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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Governo faz ofensiva para manter veto ao reajuste do Judiciário



Ministro Ricardo Berzoini articula votos favoráveis de deputados e senadores na sessão parlamentar desta quarta-feira
Depois de ter conseguido manter vetos considerados temerários do ponto de vista fiscal, como a flexibilização do fator previdenciário, o Palácio do Planalto montou uma ofensiva nesta terça-feira para convencer os parlamentares a manter vetos que têm alto impacto no caixa do governo, como o reajuste de até 78,5% para servidores do Poder Judiciário. Ministros e líderes governistas passarão o dia em ligações e em um corpo a corpo no Congresso para evitar que parlamentares derrubem o veto que envolve aumento.

Ministros da área econômica e a nova composição palaciana da articulação política - com Ricardo Berzoini (PT) à frente - têm conversado com deputados e senadores para garantir votos suficientes para a manutenção dos vetos. A sessão parlamentar para a apreciação das decisões presidenciais está agendada para a manhã desta quarta-feira.  "Vamos trabalhar até amanhã às 11 horas para manter os vetos. Manter os vetos passou a ser uma questão essencial para o país. Passou a ter velocidade enorme e forte impacto na política e na economia", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

As tratativas para a manutenção dos vetos presidenciais serão direcionadas em especial à bancada do PMDB, que exige maior participação na Esplanada dos Ministérios na reforma administrativa a ser anunciada esta semana. A presidente Dilma Rousseff se reuniu nesta terça com o vice-presidente Michel Temer, mas a decisão final sobre o espaço que a legenda deve ser anunciada somente após a sessão de vetos. O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, disse aos líderes partidários que a presidente Dilma está cuidando pessoalmente do novo xadrez para o primeiro escalão.

Berzoini e o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), se reuniram com parlamentares para pedir a manutenção dos vetos. Eles afirmaram que a futura composição do governo garantirá uma espécie de "nova governabilidade" e poderá abrir caminho para menores resistências na votação do pacote fiscal do governo. "Será uma reforma para cortar gastos e atender à nova governabilidade. A nova governabilidade é essencial para a rigidez nas medidas que estão sendo tomadas para a retomada da economia brasileira", disse Guimarães.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dilma reúne a tropa. Saldo: 1) a renúncia compõe, sim, seu cardápio de saídas; 2) o governo não sabe a diferença entre democracia e golpe



A presidente Dilma Rousseff reuniu na noite deste domingo, no Palácio da Alvorada, 13 ministros; Michel Temer, o vice-presidente e coordenador político, e dois líderes do governo no Congresso. O objetivo do encontro? Bem, os presentes imaginaram que a governanta iria anunciar alguma medida concreta para deixar claro que está no comando. Huuummm… Sabem o que ela fez? Marcou novas reuniões.

Já escrevi, acho eu, uma dezena de textos apontando que um dos seus problemas é não ter agenda nenhumanem para dialogar com a base nem para estabelecer pontes de governabilidade com a oposição. Mas trato disso daqui a pouco. O ponto que mais chamou a minha atenção foi outro e diz respeito ao impeachment e à renúncia.

Edinho Silva, ministro da Comunicação Social, foi o encarregado de falar com a imprensa sobre o resultado do encontro. Referindo-se à determinação de Dilma de permanecer no cargo, afirmou: “A presidente foi eleita para cumprir quatro anos de mandato, e o Brasil é exemplo de democracia para o mundo. Não podemos brincar com a democracia, não podemos brincar com as instituições. A presidente vai cumprir seu mandato e está otimista com a capacidade de a economia responder a esse momento de dificuldade num curto espaço de tempo”.

Mais adiante, indagado sobre os protestos do dia 16, que cobram o impeachment, Edinho disse que o Planalto os vê como “um evento natural”. Segundo ele, “um governo inspirado na democracia lida com normalidade [com as manifestações]”. Ah, bom! Dilma e sua turma precisam decidir se cobrar que ela seja impichada é coisa própria da democracia ou é tentativa de golpe. Não dá para ser as duas coisas ao mesmo tempo.

Os que compareceram à reunião esperavam que a presidente anunciasse, por exemplo, um enxugamento do governo. Mas nada! Não houve um só aceno desse sentido. Estuda-se a redução das pastas das atuais 39 para algo entre 24 e 29. O problema é que isso pode significar ainda mais dificuldades com a base aliada. Na conversa, a presidente incitou os ministros a falar com os parlamentares para tentar evitar a tal pauta-bomba e aproveitou para anunciar que vai se reunir com os respectivos presidentes dos nove partidos que oficialmente compõem a sua base de apoio.

O “diálogo” inaugurado por Dilma prossegue nesta segunda. Ela recebe para jantar no Alvorada as principais lideranças de partidos governistas no Senado, capitaneadas por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa. Há algum tempo já, o governo vem apostando em usar o senador para tentar isolar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que preside a Câmara.
A reunião serviu também para anunciar que Dilma e Temer vivem uma relação harmoniosa. Ele mesmo voltou a fazer uma defesa candente da governabilidade, reiterando seu papel de conciliador, mas não de candidato a ocupar o lugar de Dilma. Bem, caso ela seja impichada ou renuncie, isso não depende da vontade dele, mas das leis.

Renúncia
Deixando claro que a renúncia é, sim, um tema que passou a habitar as paredes de vidro do Palácio da Alvorada
, José Guimarães (PT-CE), o líder do governo na Câmara, revelou, como de hábito, o que lhe cabia guardar. “A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, com os empresários, com os movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar”, afirmou esse grande, habilidoso e espetacular estrategista. [mais conhecido por ‘capitão cueca’, pelo péssimo hábito de conduzir dólares, oriundos de fontes escusas, em sua cueca e na de assessores.] Dito de outra maneira: a renúncia compõe o cardápio de saídas.

Meus caros, não faz sentido reunir 13 ministros, o vice-presidente e lideranças no Congresso para nada. Dilma expõe o vazio da agenda, a exemplo do que fez com os governadores. Assim, o saldo do encontro é este:
– o governo ora diz que cobrar o impeachment é parte da legalidade democrática, ora diz que é golpe;
– Dilma discute, sim, a renúncia. E, por enquanto, segundo Guimarães e Edinho, ela a descarta.

Mas sabem como são as coisas… A realidade da política é dinâmica. A esperança permanece no fundo da caixa.

Fonte:  Reinaldo Azevedo – Blog na Revista Veja

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A tática é sufocar: temos que cercar Dilma e a petralhada por todos os lados e de todas as formas

COM OPOSIÇÃO

PMDB atua para liderar CPI do BNDES

Partido quer compartilhar com oposição a presidência ou a relatoria de comissão

Partido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), o PMDB vai reivindicar o comando da recém-criada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará as atividades do BNDES a partir de agosto. A CPI do BNDES se dedicará a aprofundar informações sobre os empréstimos feitos pelo banco público desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A comissão foi criada na sexta-feira, algumas horas após Cunha anunciar seu rompimento político com o governo Dilma Rousseff.
O PMDB tem interesse na presidência ou na relatoria da CPI. Um dos cargos ficaria com o partido e o outro, com a oposição. O líder peemedebista, deputado Leonardo Picciani (RJ), deve ter uma reunião com Cunha hoje e, apesar do recesso parlamentar, o assunto pode entrar na pauta.

No mesmo dia em que a CPI foi criada, o PSDB, principal partido de oposição ao governo, indicou seus dois membros - os deputados Betinho Gomes (PE) e Miguel Haddad (SP). O bloco liderado pelo PMDB, que inclui outros 13 partidos, como PP, DEM, PTB e Solidariedade (SD), tem direito a 11 vagas. O bloco dos tucanos pode indicar mais quatro titulares. O grupo parlamentar encabeçado pelo PT tem apenas oito vagas. Há ainda outras duas vagas, destinadas ao PDT e ao PSL, que não formam parte de nenhum bloco.

No Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) deve ler o requerimento de criação de uma comissão semelhante para investigar o BNDES assim que terminar o recesso parlamentar, em 6 de agosto. Mas, até lá, os senadores ainda podem retirar suas assinaturas de apoio à comissão.

Os financiamentos do BNDES a empresas brasileiras são alvo de ataques da oposição ao governo e também de investigações no Ministério Público. A Procuradoria da República no Distrito Federal conduz apuração sobre a relação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a empreiteira Odebrecht, uma das empresas com maior linha de crédito do BNDES.

Fundos
Além da CPI do BNDES, o presidente da Câmara autorizou a criação de uma comissão para investigar irregularidades envolvendo fundos de pensão, outra área considerada delicada para o governo. Para isso, Cunha atropelou requerimentos de criação de outras quatro comissões em temas relevantes - setor elétrico, mulheres em situação de violência, desabastecimento de água e telefonia.

Partidos de oposição já demonstram interesse na cúpula das duas comissões. "Defendo que a oposição tenha espaço no comando das CPIs. (Os temas) são verdadeiras caixas-pretas que geraram prejuízos impressionantes para a sociedade e para os aposentados, no caso dos fundos de pensão", afirmou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). O parlamentar disse que conversará com a bancada assim que voltar do recesso para indicar seus representantes nas comissões. "O BNDES foi usado como biombo internacional para financiar os amigos do petismo."

O governo tenta demonstrar despreocupação. "Vamos discutir isso. Não tem que ter pressa. Estamos de recesso e isso não é assunto para recesso", amenizou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE).