Decisão de proibir petista de receber jornalista é ineficaz
[é preciso entender que Lula é um criminoso condenado, pela legislação penal NÃO PODE fazer comícios, não pode dar entrevistas e outras coisas mais que as pessoas de BEM podem fazer;
não se trata de uma opção e sim de um DEVER das autoridades manter Lula encarcerado SEM DIREITO a receber jornalistas.
Lula pode até fazer, por alguns dias, da cadeia um ótimo palanque, mas seu encarceramento mostrará aos idiotas que se pensam em votar nele que ele NÃO É, NEM SERÁ CANDIDATO - exceto a ser em futuro próximo transferido para uma prisão comum, na qual bandidos comuns cumprem pena.]
A juíza
da Vara de Execuções Penais de Curitiba decidiu que Lula não pode receber
jornalistas. Ela informou também que ele está em “situação de inelegibilidade”.
Seja lá o que for o que isso signifique, a essência da decisão faz sentido. O
que lhe falta é eficácia. No início
dos anos 70, quando começaram a aparecer cassetes com os áudios de sermões do
aiatolá Khomeini, o Xá do Irã mal ligou. Afinal, ele era um islamita radical
exilado na Turquia, Iraque e França. A liderança religiosa desprezava-o, e os
poderes do mundo acreditavam que era apenas um excêntrico. O sujeito de barbas
brancas tomou o poder e criou uma ditadura muito mais intolerante e repressiva.
A ilusão foi favorecida pelo romantismo da voz do ausente. Isso aconteceu no
tempo em que não havia internet.
Lula é um
“apenado” na carceragem da Federal de Curitiba, e, proibindo-o de dar
entrevistas, cumpre-se a lei, mas não se impede que ele seja ouvido. Mais:
limita-se a sua capacidade de dizer tolices, como a louvação dos pneus
queimados ou as ocupações de propriedades, cometidas na sua última fala. A decisão
judicial não tem eficácia porque Lula recebe advogados, e eles podem gravar o
que ele lhes diz, com direito a divulgar o áudio. Por ser um preso, ele não
pode montar palanques na cadeia. Por ser um cidadão, pode falar.
Em
situações malucas, até os doidos acabam mostrando que são sábios. No século
passado, quando o frenesi anticomunista tomou conta dos Estados Unidos, o
compositor Woody Guthrie acabou num hospício, seus amigos preocuparam-se, e ele
acalmou-os:
“Eu é que
estou preocupado com vocês. Lá fora, se você diz que é comunista, vai para a
cadeia. Aqui, eu digo que sou comunista, e eles dizem que sou maluco.”
DE
JOY@AUAU PARA JUÍZES@BR
Caros
senhores,
Vossas
excelências haverão de estranhar que vos escreva. Sou um cachorro tipo spaniel
e vivo no prédio do ministro Teori Zavascki. Ouço suas conversas e, há dias,
comentando a balbúrdia do Judiciário brasileiro, ele disse: “Vejam o Joy. Há
momentos em que você deve fazer como ele naquela madrugada de 17 de julho de
1918.”
Na
terça-feira completam-se cem anos daquelas horas de horror. Eu era o cachorro
de czarevich russo Alexei e estava com a família Romanov, confinada numa casa
de Ecaterimburgo. Vivíamos em palácios, mas uma gente malvada arrastou-nos pela
Rússia afora. Éramos três quadrupedes, mais o czar Nicolau (um bípede bobo),
sua mulher Alexandra (meio doida), quatro meninas e meu dono, um doce garoto de
13 anos. No meio da madrugada os comunistas acordaram a família e levaram-na
para uma sala do porão. Seguiu-se uma barulheira que acordou a vizinhança e os
meus colegas começaram a latir. Os malvados tinham massacrado a família Romanov
e decidiram matar os cachorros barulhentos.
...
MEIRELLES
Travada
nas pesquisas e pelos números da economia, a candidatura de Henrique Meirelles
pelo MDB subiu no telhado.
Se ele
decidir continuar lá, muitos caciques do partido cuidarão da própria vida.
LULA E
JOSUÉ
Como
ficarão as coisas se Lula achar que seu apoio deve ir para o empresário Josué
Alencar, filho de seu vice-presidente?
É uma
manobra difícil, mas há gente trabalhando na terraplenagem.
COROA
Parece coisa
de antigamente, mas um observador venenoso acha que aquele cabelo de Neymar nos
dois primeiros jogos da Copa, com a uma faixa superior dourada, era um projeto
de coroa capilar.
A CONTA
Milhões
de pessoas acharam que Dilma Rousseff deveria ser posta para fora do Planalto e
tinham bons motivos para isso.
No ano
passado, muitos cariocas votaram para impedir a eleição de Marcelo Freixo.
Novamente, tinham seus motivos.
Nos dois
casos exerceram-se os vetos sabendo-se que eles colocariam Michel Temer no Planalto
e Marcelo Crivella na prefeitura.
Como
ensinou o sábio Marco Maciel, as consequências vêm depois.
O CLAMOR
VENCEU
Está
chegando às livrarias “Solidariedade não tem fronteiras — A história do grupo
Clamor, que acolheu refugiados das ditaduras sul-americanas e denunciou os
crimes do Plano Condor”. Nele a jornalista inglesa Jan Rocha conta a história
de um grupo de pessoas que se organizou em 1978 para proteger fugitivos das
ditaduras militares de Argentina, Uruguai e Chile.
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CADÊ?
Durante a
greve de caminhoneiros e o locaute de companhias de transportes, a Polícia
Federal e o Cade abriram uma investigação para apurar a ação de empresários na
articulação do caos.
O
ministro da Segurança, Raul Jungmann, informou que existiam 35 inquéritos em 25
estados e que um empresário foi preso em Caxias do Sul.
Passou-se
um mês, e nada se sabe dos inquéritos.