário. O objetivo era checar a suspeita de que ele apenas fazia parte da estratégia do PT para angariar simpatia nas redes.
Os perfis de Dilma Bolada ganharam as redes em 2010, com Twitter e Facebook. Hoje, têm, respectivamente, 472.000 seguidores e 1,6 milhão de fãs. O anúncio do rompimento logo ganhou as redes, ocupando o primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter (TT).
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