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domingo, 28 de janeiro de 2018

A [maldita] ideologia de gênero contra as meninas do vôlei



Por que um atleta que cresceu com uma musculatura masculina pode atuar livremente entre as mulheres?

A ideologia que começou com discussões sobre banheiros públicos agora invade os esportes e coloca contra a parede justamente as mulheres.  O placar marcava 19 a 18 para a seleção feminina de vôlei da Rússia. Se fizessem aquele último ponto do quinto set, as russas mandariam as brasileiras para casa mais cedo, e seguiriam para a semifinal dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, depois de seis match points. Mas, do outro lado da quadra, havia Jaqueline Endres, a então ponteira da seleção brasileira.

Jaqueline defendeu uma das bolas mais improváveis da partida contra a Rússia, garantindo a sobrevivência do Brasil na competição. Na final contra os Estados Unidos, a atleta foi a maior pontuadora do jogo que daria às brasileiras o bicampeonato olímpico. Em 2013, Jaqueline decidiu realizar o sonho natural de ser mãe. A escolha, porém, acabou lhe custando uma vaga nos clubes da Superliga, a principal competição de voleibol no país. Após o período de gravidez, Jaque não conseguiu retornar ao esporte porque a maior parte dos clubes já havia montado suas equipes, segundo as exigências da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).


 Jaqueline com o esposo Murilo e o filho Arthur

A CBV confere uma pontuação para cada atleta, e os clubes só podem ter duas jogadoras com pontuação máxima. Jaque valia sete pontos, o mais alto do ranking.
Jaqueline Endres joga atualmente pelo Hinode Barueri. No período em que ficou fora das quadras, porém, alguns comentários nas redes sociais diziam: “É só aceitar o salário de um trabalhador comum e não se achar uma ‘celebridade’ que o patrocinador aparece”. Outras estrelas do voleibol brasileiro como Tandara Caixeta, Camila Brait, Karina Guerra e Dani Lins também não tiveram seus contratos renovados durante a gestação.

De fato, Tiffany não tem mais os níveis de testosterona que apresentava antes da transição, mas também não engravida nem sofre com ciclo menstrual. Além disso, tem altura, força e decisão. Para os clubes da Superliga, contratar atletas assim será um negócio muito mais lucrativo do que gastar com medalhões como Jaqueline, Dani Lins e Camila Brait que, apesar de grandes jogadoras, são caras e têm o “péssimo hábito” de engravidar.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Nem tudo está perdido – pelo menos no handebol não é seguida a tendência, já presente em outros esportes, de ter cota de atletas homossexuaisl



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Handebol: federação proíbe homenagem a gays em faixa de capitão
Sueco Tobias Karlsson, que é heterossexual, vinha usando acessório com as cores do arco-íris para promover a tolerância

A Federação Europeia de Handebol (EHF, na sigla em inglês) impediu que o capitão da seleção sueca continue homenageando o movimento LGBT nas partidas do país. Tobias Karlsson vinha atuando com uma braçadeira com as cores do arco-íris, símbolo da causa gay, mas a entidade proibiu o uso do acessório.

Karlsson, que é heterossexual, casado e tem uma filha, atuou com a braçadeira nas partidas preparatórias da Suécia para a Eurocopa deste ano, como forma de protesto contra o parlamento da Polônia, país-sede da competição, que reprovou o casamento homossexual pela terceira vez. A Eurocopa teve início nesta sexta-feira e vai até o dia 31.

A federação o impediu de utilizar a braçadeira no torneio alegando um problema entre as cores da faixa e as do uniforme sueco. "A faixa de capitão é considerada parte do equipamento e, por isso, deve estar uniforme. Deve ser só de uma cor ou das cores nacionais da equipe", informou a EHF.

Medalha de prata com a Suécia nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Karlsson foi embaixador dos Jogos Europeus LGBT no ano passado. Além dele, Bjarthe Myrhol e Gudjon Valur Sigurdsson, capitães da Noruega e da Islândia, respectivamente, utilizam a faixa com as cores do arco-íris. O sueco lamentou a decisão da federação de seu país. "Eu acho triste que a federação nos proíba de mostrar que apoiamos os termos da liberdade, compaixão e igualdade", declarou ao site da federação sueca. "O fato de haver outras pessoas que apreciaram a braçadeira e quiseram usá-la mostra ainda mais que é uma mensagem importante." O técnico da seleção sueca, Lasse Tjernberg, se mostrou favorável à atitude de Karlsson. "Para nós, era óbvio apoiar Tobias em seu desejo de usar a braçadeira."

Fonte: Estadão