Corredor que dá acesso a gabinete foi interditado;
advogados passam após falar com PM
Dois dias
após o Ministério Público oferecer denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e pedir sua prisão preventiva, o Tribunal de Justiça blindou a juíza
Maria Priscilla Veiga Oliveira. Ela será a responsável por decidir se aceita ou
não os pedidos feitos pelo MP.
Dentro do Fórum Criminal da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, o acesso à Rua 1, corredor onde fica a 4º Vara Criminal, foi interditado nesta sexta-feira. Segundo funcionários, o local foi fechado para dar tranquilidade para a juíza Maria Priscilla trabalhar.
Advogados
que têm processos na 4º Vara e precisam despachar com a juíza estão sendo
atendidos. O acesso é feito pela Rua 2. Porém, antes, precisam se identificar a
policiais militares.
O
Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a “blindagem”. Dois advogados
ouvidos pelo
O
Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva no processo que investiga a suspeita de crimes de lavagem
de dinheiro e falsidade ideológica relacionados ao tríplex 164-A do Edifício
Solaris, no Guarujá (SP).
Na
denúncia divulgada nesta quinta-feira, os promotores Cássio Conserino, José
Carlos Blat e Fernando Araújo escreveram ser “imprescindível o decreto da
prisão preventiva, em razão da conveniência da instrução criminal” e por
entenderem que o ex-presidente poderá “movimentar sua ‘rede’ violenta de apoio,
para evitar que o processo crime que se inicia tenha seu curso natural”. Em nota
divulgada esta noite, o advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que “Lula
jamais se colocou contra as investigações ou contra a autoridade das
instituições. Mas tem o direito, como qualquer cidadão, de se insurgir contra
ilegalidades e arbitrariedades. Não há nisso qualquer ilegalidade ou muito
menos justificativa jurídica para um pedido de prisão cautelar.”
Fonte: O Globo