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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Falta só um voto para a maconha ganhar as ruas de vez - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo 


STF

  Rosa Weber deu o quinto voto pela legalização do porte de maconha.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
 
Está 5 a 1 o julgamento do Supremo que pode anular um artigo da Lei de Drogas e inventar algo novo, legislando, o que não é tarefa do Supremo, mas do Congresso Nacional.  
O primeiro voto discordante da maioria, um voto contra aliviar o transporte e deixar o comprador andar com droga na rua, foi de Cristiano Zanin. Tenho a impressão de que, na lógica da cabeça do advogado, ele percebeu que, se a venda continua ilegal, a compra também é ilegal, é óbvio. Compra e venda estão no mesmo patamar, não há como dissociar.
 
O quinto voto – e agora só falta um para a maioria – foi de Rosa Weber, que antecipou o voto porque logo virá a aposentadoria compulsória. 
Ela também confirmou a permissão para 60 gramas de maconha
Com base em quê? 
Eu posso estar com 60 baseados no bolso, e podem me prender só se eu estiver vendendo? 
O julgamento foi interrompido porque André Mendonça pediu vistas, certamente esperando uma decisão do Congresso Nacional sobre o assunto, para pararmos com essa história de o Supremo legislar.  
Judiciário não tem procuração para legislar, e sim para interpretar a lei. 
Se declarar inconstitucional o artigo, tudo bem, ponto final. Mas se entrar em detalhes sobre maconha, 60 gramas, etc., está inventando regras e legislando.

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A obsessão de Lula, deixar o dólar de lado
Lula continua empenhado em achar uma moeda para substituir o dólar, e parece que os Brics vão estudar o assunto. O dólar não foi imposto; ele se firmou como moeda de transações internacionais porque tem lastro de uma economia estável. 
Se o Brasil tivesse economia estável, a moeda imperante na América Latina poderia até ser o real. 
É uma questão de estabilidade, de garantia, de confiança – moeda é sobretudo confiança. Mas por trás disso está o yuan chinês. A China está se impondo pouco a pouco, com sua milenar paciência. Está querendo abrir o Brics para receber mais gente, sempre sob o seu guarda-chuva.
De qualquer forma, Lula já foi adiante, está animado, disse que Brasil e Argentina vão fazer suas trocas sem o dólar, mas com yuan, que nós pronunciamos “iuan” e o argentino certamente chamará de “juan”. 
E está circulando uma moeda provisoriamente internacional, lá nos Brics, que estão chamando de “R5”. Suponho que “5” é referência aos cinco integrantes, mas o “R” certamente não é o real.  
Só quero saber em que língua vai ficar o nome oficial dessa nova moeda, se pegar.
Falando nisso, os dois candidatos de direita à presidência da Argentina, Javier Milei e Patricia Bullrich, disseram que não querem saber da Argentina nos Brics. E os dois, juntos, segundo as pesquisas de opinião, estão com 60% da preferência dos eleitores. 
Então Lula vai ter de falar com um dos dois sobre o yuan também.
PGR admite que mais de mil presos não invadiram nem quebraram nada, mas quer que eles confessem crime
Alexandre de Moraes aceitou a proposta do subprocurador-geral da República de tentar um acordo com 1.155 réus do 8 de janeiro e deu prazo de 120 dias pra isso.  
Além de não terem antecedentes criminais, eles têm de confessar o crime. Só que a própria proposta do subprocurador-geral diz que eles não participaram nem da invasão, nem do quebra-quebra. 
Então, qual é o crime? De incitação ao golpe?  
Mas o artigo 5.º da Constituição tem de ser lido: o inciso IV diz que é livre a expressão do pensamento; o inciso XV diz que é livre a locomoção, a pessoa pode estar tanto na frente do Palácio do Planalto como na frente do QG do Exército; e o inciso XVI diz que todo mundo pode se reunir sem armas. E não consta que alguém tivesse arma na mão.
 
Então, fica esquisito um acordo em que forçam essas pessoas a confessar um crime. Como é que eles viraram réus, se não estavam lá dentro, nem quebraram nada? 
Só viraram réus porque tanto as prisões quanto o recebimento das denúncias foi feito por atacado, em bloco. 
Foram presos como os 700 estudantes no Congresso da UNE, em Ibiúna, em 1968, no atacado
Mas todo mundo sabe que o devido processo legal exige a individualização da conduta. 
Será que o acordo deve também evitar que eles entrem na Justiça por abuso de autoridade, pedindo indenização por danos morais e materiais? Ainda temos de ficar de olho nisso.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

UM ABORTO EM VÍDEO

Pergunte ao parlamentar que recebeu seu voto na última eleição, quais as razões dele, ou dela (sendo ela,  o assassinato é ainda mais abjeto, hediondo, repugnante)ser favorável à legalização do aborto e tornar mais fáceis cenas como as do vídeo abaixo. 

Aborto  é o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos e que estão no local onde deveriam estar mais protegidos: o ventre da mãe;  mãe ?????

Aborto é assassinato e oferenda a satanás.

Confira no vídeo abaixo:

UM ABORTO EM VÍDEO

Clique acima ou aqui:

 

 

 https://twitter.com/i/status/1690922496902524928


Padrepablohenrique
 
 
 

Blog Prontidão Total

sábado, 12 de agosto de 2023

A frequente utilidade dos leitores petistas - Percival Puggina

 

Não raro, leitores petistas me sugerem temas importantes. É o que fez um leitor que, comentando meu artigo “O silêncio de uma nação”, escreveu:

Professor faça um texto com uma reflexão sobre as joias e o Cid e o general pai, enfim, as muambas que se desvendam diariamente. Este assunto que o sr. passa à margem não condiz com uma pessoa que se diz intelectual e de bem.

Muito mais importante do que responder ao leitor, é explicar como uma pessoa “de bem” se conduz, em sua comunicação social, perante casos como esse em que ele gostaria de colher minha opinião.

Apenas uma vez na vida cometi o erro que o leitor deseja que eu repita. Há trinta anos, embarquei, ingenuamente, na campanha de difamação movida pelo PT contra Alceni Guerra, ministro da Saúde no governo de Collor de Mello. [quando a mídia militante, TV Globo à frente, começou a veicular narrativas tentando comprometer o ex-presidente Bolsonaro - que o caso da covardia orquestrada pelo PERDA TOTAL = pt = contra o então ministro da Saúde, Alceni Guerra,  com ampla divulgação por aquela emissora nos veio à lembrança;  restou provada e comprovada a inocência de ALCENI GUERRA, hoje com 78 anos.]  
A mídia companheira triturava o governo, já em decadência rumo ao impeachment. 
Denúncias de corrupção pipocavam envolvendo a pessoa do presidente e o caso contra Alceni (superfaturamento na compra de bicicletas para agentes de saúde) era um prato cheio para minhas ironias e sarcasmos.

A vítima daquela difamação trilhou um longo caminho até o reconhecimento de sua inocência, restauração de sua vida como prefeito de sua cidade e como parlamentar honrado e respeitado. Passadas três décadas, esse caso pesa em minha consciência, deixando uma linha divisória que nunca mais ultrapassei: não conjeturar sobre a honra alheia e não verbalizar um conceito antes de decisão judicial que o estabeleça. Jamais pelo noticiário da hora!

A vida me ensinou quanto são afobados, instrumentalizados e irresponsáveis os juízos prévios na vida pública. 
E como são hipócritas os espalhafatosos censores da conduta alheia. São hipócritas porque especulam sobre a honra dos adversários, mas votam em ladrões, se os ladrões forem companheiros.
 
Esclareço. Suponhamos que ao cabo das investigações, dos trabalhos de acusação e defesa, se acumulem contra o ex-presidente provas como as que levaram às condenações do atual presidente da República. 
Bolsonaro nunca mais terá meu voto
Então, e só então, me sentirei autorizado a emitir um juízo moral e verbalizar minha indignada decepção
Jamais gastarei meu pobre português para escrever textos como os do noticiário de hoje, nos quais, em meio às gravíssimas suspeitas investigadas, se entremeiam adjetivos como “supostos”, “possíveis”, etc., usados por salvaguarda de uma prudência que talvez esteja em falta no almoxarifado dos fatos.

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

 

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Povo não sabe que o Estado está a seu serviço - Correio Braziliense

Povo que não é ensinado a pensar, também não sabe que é a origem do poder, mandante de seus mandatários políticos e daqueles que são servidores do público

A reforma tributária já tem relator no Senado, e o povo brasileiro está alheio a ela. Só as elites se manifestam; algumas prevendo mais carga tributária, outras antevendo prosperidade. Ela parece cinzenta, pois está entre o preto e o branco: ou é caixa preta ou é cheque em branco. Depois de aprovada na Câmara, ouvem-se dos próprios deputados queixas de que votaram sem conhecer o texto, ou votaram sem entender as consequências das mudanças. 
Representantes do povo são espelho de seus eleitores, que se calam quando seu representante vota o oposto do compromisso de campanha, ou que lhe dá as costas e deixa de representá-lo, para ganhar um cargo em outro Poder.  
Uns e outros carecem de educação e ensino que lhes credencie para praticar um sistema que tem defeitos, mas ainda não se encontrou outro melhor: a democracia, em que todo poder emana do povo e é exercido em seu nome através de seus representantes nomeados pelo voto. 
Por isso, a massa dos pagadores de impostos não é ouvida nem sabe o que vai acontecer quando se mexe nas leis tributárias.
 
Muitos políticos não pensam que educação e ensino são prioridades absolutas para tirar de uma situação crônica uma país tão rico de recursos naturais e tão pobre em bem-estar
Políticos que não pensam que é preciso educação e ensino porque, afinal, muitos deles não tiveram formação e, ainda assim, tiveram votos. [começando pelo apedeuta que atualmente preside o Brasil = que quando recebeu o diploma atestando ter sido eleito para o seu primeiro mandato presidencial, se orgulhou de NUNCA ter lido um livro - ratificando que SUA FALTA DE ESTUDO não o impedia de receber o primeiro diploma da vida o credenciando para exercer,  até aquela ocasião, o cargo mais importante da Nação = importância que foi extinta após dois mandatos seguidos conferidos àquele semianalfabeto e , na sequência, mais dois conferidos a sua sucessora, gênio na ignorância, Dilma Rousseff.] Há políticos que nem querem educação e ensino, porque povo sem um e outro é mais fácil de ser conduzido.  
Paternalismo e clientelismo andam juntos. 
São pagadores de impostos que nem sabem que pagam e recebem qualquer esmola como dádivas pessoais de quem usa o imposto do suor alheio. Povo que não é ensinado a pensar, também não sabe que é a origem do poder, mandante de seus mandatários políticos e daqueles que são servidores do público. Não sabe que o Estado está a seu serviço.
 
Esse povo que se deixa conduzir só se libertará com a educação e o ensino. Desde criança convive com maus exemplos exaltados na mídia que omite os heróis verdadeiros. Aí, fica fácil enganar o povo, como aconteceu na pandemia, quando usaram o medo para paralisar corpos e mentes. Uma fórmula antidemocrática em que o medo paralisa e a ignorância aliena.  
Agora o Censo nos mostra que estamos cada vez mais velhos e aposentados e cada vez menos jovens produtivos. 
Não há país que gere bem-estar se os que geram riqueza forem menores em número. 
A janela dessa oportunidade vai se fechar em breve e é preciso correr com mais produtividade dos que estão em idade ativa.
 
Para mais produtividade, ensino; para cidadania e democracia, educação. Educação é tarefa da família; ensino, tarefa da escola. 
É sinal de que estamos carentes de pais e professores, se as pessoas não praticam a cidadania ou não sabem interpretar um texto nem acertar as letras das palavras que jogam nas redes sociais. Professores que não transmitem conhecimento da língua, da matemática, das ciências
pais que transferem a educação para os professores, se eximindo de sua missão. 
Famílias que não ensinam seus filhos a ética, o cumprimento das leis, a cidadania, as virtudes, o respeito aos outros, os modos de viver em coletividade, estão formando que país?  
Não há outra saída para garantir futuro para este país a não ser educando e ensinando.
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo
 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

Bolsonaro se manifesta sobre voto de Benedito Gonçalves

Ministro do Tribunal Superior Eleitoral entende que o ex-presidente deve ficar inelegível por oito anos

O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou em relação ao voto de Benedito Gonçalves, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em ação que pode torná-lo inelegível por oito anos. A manifestação dele se seu por meio de vídeo divulgado nas redes sociais no início da tarde desta quarta-feira, 28.

No início do vídeo, Bolsonaro informa seus seguidores: relator do processo que pode deixar o ex-presidente de fora das próximas eleições, Gonçalves votou por condená-lo. De acordo com o magistrado, o atual presidente de honra do PL cometeu abuso de poder econômico e usou indevidamente os meios de comunicação.

Na sequência, o ex-presidente da República lembra que o processo contra ele refere-se ao encontro que promoveu com embaixadores em julho do ano passado. Na ocasião, o então chefe do Estado brasileiro teceu críticas ao sistema eleitoral brasileiro e, nesse sentido, sinalizou que não tinha plena confiança nas funcionalidades das urnas eletrônicas.

Assim, Bolsonaro informa que a ação contra ele no TSE foi aberta pelo PDT. Por fim, o ex-mandatário do país resgata posicionamento de Carlos Lupi, presidente nacional do partido de esquerda e que atualmente é ministro da Previdência Social do governo Lula.

Em gravação de 2021, o próprio Lupi defendeu a necessidade de o sistema eleitoral brasileiro contar com uma espécie de comprovante impresso do voto registrado por meio da urna eletrônica. “Como um papel quando pagamos com cartão”, disse o presidente do PDT, conforme lembrou Bolsonaro.

“Sem a recontagem [de votos], a fraude impera”

Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, em 2021

“Sem a impressão do voto, não há possibilidade de recontagem”, enfatizou Lupi, em vídeo de dois anos atrás. “Sem a recontagem, a fraude impera”, prosseguiu o político de esquerda — que, em 2022, acionou a Justiça Eleitoral contra Bolsonaro, justamente pelo fato do então presidente questionar a segurança das urnas eletrônicas.

Redação - Revista Oeste

Leia também: “A bofetada do Benedito”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 165 da Revista Oeste


Se houve crime eleitoral no Alvorada, embaixadores seriam cúmplices - Correio Braziliense

Alexandre Garcia

Embaixadores que estiveram na reunião com Bolsonaro ficaram surpresos com a denúncia do PDT. Alguns me disseram que não viram crime algum na atitude do então presidente da República

Leonel Brizola botou a boca no mundo quando percebeu que a contagem eletrônica dos votos, feita pela Proconsult, contratada pelo TRE, poderia conduzir à vitória de Moreira Franco, em 1982. 
A denúncia do risco de alteração dos resultados teria interrompido um processo de fraude e garantido a Brizola o governo do Rio de Janeiro. O episódio serviu para deixar o PDT com um pé atrás em relação à contagem informatizada. 
Em 2001, o PDT de Brizola uniu-se ao projeto do senador Roberto Requião (PMDB-PR) por comprovante do voto. Virou lei sancionada por FHC. Mas a Justiça Eleitoral pressionou, e a lei foi revogada em 2003. 
Em 2009, os deputados Flavio Dino e Brizola Neto propuseram nova lei de comprovante, que foi aprovada e sancionada por Lula, mas revogada pelo Supremo. Projeto do deputado Bolsonaro foi aprovado em 2015. Dilma vetou, e o veto foi derrubado por 71% dos congressistas. 
No entanto, o Supremo suspendeu a lei, por oito votos, antes das eleições. Depois, declarou-a inconstitucional, por unanimidade.
Em 2021, ainda se voltou ao assunto, com o apoio do PDT de Carlos Lupi e Ciro Gomes, mas acabou arquivado
Agora, o tema volta à discussão no TSE, provocado por ação contra Bolsonaro por iniciativa — creiam — do PDT. 
É questão atualíssima, já que ano que vem temos eleições municipais.

O PDT denunciou Bolsonaro por abuso de poder político e econômico, acusando-o de crime eleitoral por ter convidado embaixadores credenciados no Brasil para uma conversa no Palácio da Alvorada. 
A conversa versava sobre riscos da contagem eletrônica pela ausência de um comprovante impresso do voto digital
]Se a denúncia tivesse sido feita por outro partido, não seria de estranhar. Mas é irônico que tenha partido do PDT, que teria tudo para honrar a memória de seu líder e nunca mais querer o risco de um caso como o Proconsult. 
 
Embaixadores que estiveram na reunião com Bolsonaro ficaram surpresos com a denúncia do PDT. Alguns me disseram que não viram crime algum na atitude do então presidente da República. 
Que eles, embaixadores, atenderam ao convite pelo mesmo motivo com que aceitaram ir ao TSE para ouvir o então presidente da Justiça Eleitoral, Edson Fachin, expressar suas preocupações sobre a aceitação dos resultados da eleição presidencial.  
Na missão desses diplomatas está a de acompanhar o sistema de voto de um dos maiores eleitorados do mundo, num país de grande importância estratégica. É tarefa dos embaixadores relatar aos seus governos o andamento de um processo eleitoral para que seja avaliada a legitimidade dos resultados. Assim, se houve crime eleitoral no encontro do Alvorada, os embaixadores seriam todos cúmplices.
 
Sobre o julgamento no TSE, bolsonaristas escrevem nas redes sociais que foi decidido antecipadamente fazer Bolsonaro carregar a cruz e ser crucificado. Torná-lo inelegível por oito anos é aplicar nele o que foi omitido na condenação de Dilma quando, à revelia do parágrafo único do artigo 52 da Constituição, ela não ficou inelegível por oito anos, no julgamento do Senado, conduzido pelo presidente do Supremo. Por medo da força eleitoral de Bolsonaro, torná-lo inelegível, crucificá-lo, como dizem os bolsonaristas, podem converter num Cristo alguém que já é Messias no nome. 
Como na facada, podem turbinar Bolsonaro como um líder sem poder receber voto, mas com poder de voto ainda maior.  
Um resultado que pode ser de ganha-ganha para o ex-presidente. 
Não podendo ser eleito, e já tendo eleito tantos, ganha ressurreição como o grande eleitor.
 
Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense
 

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Tutores tradicionais do pensamento, incomodados, procuram calar a voz do povo - Alexandre Garcia

O presidente do Conselho da Renner, José Galló, afirmou, n'O Estado de S.Paulo, que somos o país do futuro que não chega. Tenho demonstrado isso em palestras. Jogamos fora as oportunidades postas à nossa porta. Parecemos masoquistas, sofrer é o nosso prazer.

Ganhamos, de graça, o que para os outros países é um sonho inalcançável: ausência de catástrofes naturais, de guerras com vizinhos; clima ideal: chuva e sol nas doses certas; água abundante, por cima e por baixo; minerais de toda sorte no subsolo; amplidão territorial, grandeza em rios e florestas; solo onde tudo dá. 
Talvez querendo nos punir por não termos conquistado o direito de ter tudo isso, tratamos de provocar para que dê errado, para que a natureza não cometa a injustiça de nos privilegiar sem mérito.

Nossas escolhas nas urnas contribuem para isso. Nossa passividade infla os fracassos. Meu colega Luiz Edgar de Andrade enganou-se, quando reportou que Charles de Gaulle dissera que o Brasil não é um país sério. Mas se não tivesse sido um engano de informação, seria bene trovato. Para compensar — e anular — tudo o que ganhamos no Gênese, provocamos um apocalipse no território nacional. Nem Noé conseguiria salvar-nos nesse dilúvio de passividade — ou sem-vergonhice?

Audiência
Agora vivemos um regime de exceção e nossa indiferença é como se estivéssemos em pleno estado de direito. A comunicação digital deu voz a todos — e os totalitários reagiram porque a democracia que propagam é a deles; só eles podem ter voz, o povo não. Povo, para eles, só é uma audiência anônima.

Os tutores tradicionais do pensamento, incomodados, procuram calar a voz do povo. Afinal, está na Constituição que todo poder emana do povo. Os tutores esperam que o povo se acomode com o que está escrito. Assim, se esgota no papel o poder popular e não é exercido. Mas, mesmo quando tenta exercer, o povo tem sido enrolado.

Por exemplo, os brasileiros elegeram seus representantes no Congresso, mas quem manda é quem não tem voto.  
Os representantes no Congresso têm o poder nominal de fazer leis, mas nas verdadeiras liberdades democráticas — esse poder é apenas literal. Quem baixa regras, mesmo, é o topo do Judiciário. Derroga até aquilo que, cheios de esperança, considerávamos direitos e garantias fundamentais, pétreas, inquebrantáveis.
 
E lá vamos nós, jogando nosso potencial no lixo, nosso futuro no passado, nossos filhos e netos num beco sem saída. 
Posso falar nisso, pois desde 1940 acompanho esse espetáculo de país alegre e sem rumo, na penitência de pecador por ter recebido um paraíso e não ter conseguido convertê-lo em terra prometida, ao contrário do que fizeram os israelenses com um deserto. Talvez um Sinai esteja dentro de nós, e habitamos o deserto submissos a ele e a falsos Moisés. Talvez apenas não tenhamos ânimo e coragem para separar as águas e atravessar o Mar Vermelho.
 
Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense

terça-feira, 18 de abril de 2023

Propaganda enganosa - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Democracia e segurança

Existe crime de opinião no Brasil? Nove entre dez juristas vão dizer que não. Que a Constituição, em cláusula pétrea, garante a liberdade de opinião, vedado o anonimato.  
No entanto, nos dias de hoje, foi criado no Supremo, com a omissão da mídia, o crime de opinião, não previsto nas leis brasileiras, que tem sido tratado com mais rigor que os chamados crimes comuns. 
Esclareça-se que caluniar, difamar e injuriar não é manifestação de opinião. Criticar aqueles que estão a nosso serviço nos três poderes não é uma permissão, mas um dever de todo cidadão atento, pagador de seus impostos, mandante de todos os mandatários postos no poder por seu voto. Se não for assim, não é democracia. 
Se deputados, senadores e vereadores não representarem seus eleitores, não é democracia; se prefeitos, governadores e presidente da República não prestarem serviços para a origem de seu poder, não é democracia; se juízes não forem escravos, mas senhores das leis que são chamados a aplicar, não é democracia.
 
O Brasil passa por um vale das trevas. Os criminosos comuns estão cada vez mais cheios de regalias e poder. 
A opinião crítica dos cidadãos está cada vez mais ameaçada por prisões arbitrárias e sem o devido processo legal. 
Estou em Portugal há quase duas semanas e talvez isso me aguce a comparação entre a pátria-mãe e a ex-colônia. Portugal está organizado, limpo, fácil de viver, com segurança pessoal, patrimonial e jurídica
É o melhor destino turístico dos europeus; só o Algarve recebe o mesmo número de turistas estrangeiros que o Brasil inteiro. 
Responsabilidade dos nossos governantes, nossos legisladores, nossos juízes, nossos eleitores. A natureza nos deu tanto e nós fizemos tão pouco...

    Os criminosos comuns estão cada vez mais cheios de regalias e poder, enquanto a opinião crítica dos cidadãos está cada vez mais ameaçada por prisões arbitrárias e sem o devido processo legal

Agora nosso Executivo quer fazer uma política externa de colônia, escolhendo de quem sermos escravos; nossos legisladores não sabem que seu único senhor é o eleitor e nossos magistrados mais altos se julgam ungidos para estar acima da Constituição.  
O plenário do Congresso não é a cabeça de um juiz do Supremo. 
Nem o Congresso está jungido a poder algum que não seja o povo. 
O povo que vive mal se conforma porque nunca conheceu o bem-estar, um país que respeite o cidadão, que lhe dê a segurança de sacar dinheiro de madrugada num caixa eletrônico numa ruela escura; em que as pessoas se respeitem e respeitem suas cidades como sua própria casa. No Brasil, estamos sempre esperando o assalto, o furto, o vigarista, porque é o país onde o crime compensa – que o diga André do Rap.[e o atual presidente.]
 
O vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, fez um libelo magnífico no Fórum da Liberdade, lembrando que em 1215 a Magna Carta das Liberdades já estabelecia que ninguém será preso ou privado de sua propriedade, ou exilado, ou de alguma maneira destituído, a não ser por julgamento legal de seus pares. 
Pois 808 anos depois, no Brasil, não há quem exija o juiz natural, a liberdade de opinião, a ausência de censura, o direito à remuneração pelo seu trabalho, a imunidade parlamentar, o direito de reunião sem armas e o devido processo legal. Sem isso, “Estado Democrático de Direito” é apenas rótulo de propaganda enganosa.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 10 de abril de 2023

Lula tem feito um trabalho de destruição - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Única obra que o presidente anunciou até agora foi um gasoduto na Argentina chamado ‘Vaca Muerta’

O balanço dos primeiros 100 dias do governo Lula se resume a uma palavra: nada. Esse “nada” não é uma “força de expressão”, como se diz. É nada mesmo significa que o governo conseguiu não realizar uma única coisa útil do dia 1.º de janeiro até hoje e, quando tomou alguma decisão, foi para piorar o que já existia quando chegou lá. Nada mostra isso com tanta clareza, possivelmente, quanto o único mérito que os seus devotos foram capazes de atribuir a Lula até agora – o de que ele estaria fazendo uma complicadíssima obra de “costura política”
É o clássico elogio que se faz quando não há nada para elogiar.
 “Costura política” jamais rendeu um único emprego, ou pôs um prato de comida na mesa de alguém.
 
A única obra que Lula anunciou até agora foi na Argentina – um gasoduto chamado, acredite se quiser, de “Vaca Muerta”. O resto é processamento, embalagem e entrega de vapor.  
Diz que vai ressuscitar algo que nunca existiu – o “PAC” de Dilma Rousseff, uma trapaça de propaganda cuja obra máxima foi o “Trem-Bala”, para o qual não se colocou até hoje um único metro de trilho no chão. Ficaram três meses fazendo simulação de trabalho com algo chamado “arcabouço fiscal”, que não contém uma única providência prática – é só uma apresentação tumultuada de desejos, onde se revela que o governo quer pagar sua despesa com “aumento da arrecadação”.

O que Lula tem feito, mesmo, é um trabalho de destruição. Já destruiu o novo marco do saneamento – com um rabisco, anulou uma lei aprovada pelo Congresso e que era a única esperança para 100 milhões de brasileiros que até hoje não têm esgotos. 
Destruiu o novo sistema de ensino médio – outra lei aprovada pelo Congresso, e que some com uma canetada.

Destruiu até a Medalha da Princesa Isabel, que oficialmente não tem mais importância na abolição da escravatura; 135 de história jogados no lixo pela decisão particular de um grupinho que nunca recebeu um voto na vida. Fora a destruição, há o desejo de destruir – desde o teto de gastos públicos até a meta da inflação. (Lula acha que a meta “está errada”; quer mais inflação.)  

Quer enfiar o seu advogado pessoal no STF – e por aí vai.

É apenas uma lista de fatos. Não há remédio para isso.

J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 10 de dezembro de 2022

A escuridão do TSE - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

É difícil continuar chamando de democracia um país onde a autoridade judiciária não dá respostas satisfatórias a uma multidão de lacunas 
Foto: Montagem Revista Oeste

Foto: Montagem Revista Oeste

O TSE assumiu durante todo o processo eleitoral o discurso de que o sistema de votação brasileiro é seguro e invulnerável. A autoridade eleitoral chegou a usar o termo “inexpugnável”
A esse respeito, seguem-se trechos do Voto Revisor do Tribunal de Contas da União (assinado por Jorge Oliveira) ao relatório de auditoria do TCU sobre o processo de votação.

O relatório da auditoria concluiu que “os mecanismos existentes de segurança, transparência e checagem compõem um arcabouço institucional suficiente para assegurar que o resultado divulgado pelo TSE após a contagem dos votos é fiel à vontade do eleitor efetivamente manifestada nas urnas eletrônicas”. Já o revisor aponta uma série de discordâncias sobre essa premissa às quais nem o próprio TCU, nem o TSE responderam satisfatoriamente.

Presidente do TCU detalha auditoria do sistema de votação eletrônica 
brasileiro, em setembro de 2022 | Foto: Divulgação/TCU

Seguem-se os principais problemas e vulnerabilidades apontados no Voto Revisor, apresentado em 20 de outubro de 2021.

“Questão 2: Os procedimentos estabelecidos pelo TSE para implementação da votação eletrônica e para verificação/auditoria/fiscalização dos sistemas/programas/softwares são adequados para viabilizar e garantir a transparência e a confiabilidade do processo em todas a suas etapas?

Risco 1: Eventual deficiência das estratégias adotadas pelo TSE para identificar e mitigar ou eliminar os riscos de falhas/erros/fraudes no processo eleitoral poderá resultar na persistência de vulnerabilidades dos sistemas, podendo comprometer a confiabilidade de eleições pretéritas e credibilidade do processo de votação no futuro;

Risco 2: O baixo índice de governança e gestão em tecnologia da informação poderá impactar no desenvolvimento e na manutenção dos sistemas, comprometendo a segurança e a confiabilidade dos sistemas e da votação eletrônica;

Risco 3: O eventual tratamento inadequado ou insuficiente, ou a ausência de tratamento, das vulnerabilidades dos sistemas/programas/softwares identificadas pelas entidades fiscalizadoras, nas verificações/auditorias/fiscalizações, ou pelos especialistas, nos testes públicos de segurança, ou registradas em publicações de especialistas e acadêmicos, poderá evidenciar uma política do TSE de autossuficiência, comprometendo a credibilidade da votação eletrônica perante a opinião pública;

Priorizar a celeridade da apuração do resultado em detrimento dos mecanismos de segurança pode fragilizar a segurança da informação

Risco 4: A deficiência qualitativa e quantitativa do pessoal envolvido com as atividades relacionadas à votação eletrônica, em especial de TI, poderá impactar o desenvolvimento e a manutenção dos sistemas, comprometendo a segurança e a confiabilidade dos sistemas;

(…)

Questão 3: Os regulamentos e os procedimentos estabelecidos pelo TSE para as etapas de desenvolvimento, compilação, assinatura digital, lacração, verificação da integridade e da autenticidade dos sistemas eleitorais, geração de mídias e preparação e funcionamento das urnas eletrônicas atendem aos requisitos de auditabilidade definidos em normas nacionais e internacionais?

Risco 1: O baixo índice de urnas eletrônicas compatíveis com a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira — ICP-Brasil e subordinadas à ICP-Brasil, associado à baixa implementação do módulo de segurança em hardware, poderá fragilizar a segurança e a auditabilidade das urnas, o que poderá levar ao comprometimento da credibilidade da votação eletrônica, impactando a confiança no sistema de votação eletrônica;

Risco 2: Devido à ausência de certificação do hardware e do software, poderá ocorrer desconfiança geral no sistema de votação eletrônica, o que poderá levar à mudança da sistemática, impactando todo o processo eleitoral brasileiro;

Risco 3: O fato de todos os elementos de auditabilidade do voto serem originados da mesma fonte poderá, em caso de contaminação da urna, contaminar o resultado, levando à inutilização do mecanismo de asseguração dos votos, no caso de fraude do software, e poderá resultar na contagem de votos indevidos na urna e impactar a credibilidade das eleições;

Risco 4: Devido ao armazenamento da hora de votação de cada eleitor no sistema eletrônico de votação, poderá ocorrer identificação do respectivo voto resultando na quebra do sigilo do voto e impactando a credibilidade das eleições;

(…)

Risco 6: A omissão do TSE na requisição, na avaliação e no tratamento das atas/relatórios elaborados no âmbito dos TREs e dos cartórios eleitorais acerca das respectivas etapas de verificação/auditoria/fiscalização pode comprometer a realização, o registro e a efetividade dessas etapas, na forma prevista na Resolução TSE 23.603/2019;

Questão 4: As diretrizes, as políticas e os controles implementados relativos à segurança da informação atendem aos requisitos definidos na legislação e nas normas internas, estão de acordo com as melhores práticas internacionais e efetivamente asseguram um nível adequado de proteção às informações, aos processos e aos recursos envolvidos no processo eleitoral?

Risco 1: Procedimentos de verificação/auditoria/fiscalização do sistema eletrônico de votação e apuração não aderentes às normas internacionais de segurança (NBR 27002) podem resultar em vulnerabilidades dos sistemas ou das urnas, podendo impactar a segurança, a confiabilidade e a auditabilidade dos sistemas e da urna e a credibilidade da votação eletrônica;

Risco 2: A ausência de segregação de funções nos processos críticos poderá permitir que um servidor concentre a execução de atividades essenciais, o que poderá propiciar fraudes nos processos críticos, impactando a segurança do processo de votação eletrônica;

(…)

Risco 5: A definição incorreta dos requisitos de negócio para controle de acesso poderá possibilitar o acesso indevido às bases de dados ou aos sistemas, o que poderá levar a acessos não autorizados, a vazamento ou alteração de informações ou à perpetração de fraudes, impactando os resultados e a confiança no sistema de votação eletrônica;

(…)

Risco 7: A proteção insuficiente aos recursos externos ao datacenter, tais como as urnas de votação, o transporte das mídias dos locais de votação para a central de transmissão e outros fora das dependências da organização, pode impactar os resultados e a credibilidade da eleição;

(…)

Risco 11: A ausência de controles efetivos para proteção das redes de comunicação e das transferências de informações entre o TSE e os demais órgãos da Justiça Eleitoral pode propiciar violação do sistema interno do TSE de transmissão e consolidação dos dados e resultar em fraudes ou comprometimento do resultado das eleições e em ataque ao site do TSE, comprometendo a credibilidade da instituição e, consequentemente, das eleições;

(…)

Risco 13: Priorizar a celeridade da apuração do resultado em detrimento dos mecanismos de segurança pode fragilizar a segurança da informação e impactar a confiabilidade de todo o sistema eletrônico de votação;

(…)

  1. Entre os possíveis achados levantados pela equipe do Tribunal e constantes da Matriz de Planejamento (peça 13), destaco: i) a baixa governança no desenvolvimento e na manutenção dos sistemas, deixando-os vulneráveis; ii) fragilidades do processo de auditabilidade, com impacto na segurança das urnas; iii) a possibilidade de identificação do voto do eleitor, resultando na quebra do sigilo do voto; iv) a divulgação de dados errados ou sigilosos, o acesso indevido às bases de dados ou sistemas ou o vazamento e a alteração de informações, inclusive com impacto no resultado das eleições; e v) violação do sistema interno do TSE de transmissão e consolidação dos dados, com possibilidade de manipulações imperceptíveis, também com impacto no resultado dos pleitos.

É difícil continuar chamando de democracia um país onde a autoridade judiciária não dá respostas satisfatórias a essa multidão de lacunas e consagra, por esse mesmo sistema, um criminoso descondenado como presidente da República.

Leia também “Bem-vindo ao talibã”

 Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste


quinta-feira, 13 de outubro de 2022

O preferido dos fora-da-lei - Percival Puggina


 
Dia 8, sugeri no twitter que alguém, com possibilidades de pesquisar, fizesse um levantamento sobre o voto dos presos provisórios na eleição presidencial.  
O petismo fica indignado com toda sugestão de que seja o partido preferido pelos fora-da-lei. [COMENTÁRIO: não se trata de sugestão e sim de fato: o PT - vulgo perda total - é o preferido de 80% dos bandidos presos; e tal preferência é merecida = além de ser presidido pelo maior corrupto do plante, o descondenado tem histórico de empenho pessoal em soltar bandidos, além de ser contra prisão de ladrões de celulares. Um dos bandidos soltos por Lula, sequestrador do empresário Abilio Diniz, fez uma greve de fome com seus comparsas, foi visitado pelo ex-presidiário que intercedeu por ele junto ao ex-presidente sociólogo,foram soltos e um deles, dias depois assassinou um vigilante, de forma covarde e vil.
Lembrando que Lula é um ex-presidiário - posto em liberdade por um erro processual de CEP; de tudo constata-se: Lula é o melhor candidato para bandido preso votar.]

A curiosa reação à declaração de Marcola, clamando ao TSE (e sendo atendido) para que fossem removidas quaisquer ilações a respeito da orientação de voto que inegavelmente proporcionou, reflete o desconforto petista em relação ao tema.

Ontem, fiquei sabendo que O Antagonista fez, rápido, o dever de casa. Anteontem publicou matéria informando que 4 de cada 5 desses eleitores, presos provisórios no país, votou em Lula no primeiro turno. Transcrevo trecho:

Lula teve uma larga vantagem sobre os demais candidatos e poderia ter sido eleito em primeiro turno — se as eleições ocorressem entre presos provisórios que puderam participar do processo eleitoral. Levantamento de O Antagonista em seções destinadas ao voto de presos mostra que Lula teve 80,59% dos votos válidos nas seções, contra 15,79% de Jair Bolsonaro.

A reportagem compilou os boletins de urna de 222 seções eleitorais destinadas ao voto de presos provisórios, que, de acordo com a legislação eleitoral, mantêm seu direito a voto por não terem sentença transitada em julgado. Desses, 221 estavam disponíveis na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os votos foram dados em urnas de 19 estados e no Distrito Federal. Dos 14.653 autorizados a votar, 11.363 apareceram, cerca de 77,5% do total. Apesar de comporem uma fatia residual do eleitorado, mesários e agentes eleitorais podem ter votado nestas seções — o TSE não especifica quantos deles seriam.

Para o bem da matemática, como o título da matéria afirmava que 4 em cada 5 votaram em Lula, faltou esclarecer que isso não significa que 1 em cada 5 votou em Bolsonaro. O número certo, é que em Bolsonaro votou apenas 1 em cada 6.

Site Percival Puggina - Transcrito pelo Blog Prontidão Total 

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Sistema híbrido para acabar com a desconfiança - Gilberto Simões Pires

A DESCONFIANÇA
Antes de tudo, movido pela sinceridade, me adianto em informar que sigo bastante DESCONFIADO de que o resultado da eleição para presidente foi mais uma vez FRAUDADO
Trata-se, para que fique bem claro, de DESCONFIANÇA, não de CERTEZA. [de minha parte, devido o pavor de expressar desconfiança, esteja tipificado como atentado à democracia, optei por passar apenas a PENSAR, assim,  estou PENSANDO se é aconselhável PENSAR em fraude nas eleições; 
prometo que me definindo em pensar comunicarei a todos tal definição = em, no máximo, 30 dias manifestarei, data em que o segundo turno já terá ocorrido, Bolsonaro estará reeleito e assinará um ato liberando os pensamentos.]
Entretanto, o que muito me incomoda é o fato de que as minhas DÚVIDAS são alimentadas por conta da impossibilidade de auditamento do sistema de apuração. Isto, reafirmo, me preocupa muito. 
 
A CONFIANÇA
Pois, ainda que não consiga me livrar desta preocupante DESCONFIANÇA, também devo dizer para os meus leitores e seguidores que sigo CONFIANTE de que no segundo turno, marcado para o dia 30/10, a vitória do presidente JAIR BOLSONARO será acachapante, o que significa, com todas as letras, que NEM A FRAUDE será capaz de alterar o resultado. De novo: este é o sentimento que carrego e por ele vou tratar de lutar. 
 
CÉDULAS DE PAPEL E URNAS ELETRÔNICAS
Dentro deste ambiente onde divido o meu sentimento de - DESCONFIANÇA - quanto ao viciado sistema de apuração de votos; e a CONFIANÇA de que mesmo assim JAIR BOLSONARO sairá vitorioso, volto a insistir e/ou propor: como o segundo turno reúne apenas dois candidatos (quer para governador quanto para presidente) nada melhor do que utilizar um sistema de votação -híbrido- que contemple CÉDULAS DE PAPEL com URNAS ELETRÔNICAS.
 
O VOTO É O SÍMBOLO DA DEMOCRACIA
Esta sugestão pode parecer ingênua, mas nunca despropositada. Afinal, a preocupante DESCONFIANÇA que grande parte da sociedade brasileira carrega precisa, de uma vez por todas, ser debelada. De novo: enquanto o sistema eleitoral for visto com DESCONFIANÇA, a DEMOCRACIA sofrerá da mesma doença. Mais: o VOTO é o instrumento maior do EXERCÍCIO DA CIDADANIA, da manutenção da DEMOCRACIA e da TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE.
 
Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

domingo, 18 de setembro de 2022

Diálogo entre Moraes e militares é uma "tática de vigilância mútua"

A chegada de Alexandre de Moraes à Presidência do TSE joga água na fervura em que se transformou a relação entre a Corte e os militares, alimentada pelas críticas de Jair Bolsonaro à segurança das urnas eletrônicas 

 A controversa participação de militares no processo eleitoral foi motivo de instabilidade entre o Executivo e o Judiciário. As Forças Armadas foram inseridas na fiscalização em setembro do ano passado, a convite do ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presença já causou desavença entre os Poderes, mas, com a gestão do atual presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, as partes passaram a distensionar o ambiente.

Desde que assumiu o comando do TSE, Moraes tem feito reuniões institucionais, dialogando com os militares. O encontro com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, foi um dos primeiros da agenda como novo presidente do tribunal. A reunião simbolizou uma tentativa de reaproximação entre os Poderes.

Na semana passada, a Justiça Eleitoral acatou uma sugestão das Forças Armadas ao processo eleitoral para as urnas eletrônicas. A Corte incluiu a biometria e a presença de eleitores voluntários para o chamado teste de integridades das urnas eletrônicas. A medida vai ser implementada no pleito deste ano, sem prejuízo para o calendário eleitoral, segundo o TSE.

No evento de apresentação, Alexandre de Moraes afirmou que o projeto será implementado em 18 estados e no Distrito Federal, com 56 máquinas. Conforme o tribunal, essa amostragem representa 8,74% do total das 640 urnas que já tinham sido destinadas para os testes. "Vamos verificar para ver se vale a pena instituir, ampliar isso para todas as sessões, ou se não há necessidade e se podemos manter o teste de integridade como ele já existe", disse o ministro, na cerimônia de apresentação.

A implementação foi acatada em votação relâmpago no plenário do TSE. Segundo as Forças Armadas, o objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo que a urna eletrônica registra. O tom é alinhado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) — o principal patrocinador da presença dos militares no processo eleitoral.

Na avaliação do cientista político André César, da Hold Assessoria Legislativa, a habilidade conciliadora de Moraes é positiva para o momento de polarização do país. "Ele sabe negociar, foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, ministro da Justiça. Eu acho que ele entendeu que esse confronto não leva ninguém a lugar algum. Essa flexibilidade é inteligente, sem comprometer o modelo que está em curso e o que vai ser aplicado nas eleições e no pós-eleitoral. Nesse sentido, é mostrar capacidade de diálogo e não fechar portas", destacou.

Por outro lado, toda cautela é necessária no momento de tensão política. No mesmo dia em que foi ventilada a possibilidade de as Forças Armadas fazerem uma espécie de checagem paralela da apuração dos votos no pleito, foi cancelada uma reunião que estava prevista entre Moraes e Paulo Sérgio Nogueira. O encontro não tem mais data definida para acontecer e, nos bastidores do tribunal, esse tema é tratado como "assunto encerrado".

Passado de mágoas
Tradicionalmente, os militares atuam nas eleições no apoio logístico e no transporte de urnas eletrônicas, pessoas e materiais para locais de difícil acesso. No entanto, desde que foram inseridos na Comissão de Transparência das Eleições (CTE), passaram a enviar sugestões para o pleito e questionar o sistema de votação.

Para o analista político Melillo Dinis, a relação mudou após a chegada de Alexandre de Moraes e parte da cúpula das Forças Armadas. "Há duas possibilidades: a primeira, uma tática de vigilância mútua. A segunda, a validação pelo grupo de militares dos procedimentos de segurança da urna e de sua integridade, para evitar que as críticas não tenham o respaldo deles. Além disso, a sociedade civil estará de olho nos atores desse ambiente", observou o especialista.

Dinis destacou que é necessário respeitar os limites constitucionais. "No dia das eleições, o papel dos militares será o mesmo do passado: apoio logístico em regiões de maior dificuldade; atendimento aos pedidos de proteção feitos pela Justiça Eleitoral; e aceitar o resultado do sistema eleitoral com urna eletrônica, dentro do Marco Constitucional que todos devem obedecer, pois, no Brasil, o poder militar está submetido ao poder civil", disse.

Outro momento de tensão aconteceu quando o presidente Bolsonaro chegou a defender uma apuração paralela de votos pelos militares. O advogado constitucionalista Guilherme Amorim Campos da Silva destacou que a responsabilidade pelo processo eleitoral compete apenas à Justiça Eleitoral. "Os anteriores convites para seus representantes apresentarem sugestões não os legitimam, em hipótese nenhuma, a questionarem abertamente a confiabilidade do processo eleitoral e o sistema das urnas eletrônicas. As Forças Armadas constituem instituição de Estado, e não de governo a serviço do presidente da República para politizar o debate", pontuou. [apenas registrando = a Justiça Eleitoral existe unicamente no Brasil -  nem nas maiores democracias do mundo, existe justiça especializada em eleições.]

 Política - Correio Braziliense


quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Moraes, STF e ‘juízes eleitorais’ não conseguirão mais tirar de Bolsonaro a bandeira verde e amarela - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

O que se viu nas ruas no Sete de Setembro: a bandeira brasileira, definitivamente, passou a ser o grande símbolo do candidato à reeleição – nas costas das pessoas, nas janelas dos prédios, nos vidros dos carros

As ruas falaram, mais uma vez, e sua voz esteve mais forte do que nunca. Multidões se manifestaram, em cidades de todo o País, com um recado óbvio neste dia Sete de Setembro: querem a reeleição do presidente da República nas eleições de outubro
A festa foi da independência, e dos 200 anos de independência do Brasil, mas nunca houve dúvida nenhuma a respeito de que lado está a massa verde-amarela que lotou as principais avenidas e praças brasileiras, numa das maiores manifestações públicas que já se viu em tempo recente. 
Foi um ato político, e a massa declarou que está do lado de Jair Bolsonaro (PL) - por mais incômodo que seja admitir isso
É o exato contrário do que dizem as pesquisas de intenção de voto. 
É o contrário da “Carta aos Brasileiros” do dia “11 de agosto”
É o contrário do que querem as classes intelectuais, a mídia e o STF – ou o seu “tribunal” eleitoral, que faz os mais extraordinários esforços para ganhar a eleição no horário de propaganda política, na repressão às redes sociais e no controle do material de campanha. 
Proíbe o máximo que pode nas ações do candidato que declararam inimigo; permite o máximo que pode nas ações dos seus adversários.

Manifestação de rua é uma coisa. Urna no dia da eleição é outra. Não há, necessariamente, uma relação de causa e efeito entre as duas coisas – o resultado das eleições de outubro será o que for decidido por 156 milhões de eleitores brasileiros com o seu voto, daqui a vinte das. 

Mas é perfeitamente inútil fingir que não aconteceu nada neste dia Sete de Setembro – ou vir com teorias negacionistas para esconder que o único beneficiário das demonstrações que levaram a massa para a rua é o presidente da República, e não os seus adversários. 
Foi inútil, da mesma forma, a campanha de terror dos últimos dias, prevendo ou garantindo que os “bolsonaristas” iriam provocar todo o tipo de violência na rua; 
- era muito mais seguro ficar em casa, mesmo porque, segundo a campanha, quem fosse às manifestações poderia estar violando alguma lei do ministro Alexandre Moraes, ou coisa parecida.
 
Não pegou, também, a espantosa ideia de que comemorar o Sete de Setembro seria um ato “antidemocrático”. 
No fim, centenas de milhares de pessoas foram para a praça pública no Brasil inteiro e não se quebrou uma única vidraça, nem se jogou uma única pedra ou se tocou fogo em nada. 
Para que serviu a palhaçada de colocar atiradores de elite em volta da Praça dos Três Poderes, em Brasília? 
Do que adiantou cercar o prédio do STF com um aparato de segurança ridículo, como se fosse uma casamata sitiada por tropa inimiga? [PARABÉNS ao Guzzo pela brilhante classificação do aparato de segurança colocado cercando o prédio do STF - ridículo é um dos adjetivos mais generosos usados = voz corrente é que o projetista do aparato deve ter se baseado em livros da Primeira Guerra Mundial.]
De que adiantaram as ameaças e as análises dos “cientistas políticos”?

Tanto quanto a massa que esteve presente no Sete de Setembro, chama a atenção os que estiveram ausentes. 
Onde estava o candidato que as pesquisas até outro dia davam como eleito com 150% dos votos? 
Por que ele nunca aparece quando a população vai para a rua? 
Porque fica trancado com as suas plateias de intelectuais, sindicalistas e empresários de esquerda, cercado de seguranças e com ingresso controlado? 
Como se explica que o candidato que se apresenta e é apresentado como o candidato do povo se esconde no dia em que se comemoram os 200 anos de independência do seu próprio País? 
O fato é que Lula, o PT e as forças que o apoiam cometeram o erro trágico de abandonarem para Bolsonaro e a “direita”, de graça, a bandeira do Brasil, as datas nacionais, os símbolos da pátria, o verde e amarelo. 
O resultado é o que se viu nas ruas no Sete de Setembro: a bandeira brasileira, definitivamente, passou a ser o grande símbolo de um dos candidatos – nas costas das pessoas, nas janelas dos prédios, nos vidros dos carros.
 
Não há como, agora, parar com isso. O TSE do ministro Moraes, num momento especialmente insano, quis proibir o governo de divulgar qualquer material sobre a comemoração da independência; depois voltou atrás e permitiu, mas não deixou que ficassem menções à “proteção das nossas famílias” e à “construção de um Brasil melhor”. 
Não surpreende – essa é a imparcialidade do TSE, e vai continuar assim, numa tentativa cada vez mais desesperada para ganhar a eleição na base de despachos judiciais.  
 
O que Moraes, o STF e todos os “juízes eleitorais” não conseguirão mais fazer é tirar de Bolsonaro a bandeira e as cores verde e amarela; passaram a funcionar como o seu cartaz de campanha, ou como uma declaração de voto. 
Teriam, para tirar essa vantagem eleitoral do presidente da República, de declarar “antidemocrático” e, portanto, ilegal e sujeito à inquérito criminal, o uso em público dos símbolos nacionais. 
Se pudessem, fariam isso, sem dúvida. 
O problema é que não sabem se podem. [FATO: nas eleições passadas foi permitido que o eleitor adentrasse à cabine eleitoral com camiseta contendo propaganda eleitoral de candidato; da mesma forma, poderiam permanecer vestindo material publicitário de candidato nas proximidades das seções eleitorais - só os mesários estavam proibidos  de vestir material publicitário de seu candidato = proibição razoável. Imagine o ministro Moraes mandar prender um cidadão por ter comparecido à seção eleitoral portando a Bandeira Nacional! ou vestindo roupa com algum símbolo nacional!]
 
O Sete de Setembro veio para atrapalhar mais um pouco o seu projeto de País.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo