Enquanto o sumiço de um traficante - caso do Amarildo - for motivo para punição de policiais, mais integrantes das forças de segurança serão vítimas dos bandidos.
Veja VÍDEO: Bandidos comemoram morte de militar na Maré - 28/11/2014
A comoção pelo assassinato do cabo do Exército Michel Mikami, morto na favela Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, na última sexta-feira, gerou uma grande mobilização nas redes sociais. Colegas de farda, amigos e parentes manifestaram-se no Facebook por meio de mensagens de revolta e apoio mútuo. Muitos trocaram as fotos de perfil por uma simbólica bandeira do Brasil, em preto e branco, com a inscrição “luto”.
RIO - Corpo do cabo do Exército Michel Mikami é transportado para São Paulo, com honrarias de herói.
- Reprodução/Facebook
Algumas pessoas usaram a tag #eternoMikami. Indignado, um amigo que também serve ao Exército escreveu: “Até quando vamos ver essa cena??? Até quando os jogadores vão ser os heróis desse país???”. A revolta foi ainda maior após a divulgação de vídeos de traficantes da Maré comemorando a morte do jovem. A página “Poder Militar Brasileiro” divulgou a informação na rede, que foi compartilhada por mais de 150 pessoas e cerca de mil comentários.
RIO - Morto no Complexo da Maré, o cabo era natural de Vinhedo, onde foi enterrado
- Reprodução/Facebook
A missão de Michel no Rio, que foi atingido durante patrulhamento, terminaria na próxima terça-feira. Em resposta ao crime, o governador Luiz Fernando Pezão anunciou que pretende conversar com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que a Força de Pacificação permaneça no Complexo da Maré após dezembro, prazo inicialmente previsto para a retirada da tropa. Um inquérito já foi aberto para apurar as circunstâncias da morte do cabo, de 21 anos.
RIO - Após mortes, policiais civis e militares organizam manifestação em
Copacabana. O lema é "A vida do policial é sagrada, como toda vida é".
- Reprodução/Whatsapp