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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Me engana que eu gosto

Luislinda Valois, Lula e Bolsonaro, exemplos de mistificação para tirar vantagem

Políticos vivem de mistificações e muitos deles, ao mesmo tempo em que se colocam como vítimas por serem negros, mulheres, (ex) pobres ou de recantos longínquos do País, usam essas mesmas condições para se fazerem populares e abocanharem privilégios. Ninguém desconhece que o Brasil tem ranços racistas e machistas e que a principal origem de nossas piores mazelas está na desigualdade social, mas usar essa triste realidade para detratar os adversários, de um lado, e obter simpatias e boquinhas, do outro, é ilegítimo e cínico.

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), é desembargadora aposentada, mulher das leis, mas, quando a lei afeta seus interesses, aí são outros quinhentos. Como mostrou a Coluna do Estadão, ela tentou furar o teto salarial do funcionalismo, de R$ 33,7 mil, e acumular R$ 61,4 mil com aposentadoria e salário de ministra, alegando que a adequação à lei, “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo”. Logo, quis tirar vantagem com a conexão entre sua condição de negra e a escravidão, quando o teto vale (ou deveria valer) para brancos, negros, mulatos, asiáticos...

Curiosamente, não há registro de nenhuma manifestação de Valois contra a portaria do trabalho escravo que mobilizou o País. Se alguém no governo botou a boca no trombone, foi a secretária nacional de Cidadania, Flávia Piovesan – aliás, exonerada na quarta-feira pela Casa Civil. Alegação: ela já estava a caminho mesmo de Washington, para representar o Brasil na Comissão de Direitos Humanos da OEA. Ah, bom! [a exoneração dessa senhora Piovesan deveria ter ocorrido para todos os cargos; infelizmente, o que houve foi uma mera troca e na qual o Brasil sai perdendo, já que não estará sendo bem representado na OEA, apesar de que essa Comissão não é lá grande coisa.

Aliás, ilustre senhora é defensora da descriminalização do aborto - veja aqui manifestação da 'representante' dos direitos humanos favorável ao assassinato de seres humanos inocentes e indefesos. ]

O caso Luislinda Valois remete a um outro personagem que, há décadas, usa a seu favor a imagem de pobre, migrante nordestino, operário e... “de esquerda”. [a ainda ministra não surpreende ninguém, quando tenta manipular a lei para defender seus interesses ou conveniênciaa; quer saber outro absurdo da ainda ministra, clique aqui.] Sim, Luiz Inácio Lula da Silva, o inimputável, o que pode tudo, ganhar presentes de empreiteiras, fatiar a propina da Petrobrás, ratear estatais e fundos de pensão entre os “cumpanheiro”, jogar as culpas na mulher já falecida, lavar as mãos diante dos erros da pupila feita presidente da República.

Se Valois quis driblar a lei por ser negra e argumentar contra a escravidão (dela, não dos outros), Lula sempre se pôs acima de críticas, de regras e agora da lei porque tem a biografia que tem. E como cuida bem dessa biografia! Em nome dela e da mítica do nordestino pobre e “perseguido pelas elites”, ele preferiu aceitar sítio, triplex na praia e apartamento em frente ao seu de presente, em vez de simplesmente comprá-los. Seu dinheiro legal dava e sobrava para isso. Mas perder a aura de pobrezinho? Jamais. Esse é o seu “trunfo”.

A mitificação vale também para o presidenciável Jair Bolsonaro, que se faz passar por “militar” até hoje, angariando apoios e simpatias nas bases das Forças Armadas e de saudosistas da ditadura, apesar de estar na reserva do Exército desde 1988, como capitão, estar na política desde 1990, há quase 30 anos, e desfrutar do seu sétimo mandato como deputado federal. [Bolsonaro é militar e passou para a reserva por ter assumido posição coerente, o que inviabilizou sua permanência nas fileiras das FF AA. 

Quanto a estar no sétimo mandato - com a maior votação obtido por um candidato em 2014 no Rio - é algo que só o engrandece e mais o habilita para disputar, vencendo, as eleições para presidente em 2018.
Sinceramente é desonroso colocar JAIR MESSIAS BOLSONARO em qualquer comparação ao lado do Lula - condenado aguardando encarceramento - e da ministra que sempre que se manifeste é pleiteando absurdos.]
Para se consolidar no segundo lugar das pesquisas e escamotear sua falta de condições para disputar a Presidência, o que ficou chocantemente evidente em suas últimas entrevistas, Bolsonaro se esconde por trás da fantasia de “militar”, da mesma forma como Lula usa a de “pobre e do povo”, e Valois, a de “negra vítima da escravidão”.  São todas mistificações para dourar a realidade ou “enganar um bobo, na casca do ovo”. Não um, mas milhões de bobos que não conseguem ver que Lula, o campeão das pesquisas, é réu seis vezes, já condenado uma vez, e deixou de ser pobre há décadas. E que Bolsonaro, o segundo colocado, foi um militar expelido prematuramente da tropa e é um político medíocre, que só sai do anonimato raramente e à custa de bandeiras do atraso. [Bolsonaro não foi expelido, tendo em vista que passou para a reserva não remunerada em 1988, ano em que foi eleito vereador pela cidade do Rio de Janeiro.] Só não vê quem não quer.


Fonte: Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Polícia religiosa de esquerda patrulha Temer e quer um dos seus no Supremo

Esquerda quer que Temer indique esquerdista para o STF!

Nada surpreendente, mas impressionante ainda assim, a histeria dos esquerdistas para vetar e emplacar nomes para a vaga aberta no STF com a morte de Teori Zavascki. A reação negativa a Ives Gandra Martins Filho é emblemática do autoritarismo dos valentes e da incivilidade destes tempos. 

Martins Filho estaria impedido de chegar ao tribunal porque contrário ao aborto, à união civil de homossexuais e ao uso de embriões na pesquisa genética, entre outras coisas. Uma obviedade: ao indicar um nome, Michel Temer deve, sim, uma resposta política ao movimento que o conduziu, dentro da mais rigorosa ordem legal, à Presidência. Há de ser um conservador -homem ou mulher. "Conservador de iniquidades?" Não! Este seria só um reacionário estúpido. Nas democracias, conservadores... conservam instituições! 

Há na corte um ministro que defende uma tal "plurifamília". Para Edson Fachin, amantes podem ter direitos idênticos aos dos cônjuges. Roberto Barroso, num mero julgamento de habeas corpus, alucinou, queimou o Código Penal e resolveu que não há crime quando o aborto volitivo é praticado até o terceiro mês de gestação. Marco Aurélio concedeu liminar monocrática em matéria que exigia a votação do pleno e, mais fulminante do que o Deus do Velho Testamento com Onan, destituiu com um raio de ilegalidade o presidente do Senado. 

Luiz Fux mandou às favas sessão da Câmara porque não gostou do resultado da votação do pacote contra a corrupção. 
E vêm me dizer que esse tribunal não pode conviver com a ousadia de quem defende a lei em matéria de aborto e com o entendimento de que casamento há de ser aquele celebrado entre homem e mulher? Essa segunda questão, de resto, já está vencida. Mais pluralidade e tolerância, senhores! Ponham fim à essa polícia religiosa, armada com o porrete homonormativo e a cureta vingadora. Nos EUA, a resposta a isso deu em Donald Trump... 

Consta, a propósito, que Cármen Lúcia, presidente do STF, gostaria de ver mais uma mulher na corte. Foi nesse vácuo de critérios, mas com viés sexista, que surgiu a candidatura de Flávia Piovesan. A polícia religiosa aplaudiria. Para Flávia, a descriminação do aborto é capítulo dos direitos humanos. É mesmo? Não sendo humano, bicho ou planta, feto, então, deve ser coisa. A Dilma pré-candidata de primeira viagem disse certa feita que nenhuma mulher gosta de abortar, como não gosta de extrair um dente. Feto é dente podre. Nesse contexto, e só nele, a metáfora do "homem e seu cavalo" vira poesia... 

Escrevi em meu blog que Cármen Lúcia não pode ceder à tentação dos que lhe recomendam que se comporte como o Luís 14 do Supremo: "Le STF c'est moi". Ela tem claro, por exemplo, que não lhe cabe homologar delações e que a dita urgência é conversa mole, uma vez que ninguém sabe quando e como Teori decidiria. Ainda que se pudesse falar de atraso, seria de alguns dias apenas. 

Se a ministra, no entanto, deixa prosperar esse papo-furado, dá a entender que fazer a homologação está entre suas atribuições. E não está. Isso é tarefa do futuro relator. A menos que esteja a dizer que não sobrou ninguém na corte com honradez suficiente para fazê-lo. Nesse caso, vamos nomeá-la ditadora do Brasil. Diógenes finalmente vai apagar a lamparina e descansar. Encontrou seu homem honesto em forma de mulher. Já pode sair do barril. 

Eu indicaria Alexandre de Moraes ou Martins Filho para o Supremo se me coubesse tal tarefa. O meu candidato, na verdade, é alguém que siga a letra da Constituição e das leis. A isso chamo "um conservador".  Chega de feitiçarias do "novo constitucionalismo" e de triplos saltos carpados hermenêuticos do vale-tudo de toga -preta por fora e vermelha por dentro. [já é bastante, aliás estão sobrando por inúteis os militares melancia.]
Ordem no tribunal! 


 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Essas senhoras esquecem que no Brasil a secretaria dos Direitos Humanos, uma das articulistas, é favorável a liberação do aborto

Como é possível que alguém que comanda uma 'secretaria de direitos humanos' seja favorável a que o mais importante, o principal direito humano = a VIDA, o DIREITO DE VIVER =  seja negado a um ser humano inocente e indefeso? 

Apelo ao pluralismo

O pluralismo, a diversidade, o respeito e os direitos humanos compõem, mais do que nunca, a própria salvaguarda do Estado Democrático de Direito

[No Brasil, a senhora Flávia uma das autoras do artigo acima e secretária nomeada da 'secretaria de direitos humanos' defende a liberação do aborto.]

O clima de acirramento político vem afetando crianças. Em uma escola de São Paulo, no meio da aula, um aluno desenhou a presidente Dilma sendo enforcada, provocando polêmica entre os colegas — o que revela o quanto estão sendo impactadas pelo clima de ódio, vendo o diferente como um inimigo a ser exterminado, conforme a reportagem da BBC “Politização da infância? Acirramento chega ao playground e causa preocupação”, de 14 de abril de 2016.

Na sessão que votou a admissibilidade do impeachment, em 17 de abril, o deputado Bolsonaro dedicou o seu voto ao coronel Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi, reconhecido torturador da ditadura, inclusive por decisão judicial confirmada por unanimidade pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O deputado incorreu em inaceitável apologia à tortura, fomentando o discurso do ódio e da intolerância, totalmente incompatível com o decoro parlamentar, em violação à absoluta proibição da tortura, tanto no âmbito constitucional quanto internacional. [qual a razão de ser omitido no artigo que deputados da esquerda fizeram louvores, dedicaram seus votos, aos porcos Marighella e Lamarca?  - Marighella um dos mais frios  e covardes terroristas da esquerda durante o governo militar e Lamarca com a mesma capacidade criminosa do porco Marighella acrescida do fato de ser traidor e desertor do glorioso Exército Brasileiro.
Para felicidade dos brasileiros ambos foram abatidos pelas Forças de Segurança e com isso não se tornaram políticos como a Dilma, a Afastada, ou juízes, caso do Theodomiro Romeiro.
Para as autoras do artigo os votos louvando bandidos não existiram.
Também não é mencionado no artigo que dezenas de denúncias - inclusive criminais - movidas contra o coronel Ustra, acusando-o de torturador, foram arquivadas por decisão da Justiça.]
 
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Some-se, ainda, a violência política de ordem sexista, levando a ONU Mulheres a advertir, no dia 5 de abril, em nota pública sobre a situação política no Brasil, que “nenhuma discordância política ou protestos pode justificar a banalização da violência de gênero — prática patriarcal e misógina que invalida a dignidade humana”.

O uso de qualificativos sexistas e ofensivos, envolvendo o apelo à pornografia, que tem circulado nos meios sociais contra a presidente da Republica converte o debate político em grave violação à figura da mulher que exerce o cargo público, em brutal ofensa a todas as mulheres, bem como à ordem constitucional e à ordem internacional.

No artigo “O impeachment desnudo”, publicado em “O Estado de S.Paulo” dia 18 de abril, o escritor Flávio Tavares afirmou que “foi reconfortante ver o povo sair às ruas, externar ideias e opiniões ‘sim’ ou ‘não’. Mas sem política nem políticos confiáveis se imita o fanatismo do futebol. O ódio está em todas as partes (...). E a intolerância tudo permite.”

A história da humanidade tem revelado períodos de profunda desordem, nos quais parâmetros básicos da vida social parecem ter desaparecido, semeando insegurança e favorecendo o surgimento de grandes medos coletivos. Essa insegurança constitui um terreno fértil para o crescimento da intolerância. Nesses momentos de anomia social, afloram emoções, radicalismos e certezas absolutas, que inviabilizam o diálogo e o respeito às diferenças de opinião.

Por:  Flávia Piovesan,  procuradora do Estado de São Paulo e professora da PUC-SP e Jacqueline Pitanguy é socióloga e integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher

Ler a íntegra, clique aqui - Blog do Noblat