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sábado, 14 de julho de 2018

Os togas sujas - Os amigos do rei



Trama para soltar Lula expõe as entranhas de um Judiciário sem pudor em assumir cor e ideologia

Trama petista para livrar Lula da cadeia escancara as vísceras de um Judiciário que não tem mais recato na hora de expor seus pendores políticos. 

Num tempo em que militantes comportam-se como torcidas de futebol em arquibancadas, magistrados fazem pior: sujam as togas e comprometem as necessárias isenção e neutralidade que deveriam esgrimir


Setores do Judiciário resolveram rasgar a fantasia de vez. Tiveram outras oportunidades, é bem verdade. Mas não foi por falta de vontade. Não o fizeram em outrora por pura precaução. No julgamento do mensalão, por exemplo, pensaram no custo alto para suas biografias, na nódoa que causariam em suas reputações e em como ficariam indelevelmente marcados no tribunal da história. No íntimo, porém, os magistrados sabiam bem por quem seus corações pulsavam. As pessoas podem até driblar seus desejos mais recônditos durante algum tempo, mas não o tempo todo. Uma hora remove-se o véu com o qual elas os cobriam. É o que tem acontecido, desde Lula preso, com segmentos do Judiciário brasileiro. A inestimável gratidão de magistrados beneficiados pelo loteamento nos tribunais superiores promovido pelo PT em 16 anos de poder, antes escamoteada, quase envergonhada, restou clara, manifesta e, para não dizer, despudorada agora.

Para atender aos anseios de Lula não se importaram em enlamear as próprias togas. Nas últimas semanas, os ministros do STF Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e, mais recentemente, o desembargador Rogério Favreto passaram a agir sem qualquer cerimônia, sem nem mesmo corar a face e à luz do dia como diletos amigos do Rei. No que dependesse deles, todos estariam na Pasargada de Manuel Bandeira, sob os desígnios do poder imperial de Lula. A trama da qual ousou participar Favreto, enquanto os brasileiros ainda viviam a ressaca da eliminação do Brasil na Copa, não foi uma investida isolada. Simplesmente manteve a toada das recentes deliberações da segundona do STF, cujas decisões destituídas de fundamento jurídico têm se revelado eivadas de muito fundamento político. “Toffoli é o Favreto do PT no STF. Ele e Lewandowski”, sapecou o jurista Modesto Carvalhosa. Modesto é, sem modéstia, um dos poucos a colocar o dedo na ferida exposta do Judiciário brasileiro.

“Flagrante desrespeito”
Ao esgrimir as causas do PT, partido ao qual foi filiado por duas décadas, Rogério Favreto lançou-se numa cruzada para livrar Lula das grades a qualquer custo. Criou uma “esdrúxula situação processual”, como bem pontuou a ministra Laurita Vaz, presidente do STJ, a quem coube chamar as coisas pelos seus respectivos nomes em voto histórico contra o habeas corpus de Lula. Laurita, cujo nome significa árvore de louros, apresentou-se gloriosa ao falar em “flagrante desrespeito” à decisão colegiada da 8.ª Turma do TRF da 4.ª Região. Favreto, acrescentou Laurita, quis transformar algo surrado de velho, amarelado pelo tempo, qual seja, a pré-candidatura de Lula à Presidência, em “fato novo”. Mas conforme a ministra bem pontuou “é óbvio e ululante que o mero anúncio de intenção de réu preso de ser candidato a cargo público não tem o condão de reabrir a discussão acerca da legalidade do encarceramento”. A magistrada ainda utilizou termos como “tumulto processual, sem precedentes na história do direito brasileiro” para refutar a manobra urdida pelo PT. Concluiu chamando Favreto de “incompetente”.
“Você não pede habeas corpus a um juiz que vai negar, certo?”, admitiu w.d.

O real fato novo

Na verdade, o fato novo, a qual Favreto se referiu, era o que ele queria criar: qual seja, a soltura de Lula, nos braços dos sindicalistas de São Bernardo, berço político do lulismo de onde o ex-presidente pretendia ungir ao Planalto seu candidato e pretenso herdeiro do seu espólio eleitoral, Fernando Haddad. A algazarra estava armada. Restou, no entanto, a narrativa de “perseguido” que o PT tentou novamente dourar ao longo da semana. É o famoso “acuse os outros daquilo que você faz”. Nunca se viu um Judiciário tão benevolente ao PT, a despeito das boas exceções que se dispõem a trabalhar arduamente para manter Constituição íntegra e de pé. Os petistas preferem disseminar o inverso. Prova irrefutável disso é que o golpe jurídico que três parlamentares petistas  tentaram desferir de maneira premeditada, tendo como ponta-de-lança um desembargador de estrela vermelha no peito nomeado por Dilma Rousseff, por muito pouco não foi consumado. Frustrou-se aos 48 do segundo tempo diante da serenidade dos desembargadores Gebran Neto e Thompson Flores, e da rapidez do juiz Sergio Moro, que fizeram prevalecer o bom direito. À ISTOÉ, um dos deputados negou a intenção deliberada de fazer com que o pedido caísse para Favreto. Admitiu, porém, em seguida: “Você não pede habeas corpus a um juiz que vai negar. Certo?”. Certo. Ou não. Só no STJ o PT impetrou 143 pedidos de habeas corpus. Todos negados pela ministra Laurita Vaz, que desabafou: “O Judiciário não pode ser um balcão de reivindicações”.

Além dos limites da sala-cela de Lula, o que fica de negativo de tudo isso para a sociedade brasileira é a profunda insegurança advinda de tribunais que julgam ao sabor das suas inclinações políticas e não da leitura imparcial das leis. Graças ao triste espetáculo encenado nos últimos dias, juízes de Direito vão ficando cada vez mais parecidos com juízes de futebol. Ambos são temas das mesas de botequim, sujeitos a serem xingados ou exaltados nas ruas conforme suas decisões agradem ou desagradem às torcidas. Os magistrados não podem reclamar se hoje recebem o mesmo tratamento dos seus colegas de chuteira. A culpa é deles mesmos, a partir do momento em que começaram a permitir que seus pendores políticos comprometessem as necessárias isenção e neutralidade.

Investida final
Assim, o projeto “Lula livre” segue em curso. E com o beneplácito de membros do Judiciário, a quem Lula e o PT diz “perseguí-los”. Na terça-feira 10, corregedor-nacional de Justiça, ministro João Otávio de Noronha, determinou a abertura de procedimento para apurar não apenas a conduta do desembargador Rogério Favreto, como também a de João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, e do juiz Moro. O corregedor sabe quem atropelou as normas jurídicas, mas preferiu colocar todos no mesmo barco. Afinal, não está aí para explicar, e sim para confundir. Ao confundir, ele atende diretamente aos propósitos da narrativa petista. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não caiu na armadilha. Pelo contrário. Mandou investigar quem de fato deve ser investigado: Rogério Favreto, a quem acusou de prevaricação. Dodge descreveu o caso como “episódio atípico que produziu efeitos nocivos para a credibilidade da Justiça”.


O PT traça estratégia para libertar Lula quando Toffoli assumir o STF no plantão com autonomia total
Em outra trincheira, o PT colocou em marcha uma sórdida campanha contra as autoridades que desmontaram a farsa jurídica pela liberdade de Lula. Ao longo da semana, agiu como costumava fazer desde que fora seduzido pelos encantos do poder. Adotou a mentira como dogma de ação. A nova conversa fiada foi a história de que Sergio Moro estava em Portugal, quando se manifestou contrário a soltura do ex-presidente. Mentira deslavada. Nos últimos dias, o juiz jamais arredou o pé de Curitiba. Ciente de que grassa no País um Judiciário “totalmente acovardado”, como dizia Lula, o PT não esconde que fará novas investidas tão logo Temer se ausente do País e ceda lugar à presidente do STF, Cármen Lúcia, o que permitirá que Dias Toffoli, reprovado por duas ocasiões em concurso para juiz de direito, assuma o comando do Supremo. 

Durante as férias do Judiciário, Temer fará três viagens internacionais. A intenção do PT é acionar o ministro camarada no plantão com novos pedidos de habeas corpus. O magistrado terá autonomia para tomar qualquer decisão. Ou seja, Dias Toffoli no posto máximo do Supremo em pleno recesso da corte é o prelúdio de novos dias sombrios para o Judiciário brasileiro.

Rudolfo Lago e Ary Filgueira  - IstoÉ

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Brasil, governado pelo PT se transforma no país da roubalheira, da imoralidade e da pouca vergonha

Amigues para sempre

[alguma coisa precisa ser feita para repor o mundo nos eixos - talvez só a destruição total e o recomeço, sob novas bases

Da forma que está é inaceitável e a maldita esquerda pode não ter criado, mas, estimula, já que esses novos conceitos destroem a família e esta é uma das metas prioritárias do maldito esquerdismo. Mas, algo precisa ser feito.]

Nunca ouviu falar em gênero neutro? Aquele que faz com que certas palavras terminem em “e” para suprimir os artigos masculino e feminino? 

E “sexualidade fluida”, sabe o que é? Tem ideia da porcentagem de jovens brasileiros que dizem já ter se relacionado com homens e mulheres? 

Bem-vindo ao admirável mundo novo da geração Z, onde diversidade e tolerância são as palavras de ordem

Se voltassem hoje ao mundo dos vivos, o escritor Álvares de Azevedo, o poeta Manuel Bandeira e o e­x-pr­esidente Floriano Peixoto estranhariam muitas coisas. E uma delas seria o cabeçalho da prova de biologia aplicada no ano passado no colégio em que eles estudaram, o Pedro II, no Rio de Janeiro, o terceiro mais antigo em atividade no Brasil. Ao lado do campo a ser preenchido com o nome de cada estudante, a prova trazia a palavra alunx, em vez de "aluno" ou "aluna". Todos na classe conheciam o significado daquele xis

Em mensagens trocadas nas redes sociais, jovens e adolescentes usam a letra, assim como o "e", para suprimir a identificação masculina ou feminina em palavras como "amigx" ou "queridx" - na versão com "e", mais pronunciável, "amigue" ou "queride". É o chamado gênero neutro, utilizado basicamente em duas situações: a pedido, quando o outro diz que quer ser tratado assim, ou por iniciativa de quem escreve - e prefere não cravar se o destinatário é homem, mulher, e assim por diante. Assim por diante?

Desconectados, desligados e recém-chegados da Coreia do Norte: ao menos para a geração pós-millenium - também chamada de geração Z ou geração touch -, o número de gêneros já passou de dois faz tempo. No Brasil, o Facebook acrescentou, em março passado, no espaço destinado à identificação do usuário, dezessete novas opções de gênero, além do masculino e feminino. Nos Estados Unidos são mais de cinquenta. A lista inclui cross gender, sem gênero e ainda uma alternativa para personalizar a resposta.

Para esses jovens na faixa de 15 anos, crescidos no universo digital, nunca foi tão normal ser diferente. Os adultos, ligeiramente atordoados, tentam acompanhar o ritmo das mudanças. Em colégios de grandes cidades brasileiras, discutir a diversidade de gênero virou assunto obrigatório. A aula magna do Pedro II deste ano foi sobre o tema. No Bandeirantes, em São Paulo, um grupo de discussão batizado de Bandiversidade reúne alunos para falar sobre homossexualidade, bissexualidade e pansexualidade. Já esquentaram os debates tópicos como as diferenças entre transgênero, transexual e drag queen (transgênero: termo mais abrangente usado para designar pessoas que não se identificam com o sexo de seu nascimento, mas não necessariamente se identificam com o sexo oposto; transexuais: sentem-se pertencentes ao gênero oposto; drag queen: indivíduo do sexo masculino que, em performances quase sempre profissionais, se fantasia de mulher, podendo ser homossexual, bissexual ou heterossexual. Parece complicado? Bem, ninguém disse que era simples).

A "novilíngua" das redes e a onipresença nas escolas do tema da vez podem não durar mais que alguns verões, mas o que elas sinalizam veio para ficar. Não é exagero afirmar que uma importante mudança geracional está em curso. Dados de um levantamento da agência de publicidade J. Walter Thompson mostram que 76% dos jovens brasileiros não dão importância à orientação sexual dos outros e 82% concordam que as pessoas devem explorar mais a própria sexualidade. A J. Walter Thompson ouviu 1 500 pessoas entre 12 e 19 anos no Brasil, nos Estados Unidos e na Inglaterra. Outra pesquisa, coordenada pela psicóloga Luciana Mutti, em Porto Alegre, revelou que 20% dos adolescentes entrevistados já haviam tido relações com pessoas de ambos os sexos. A pesquisa foi feita com 400 jovens de 13 a 18 anos na capital gaúcha.

Trata-se de uma mudança e tanto. Basta lembrar que, até 1990, a Organização Mundial da Saúde classificava a homossexualidade como distúrbio mental. Em 12 de maio de 1993, um levantamento do Ibope sobre o tema foi capa de VEJA. No Brasil de então, 79% dos entrevistados afirmaram que não aceitariam que seu filho saísse com um amigo gay; 62% declararam que um pai deveria tentar convencer seu filho a mudar de condição se descobrisse que ele é homossexual; 56% responderam que alterariam sua conduta com um colega se soubessem que ele é homossexual; 45% trocariam de médico pelo mesmo motivo; 36% deixariam de empregar um candidato com esse perfil, ainda que fosse o mais qualificado; e 58% se disseram contrários à adoção de uma criança por um casal gay.

Leia também:
Crianças trans não estão fingindo. Elas existem
A geração touch

Para Sam Bourcier, professor da Universidade de Lille, na França, o modelo binário (dois sexos, dois gêneros) acabou. Bourcier é um dos mais respeitados porta-vozes da chamada teoria queer. Nasceu mulher, mas não se identifica com nenhum gênero, razão pela qual adotou nome masculino, que apresenta junto com o original, Marie Hélène. O termo queer é uma apropriação da gíria inglesa que significa "estranho", "esquisito" e que originalmente era usada para se referir jocosamente a homossexuais.  

Festejadíssima pela geração Z, a teoria sustenta que a sexualidade é fluida e que as preferências nessa área podem mudar ao longo da vida. Um indivíduo do sexo masculino, por exemplo, pode passar boa parte da existência sentindo-se atraído por outros indivíduos do sexo masculino e mais tarde mudar de ideia - o que não necessariamente quer dizer que começará a gostar de mulheres. "Há muitas outras possibilidades de gênero e sexo além daquelas que foram apontadas no nascimento", diz Bourcier.

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