Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O
ex-ministro de Lula, que foi ministro das Comunicações, o experiente
político carioca Miro Teixeira, disse que os atos de 8 de janeiro de
2023 jamais podem ser chamados de golpismo, pois foi uma balbúrdia, que
não tinha a menor condição de golpe.
Que se Bolsonaro quisesse dar o
golpe, daria enquanto era comandante supremo das Forças Armadas, e não
depois que estava na Flórida. Ele tem razão.
E o
ministro da Defesa de Lula, o atual ministro da Defesa, José Múcio
Monteiro, disse mais ou menos a mesma coisa, que não havia condições de
golpe.
Era uma multidão, sem comando, sem liderança, de pessoas idosas,
ninguém conduzindo, ninguém portando armas, sem nenhum apoio de forças
policiais ou militares.
E alguns, que até hoje não se sabe quem foram
esses,porque os inquéritos até agora não especificaram quem quebrou o
quê, e a gente não sabe quem quebrou ou se alguém entrou antes para
quebrar.
Democracia para quem?
Foi lançado agora, lá em São Paulo, o livro Diário de Anne Brasil. Meio, assim, repetindo o Diário de Anne Frank, contando de uma jovem que veio do interior do Brasil no início de janeiro e que ficou acampada lá na frente do QG e que participou das manifestações e não invadiu nenhum prédio.
E até hoje está com tornozeleira, e foi para prisão, foi posta no ônibus, naquele engodo, passou pelo IML, foi para a Polícia Federal e acabou no presídio.
Pessoas que não tinham a menor condição de dar golpe de Estado, tomar o poder, destituir o presidente da República. Destituir os chefes de poder. Só para lembrar isso.
Aliás,
querem lembrar isso em um museu da democracia. Eu acho que é o
reconhecimento de que a democracia já é passada, já vai para o museu.
Vai lá, põe a Constituição de 1988 no museu, junto com as múmias, com os
quadros maravilhosos do século passado, dos impressionistas etc.
Democracia, né? Se fala tanto.
Democracia é lugar em
que as pessoas têm tranquilidade, agora mesmo eu vi no Estadão. A
revista International Living escolheu os 10 melhores países para quem
quiser morar depois de parar de trabalhar. Aposentados. Primeiro Costa
Rica. Segundo Portugal, né? Aí eu vejo que França está lá. Está em
sétimo, parece. Estados Unidos nem está. E Brasil, claro, não está.
Imagina, a pessoa sai para a rua, encontra bandido que foi solto para a
saidinha de Natal.
Benefícios aos criminosos Foi o que aconteceu em Belo Horizonte, lá com o sargento Roger Dias, de 29 anos, pai de recém nascido.
Encontrou o cara da saidinha, que já estava armado. Ganhou arma do Papai Noel, né? E deu dois tiros na cabeça do sargento.
O governador Zema está reclamando que já passou um projeto de lei pela Câmara e o Senado não bota para votar.
Só que tem que sacudir o mineiro que representa Minas Gerais, que é o presidente do Senado. Que é o Rodrigo Pacheco. A Câmara dos Deputados aprovou por 311 a 98, o fim dessas saidinhas, desses benefícios.
O sujeito que
atirou no sargento já tinha 18 crimes na ficha e foi beneficiado. O
cúmplice dele, que estava ao lado, já tinha dois homicídios num total de
15 crimes, que está preso também.
Aqui em Brasília o sujeito saiu na
saidinha, deu cinco tiros - também ganhou a arma do Papai Noel - na
mulher que não foi visitá-lo.
Lá no litoral paulista
pegaram outro da saidinha que tava com metralhadora, uma submetralhadora
- que ganhou do Papai Noel também.
Quando será que Rodrigo Pacheco vai
fazer o Senado votar o que é de interesse da nação brasileira?
Lá não é o
interesse pessoal de cada um, é o interesse do povo, então fica o
registro.
Falando em crime, né? Que coisa horrorosa!
Essa pousada lá em Presidente Figueiredo, no Amazonas.
Uma moça
venezuelana, artista, artista de circo, palhaça de circo, ciclista que
vinha percorrendo o país, se hospedou na pousada, estava na rede, e foi
morta pelo casal. Primeiro estuprada, violentada, depois morta e
enterrada, do lado da pousada, descobriram agora.
Meu Deus do céu, será
que o brasileiro é mesmo aquele cidadão cordato? De bom coração, do
nosso sociólogo Gilberto Freyre?
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Os
militantes disfarçados de jornalistas, que viraram uma espécie de
assessoria de imprensa do STF, usaram seu espaço nos veículos de
comunicação hoje para passar pano para a postura inaceitável dos
ministros supremos nesta quinta.
Um deles parece um fantoche de Gilmar
Mendes, de tão escancarado o recado que tentou transmitir do "chefe". A
outra falou em "vingança da extrema direita", torcendo para que Lira
enterre a PEC para "acalmar os ânimos".
Poderíamos
concluir que essa gente vive em Nárnia, mas não é nada disso: estão no
Brasil mesmo, e sabem muito bem o que estão fazendo. São cúmplices de um
golpe em curso desde a vitória de Jair Bolsonaro.
Para "salvar a
democracia", o sistema podre e carcomido rasgou a Constituição, soltou
um corrupto e o tornou elegível,impediu Bolsonaro de governar e de
fazer campanha, e depois ainda se vangloriou do feito: "Nós derrotamos
Bolsonaro! Perdeu, mané, não amola!"
Mas Jaques
Wagner votou a favor da PEC que ao menos tenta colocar limites no abuso
de poder supremo, com suas medidas monocráticas absurdas.
E os ministros
ficaram em polvorosa.
Como ousam "desafiar" o Supremo?
Lembrem que nós
colocamos Lula lá!
Com o avanço da ditadura no país, era claro que
petistas e tucanos se digladiariam em breve, tão logo Bolsonaro fosse
carta fora do baralho.
A união nefasta e instável, afinal, era
justamente para afastar a direita e manter a hegemonia esquerdista.
Mas
tem cacique demais para pouco índio, e eis o problema.
Alexandre de
Moraes, que foi do PSDB e trabalhou com Alckmin, acumulou poder em
demasia.
Gilmar Mendes sempre teve, e Portugal está aí para mostrar.
Mas
Lula também tem poder, junto ao Dirceu.
Como conciliar gangues que
disputam um mesmo trono?
Como apaziguar quadrilhas de olho no mesmo
prêmio?
O
brasileiro está vendo, portanto, a disputa inevitável entre dois grupos
parecidos, mas diferentes. E os militantes ficam trocando recados pela
velha imprensa corrompida.
Em comum: nenhum deles tem qualquer espírito
público, preocupação legítima com a nação, apreço pelo império das leis.
É briga para ver quem pode mais, quem manda mais. "Quantas tropas tem o
Senado?", quer saber o fantoche de um ministro supremo.
E quantas
tropas comanda o STF?
O Brasil decente acompanha
atônito e enojado, mas com um misto de esperança, essa disputa por
poder.
Afinal, quando estão "harmônicos" é que o cidadão honesto não tem
chances mesmo.
Quando brigam entre si, expondo as entranhas do poder em
praça pública como agora, ao menos há alguma possibilidade de"fogo
amigo" entre eles, com efeitos positivos para o país.
Levantamento aponta que R$ 6,2 milhões foram gastos com diárias e passagens. Assessora
que atacou paulistas e descendentes de europeus fez uma viagem a cada
12 dias.
[TEM QUE SER EXTINTO - INÚTIL, por desnecessário e fonte de desperdício do dinheiro público;
TAMBÉM INCOMPETENTE E INEFICIENTE.
Sua atual ocupante quando não está fazendo turismo ocioso usando jatinhos da FAB, está curtindo na garupa de motocicletas, em favelas do Rio, sem usar capacete.]
O Ministério da Igualdade Racial, comandado pela ministra Anielle Franco,
comprometeu quase metade da verba de uso livre em 2023 com viagens de
assessores e dirigentes.
Até agora, a pasta empenhou – isto é, reservou
para pagamentos – cerca de R$ 12,5 milhões em 2023. Deste total, R$ 6,1
milhões são destinados a pagar passagens aéreas e diárias dos
servidores.
A
conta diz respeito a verbas discricionárias, de uso livre, e não inclui
emendas parlamentares executadas pela pasta e nem gastos com servidores.
Os dados foram levantados pelo Estadão usando o sistema Siga Brasil, do Senado Federal.
Gastos do Ministério da Igualdade Racial com passagens e
diárias Foto: Siga Brasil / Reprodução
Em
resposta à reportagem, o Ministério disse apenas que mais investimentos
em políticas públicas estão “programados”, embora ainda não tenham sido
concretizados.
Anielle Franco criou polêmica ao usar um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir de Brasília a São Paulo
(SP) neste domingo (24), onde assistiu à final da Copa do Brasil no
Estádio do Morumbi. Na
ocasião, Anielle também assinou um “protocolo de intenções” de combate
ao racismo nos Esportes – o ato público foi feito em parceria com os
colegas André Fufuca (Esportes) e Sílvio Almeida (Direitos Humanos).
Este último usou um voo comercial para ir à capital paulista. Já Fufuca
usou o voo da FAB, como Anielle.
Nesta terça-feira (26), o episódio da viagem a São Paulo resultou na demissão de uma das assessoras que estavam com Anielle Franco no Morumbi. Chefe da Assessoria Especial da pasta, Marcelle Decothé fez
postagens com ofensas de cunho racial em seu perfil no Instagram.
“Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… Pior tudo
de pauliste”, escreveu ela.
Desde
que foi nomeada para o cargo, Decothé fez 19 viagens a serviço, segundo
o Portal da Transparência, ou um deslocamento a cada 12 dias, em média. Três delas para o exterior: Colômbia, Estados Unidos, Portugal e
Espanha.
Enquanto
esteve no cargo, a assessora, que era considerada uma das mais próximas
de Anielle Franco, gastou R$ 130,5 mil com diárias e passagens das
viagens, de acordo com o Portal da Transparência.
(...)
A
viagem mais cara de Anielle foi para Nova York e Washington, nos EUA,
de 28 de maio a 01 de junho. Segundo o portal da Transparência, a viagem
custou ao todo R$ 63,6 mil.
Um único trecho de São Paulo a Nova York
saiu por R$ 23,8 mil.
O evento foi a reunião do Fórum Permanente sobre
Afrodescentes da ONU, segundo justificativa do ministério, e a viagem
foi classificada como “urgente” – ainda que a programação do evento
estivesse disponível no site da ONU desde o dia 19 de abril.
Ao
justificar a urgência, a pasta escreveu que “não foi possível atender o
prazo para solicitação da viagem, visto que a deliberação da agenda da
sra. ministra estavam (sic) em tratativas para um aproveitamento melhor
da viagem para um aproveitamento melhor da viagem para articulações das
demais agendas a ocorrer na mesma missão”.
O que diz o Ministério da Igualdade Racial
Procurado pelo Estadão,
o Ministério da Igualdade Racial (MIR) disse que “há um descompasso”
entre os gastos planejados em políticas públicas e aqueles com viagens. A
pasta diz ter R$ 35 milhões “programados” para suas ações, a serem
executados em breve
“Na
presente data, 100% da Ação Orçamentária destinada para a implementação
das políticas do MIR estão programadas, representando o valor de R$35.347.175,04″, diz a nota.
As duas principais instâncias judiciárias indicam que o país pode se aproximar de uma tendência mundial que reúne nações como Canadá, Holanda e Portugal
Na quarta-feira 2, o Supremo Tribunal Federal voltou a julgar um processo que pode mudar o entendimento sobre a maconha no Brasil.
De caráter de repercussão geral, a ação foi apresentada pela Defensoria Pública de São Paulo contra a condenação de um homem flagrado com 3 gramas da droga em 2009.
O caso começou a tramitar na Corte em 2011 e parou de andar em 2015, quando Teori Zavascki pediu vista.
Após a sua morte, em 2017, o processo ficou com seu substituto, Alexandre de Moraes, que o devolveu ao plenário no fim de 2018.
Desde então, nada aconteceu, até que a presidente Rosa Weber trouxe a discussão novamente à pauta. Moraes deu, então, o quarto voto pela descriminalização — antes, Gilmar Mendes, Edson Fachin e Luís RobertoBarroso haviam se manifestado no mesmo sentido.
O julgamento foi suspenso por sugestão de Gilmar, o único a estender a medida a todas as drogas, para que os magistrados pudessem buscar uma posição alinhada. Mas já é possível dizer que, em razão do perfil dos ministros, o desfecho tende a ser em favor da flexibilização da posse de Cannabis para uso recreativo, o que seria a maior mudança da Lei Antidrogas desde que ela entrou em vigor, em 2006.
Se liberar a posse de drogas para uso próprio, o usuário vai ter q comprar de alguém, q vai vender = portanto estará liberado, inevitavelmente, a COMPRA e VENDA de DROGAS = TRÁFICO.
Assim, o STF além de INVADIR a competência do LEGISLATIVO estará LIBERANDO GERAL o TRÁFICO."
É o que pensamos.]
Enquanto isso, a utilização medicinal da planta avança um pouco mais rápido em outra alta Corte judicial. Só neste ano, vinte cidadãos bateram à porta do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e saíram de lá com um salvo-conduto para plantar Cannabiscom essa finalidade sem serem incomodados pelas autoridades.
As decisões vieram de sete ministros, o que mostra o espraiamento desse entendimento no tribunal.
Ele havia estabelecido um marco em 2022, quando concedeu, pela primeira vez e por unanimidade, autorização para três pessoas cultivarem a erva em casa. Esses pacientes já usavam medicamentos à base de Cannabis para câncer, insônia e ansiedade generalizada e alegaram dificuldades para importar os produtos devido ao alto custo.
O avanço da Cannabis medicinal nos tribunais não ocorre apenas no STJ. Segundo estimativa da Rede Reforma, um coletivo de juristas que atua pela mudança da política de drogas, há mais de 3 000 decisões amparando o cultivo doméstico por pessoas físicas desde 2016 no país. Além disso, dez associações, de seis estados, obtiveram via judicial a permissão para plantar Cannabis para uso medicinal.
A abertura dessa trincheira jurídica nasceu com a luta de um casal por sua filha. Com pouco mais de 1 mês de vida, Sofia teve as primeiras crises epilépticas de um longo histórico de convulsões. Aos 2 anos e meio, foi diagnosticada portadora de uma deficiência do gene CDKL5, uma síndrome rara que compromete gravemente o desenvolvimento intelectual, da fala e dos movimentos. Depois de lançar mão de todas as possibilidades farmacológicas, e até de uma cirurgia, os pais, Margarete Brito e Marcos Langenbach, descobriram que uma criança com uma condição parecida se tratava com Cannabis nos Estados Unidos e tinha ótimos resultados. Eles se arriscaram importando ilegalmente o óleo de maconha, correndo o risco de serem presos por tráfico internacional de drogas, mas a ameaça perdeu importância quando testemunharam a diminuição no número de crises epilépticas da filha. O apetite, o sono e o quadro geral da menina também melhoraram. Outros pais e mães procuraram a ajuda do casal. “Havia casos de sessenta, oitenta convulsões por semana que com a Cannabis zeraram essas crises.” Em 2014, criaram a Associação de Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal (Apepi) e, em 2016, conquistaram na Justiça o primeiro habeas corpus de plantio para fins medicinais. Em cinco anos, o cultivo no apartamento de 70 metros quadrados migrou para uma área de 37 hectares em Paty do Alferes, no Rio de Janeiro, onde se encontra hoje a maior fazenda de Cannabis do país, com 4 000 plantas, que produzem medicamentos para 7 500 associados.
(...)
PLANTIO LEGAL - Fazenda da Apepi (RJ) e o casal Margarete Brito e Marcos Langenbach: 7 500 pacientes (Leo Lemos; Aline Massuca/.)
A procura pelo Judiciário para acesso à Cannabis se dá também por causa da omissão do Legislativo. Há pelo menos vinte projetos de lei na Câmara e no Senado engavetados pela resistência política, em especial da bancada evangélica. Um dos mais avançados, o PL 399, que permite o cultivo para fins medicinais, foi apresentado em 2015 por Fábio Mitidieri (PSD), hoje governador de Sergipe. A proposta passou por uma comissão especial, mas sua aprovação mostra o tamanho da encrenca: a votação terminou com 17 votos a favor e 17 contra e foi desempatada pelo relator, Luciano Ducci (PSB-PR). O projeto deveria ser conclusivo, ou seja, ir dali direto para o Senado, mas houve recurso para que fosse votado em plenário, o que não tem data para ocorrer. A oposição à proposta foi basicamente de cunho ideológico. “Vivemos um período de crescimento do conservadorismo no país e de muitas fake news, falta trato político para que o projeto avance”, diz Mitidieri. O grau de dificuldade para o tema tramitar no Congresso também foi dado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em discurso feito logo após a retomada do julgamento. Ele considerou a discussão no STF uma“invasão de competência do Legislativo” e disse que a descriminalização deveria vir acompanhada de uma política pública mais ampla sobre entorpecentes. “De quem se irá comprar a droga? De um traficante de drogas, que pratica um crime gravíssimo equiparado a hediondo”, afirmou.[apesar da nosso nosso repúdio à conduta omissa sobre andamento de providências de competência exclusiva do Senado, temos que concordar que sua pergunta foi inteligente, inevitável, e repetimos o que postamos acima e também no Twitter:
Se liberar a posse de drogas para uso próprio, o usuário vai ter q comprar de alguém, q vai vender = portanto estará liberado, inevitavelmente, a COMPRA e VENDA de DROGAS = TRÁFICO.
Assim, o STF além de INVADIR a competência do LEGISLATIVO estará LIBERANDO GERAL o TRÁFICO."
É o que pensamos.]"
Enquanto o tema segue travado no Legislativo, a troca de guarda no Executivo trouxe esperança de uma nova abordagem sobre o assunto. “Engraçado: maconha pode, cloroquina não pode”, afirmou o então presidente Jair Bolsonaro ao anunciar que vetaria iniciativa aprovada pelo Congresso para liberar a produção industrial de medicamentos à base de Cannabis. Já o governo Lula vem dando sinais de que é simpático à causa, apesar de alguns tropeços, como a recente decisão da Anvisa que proíbe a importação de flores de Cannabis para a produção de remédios cannábicos. A disposição progressista nessa área também será colocada à prova diante das necessidades do governo em não jogar fumaça em meio ao esforço para consolidar base de apoio num Congresso majoritariamente conservador.
(...)
A história da maconha no Brasil é antiga, mas nem sempre foi ilegal. Estudiosos afirmam que a erva foi trazida ao país pelos escravos africanos. Em 1938, Getúlio Vargas publicou decreto-lei que classificou a Cannabis como entorpecente e proibiu o plantio, o cultivo, a colheita e a exploração. Durante a ditadura, um decreto-lei modificou o Código Penal para equiparar o usuário ao traficante. A Lei Antidrogas sancionada em 2006 por Lula, por sua vez, estabeleceu de vez a confusão ao não especificar os critérios para diferenciar usuário e traficante, o que deixa a decisão para cada autoridade. “Antes se prendia o usuário, ele tinha uma sanção privativa de liberdade, mas que permitia a substituição por penas alternativas. A partir da nova lei, com a mesma quantidade, esse passou a ser, inúmeras vezes, classificado como pequeno traficante”, lembrou Moraes em seu voto — ele defende um parâmetro de até 60 gramas para classificar uso pessoal. Segundo o Ministério da Justiça, 28% da população carcerária está presa por crimes previstos nessa lei. Um estudo do Ipea revelou que 59% dos réus por tráfico portavam até 150 gramas. “Essa lei criou o encarceramento em massa”, afirma Gabriella Arima, diretora da Rede Reforma.
(...)
Evidentemente, o caminho da legalização não implica ignorar problemas de saúde provocados pelo consumo recreativo da droga e tampouco abrir espaço para prescrições terapêuticas sem amparo em pesquisas científicas. Mas é alvissareiro, após anos de debate ofuscado por questões ideológicas, religiosas ou morais, o fato de o Brasil caminhar na direção certa, com suas instituições, em ritmos variados, debruçando-se sobre o tema como deve ser: com viés técnico, levando em conta o que é interesse do cidadão, da sociedade e do país, sem os tabus e equívocos do passado.
Lula não tem 'política externa'; tem uma agenda de turismo para encher o álbum de fotos da mulher e fugir dos problemas que nem ele nem o seu governo têm a menor ideia de como resolver
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, embarcando para Letícia, na fronteira entre Brasil e Colômbia | Foto: Cláudio Kbene/PR
Não há em cartaz no planeta, neste momento, nenhuma exibição mais rasa de subdesenvolvimento, de palhaçada típica do pobre diabo que quer entrar de penetra na festa e de cafajestismo em estado bruto do que o programa de volta ao mundo que Lula e a mulher fazem há seis meses. Desde que pegaram a chave do Tesouro Nacional para sair por aí detonando o dinheiro do pagador de impostos brasileiro, sem controle de ninguém, não pararam mais. É um dos sonhos de consumo mais recorrentes do brega-padrão: viajar pelo mundo “sem pagar um tostão”, com hospedagem em hotéis que cobram diária de R$ 40 mil e jato pessoal equipado com dormitório exclusivo para o casal— ou na base do “vamo gastá, que o governo paga tudo”. Quem paga é você, claro, mas eles estão pouco se lixando para você. O que querem é a viagem de paxá, carregando junto, e por conta do Erário, um cardume gigante de bajuladores-raiz e de jornalistas extasiados com a visão divina do presidente. Acham, ou fazem de conta que acham, que estão realizando algo importantíssimo para a geopolítica mundial. São apenas um bando de suburbanos deslumbrados com mais uma “viagem grátis”. Vão a Paris, Londres ou Roma para ficar falando entre si em português e torrando dinheiro que não é deles. É cômico. Também é uma lástima.
Lula e o cardume descrevem o que estão fazendo como diplomacia e, pior ainda, como “diplomacia de Terceiro Mundo”, para mostrar aos países ricos (e brancos, e imperialistas, e etc. e tal) que os pobres, unidos, jamais serão vencidos. Lula exibe-se como líder mundial e acha que estão lhe devendo há muito tempo o Prêmio Nobel da Paz — embora nunca tenha tido capacidade, estatura ou o mínimo de competência para pacificar uma briga de botequim. A Rede Globo e o resto da mídia de “consórcio” e de opinião única descrevem essa comédia como “intensa atividade internacional”. Alguns, mais agitados, discutem com caras sérias e palavras difíceis, em suas mesas-redondas depois do horário nobre, o que imaginam ser a “política externa” de Lula. A sua “estratégia” seria essa. As suas “opções” seriam aquelas. A sua “leitura” da situação internacional seria sabe-se lá o que, e assim por diante. Lula não tem “política externa”;tem uma agenda de turismo para encher o álbum de fotos da mulher e fugir dos problemas que nem ele nem o seu governo têm a menor ideia de como resolver. Tornou-se, com suas viagens, um exportador de ignorância — apenas isso. Se Lula fala sem parar dos “pobres”, e que precisa de mais impostos para socorrer os “pobres”, então por que não dá para os pobres as fortunas que gasta nessas viagens todas?
A ciranda alucinada de Lula — já foi para Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Portugal, Espanha, China, Abu Dhabi, Japão, Itália (para tirar foto com o Papa), França e Colômbia e está de viagem marcada para a Bélgica — é, mais do que tudo, uma coisa ridícula. Nenhum outro chefe de Estado do mundo faz algo parecido — não faz hoje e nem fez nunca. Ele, Janja e a mídia não percebem, mas o presidente que se acredita uma nova voz no cenário internacional está apenas fazendo papel de bobo, ou de figura exótica de Terceiro Mundo — como foi um dia o Xá da Pérsia, ou como são hoje esses ditadorezinhos africanos que pousam nos aeroportos da Europa com o peito carregado de medalhas, agendas sem um único minuto de trabalho real e comitivas tamanho XXXXX-L.Desfilam diante da guarda. Vão a banquetes. (O presidente do Brasil, inclusive, reclama da comida que lhe deram nos palácios do Quirinale e do Élysée, em Roma e Paris. Quer se fazer de “homem simples”, que gosta de “um arrozinho com feijão”; consegue apenas ser mal-educado.) Gastam como xeiques das Arábias. Perturbam o trânsito. É um alívio quando vão embora. Lula, no fundo, é apenas um deles. As coisas sérias que os estrangeiros têm para tratar com o Brasil são conversadas em outros lugares, em outras ocasiões e com outras pessoas. Do presidente brasileiro, o que fica é a imagem do subdesenvolvimento arrogante, burro, perdulário e sem noção — como ocupar 57 quartos de um dos hotéis mais caros de Londres para ir à coroação do rei. Por que raios seria preciso levar essa multidão para assistir a uma cerimônia? Assinaram algum tratado? Discutiram exportações ou problemas de legislação internacional? Não. Só passearam e gastaram dinheiro público — como em Portugal, onde conseguiram montar (e pagar) uma comitiva oficial de 22 carros para levar Lula daqui até ali.
Os países ricos que recebem Lula tomam nota dessas coisas; a principal sensação que têm é de desprezo. Dão os sorrisos, fazem os rapapés e tiram as fotos que o protocolo diplomático exige. Nas conversas que têm entre si registram o despropósito ofensivo que é torrar, em viagens patéticas, milhões de dólares de um país pobre.
Será que está sobrando dinheiro no Brasil?
Se Lula fala sem parar dos “pobres”, e que precisa de mais impostos para socorrer os “pobres”, então por que não dá para os pobres as fortunas que gasta nessas viagens todas?
Ele conseguiria citar uma viagem indispensável, só uma, entre todas as que fez, ou que fosse necessária, ou que tivesse servido para alguma coisa de útil?É claro que não.
Há, também, a desmoralização do Brasil no exterior.
Estrangeiro se dá conta, na hora, do desperdício deslumbrado de chefete de país pobre — acha um insulto ver um presidente como Lula, que diz haver “33 milhões” de pessoas passando fome no Brasil, passear e gastar como um sultão nas suas capitais.
Os jornalistas se esforçam para demonstrar que Lula está se “projetando no Exterior”, ou “ocupando espaços para o Brasil” e influindo em assuntos sérios. Falam de “influência”, de “alianças”, de “eixos” e repetem bobagens que ouvem, sem entender direito, no Itamaraty. Não é nada disso.
É apenas mais uma farsa, como a picanha geral, o Ministério do Namoro e outros truques de quem não sabe e não quer governar.
Ainda não caiu, para Lula, a Rede Globo e a esquerda brasileira, uma ficha elementar: o valor de mercado da Apple, divulgado outro dia, é 50% superior ao PIB inteirinho do Brasil. São US$ 3 trilhões para eles, ante US$ 2 trilhões para nós. Que tal? É o tipo de coisa que faz qualquer um baixar o facho. Não se trata de achar que o Brasil é uma mixaria, porque o Brasil não é uma mixaria. Trata-se apenas de ter um pouco de consciência do tamanho real do país — o Brasil é o que as realidades mostram, e não o que Lula quer.
O presidente e o seu sistema não têm ideia disso. Puseram na cabeça que os “países ricos” estão preocupadíssimos com a influência decisiva do Brasil no mundo e no resto do sistema solar — e acham que podem mudar os destinos da humanidade, que irá para onde Lula for. É a fórmula ideal para dividir a política externa brasileira de hoje em dois pedaços, e apenas dois: o inútil e o nocivo.
No pedaço inútil estão tolices de 24 quilates, como o “Parlamento Amazônico”,que Lula acaba de propor na Colômbia, a “moeda comum” do Mercosul, a “parceria”em inteligência artificial com Abu Dhabi (não com os Estados Unidos; com Abu Dhabi) ou a troca de “tecnologia” com a Venezuela — e daí para baixo. No pedaço nocivo não é mais, apenas, o embusteiro falando de coisas que não entende. Aí já é a ação direta contra os interesses concretos do Brasil e dos brasileiros.
O veneno básico está na procura permanente, há seis meses, de um conflito com os Estados Unidos, com os países europeus e com o “imperialismo” mundial, em obediência às doutrinas que encantam o governo Lula. O plano-mestre, nessa toada, é ser amigo político da Rússia, da China e, como regra geral, de qualquer ditadura que se declare vítima do sistema capitalista. Tem sido um desastre, é claro. O grande momento, nesse “alinhamento” com a Rússia, foi a declaração de que a Ucrânia é responsável pela invasão do seu próprio território. Conseguiu, de imediato, ofender diretamente aliados vitais do Brasil; não ganhou nada em troca. Para a “política externa” de Lula, a Europa e os Estados Unidos são culpados por “fragilizarem” a Rússia. O que significa isso? É óbvio que europeus e norte-americanos querem dar apoio à Ucrânia contra a Rússia; estão, a propósito, fazendo há mais de um ano um boicote econômico aberto contra os russos. O que Lula propõe: que o Brasil boicote, em represália, os Estados Unidos e a União Europeia? A diplomacia brasileira permite que navios de guerra do Irã, que tanto americanos como europeus declararam oficialmente uma nação terrorista, ancorem no Porto do Rio de Janeiro. Recebe no território nacional, com todas as honras, o ditador da Venezuela — que está com a cabeça a prêmio pelo Departamento de Estado americano, a US$ 15 milhões, por tráfico internacional de drogas. O Exército Brasileiro faz “manobras conjuntas” com a Nicarágua. O governo gosta da “Palestina” e dos seus terroristas. Não gosta de Israel, que é a única democracia da região. Em suma:é alguma coisa contra o “Ocidente”? Então o Brasil é a favor. Não pode haver nada mais nocivo aos interesses brasileiros, ao mesmo tempo, do que a insistência de Lula em dar dinheiro para as economias mais fracassadas do mundo — lugares como Venezuela, Cuba ou Argentina. Para Lula, a culpa da ruína econômica da Venezuela não é da ditadura de Chávez e de Maduro — é dos Estados Unidos, que não compram os produtos venezuelanos. Não faz sentido. Para começar: que produtos? A Venezuela não produz nem um prego. Não tem papel higiênico. Não tem nada para vender. É um Saara econômico. Para concluir: a ditadura da Venezuela passa o tempo todo fazendo declarações de guerra aos Estados Unidos. Por que raios os Estados Unidos deveriam ajudar a Venezuela? É a mesma coisa com Cuba. A miséria cubana, segundo Lula, não foi provocada pelo regime comunista; na sua opinião, Cuba seria “uma Holanda” se não fosse pela falta de colaboração dos norte-americanos. Lula quer ajudar também a Argentina — o maior caloteiro da economia mundial. Pede “compreensão” dos credores etc. É claro que ninguém no exterior dá a menor atenção ao que ele diz. Nem o Banco do Brics, onde arrumou emprego para Dilma Rousseff; chinês empresta, mas quer receber o dinheiro de volta, e a Argentina não paga ninguém. Mas aqui no Brasil ele tem acesso aos recursos da população. Vai fazer o que puder para arrancar dinheiro do BNDES, e de outros caixas, para doar à Argentina, Venezuela e quem mais se apresentar como país “progressista”.
Nada disso vai melhorar o Brasil em absolutamente nada — e, no fundo, a “política externa de Lula” talvez nem seja mesmo de Lula. Pelo cheiro da brilhantina, é coisa do companheiro que ocupa, no mundo dos fatos, o cargo de ministro das Relações Estrangeiras. Não é o funcionário que dá expediente no Itamaraty. É o assessor externo Celso Amorim. Lula, basicamente, repete o que ouve de Amorim; é ele quem realmente está por trás do que Lula fica falando por aí, e da estratégia diplomática genial que os dois pensam estar executando. A cabeça de Amorim está congelada num momento qualquer entre 1955 e 1960; ele continua a pensar, hoje, como se pensava durante a guerra fria entre a Rússia e os Estados Unidos. Não parece ter notado que a Rússia perdeu essa guerra, nem que houve algumas mudanças tecnológicas de lá para cá, todas elas geradas pelos norte-americanos. Continua festejando o lançamento do Sputnik, torcendo contra os “trustes internacionais” e dizendo que a Rússia comunista pode até ter umas falhas aqui ou ali, mas precisa ter o apoio de todos para nos salvar dos horrores do capitalismo. Parecem ser fruto do seu sistema cerebral ideias tais quais a eliminação do dólar como meio de pagamento das transações do comércio mundial — e tantos outros dos momentos-chave da diplomacia de Lula. O resultado é que o Brasil não tem mais quem defenda os interesses nacionais no exterior. A diplomacia brasileira se transformou num serviço de apoio a ideias mortas. Leia também “Amorim é o passarinho de Lula”Coluna J. R. Guzzo - colunista - Revista Oeste