Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
VEJA teve acesso às quatro mil páginas da apuração em torno de um personagem que guardava segredos valiosos e foi abatido numa ação ainda cercada de dúvidas
MISTÉRIOS - Adriano: detalhes intrigantes, eventos estranhos e perguntas ainda sem resposta sobre o crime (Cristiano Mariz;/Reprodução)
O ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega ganhou notoriedade nacional depois que se descobriu que ele chefiava o chamado Escritório do Crime — um grupo de matadores de aluguel que atuava no Rio de Janeiro a serviço de bicheiros e milicianos.
Ficou mais famoso ainda quando se soube que ele também tinha uma estreita ligação com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Por anos, a mãe, a mulher e um dos melhores amigos do policial, o também ex-PM Fabrício Queiroz, foram assessores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em 2019, acusado de homicídio e com a prisão decretada pela Justiça, Adriano fugiu. Um ano depois, foi morto.
Esse é o ponto de partida do capítulo final de uma história que reúne ingredientes de um thriller de ação.
Havia gente importante entre os “clientes” do Escritório do Crime que torcia para que o ex-capitão nunca mais aparecesse.
Havia gente influente ligada às vítimas que queria localizá-lo a qualquer custo.
E havia gente poderosa que temia a revelação de segredos capazes de fulminar biografias e destruir certas carreiras — políticos, inclusive.
O destino de alguém com um perfil tão singular assim era previsível.
Adriano foi localizado no interior da Bahia. A polícia realizou uma gigantesca operação para capturá-lo, usando drones, aeronaves, equipamentos de geolocalização e armamento pesado.
No dia 9 de fevereiro de 2020, o ex-capitão foi cercado no município de Esplanada, a 165 quilômetros de Salvador.
Estava sozinho e, segundo a versão oficial, armado.
Ao perceber a chegada dos policiais, reagiu e foi abatido com dois tiros.
A família afirma que foi uma execução sumária, uma queima de arquivo planejada para evitar que ele comprometesse aquela gente importante, influente e poderosa, incluindo políticos.
A suspeita se sustentava diante de fatos que ocorreram antes, durante e depois do suposto confronto.
Quatro anos depois, o Ministério Público finalmente concluiu a investigação sobre o caso. VEJA teve acesso às mais de 4 000 páginas de documentos, perícias, depoimentos, fotografias e relatos de testemunhas que ajudaram a reconstituir os últimos instantes de vida do ex-capitão.
O trabalho, porém, não foi capaz de elucidar definitivamente o mistério. Ainda há muitos detalhes intrigantes e perguntas que ficaram sem respostas.
A OPERAÇÃO ESPLANADA
Depois de fugir do Rio de Janeiro, Adriano perambulou durante meses por fazendas no interior do Nordeste.
A polícia passou a monitorar os passos dele através de seus familiares e amigos.
Em janeiro de 2020, após receber uma visita da esposa, o ex-capitão foi cercado pela primeira vez na Costa do Sauípe (BA), mas conseguiu escapar. A sorte o abandonaria poucos dias depois. Escondido na chácara de um amigo na área rural de Esplanada, o miliciano sabia que os policiais estavam em seu encalço e tinha tudo pronto para deixar o país.
O plano de fuga elaborado contava com um resgate de helicóptero patrocinado por um grupo ligado à contravenção do Rio.
Não deu tempo. A polícia interceptou a viúva em uma blitz, e o motorista dela deu pistas sobre a localização do novo esconderijo. A Secretaria de Segurança da Bahia preparou então uma das maiores ações de captura já realizadas pela polícia baiana. Foram mobilizados setenta homens, além de um drone, um helicóptero, veículos táticos e armamentos pesados.
Para evitar vazamentos, os policiais convocados para a missão só souberam a identidade do alvo às 23 horas da véspera, quando também foram advertidos sobre a destreza do ex-capitão: ele havia sido o primeiro colocado em treinamentos de tiro e sobrevivência na mata, tinha amplo conhecimento operacional e dificilmente se entregaria, disseram os comandantes.
EXECUÇÃO OU CONFRONTO?
(...)
A CENA DO CRIME
Um dos procedimentos elementares que qualquer policial aprende na academia é sobre a necessidade de preservar a cena do crime. Os PMs que alvejaram o miliciano admitiram em depoimentos que não houve essa preocupação.
Os projéteis, por exemplo, são provas importantes para determinar se realmente houve troca de tiros, o tipo de armamento envolvido, o trajeto e a distância dos disparos.
Um dos laudos elaborados pela Polícia Federal destaca que foram encontradas apenas três cápsulas da pistola que teria sido usada por Adriano, apesar de ele ter supostamente disparado sete tiros.
Os peritos levantaram a hipótese de uma mesma bala ter ricocheteado, mas, ainda assim, a conta não fechou.
Seria esperado, segundo eles, que fossem encontradas de cinco a sete cápsulas detonadas.
A ausência delas, porém, não prova que o confronto não existiu, já que elas podem simplesmente ter sido subtraídas por alguém que entrou na casa após o crime — e muita gente entrou. Aliás, as cápsulas das balas usadas pelos PM também não foram localizadas.
(...)
Ao longo da investigação, o Ministério Público solicitou sucessivas vezes que a Polícia Federal prestasse apoio técnico para novas perícias. Além da reconstituição e da exumação, os promotores solicitaram uma “missão exploratória” para sanar dúvidas técnicas que os peritos baianos e fluminenses não conseguiram.
Por considerar que a cena do crime já havia sido completamente devassada, a PF nunca atendeu ao pedido.
Em resposta a um dos ofícios, os federais ainda destacam um fato grave que impedia o trabalho: a arma supostamente utilizada por Adriano — uma pistola Glock, calibre 9 mm — havia desaparecido. Soube-se que ela fora recolhida pela PM baiana após o confronto, tendo reaparecido tempos depois em posse da Polícia Civil do estado.
(...)
Em Esplanada, a situação se inverteu. Adriano era o bandido. O tenente e os dois soldados que localizaram o miliciano garantem que o objetivo era prendê-lo, mas ele resistiu e provocou o confronto.
Adriano era um exímio atirador, mas errou todos os tiros, mesmo estando a uma distância de menos de 5 metros dos alvos.
Em poucos segundos, o temido chefe do Escritório do Crime caiu morto.
O registro da pistola que teria sido usada por Adriano, a que sumiu e reapareceu tempos depois, estava parcialmente raspado.
Policiais disseram que o ex-capitão estava de bermuda e calção quando o Bope entrou na casa. Os médicos, por sua vez, relatam que ele chegou seminu ao hospital.
A estranha queimadura no peito, um indício de tortura, também vai continuar sem explicação. Segundo um dos peritos, ela pode ter sido produzida “por um instrumento de bordas circulares, aquecido” — o cano de uma arma, por exemplo. Mas essa é apenas uma hipótese sem nenhuma comprovação. Adriano morreu da mesma maneira que matava. Caso encerrado.
Encerramento de pool de veículos de comunicação pode sinalizar mudança de rota da mídia tradicional
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Como em qualquer sociedade capitalista, as companhias privadas competem entre si para ganhar o coração dos consumidores.Nas empresas de comunicação, isso também deveria ocorrer. Certo? Errado. No Brasil, em 8 de junho de 2020, os sites G1 e UOL, além dos jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo e Extra formaram um “consórcio de imprensa”, com o objetivo velado de destruir o que enxergavam ser o Grande Satã do Brasil desde antes da eleição de 2018: o presidente Jair Bolsonaro.
Nas páginas desses veículos, contudo, a justificativa oficial para a parceria era divulgar dados sobre mortes por covid-19,em virtude de um “apagão” no Ministério da Saúde — que durou poucas horas. Ao longo da sua existência, o pool usava informações da pasta, como qualquer empresa de mídia, diferentemente da impressão de “exclusividade” que passava. Mesmo assim, o consórcio permaneceu vivo, publicando notícias praticamente iguais todos os dias e com linha editorial quase idêntica.
Durante a pandemia, era comum ler nesses veículos manchetes seguindo a mesma hierarquia de informação: “Sem máscara, Bolsonaro cumprimenta apoiadores” ou “Bolsonaro promove aglomeração com aliados”. Os textos ficaram ainda mais uniformes ao longo dos cinco meses de existência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. A maioria das declarações destacadas vinha de senadores que comandavam a CPI, como Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL).
O mesmo ocorreu com o chamado “Orçamento secreto”, revelado pelo Estadão. Publicado no Diário Oficial da União, o mecanismo nada mais é que as velhas “emendas de relator”(saiba mais neste link)— termo que só começou a ser usado pelos integrantes do pool depois da vitória de Lula. Conforme os veículos do consórcio, esse dispositivo tornou-se moeda de troca da gestão Bolsonaro para comprar o apoio do Parlamento, sobretudo do centrão, e manter a governabilidade.
A imprensa tradicional não poupou nem as boas notícias que vinham da área econômica do governo, liderada por Paulo Guedes. Sempre que uma informação positiva era divulgada, como o aumento do Produto Interno Bruto ou a criação de novos empregos formais, o consórcio ou dava uma nota de rodapé sobre o assunto, ou se apressava em atenuar boas-novas com a adversativa“mas”.
Nesta semana, contudo, o consórcio de imprensa lavrou o próprio atestado de óbito. A parceria dos veículos durou dois anos. “Terminou porque cumpriu com a missão de derrubar o presidente anterior”, constatou o jornalista Alexandre Garcia. Para ele, o consórcio de imprensa levou à mais alta potência a máxima do escritor Millôr Fernandes:“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados”.
De acordo com Garcia, a imprensa de hoje afastou-se da verdade e adotou uma posição opinativa. “Aprendi que o jornalista tem de ser escravo dos fatos”, disse. “Não somos donos deles, mas meros intermediários entre o veículo e o público. Infelizmente, as redações estão povoadas de militantes, por culpa da formação universitária defeituosa.”
Possível mudança de rota
Com a vitória de Lula, o consórcio começou a dar sinais de uma mudança de rota em sua cruzada contra Bolsonaro, ainda que tímidos, em artigos de opinião e reportagens. Um dos primeiros a fazer esse aceno foi o Estadão. Em 24 de dezembro do ano passado, o jornal publicou um editorial contra as indicações do presidente aos ministérios. [em nossa opinião, já ocorre em parte da mídia ações de correção de rumo; o campeão da manipulação da notícias, supressões 'casuais' de palavras e imagens em uma matéria,é do Grupo Globo.Tentam esconder,mas não conseguem, que a reação do povo aos desmandos daquele grupo jornalístico está levando ao carro chefe do empresa - TV Globo - a uma queda de audiência, especialmente com recordes negativos nas novelas.
Talvez seja conveniente à recuperação do grupo, que os 'jornalistas' Bonner e Renata,que apresentam o noticiário noturno que já foi referência em credibilidade e campeão de audiência,sejam demitidos sumariamente da Empresa - seria uma forma de puni-los, até por ousarem inocentar, em rede nacional, um individuo condenado por nove juízes diferentes com confirmação nas três instâncias - declarando que 'o senhor não deve nada à Justiça do Brasil'.
O povo costuma, julgar, condenar e não revisar suas sentenças.]
“É absolutamente decepcionante para o país verificar a atual composição dos ministérios que vai sendo delineada”, afirmou o Estadão. “Todos os postos decisivos estão a cargo do PT ou de gente que, por mais que esteja circunstancialmente em outra legenda, sempre teve e continua tendo a mesma visão do PT.” Adiante, o jornal diz que, “diante das grandes necessidades do país, não deixa de ser frustrante constatar que Lula e seu partido não mudaram ou aprenderam nada”.
Nesta semana, a publicação denunciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho,por ter direcionado R$ 5 milhões das emendas de relator para asfaltar uma estrada de terra que passa em frente a oito fazendas de sua família, em Vitorino Freire (MA). A obra de aproximadamente 20 quilômetros corta propriedades da família e as liga a uma pista de pouso particular e um heliponto.
Também O Globo decidiu pronunciar-se sobre atos de Lula. Publicado em 27 de janeiro deste ano, o editorial “Governo tenta reescrever verdade sobre o impeachment” ataca o movimento do Palácio do Planalto de chamar de golpe o processo de destituição da petista. “Até as paredes depredadas do Palácio do Planalto sabem que a ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada por um processo de impeachment, movido pelo Congresso Nacional de acordo com todas as regras previstas na Constituição e na legislação, referendadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”, informou o jornal. “Apesar disso, o presidente Lula e integrantes de seu governo têm insistido em desafiar a verdade e em se referir ao episódio como um ‘golpe’.”
Até a Folha, o jornal mais hostil a Bolsonaro, deu um “puxão de orelha” em Lula, ao manifestar-se contra o “pacote antiterrorismo” do Ministério da Justiça. Em síntese, a pasta quer algumas medidas para inibir manifestações. O ponto destacado pelo jornal como “temerário” é o que se refere à intenção de Dino de emparedar as big techs.“Não se pode usar ataque a Brasília para aprovar leis repressoras às pressas”,advertiu o editorial. “Tratando-se de um presidente que insiste em propagar a tese partidária farsesca segundo a qual houve golpe de Estado no impeachment de Dilma Rousseff, conduzido pelo Legislativo e pelo Judiciário, deveria estar claro o perigo de lidar às pressas com o direito à pluralidade de opiniões”, acrescentou a Folha, ao defender mais debate sobre o texto.
O jornal é ainda o responsável por revelar a ligação da ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, com milicianos. Na campanha eleitoral, o então candidato Lula criticava Bolsonaro por supostamente ter relação com milicianos. Em meio ao escândalo de Daniela, Oeste mostrou que, na eleição de 2022, a ministra e seu marido, o prefeito Waguinho, de Belford Roxo (RJ), fecharam a cidade para impedir que adversários fizessem campanha no curral eleitoral do casal.
O jornalista Patrick Santos, ex-diretor de redação da Jovem Pan e autor do livro 45 do Primeiro Tempo, afirma que o jornalismo atual se distanciou de suas raízes e defende uma correção de rota. “Há certezas demais”, afirmou. “Um dos pilares da profissão é perguntar, e isso deixou de ser feito. Ao ler os jornais, enxergo uma visão de mundo única. Sinto falta de debates de ideias. Temos de voltar a fazer esse tipo de jornalismo.” Crítico do consórcio de imprensa, Santos disse que a competição também faz parte da profissão. “É saudável quando se quer ter a melhor reportagem da redação”, disse. “Isso é difícil de ocorrer, quando todos publicam a mesma coisa sobre tudo.”
Imprensa estrangeira Desde a eleição de Lula, algo começou a mudar também na cobertura dos veículos estrangeiros. O Wall Street Journal (WSJ), por exemplo, tem subido o tom com o STF, classificando-o até como “uma ameaça maior à democracia” que os protestos de 8 de janeiro. Recentemente, o WSJ denunciou o não cumprimento do processo legal com os mais de mil manifestantes presos, por causa dos atos anti-Lula em Brasília.
Considerado de esquerda nos EUA, o New York Times, em 22 de janeiro deste ano, publicou um artigo com a seguinte pergunta: Será que Alexandre de Moraes é realmente bom para a democracia? “Moraes já ordenou prisões sem julgamento por ameaças postadas em redes sociais; liderou o voto que sentenciou um deputado federal a quase nove anos de prisão por ameaçar o tribunal; ordenou busca e apreensão contra empresários com poucas evidências de irregularidades; suspendeu um governador eleito; e bloqueou dezenas de contas e milhares de publicações nas redes sociais, praticamente sem transparência ou espaço para recurso”, observou o jornal.
Até mesmo o jornalista Glenn Greenwald, que se tornou ícone da esquerda brasileira em 2019, por causa da “Vaza Jato”, despertou a ira da militância ao criticar Moraes. “Existe agora, ou já existiu, uma democracia moderna em que um único juiz exerce o poder que Alexandre de Moraes possui no Brasil?”, interpelou Greenwald, ao compartilhar um artigo do jornal O Globo. “Não consigo pensar em nenhum exemplo sequer. Uma das maiores ironias da extraordinária popularidade de Moraes entre a mídia corporativa e a esquerda foi que ele serviu como ministro da Justiça e depois foi indicado para o STF por um presidente amplamente considerado não só ilegítimo, mas ‘golpista’.
“Greenwald mostrou que ainda consegue enxergar um pouco a realidade como ela é”, disse o jornalista Fernão Lara Mesquita, ex-diretor do Estadão. “E, por dizer a verdade, foi atacado nas redes sociais pelos que, até pouco tempo atrás, o defendiam. Infelizmente, a ótica da imprensa atual está bastante deformada. Esse consórcio, por exemplo, é esdrúxulo. Sintetiza o grave problema que a mídia enfrenta. Não é à toa que a imprensa vai diminuindo. O jornalismo tem de voltar às suas raízes: perseguir e amar a verdade.”
Medo e ambição são talvez as duas paixões mais fortes que movem o ser humano. E os autoritários de plantão já perceberam isso faz tempo. Incutir medo no povo é um mecanismo eficiente para controlá-lo. Espalha-se pânico e depois vende falsa segurança, bastando o cidadão delegar todo o poder a essa casta de "especialistas".
Foi exatamente assim na pandemia da Covid. Ninguém nega a gravidade do troço, claro, mas a reação foi bastante histérica e desproporcional. E pior: muitos passaram a acreditar que bastava seguir cada "recomendação"ou imposição dos "especialistas" para ficar seguro.
Foi assim que vimos gente com duas máscaras em local aberto, ou brigando com familiares como se fossem potenciais assassinos ao não seguir cada passo sugerido pelas autoridades, ou então entregando o braço para quantas doses fossem disponibilizadas de uma vacina em experiência.
Os lockdowns, as máscaras e mesmo as vacinas não impediram inúmeras mortes, mas isso em nada abalou a fé cega dos crentes na "ciência" de tecnocratas picaretas como Dr. Fauci ou governadores charlatães e bastante ambiciosos. Havia um claro grupo de risco: os idosos. Mas falar isso era "feio" ou "insensível".
Os obesos claramente corriam mais riscos, mas mencionar o óbvio era "gordofobia".
A ciência verdadeira não liga para nossos sentimentos, mas a ideologia "progressista" moderna, que tenta monopolizar a fala em nome da ciência, é puro sentimentalismo.
E eis que agora a mídia e os mesmos suspeitos de sempre já tentam criar mais um clima de pânico, dessa vez com a varíola dos macacos. Não importa que a própria OMS, desacreditada perante os observadores céticos, mas alçada ao patamar de voz da ciência pelos crentes que acusam os demais de negacionistas, tenha recomendado a redução do sexo entre homens, já que 98% dos casos seriam fruto de relacionamento homossexual.
Não se pode "estigmatizar" a comunidade gay, alegam, então não se pode mais seguir a ciência. Afinal, os fatos estão aí e não vão desaparecer por conta de nossa sensibilidade social. Ao que tudo indica, o grosso dos casos está concentrado nesse perfil de comportamento. Esconder isso do público ajuda de que forma? Reparem que não se trata de relacionamento gay em si. O par homossexual monogâmiconão parece correr mais perigo do que qualquer casal. O problema é a quantidade de relacionamento sexual entre homens, ou seja, a promiscuidade. Mas simplesmente mencionar isso já atrai a fúria dos inquisidores modernos.
Uma reportagem da Folha hoje já tenta espalhar o medo e alegar que o governo federal, claro, não tem feito o suficiente para impedir o contágio.Num país com mais de 200 milhões de habitantes, estamos falando em pouco mais de mil casos. Ainda assim, o jornal consultou os "especialistas" certos para criticar o governo e também para deixar seus leitores em pânico.
Por que não se pode, porém, falar do óbvio, do comportamento de risco nesse caso?
Os mesmos que nem pestanejaram na pandemia do Covid para impedir crianças de estudar, gente humilde de trabalhar ou famílias de estarem com seus parentes idosos doentes, agora na varíola do macaco morrem de medo de recomendar menos promiscuidade homossexual para não criar “estigma” ao grupo.
E assim contribuem para a proliferação da doença...
Foi exatamente o mesmo caso com a AIDS, e pasmem!, era o mesmo Dr. Fauci no comando. O "cientista" se recusava a admitir que certo grupo corria bem mais risco, deixando todos com medo para não "criar estigma".Como isso ajudou a comunidade gay permanece um mistério. Mas o medo espalhado deu certamente mais controle aos tecnocratas do estado, ao próprio Dr. Fauci.
Pessoas apavoradas são presas fáceis dos oportunistas de plantão.A fobia muitas vezes é irracional. Mas se você pretende monopolizar a fala em nome da ciência, o mínimo que deve fazer é esmiuçar com cuidado as estatísticas, os dados. Afinal, não custa repetir: os fatos não ligam para seus sentimentos...
Desde o início da
tragédia mundial da Covid, ficou claro para quem tentava pensar com
objetividade, coerência e isenção política que o “lockdown”, como se
passou a chamar as medidas de fechamento maciço da atividade social, era
a arma errada para combater a pandemia.
Não só errada: era a mais
errada de todas as possíveis.
Placa com os dizeres 'O ACT está em lockdown' em Canberra, Território da Capital Australiana (ACT), Austrália, 24 de agosto de 2021
Rapidamente, a paralisia total revelou-se o que realmente foi: uma reação de pânico e de ignorância das autoridades públicas, turbinada, também desde o começo, por uma vasta lavagem cerebral de ordem ideológica.
O “lockdown”, na tábua de mandamentos da militância da Covid, era um imperativo para “mudar a sociedade”; deveria ser criada uma “nova normalidade”, caso a humanidade quisesse sobreviver. Quem tentava argumentar, com fatos e realidades, que o fechamento radical não fazia sentido, era amaldiçoado como “negacionista” ou “genocida”.
A Covid passou, depois de deixar mais de 6 milhões de mortos em todo o mundo, cerca de 660 mil no Brasil– é o que dizem os registros de mortes atribuídas ao vírus. Sobrevive em alguns focos de resistência entre os jornalistas, funcionários públicos, etc, etc, etc, mas acabou na vida real – e vai deixando a claro, pouco a pouco, o tamanho da mentira que foi o “lockdown”.
Se ele funcionasse, por que o vírus continuou a se espalhar livremente, durante dois anos, com todas as medidas de repressão à vida em sociedade? Por que as pessoas que obedeciam o “fique em casa” continuaram a pegar Covid?
Agora, num clima mais racional, a ciência de verdade – não o charlatanismo dos ministros do STF, dos governadores e dos prefeitos, que passaram a maior parte dos últimos dois anos brincando de ditador – começa a esclarecer as coisas.
Um estudo de economistas-pesquisadores da Universidade de Chicago publicado pelo National Bureau of Economic Research do governo federal dos Estados Unidos, e citado pelo Wall Street Journal, é o mais recente demonstrativo concreto, com base em números, do desastre universal que foi o “lockdown”.
Tomando como base três critérios – mortes, educação e economia – e computando as cifras de todos os estados americanos, a pesquisa comprova que o fechamento teve efeito próximo ao zero na redução de mortes; ao mesmo tempo, foi devastador nas escolas e na performance econômica.
A pesquisa demonstra que a Flórida, estado que aplicou um mínimo de restrições durante a pandemia – seu governador, Ron de Santis, foi chamado pela mídia, o tempo todo, de “Governador Sentença de Morte” –, teve o mesmo número de mortes, proporcionalmente, que a Califórnia, onde o governo aplicou as medidas de repressão mais agressivas de todo o país.
Mas, entre os 50 estados, a Flórida ficou em terceiro lugar na relação dos que menos perderam em educação;a Califórnia ficou em último. Dos mesmos 50, a Califórnia ficou no 47º lugar entre os que tiveram o pior desempenho econômico; a Flórida ficou entre os melhores, no 13º lugar.
Resumo da ópera: a Flórida registrou um número de mortos equivalente ao da média nacional, mas protegeu muito melhor os seus cidadãos das devastações que a Covid provocou na economia e no desempenho escolar das suas crianças e jovens.
O estudo mostra outras realidades reveladoras. O Havaí,que adotou medidas extremas de “lockdown” – chegou a proibir, pura e simplesmente, o desembarque de qualquer pessoa em seu território –,ficou em primeiro lugar em número de mortos, entre os 50 estados. Na economia foi o pior de todos, com o 50º lugar, e na educação levou o 46º.
Em Nova York, o ex-governador Andrew Cuomo, que renunciou ao cargo em meio a um escândalo, foi um campeão do “fique em casa”. Seu estado teve o 48º lugar entre os 50 em termos de desempenho econômico.
No Brasil, obviamente, não haverá nenhum estudo semelhante. Aqui o STF vai continuar dando 100% de razão a qualquer autoridade que quiser prender a população dentro de casa. A mídia vai continuar considerando como heróis nacionais os governadores que receberam poderes absolutos e exclusivos – ninguém podia interferir nas suas decisões –para tratar de uma epidemia que deixou 660 mil mortos.
As classes intelectuais continuam tratando o “lockdown” como uma causa da esquerda;quem é contra é condenado como sendo “de direita”, bolsonarista e negativista. Vamos continuar, oficialmente, não sabendo nada.
Nações têm interesses e estão de olho em mercados. A relação entre
parceiros pode gerar benefícios, mas quando ela se traduz em dependência
pode significar, também, riscos
Semanas atrás, na véspera da visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, um recuo das tropas comandadas por Vladimir Putin foi comemorado como um sinal de que o iminente conflito com a Ucrânia poderia não ocorrer. O quadro remete ao que muitas vezes ocorre com o paciente internado por longo período em um hospital: uma leve melhora antes do óbito. No caso das tropas russas, o que houve foi um embuste. A decisão de Moscou de atacar Kiev já estava tomada. Era apenas questão de tempo. Prova disso é a velocidade com que avançam sobre o território ucraniano.
Bombas, mísseis e mortes ocorrem todos os dias – a população de Israel que o diga, volta e meia atacada pelo grupo terrorista Hamas. O que estamos assistindo neste momento, porém, é bem diferente. Trata-se de uma potência nuclear avançando sobre o segundo país em área territorial do Velho Continente. Não é pouca coisa.
A ruína da antiga União Soviética trouxe cicatrizes. Países foram desmantelados (Tchecoslováquia e Iugoslávia, para ficarmos em apenas dois dos mais expressivos exemplos) e deram origem a outras nações. E embora tenham sido processos traumáticos e construídos muitas vezes à base de protestos, sangue e mortes, eram conflitos essencialmente internos.
Sem saber ainda qual o apetite de Vladimir Putin e qual a dimensão que terá o impacto nas relações políticas e econômicas, ficam algumas lições do que ocorre neste momento.
A primeira e, talvez, mais básica é: não existe vácuo de poder. Quando alguém abre mão da liderança, o que surge não é o vazio, mas sim uma substituição natural.
Donald Trump estava longe de ser o mais polido dos presidentes norte-americanos. Mas se faltava educação e finesse, sobrava habilidade nas negociações.
Joe Biden oscila. A ameaça de retaliar a Rússia com embargos econômicos tem alcance limitado e ele sabe disso. O mundo esperava uma reação mais enérgica. Ela não veio.
A segunda lição serve de alerta: a agenda ambiental que demoniza combustíveis fósseis pode ser, aos olhos das novas gerações, limpa e cheirosa. Mas traz riscos, especialmente do ponto de vista de segurança, tanto de fornecimento quanto de estabilidade política. A pergunta mais óbvia é:enfiar goela abaixo, a fórceps, o uso de energias alternativas interessa a quem?
Nações têm interesses e estão de olho em mercados. A relação entre parceiros pode gerar benefícios, mas quando ela se traduz em dependência pode significar, também, riscos. A Europa que estimulou (inclusive com a adoção de prazos legais) a propagação dos carros elétricos estava interessada em depender menos do petróleo que ela pouco produz(exceção feita aos nórdicos).Até aí, sem problemas.Mas a mesma Europa que queria reduzir esta dependência é hoje praticamente refém do gás russo,especialmente a Alemanha, que decidiu precipitada e erroneamente desligar usinas nucleares após o terremoto e posterior tsunami que atingiu a usina de Fukushima.
Em meio à onda desarmamentista que avança sobre o mundo, uma importante lembrança: na metade da década de 1990, um acordo selou o destino do poderio nuclear da Ucrânia, o terceiro mais importante do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e Rússia. As ogivas foram devolvidas aos russos sob a promessa de que o ocidente garantiria a segurança dos ucranianos. Pergunto: se a Ucrânia ainda tivesse este arsenal sob seus domínios, Putin se arriscaria a fazer o que fez? Pouco provável.
O fato é que Joe Biden parece perdido.[parece? o dorminhoco americano já estava perdido quando o candidataram.] Não é a primeira vez que isso ocorre com um presidente dos Estados Unidos.Na década de 1960, John Kennedy passou por situação semelhante. Após vencer Richard Nixon nas eleições, o jovem presidente democrata entrou em uma ciranda de desgaste da gestão. A aprovação a ele e ao governo caía. Assim como ocorre agora, a antiga União Soviética viu na fraqueza de Kennedy uma oportunidade de expandir seus domínios e ampliar seu poder bélico.
O resto é história. A chamada "Crise dos Mísseis" tirou o sono de boa parte do planeta ao longo de quase duas semanas. Habilidoso, Kennedy viu ali uma oportunidade. O jovem peitou Nikita Khrushchev, impediu a instalação do arsenal soviético em solo cubano e aproveitou para recuperar o terreno perdido. Kennedy ressurgiu como liderança no seu país e, também, no ocidente. O mundo hoje olha para Joe Biden e não nutre grandes esperanças de que algo semelhante possa ocorrer. Se nada for feito, a resposta para o título da coluna será: não há limite. Infelizmente.
A recentíssima decisão do
Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635 pode criar um
precedente gravíssimo no enfrentamento da criminalidade ao usurpar a
competência constitucional dos órgãos da Administração Pública
vinculados ao Poder Executivo.
Ela mantém restrições a incursões
policiais em favelas do Rio de Janeiro durante a pandemia e as
condiciona à apresentação de um plano ao STF.
A
decisão dos ministros do STF revela o absoluto desconhecimento da
atividade policial e, ainda, reforça o estigma de que as ações dos
policiais do estado do Rio de Janeiro não estariam revestidas de nenhum
planejamento. E destaca, em sua essência, um suposto sentimento desses
agentes de segurança de total desprezo pela vida dos cidadãos.
A
história recente do país já nos revelou o desastre que foi o Poder
Judiciário tentar se apresentar como o ator principal do "combate à
corrupção", especialmente no caso da criminalidade do "colarinho
branco".De início, relembremos, o STF referendou diversas medidas que,
até então, só aumentaram o poder de um determinado grupo de juízes e
membros do Ministério Público, tendo como resultado o próprio tribunal
reconhecer que boa parte daquelas medidas deveria ser anulada, porque
desrespeitaria diversos direitos e garantias fundamentais. Alimentaram
um "monstro", que se autodenominou "lava jato", para, ao final,
reconhecerem que esta esteve em absoluta dissonância com a ordem
jurídica do nosso país, como bem assentado no brilhante voto do ministro
Gilmar Mendes.
Mais uma vez, ao colocar-se como ator principal de
um tema extremamente complexo, de absoluto desconhecimento dos
ministros da mais alta corte do país, é certo que o resultado da decisão
trará efeitos perversos e irreversíveis, que tendem a piorar a situação
da segurança pública do Rio de Janeiro, que já se encontra
insustentável.
Primeiro, porque estamos tratando de agentes de
segurança que são mal remunerados, com uma escala de trabalho exaustiva,
submetidos à pressão dos superiores hierárquicos.
Não por outro motivo,
o número de policiais afastados por doenças psiquiátricas é recorde.
Somado a essa informação macabra, temos o número significativo de
suicídios e mortes no exercício da atividade policial.
Segundo, de
um lado a sociedade exige policiamento ostensivo, investigações que
revelem a autoria e materialidade da prática de crimes em tempo real e,
ao mesmo tempo, cobra punições a esses mesmos agentes de segurança no
primeiro alarido da imprensa.
Exigem o emprego de força policial, mas,
quando algo dá errado, são os primeiros a exigir uma punição sumária.
O
resultado dessa equação é o afastamento gradual dos agentes policiais
das atividades diárias nas ruas, o que, no curto e médio prazos, nos
levará ao caos total, pois eles são a última barreira entre a
criminalidade e a sociedade, queiramos ou não.
A bem da verdade, o
agente de segurança pública não espera o reconhecimento da sociedade ou
dos superiores hierárquicos, não almeja o enriquecimento pessoal,
confia, cada dia menos, que em algum momento possa ser respeitado e que
não seja punido pelo simples exercício de sua atividade, prevista na
ordem jurídica de nosso país.
Nossas desculpas se a pergunta adiante decorrer de alguma limitação em nossa compreensão:
- em 2020, no inicio da pandemia covid-19, o Governo Federal, no intuito de evitar boatos, mentiras, fake news, decidiu centralizar no MS a divulgação dos dados sobre contágios, contaminações, mortes.
A mídia militante, imediatamente, formou um consórcio cujo objetivo era impedir eventual, e não provada, manipulação dos dados e criou um consórcio de jornais e TVs para fornecer aqueles dados, de forma precisa e verdadeira.
Tudo bem,maravilha. Ousamos supor que os consorciados obtinham diretamente das secretárias estaduais de Saúde e cartórios os dados sobre número de casos - contágio e mortes - e o total após compilado era apresentado.
Tudo em um processo entre os veículos integrantes do consórcio e cada estado.
Só que hackers invadiram o sistema do Ministério da Saúde e, estranhamente, começaram a ser omitidos dados de alguns estados, sob alegação da invasão ocorrida no MS.
Surge a pergunta: se a invasão ocorreu no MS - receptor das informações dos estados - qual a razão de alguns estados não apresentarem dados = em decorrência da invasão ao sistema do MS = versão apresentada pelos órgãos do famoso consórcio?
Ao que se sabe não havia nenhum envolvimento entre o consórcio e o Ministério da Saúde. No popular:o consórcio 'bebia' direto da fonte de dados = secretarias e cartórios de cada estado.
Fechando com um comentário: como de praxe, veículos da mídia militante, se empenharam em maximizar uma suposta e não provada ineficiência do MS - tanto em impedir o ataque ao seu sistema quanto em sanar danos.
Esqueceram de duas coisas:
- recentemente, para ficar só em um exemplo, hackers invadiram o controle de um oleoduto nos Estados Unidos e interromperam o fornecimento de combustível para um estado - prova que os hackers podem mais do que muitos pensam; e,
- o único sistema informatizado a prova dos hacker é o do TSE. Que, nos parece, se ocorrerem não são confirmadas e insistir no tema pode configurar 'atentado' à democracia, 'desrespeito' à Constituição Federal e outros crimes.]
Em todos os países nós quais a vacinação ultrapassou certa taxa
crítica, em torno de 60% com as duas doses (no caso das vacinas que
pedem duas) ou com a dose definitiva (quando pedem apenas uma)a
mortalidade por Covid-19 mergulhou, ou ao menos iniciou o mergulho. Aqui
na América do Sul o melhor exemplo é o Uruguai.
Mas mesmo onde se
chegou a esses índices de vacinação e as mortes apenas começaram a
declinar fortemente, os casos apresentam queda. É a situação do Chile. E
nos lugares da Europa que vivem um aumento de casos, por novas
variantes ou pela contágio na população não vacinada, ou pelas duas
coisas, o aumento dos infectados não tem sido acompanhado da elevação no
mesmo grau, nem próximo, dos óbitos.
A conclusão? Divergências
pode haver sobre vários aspectos do combate à doença causada pelo novo
coronavírus, mas uma coisa já se sabe com certeza. A prova da vida real,
a partir da vacinação em massa pelo planeta, mostra que as vacinas
funcionam. Todas elas. Inclusive as que são alvo de preconceitos
político-ideológicos.
Por isso, vacinar em massa e o mais rápido
possível,com a vacina que estiver disponível, é a única atitude
aceitável quando se avaliam as ações de qualquer governo.
Índice do levantamento de VEJA tem a maior queda 10 de junho; média móvel de casos de Covid-19 voltou à estabilidade após mais de uma semana disparando
A média móvel de mortes por Covid-19 está em queda e neste sábado, 26, atingiu o menor patamar em duas semanas. De acordo com o levantamento feito por VEJA, o Brasil registrou 1.705 óbitos na média, o menor desde 10 de junho, quando o valor registrado foi de 1.804,4. A queda na média móvel de mortes deixa o país em patamar de estabilidade. A avaliação é feita por infectologistas, que determinam que uma variação acima de 15% em relação ao índice de duas semanas atrás representa um momento de crescimento constante, enquanto uma queda de 15% no período determina um movimento de recuo.
Ao olhar para novos casos, o cenário também é de estabilidade. A média móvel de casos nesse sábado ficou em 71 877,7 casos, com índice de 7,65% de variação em comparação aos números registrados em 12 de junho. O cálculo da média móvel feito por VEJA consiste em somar todos os registros dos últimos sete dias e dividir o total por sete. Assim, é possível ter uma visão ampla do atual momento da pandemia (confira os gráficos no final da matéria).
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 64 134 novos diagnósticos positivos e 1 593 novos óbitos por Covid-19. Em toda a pandemia, são 18 386 894 contaminados pelo vírus e 512 735 vítimas em todo o território nacional. Os gráficos abaixo mostram a evolução diária da média móvel no Brasil, nas cinco regiões geográficas, nos 26 estados da Federação (mais o Distrito Federal) e nas 27 capitais do país.
O cálculo de médias móveis consiste em somar todos os registros dos últimos sete dias e dividir o total por sete. Assim, é possível ter uma visão ampla do atual momento da pandemia.
Como brincar carnaval diante de um cenário tão macabro?
Ir às ruas para uma festa cujo clima depende de aglomeração seria uma
espécie de suicídio coletivo
[Felizmente, um ano sem carnaval; que falta faz? NENHUMA. O número de mortes será menor, oconsumo de drogas cairá ainda que pouco, aimoralidade, acorrupção moral(não toleramos a corrupção pública = a que envolve dinheiro - mas aceitamos a corrupção moral que é a mãe de todas as corrupções);cenas ofensivas à moral e aos bons costumes, adepravação, os atos obscenos, as crianças presenciando imoralidades, o exibicionismo repugnante(lembram do golden shower?)o desrespeito aos valores religiosos,o vilipêndio dos símbolos cristãos.
Vejam a imagem abaixo. Pensem. O recado é claro]
[ A mudança que ilustra esse recado não foi realizada pelos que se
julgam Supremos e pretendem autorizar até quem deve ter o direito de nascer.
Um
alerta: desnecessário, mas para perfeito entendimento dos que quando
desenhamos não conseguem compreender, que o 'coisa ruim', o de vermelho,
está muito triste pela não realização do carnaval 2021.
A mudança mostrada foi realizada por
DEUS, o SER SUPREMO, que realmente pode tudo.]
O carnaval sempre foi um momento de inversão de papéis, de
questionamento das normas, de fuga do padrão da vida cotidiana e da
libertação da repressão. Neste ano, não. Ainda vamos levar algum tempo
para ter a verdadeira dimensão do que está ocorrendo, mas, talvez, o
carnaval deste ano seja um momento de choque da dura realidade, que é a
crise sanitária pela qual o mundo está passando, agravada pela
incompetência e pelo negacionismo do governo. Oxalá, no próximo
carnaval, a maioria da população esteja imunizada contra a covid-19.
No começo da pandemia, imaginava-se que o carnaval de 2021 seria um
dos maiores de todos os tempos, com a população indo às ruas se
divertir, superada a peste. Estaríamos vivendo momentos felizes, de
muita contestação aos tabus da nudez e da sensualidade, de ironias e
críticas escrachadas aos governantes e, como não poderia deixar de ser,
ao presidente Jair Bolsonaro. Feminismo, racismo, diversidade, exclusão,
["Quanto maior a ênfase, por
exemplo, nas teorias de gênero, maior a homofobia; quanto mais igualdade
de gêneros, mais cresce o feminicídio; quanto mais se combate a
discriminação racial, mais ela se intensifica; quanto maior o
ambientalismo, mais se agride o meio ambiente; e quanto mais forte o indigenismo, pior se tornam as condições de vidas de nossos índios", relatou na entrevista.] os temas característicos do debate contemporâneo, numa sociedade
pluralista e democrática, estariam sendo tratados com bom humor e muita
sagacidade pelo povo nas ruas, cantando marchinhas e sambas.
Por incrível que possa parecer, o carnaval — essa festa tão
desvairada — também é um momento de conscientização da população. É
quase impossível na vida de um brasileiro não ter visto um desfile de
escola de samba, não ter saído num bloco ou participado de um baile de
carnaval no qual não houvesse ruptura ou transformação de costumes. É
uma festa muito ambígua, na qual a fuga da realidade funciona como um
espelho da sociedade, quando a velha senhora que passa roupa para fora
se veste de luxuosa baiana, a madame vira figurante numa ala de escola
de samba, o jovem desempregado brilha na bateria, a socialite leva uma
bronca do bombeiro hidráulico por atrasar o desfile e o galã da novela
arrisca um desengonçado samba no pé, sendo ele mesmo, e não o seu
personagem.
O carnaval substituiu o entrudo, que era uma festa embrutecida, na
qual o povo tomava as ruas para jogar farinha, baldes d’água, limões de
cheiro e até lama e areia uns nos outros. Ou seja, um avanço
civilizatório. Roberto DaMatta, o antropólogo estudioso dos foliões e
dos malandros, sempre destacou que o carnaval não é apenas um momento de
alienação da realidade, é um espaço de transformação dos padrões da
sociedade. O Rio de Janeiro, quanta ironia, teve um prefeito que não
gosta de carnaval e não conseguiu se reeleger. Temos um presidente da
República que também não gosta e que, talvez, se regozije pelo fato de o
povo não ter tomado as ruas para fazer troça das autoridades e de si
próprio.
Folião de raça
Um dos maiores carnavais de todos os tempos, segundo os historiadores,
foi o de 1919, no Rio de Janeiro, ano de estreia do Cordão do Bola
Preta, que havia sido fundado em dezembro do ano anterior e, hoje, é o
maior bloco do país, arrastando milhões pelo centro do Rio de Janeiro no
sábado de carnaval, o que deveria ter acontecido ontem. Aquele foi um
carnaval no qual a população comemorou o fim da gripe espanhola,a
epidemia que matou 15 mil pessoas somente no Rio de Janeiro. Neste
carnaval, a média de óbitos na cidade está em 158 mortes por dia, sendo
234 óbitos e 5,5 mil casos de contaminação nas últimas 24 horas. Já são
551 mil casos no estado.[naquela época se levava semanas para ir do Rio ao Recife; meses para realizar o percurso Europa x Brasil; imagine se uma pandemia daquele porte, com seu elevado índice de letalidade e contágio, ocorresse nos dias de hoje = em que o contaminado hoje pela manhã, pode estar amanhã no outro lado do mundo contaminando.]
Não é privilégio de cariocas e fluminenses. No Distrito Federal, a
covid-19 matou 4.198 pessoas, de um total de 247 mil infectados; oito
vezes mais do que acidentes e homicídios. Em Belo Horizonte, foram 16,5
mil mortes, de um total de 798 mil infectados. Em São Paulo, 55 mil
mortes, com 1,9 milhão de infectados. Na Bahia, 10,6 mil mortos para 623
mil infectados. Em Pernambuco, 10,6 mil mortos para 277 mil infectados;
no Amazonas, são 9,7 mil mortos para 292 mil infectados. Estamos
vivendo a rebordosa das campanhas eleitorais e das festas de fim de ano. [por conveniência muitos atribuem o acréscimo de agora a uma segunda onda = bem mais conveniente que atribuir às eleições de novembro .p., e os festejos de fim de ano.]
Como brincar carnaval diante de um cenário tão macabro? Agora, com a
segunda onda da pandemia, ir às ruas para uma festa cujo clima depende
de aglomeração e contato físico seria uma espécie de suicídio coletivo.
Por isso, mesmo que a festa seja em casa e nas redes sociais, neste ano,
o carnaval não valeu. Melhor ficar em casa, cantar A Jardineira e pôr
fogo na camisa amarela, como aquele folião de raça de Ary e Elizeth, na
quarta-feira de cinzas.
PS: até quinta-feira!Luiz Carlos Azedo- Nas Entrelinhas - Correio Braziliense
Impeachment de Bolsonaro ganhou mais exposição agora do que em dois anos
O
impeachment não apenas como solução, mas sobretudo como necessidade,avançou mais
e ganhou mais exposição nos últimos dias do que nos dois anos
de Bolsonaro até a tragédia pandêmica em Manaus. Temores
e dúvidas esvaneceram em grande escala, pulverizados pela visão imaginada das mortes
por asfixia à falta de oxigênio hospitalar, causada por incúria
e suspeita indiferença do governo Bolsonaro. E, por horror ou por cautelas
tardias, nem foram ainda relatadas, como devido, essas mortes em hospitais,
casas, em fila para socorro.
[Que DEUS dê vida longa aos meus inimigos, para que eles assistam de pé a minha vitória!
Frase, cuja autoria desconhecemos, caso não conste das anotações do capitão, deve ser memorizada e dita ao amanhecer e anoitecer da cada dia.
Esperando um terceiro turno que não ocorreu,um impeachment que não ocorrerá, resta aos inimigos do presidente Bolsonaro, aguardar que conclua seu segundo mandato e, caso não se candidate a um terceiro, saia da política.]
Bolsonaro
combate o avanço do impeachment, de início, com gigantesca atividade de
corrupção política. É o velho compra-e-vende de deputados, agora para eleger
o futuro
presidente da Câmara, em fevereiro. Nessa
operação encontram-se, ao lado de velhos embolsadores antes desprezados pelos
militares, generais como Luiz Eduardo Ramos, na função de coordenador político
e intermediário com os congressistas. Eleger
um tipo como Arthur Lira é, para Bolsonaro, a melhor garantia de bloqueio ao
impeachment na Câmara, o primeiro estágio. É a permanência comprada com
dinheiro público de cargos ou verbas. Além da sempre patriótica caixinha
empresarial.
Há,
no entanto, destituições que só a custo muito alto, em variados males e mais
ainda em vidas, poderiam aguardar o possível impeachment. Um desses é gritante.
Seja qual for ainda a permanência do general Eduardo
Pazuello como ministro da Saúde, por isso haverá muito mais
vidas brasileiras em risco. Senão perdidas. A
responsabilidade desse general pela tragédia em Manaus é inequívoca. Seu reconhecimento
de que foi prevenido do então próximo esgotamento do oxigênio diz muito, mas
não tudo. Além de advertências sobre o problema durante sua estada na cidade,
dias antes do colapso hospitalar, a Força Nacional do SUS convocada pelo
próprio general informou-o até da data de eclosão da tragédia — o oxigênio a
zero.
Levantamento
do repórter Vinicius Sassine, na Folha,[temos dificuldades de entender as razões de 'esquecerem' o governador do Amazonas! qual será o motivo???]permite constatar que
relatórios e pedidos de providências, quase diários, informaram Pazuello desde
ao menos uma semana antes do colapso total.
A
fornecedora, White Martins, fez também sua advertência: a necessidade crescia
além da capacidade de fornecimento imediato. Apesar disso, o secretário de
Atenção Especializada em Saúde (!) do ministério, Luiz Otavio Franco Duarte,
claro que um coronel, quis culpar e autuar a fornecedora. Era como se Pazuello
e Bolsonaro [e o GOVERNADOR] de nada soubessem. Nenhuma providência em tempo de evitar as mortes
terríveis e o desespero inapagável dos médicos, enfermeiros, atendentes.
Os
casos de Covid-19 continuam crescentes no Amazonas, agora também
no interior, onde não há sequer um leito de UTI. Pior, está previsto
o agravamento da crise já nas próximas semanas e ao longo de fevereiro. Mas a
precaução adotada por Pazuello é a nomeação de novo superintendente das ações
do Ministério da Saúde no estado, Ricardo Loureiro. Coronel, naturalmente. Da
infantaria, [a Rainha das Armas.]ordinário marche.
Não
é menos comprometedor de Bolsonaro e do general Pazuello a recomendação, no
site do ministério, de tratamento
da Covid-19 com cloroquina. E seu uso em “tratamento precoce”,
portanto, em “tratamento” do que ainda não é doença. Retirar
o aplicativo no mesmo dia em que foi notícia de jornais é,
claro, o reconhecimento da impropriedade do tratamento recomendado. Os efeitos
dessa vigarice criminosa, porém, circulam por aí na companhia dos vírus
inatacados. A saída do
general Eduardo Pazuello é uma necessidade da vida. E é muito
pouco pelo que ele deve em vidas.
A
permanência de Pazuello será um desafio a mais de Bolsonaro ao Estado de
Direito, às representações institucionais da Constituição e ao que reste de
dignidade no país. Mas será também útil contribuição à onda que se forma. A poderosa
entrevista do ex-ministro Carlos Ayres Britto à Folha,sendo ele uma das perdas do Supremo muito lastimadas, continua revertendo
reservas ao impeachment e liberando vozes e escritos. É o lado ainda vivo do
país, nestes tempos de duas epidemias letais.
A cidade de São Paulo vai fechar o último hospital de campanha que ainda estava aberto para atender pacientes de Covid-19 (leia).
Não são mais necessários, pois a pandemia claramente refluiu na capital
paulista, como mostra o gráfico organizado pelo deputado federal
Eduardo Cury (PSDB-SP) (veja).
Na
real, o pico das mortes na cidade de São Paulo foi atingido em meados
de junho. De lá para cá, o que se viu foi um relaxamento progressivo do
isolamento social na capital paulista. Que na teoria deveria ter trazido
um repique dos casos e portanto de mortes. Mas não aconteceu.
Se
as premissas desenvolvidas desde o início da pandemia pelos
especialistas estiverem certas - e não há motivo para não estarem -
desde junho a cidade de São Paulo deve estar combinando graus razoáveis
de distanciamento social e de imunidade coletiva. Não há outra
explicação.
E como a presença de anticorpos contra o SARS-CoV-2
ali nunca superou uma ordem de grandeza de 20%, só se pode concluir que,
a depender da eficiência do distanciamento social, a imunidade coletiva
pode mesmo ser atingida com bem menos que os inicialmente previstos 60%
de infectados. [nos alinhamos entre os que consideram que a imunidade de rebanho = alguns chamam de imunidade coletiva = é alcançada quando a taxa de contágio é inferior a 1. Igual a 1, um contamina outro. No Brasil ela tem oscilado entre 0,9 a 1.
O alcance da imunidade de rebanho foi apregoado pelo presidente Bolsonaro como a solução para a pandemia. Só que a turma da ciência tomou de conta e alcançamos a imunidade tão rechaçada e eles ainda não admitem que o capitão estava certo. De qualquer forma, a ciência tem extrema importância - quando conhece o problema e tem soluções. Por enquanto conhece pouco do vírus chinês e não tem solução.]
Ou vai ver tudo isso está errado e estamos na iminência de uma segunda onda forte de casos. O futuro dirá.
Número de óbitos
por covid-19 no Brasil interrompe escalada acelerada, mas alcança um
patamar muito elevado, na avaliação de especialistas. As atualizações
diárias estão na casa de 40 mil casos e mil vidas perdidas. Analistas
não enxergam diminuição sustentada
Previsto
para agosto pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o pico da
covid-19 no Brasil preocupa autoridades, pesquisadores e, também, a
população. No entanto, especialistas indicam ser possível que o país não
tenha um pico característico como o de outras nações afetadas pela
pandemia. Sem um controle efetivo do isolamento social e com a
flexibilização precoce das atividades comerciais, o Brasil vê os números
se estabilizarem em uma curva achatada por um maior período. O problema
é que o chamado platô (estabilização), visto atualmente na curva de
mortes pela doença, ocorre em um alto patamar, com atualizações diárias
na casa de mil óbitos. Para
Rodrigo José, plantonista de uma unidade de terapia intensiva (UTI) que
atende a pacientes com covid-19 em Curvelo (MG), “estamos tendendo a
ter um platô com um número muito alto de mortes por dia. Será que nossas
medidas estão sendo efetivas ou, na verdade, a gente está estabilizando
por uma ineficácia do que a gente deveria ter feito e não fizemos?”
[O Brasil está em um platô, mas tudo indica próximo da imunidade de rebanho.
Saiba mais, clicando aqui - estudo técnico explicando o funcionamento da imunidade de rebanho e como se comprova.
Duas situações não podemos esquecer:
O isolamento social de Manaus foi praticamente inexistente, testagem mínima, cadáveres enterrados em covas coletivas e agora já está desativando até hospital = tudo indica atingiu a imunidade de rebanho;
Distrito Federal, está em um pico de infecções - fez uma ridícula quarentena meia boca e agora segue uma política do abre, fecha abre - mas por três dias o número de recuperados supera o de infectados = indicio de uma provável imunidade de rebanho.]
Segundo
o médico do serviço de controle de infecção hospitalar do Hospital
Imaculada Conceição, a estabilização na casa das mil fatalidades reflete
negligência com a quarentena. “A gente vai vendo que há um relaxamento
de isolamento social e isso, de certa forma, vai mudando a
característica da transmissão da infecção do vírus no Brasil.
Consequentemente, dificulta para fazer a previsão de quando será esse
pico, se é que nós vamos ter um”, afirma. Ele lembra que o pico da
doença corresponde àquele período em que o país apresenta o maior número
de casos e mortes e, logo após, uma queda sustentada. É determinado,
portanto, posteriormente ao seu ocorrido.“Tem
que haver uma queda sustentada para definir que houve um pico. Dessa
forma, ele pode ser determinado de uma forma retrógrada, porque você vai
defini-lo depois que você passa por ele”, ressalta. Já o platô seria
uma fase posterior ao pico epidemiológico, no qual a curva apresenta
queda e faz um achatamento, mantendo uma constância.
Ao
analisar a curva do Brasil por semana epidemiológica, especialistas
ainda não conseguem ver uma queda sustentada — nem em relação aos
óbitos, nem em relação aos casos. Com o encerramento da 28ª semana
epidemiológica, ontem, o país mantém a média de registro das semanas
anteriores, não mostrando uma variação considerada significativa para
definir uma alteração na curva da pandemia. No entanto, é possível
observar que, enquanto se nota uma estabilização no número de óbitos há
algumas semanas, a quantidade de infectados continuou em crescimento,
ainda que em desaceleração. A primeira recessão ocorreu justamente entre
a semana 27 e 28, com queda de 0,2% em relação ao acumulado de novos
casos semanais, o que, ainda, não caracteriza uma tendência de platô.
Transmissão Na
avaliação do secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Arnaldo
Correia, a dinâmica das novas confirmações é um reflexo do aumento da
realização de testes da covid-19. “O número de casos novos tem aumentado
e isso pode ser reflexo da capacidade de testagem do Brasil, que vem
aumentando nas últimas semanas”, disse em coletiva de imprensa, na
quarta-feira. Outro fator importante para
avaliar em que estágio o país se encontra na pandemia é a taxa de
reprodução de vírus, chamada de Rt. O dado é relevante porque ajuda
governantes a definirem qual a melhor hora para optar pela
flexibilização do isolamento social. “O recomendado é que essa taxa
esteja abaixo de 1, mas o ideal, mesmo, é abaixo de 0,8. Quando Wuhan
reabriu, na China, ela estava com a taxa em torno de 0,3. Na Alemanha, a
retomada aconteceu com a taxa de 0,75”, explica o plantonista do
Hospital Imaculada Conceição, Rodrigo José.
Em
meio à onda de flexibilização brasileira, as taxas de contágio (Rt) da
covid voltaram a subir. Na nova avaliação do Imperial College de
Londres, o Brasil, que na semana passada chegou perto de atingir níveis
considerados controlados da transmissão, sofreu um retrocesso e aumentou
a Rt para 1,11, ou seja, cada grupo de cem pessoas infectadas transmite
o vírus para outras 111.
Em abril, com Rt de
2,3, o país chegou a ocupar o primeiro lugar no ranking de nações com
maior descontrole da doença. Já no fechamento da 26ª semana, chegou
próximo de sair do rol de disseminação ativa, com Rt de 1,03. Taxas
acima de 1 significam que o contágio está descontrolado, não sendo
possível rastrear com precisão o caminho do vírus. Com a atualização, o
Brasil se mantém pela 11ª semana entre os países com transmissão ativa,
sendo os Estados Unidos o país com mais longa permanência neste patamar.
Por
outro lado, o Brasil tem apresentado melhoras graduais em relação às
subnotificações, um dos critérios necessários para conseguir identificar
e conter a transmissão da covid-19. Com o fechamento da semana 27, de
28 de junho a 4 de julho, o Imperial College calcula que a nação reporta
43,9% dos casos. No balanço anterior, o índice estava em 36,3%. Em
relação ao início de abril, o avanço foi significativo, já que, à época,
o país só registrava 10,4% das infecções.
Testagem A
testagem é, ainda, uma das principais estratégias para alcançar
infectados, tratando precocemente o paciente e evitando a continuidade
de contágio com o correto isolamento. No entanto, sem a articulação dos
outros elementos, como distanciamento social e completo isolamento dos
infectados, os esforços das autoridades de saúde com ampliação de
testagem não garantem o controle. “É necessário
manter uma vigilância clínica e laboratorial. Do contrário, podemos ser
surpreendidos por novos surtos, ainda que em um momento de
estabilização ou queda”, afirma a médica Nancy Bellei, infectologista e
virologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dizer
que o país vive uma única curva, para a especialista, não retrata a
realidade continental do Brasil, que observa diferentes etapas de
contágio no momento. Sem vacina, no entanto, todas as localidades estão
sujeitas a novas elevações da curva, se não houver cuidado. “Em pouco
tempo, países já estão experimentando algumas recrudescências e fazem
intervenções. Não necessariamente voltarão os picos com tantas mortes,
já que uma parcela da população já se infectou. Estamos iniciando um
momento novo, mas a pandemia não acabou. Teremos que aprender a conviver
com o vírus, porque ele vai continuar circulando. Conviver com esse
vírus é não relaxar nas medidas, fazer a nossa parte”, orienta a
infectologista.