Petista
argumenta que, se a comissão retirou do processo a delação premiada do senador
Delcídio Amaral (sem partido-MS), a presidente precisaria ser novamente citada
[A
pretensão do petista nominado é apenas tumultuar o processo e tentar ganhar
prazo em verdadeiro desrespeito as atividades da Comissão que analisa o
impeachment da ainda presidente. Além da tentativa de desrespeito àquela
Comissão o petista está demonstrando uma característica
comum a todos os petistas, começando pela presidente – falta de inteligência –
já que a permanência da delação do Delcídio comprovadamente prejudicaria a
denunciada.]
O vice-líder do governo, deputado Paulo Teixeira (PT-RJ), apresentou nova
questão de ordem na comissão especial do impeachment pedindo nova notificação da presidente Dilma Rousseff. O petista
argumenta que, se a comissão retirou do processo a delação premiada do senador
Delcídio Amaral (sem partido-MS), a presidente precisaria ser novamente citada
com base no que permaneceu nos autos, de forma a ser reaberto o prazo de 10
sessões para apresentação da defesa.
Os governistas têm se valido de uma série de
questionamentos ao andamento do processo para
ganhar tempo. Só na sessão de hoje, foram
apresentadas três questões de ordem dos aliados - além de Teixeira, de
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e de Pepe Vargas (PT-RS) -
ponderando sobre decisões tomadas pelo colegiado. Eles não descartam a
possibilidade de entrar com ações judiciais no Supremo Tribunal Federal por cerceamento do direito de defesa caso os
pedidos sejam rejeitados. [é recomendável que esses estúpidos tenham sempre presente que qualquer ação questionando assuntos da
comissão de impeachment que for para o STF terá como relator o ministro Gilmar
Mendes.]
A questão de ordem foi acolhida pelo
presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), mas
ainda não foi respondida. A sessão foi suspensa e será retomada quando
houver plenário disponível para a continuação dos trabalhos.
O relator do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, Jovair Arantes (PTB-GO), deve antecipar em duas sessões a
entrega de seu parecer
O
relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, Jovair
Arantes (PTB-GO), deve antecipar em duas
sessões a entrega de seu parecer na comissão especial que discute o assunto
para permitir que a votação em plenário aconteça até o dia 14 de abril.
Pelo rito adotado, a presidente tem até dez sessões
para apresentar sua defesa, prazo que já está correndo – hoje,
acontecerá a sexta sessão. Concluído
este prazo, Arantes tem até cinco sessões para apresentar o parecer.
Líderes da oposição disseram, no entanto, que ele deve
apresentar já na terceira sessão, para que o pedido de vista não atrase a
votação em plenário.
Pelo cronograma da oposição, o texto será votado na comissão no próximo dia 11 e levado a
plenário no dia 14, uma quinta-feira. Líderes de partidos favoráveis ao
impeachment reuniram-se nesta manhã e, por maioria, resolveram comunicar ao
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PDMB-RJ), que são
contra a ideia apresentada pelo peemedebista de fazer a votação no dia 17, um
domingo, como antecipou o Broadcast Político, serviço de informação em
tempo real da Agência
Estado, na semana passada. “Isso não pode ser transformado em final da
Copa do Mundo”, disse Mendonça Filho (DEM-PE), coordenador do comitê
pró-impeachment.
A comissão do impeachment deve começar a
realizar oitivas nesta quarta-feira, 30. Pelo lado da oposição, devem ser
ouvidos os juristas Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, autores do pedido
de impeachment junto com o também jurista Hélio Bicudo.
Força-tarefa
Na reunião desta manhã, lideranças
pró-impeachment montaram uma força-tarefa, organizada por partidos e Estados
para mapear e conquistar votos pelo impedimento da presidente. Eles não
informaram quantos votos já têm. Dizem
ter apenas aproximadamente os 342 necessários para fazer avançar o processo de
impeachment. “A gente está batendo os 342, mas precisamos ter margem,
folga, convicção de cada um”, afirmou
Mendonça.
Fonte:
Estadão
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