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sexta-feira, 7 de maio de 2021

Fachin pede a Aras apuração de ‘execução arbitrária’ em operação no Jacarezinho

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma investigação sobre operação policial contra traficantes de drogas na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que deixou 25 pessoas mortas, incluindo um policial. Fachin viu indícios de “execução arbitrária” no episódio. O plenário do STF determinou no ano passado a suspensão das operações policiais em comunidades do Rio durante a pandemia, referendando liminar proferida por Fachin. [proibir a ação policial costuma dar ...; 
mas, no Brasil o pedido de investigações já destaca indícios de execução arbitrária; 
Fica a impressão que as imagens,  mostradas na TV, de bandidos com fuzis,  no ver do ministro Fachin sustentam a tese de execução arbitrária. Coisas do Brasil, único país do mundo em que áreas sob controle do crime organizado passam a ter a mesma imunidade das representações diplomáticas.
Um helicóptero da polícia sobrevoar a favela do Jacarezinho, constitui crime mais grave que sobrevoar a área  da embaixada da Rússia, da China e mesmo dos Estados Unidos.]

“Os fatos relatados parecem graves e, em um dos vídeos, há indícios de atos que, em tese, poderiam configurar execução arbitrária. Certo de que Vossa Excelência, como representante máximo de uma das mais prestigiadas instituições de nossa Constituição cidadã, adotará as providências devidas, solicito que mantenha este Relator informado das medidas tomadas e, eventualmente, da responsabilização dos envolvidos nos fatos”, escreveu Fachin, em ofício assinado na última quinta-feira.

Um ofício semelhante foi enviado ao procurador-geral de Justiça do Estado do Rio, Luciano Oliveira Mattos de Souza. Nos dois documentos, Fachin faz referência a dois vídeos enviados pelo Núcleo de Assessoria Jurídica Universitária Popular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), recebidos pelo seu gabinete. Em um deles, aparece a imagem de cinco corpos baleados. Em outro, agentes policiais abrem à força a porta de uma residência e atiram em um homem que já estava deitado no chão e gritam: “Abre essa porra, Polícia! Mão na cabeça, tá fodido, vagabundo!”.[ainda que parte das imagens seja de uma emissora de TV que de uns tempos para cá perdeu credibilidade, é inequívoco que as imagens do tal Núcleo apresentam situações que não ocorreram.
Quanto ao 'crime' cometido pelos policiais de xingar criminosos é algo perfeitamente normal em uma situação de tensão - o policial sabe que aquele marginal está pronto para matar... 
o próprio relato "... abrem a porta ...' deixa claro que os policiais não sabiam o que havia lá dentro, a distribuição e armamento dos bandidos... após arrombar a porta havia dois caminhos:
- conter os bandidos; ou,
- analisar o que havia na residência = situação com grande possibilidade de resultar na morte de policiais e regozijo dos defensores dos direitos dos manos.
Estranho é que ninguém acha comprometedor o acesso antecipado dos autores do tal vídeo a um local de confronto.
Acesso conseguido devido o bom relacionamento entre os autores do vídeo e a bandidagem? ]

O Estadão ainda não conseguiu confirmar se as imagens são da operação ocorrida em Jacarezinho. Nesta sexta-feira, o escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma investigação independente sobre o caso. Já o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, classificou como “bandidos” os mortos na operação. “Tudo bandido! Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça de cima de uma laje. Lamentavelmente, essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sobre determinadas áreas e é um problema da cidade do Rio de Janeiro”, declarou ao chegar para despachar no Palácio do Planalto.

De acordo com a plataforma Fogo Cruzado, que conta com vasta base de dados sobre tiroteios no Rio, a operação em Jacarezinho foi a que teve o maior número de mortes desde 2016, quando começou a série histórica. Em 2021 a organização já registrou 30 casos em que três ou mais pessoas foram mortas a tiros em uma mesma situação no Grande Rio. [operações estilo a de ontem, e mesmo mais fortes, intensas, devem ser realizadas com frequência só assim os bandidos vão se curvar ao inevitável: suspeito que reage a uma abordagem policial se torna mais suspeito e precisa  aprender que reagindo é cadeia ou vala.

Essa é uma regra antiga e seguida pela polícia de qualquer país do mundo - incluindo os mais democratas.] dever

Em entrevista à imprensa após a operação, o delegado Rodrigo Oliveira disse que todos os protocolos estabelecidos pelo Supremo Tribunal Federal foram seguidos na ação, mas que a situação era ‘mais do que uma excepcionalidade’.

Plano
Na última quinta-feira (6), Fachin pautou para o próximo dia 21 o julgamento de recurso do PSB sobre a elaboração de um plano de redução da letalidade policial no Rio.[os partidecos sem noção, sem votos, sem programa de governo e que se 'borram' diante da cláusula de barreira, precisam ser punidos por estar sempre ao lado da bandidagem, em ações que podem ser consideradas, no mínimo, obstrução de justiça.
Perguntamos a várias pessoas o significado da sigla e ninguém sabe.]

O PSB pede ao Supremo que determine ao governo do Rio a elaboração de um plano para reduzir mortes em ações policiais, [abre o jogo: reduzir mortes de bandidos é o que querem.] além de suspender o sigilo de todos os protocolos de atuação policial no Estado. [ na prática acaba com o sigilo necessário ao êxito das ações policiais e não nos surpreende se a polícia for obrigada a enviar mensagens de Whatsapp, Facebook, para todos os bandidos que poderão ser incomodados pela ação policial.]A legenda também busca a prioridade de tramitação das investigações do Ministério Público em casos de vítimas adolescentes.[a própria OAB constatou que todos os bandidos abatidos tinham idade igual  ou superior a 18 anos - crianças e adolescentes eram o alvo das ações de aliciamento dos bandidos.]

No mês passado, durante audiência pública sobre o tema, Fachin afirmou que o tribunal está “sensível” ao debate e pretende “contribuir e orientar” o governo do Rio a cumprir a decisão da Corte Interamericana de Direito Humanos que, desde 2017, estabelece a necessidade de um plano de metas e políticas para a Segurança Pública. “Esta arguição tem, na realidade, objetivo de mudar uma cultura, que como o tribunal já afirmou no julgamento da medida cautelar decorre de um estado de coisas complemente contrário à Constituição”, disse o ministro.

MSN - Brasil - IstoÉ 

 

sexta-feira, 16 de março de 2018

Vídeo mostra momento em que pai é morto na frente do filho de 5 anos, no Cachambi

Cláudio Henrique da Costa Pinto, de 43 anos, levou um tiro durante confronto entre PMs e bandidos


Um vídeo postado no perfil "Onde Tem Tiroteio-RJ" mostra o momento em que um pai foi morto a tiro na frente do filho, de apenas 5 anos, durante um assalto no bairro do Cachambi, na Zona Norte do Rio, na noite desta quarta-feira. Nas imagens, é possível ver que Cláudio Henrique Costa Pinto, de 43 anos, tenta escapar dos bandidos. Mas não consegue. Pai e filho iam para o mercado.

Os criminosos tiram o menino do Toyota Hilux prata e retiram os pertences dele. Uma das pessoas que narra as imagens diz: "A preocupação dele era com a criança". Logo depois, policiais militares do 3º BPM (Méier) chegam e começa o tiroteio. Um dos disparos atinge Cláudio.  Nas imagens é possível ver a criança ao lado do pai, caído na calçada. Logo depois, ele corre em direção a um PM e, em seguida, um homem o acompanha a pé para um local mais distante. O carro de Cláudio é levado pelos bandidos e posteriormente recuperado pela PM. A Delegacia de Homicídios (DH) da Capital já está com as imagens. Há a suspeita de que os criminosos tenham Fugido em direção à Favela do Jacarezinho, também na Zona Norte. Ainda não se sabe de onde saiu a bala que matou Cláudio.

'O FILHO AINDA NÃO SABE'
Jaqueline Pinto, irmã de Cláudio, disse que o sobrinho ainda não sabe o que aconteceu com o pai. Cláudio foi enterrado nesta quinta-feira.  — O filho dele ainda nem sabe. Não tem certeza. Ele está com a família. Está com a gente — contou ela.  Cláudio era empresário do setor de transportes. Jaqueline criticou a conduta dos PMs: — A única coisa que eu sei é que eles entraram na rua e atiraram. E foi aí que ele morreu. Os policiais não são preparados para isso, não sabem o que estão fazendo. A criança ficou gritando na rua um bom tempo, sozinha. Um policial que socorreu.

Moradores contam que o local é rota de fuga de bandidos, pois dá acesso à comunidade do Jacaré. [uma forma da intervenção começar a mostrar aos bandidos que é para valer - e não a meia sola que está parecendo ser, seria cercar toda a área da favela do Jacarezinho  (um cerco demanda grande efetivo que as FF AA no Rio possuem, e fazer uima varredura completa = algo do tipo 'cerco e asfixia'.
Só assim, os bandidos começariam a ter a certeza que matar e correr para a favela não é suficiente para livrá-los.] Eles reclamam também da quantidade de assaltos: — Tem pelo menos quatro assaltos por dia nesta rua. Não é exagero dizer isso. Eu, por exemplo, já fui roubada aqui três vezes — afirmou uma moradora da região.  A Polícia Militar se limitou a dizer que foi acionada e preservou o local até a chegada da perícia da Policia Civil. A corporação não respondeu sobre a troca de tiros no local.

O Globo