A sua força se avoluma na esteira do descrédito da classe política. Parlamentares e governantes deixam de cumprir tarefas, só reaparecem nos ciclos eleitorais e operam no balcão da velha política. Esses ganharão passaporte para casa. Ora, a descrença generalizada abriu imenso vácuo entre eles e a sociedade. As entidades organizadas ocuparam este espaço e fundaram novos polos de poder. A intermediação social entrou forte nas frentes de pressão. O Congresso virou passarela para o desfile de associações, sindicatos, federações, núcleos, grupos, movimentos de todos os tipos. O voto terá essa forte alavanca.
Dessa forma podemos divisar uma composição ditada pelo modo como as categorias enxergam a política. Profissionais liberais tendem pelo voto mais racional, que deixa o coração para subir à cabeça. Ele se concentra nas grandes e médias cidades, mais abertas aos meios de comunicação e às críticas aos governantes. No contraponto, enxergamos traços do passado em rincões do País, habitat de raposas políticas de administrações falidas.
Em suma, o novo coronel (desculpem, o novo corona) estará na fila das seções eleitorais.
[Aproveitamos para registrar a oportuna sugestão do jornalista Ricardo Noblat, Blog do Noblat - VEJA, no Post "Sugestão ao futuro ministro da Educação seja ele quem for", quando diz: ''garantir água potável para os quase 2 milhões de alunos sem acesso a ela ..." e "... "...Água [potável, não esqueçam] para beber e lavar as mãos é pedir demais?..." .
Um colega do Blog ao ver esta postagem, informa que leu hoje - não recorda o autor, pelo que pedimos desculpas - um outro jornalista pedindo para que o futuro ministro providencie para que os alunos saiam sabendo matemática, português, geografia e as demais matérias do ensino médio.
O Blog acrescenta confiar que em breve serão inseridas no currículo do Ensino Médio, as matérias:
Organização Social e Política Brasileira - OSPB e EMC - Educação Moral e Cívica.]
Blog do Noblat - VEJA - Ricardo Noblat, jornalista