Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Omertá. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Omertá. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Moro bloqueia R$ 128 mi de Palocci e outros alvos da Omertà



Valor corresponde à propina que teria sido paga pela Odebrecht a ex-ministro mais influente dos governos Lula e Dilma
O juiz federal Sérgio Moro decretou o bloqueio de R$ 128 milhões do ex-ministro Antônio Palocci Filho (Fazenda e Casa Civil dos governos Lula e Dilma) e de outros alvos da Operação Omertà, deflagrada nesta segunda-feira, 26. Palocci foi preso.

O sequestro atinge a empresa de Palocci, a Projeto Consultoria Empresarial e Financeira, e seus homens de confiança, também capturados na Omertà, Branislav Kontic e Juscelino Antônio Dourado, além da J&F Assessoria Ltda. O valor corresponde à propina supostamente paga a Palocci pela maior empreiteira do País, a Odebrecht. Parte do dinheiro foi destinada ao PT, segundo os investigadores da Omertà.

O sequestro de ativos foi requisitado pela Polícia Federal e pela Procuradoria da República. “Viável o decreto do bloqueio dos ativos financeiros dos investigados em relação aos quais há prova de recebimento de propina”, decidiu Moro.  O juiz ressaltou. “Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos.”

Moro levou em conta os valores lançados na planilha da corrupção, que leva o nome ‘italiano’, supostamente em referência a Palocci. “Considerando os valores constantes na aludida planilha, resolvo decretar o bloqueio das contas dos investigados até o montante de R$ 128 milhões, ordenou o juiz.  O bloqueio alcança ativos mantidos em contas e investimentos bancários de Palocci e dos outros alvos. A medida apenas gera o bloqueio do saldo do dia constante nas contas ou nos investimentos, não impedindo continuidade das atividades das empresas ou entidades, considerando aquelas que eventualmente exerçam atividade econômica real.

Advogado de Palocci diz que prisão ocorreu 'estilo ditadura militar'

O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, criticou a prisão de seu cliente, dizendo que tudo ocorreu de maneira secreta, “estilo ditadura militar”

http://piwik.ebc.com.br/image.gif?page=/politica/noticia/2016-09/advogado-de-palocci-diz-que-prisao-ocorreu-no-estilo-ditadura-militarO ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, preso temporariamente hoje (26) na 35ª fase na Operação Lava Jato, chegou às 9h à Superintendência da Polícia Federal, na capital paulista. Ele foi preso em casa, na região dos Jardins, zona oeste da capital. Buscas também foram cumpridas em seu escritório. Ex-assessores de Palocci foram presos temporariamente na operação. Branislav Kontic foi levado para a superintendência na capital e Juscelino Dourado, preso em Campinas, está a caminho de São Paulo.  Os três seguem, ao meio-dia, em comboio para o aeroporto de Congonhas, de onde partem para Curitiba. 

Além das prisões, a polícia cumpre mandados de condução coercitiva para cinco pessoas, cujos nomes não foram divulgados. Duas delas já estão na superintendência e duas não terão a condução cumprida, uma por motivo de viagem e outra por doença.
O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, criticou a prisão de seu cliente, dizendo que tudo ocorreu de maneira secreta, ao estilo ditadura militar. “Estamos voltando aos tempos do autoritarismo, da arbitrariedade. Não há necessidade de prender uma pessoa que tem domicílio certo, que foi duas vezes ministro, que pode dar todas as informações quando for intimado. É por causa do espetáculo?”, disse.

Batochio disse ainda que causou indignação o nome dado à operação, Omertà, que significa lei do silêncio no código de honra usado pela máfia italiana. “Só porque ele tem um nome descendente de italiano, como eu tenho também, além de ser absolutamente preconceituoso com os descendentes de italianos. Essa designação é perigosa”, disse.  

 A suspeita da operação é de que Palocci teria ligação com o comando da empreiteira Odebrecht, uma das principais do país. A operação investiga se o ex-ministro e outros envolvidos receberam dinheiro para beneficiar a empreiteira em contratos com o governo.
Segundo a PF, as negociações envolviam a Medida Provisória 460, de 2009, que tratava de crédito-prêmio do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além do aumento da linha de crédito da Odebrecht no Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um país africano, e a interferência em licitação da Petrobras para a aquisição de 21 navios-sonda destinados à exploração da camada pré-sal.   

O advogado negou as acusações. “Isso é uma coisa absolutamente vaga, vazia. Para quem quer pretexto, isso é pretexto, mas o fato é que o ministro da Fazenda tem que ter uma interlocução com o setor empresarial, com a cadeia produtiva do Brasil, para que se estabeleçam as políticas públicas. Se um ministro conversa com alguém da iniciativa privada, já é suspeito de praticar crime?”, perguntou Batochio.

Fonte: Estadão - Conteúdo


Prisão de Palocci acontece um dia depois de ministro da Justiça falar sobre Lava-Jato

‘Esta semana vai ter mais’, disse Alexandre de Moraes a integrantes do MBL

A prisão do ex-ministro Antonio Palocci na 35ª fase da Operação Lava-Jato, batizada como “Omertà”, acontece um dia depois de o ministro da Justiça Alexandre de Moraes sugerir que haveria novidades na investigação da Polícia Federal. Em um encontro com representantes do Movimento Brasil Livre (MBL), em Ribeirão Preto (SP), cidade comandada por Palocci em dois mandatos diferentes, Moraes sugeriu que esta semana haveria uma nova fase da Operação Lava-Jato.  — Teve a semana passada (operação) e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim — disse o ministro.

No fim da noite deste domingo, Moraes divulgou nota ressaltando que afirmação sobre a nova fase da Lava-Jato foi uma força de expressão. Segundo a nota, “a frase não foi dita porque o ministro tem algum tipo de informação privilegiada ou saiba de alguma operação com antecedência, e sim no sentido de que todas as semanas estão ocorrendo operações”. O Planalto não se manifestou sobre as declarações do ministro.

PRISÃO DE PALOCCI
Palocci foi prefeito de Ribeirão Preto em duas ocasiões, entre 1993 e 1996 e de 2001 a 2002, quando se licenciou para comandar a bem-sucedida campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. O ex-ministro da Fazenda de Lula (2003-2006) e da Casa Civil de Dilma (de janeiro a junho de 2011) foi preso temporariamente na manhã desta segunda-feira, suspeito de manter relações criminosas com o comando da Odebrecht.

Outros dois assessores de Palocci também tiveram suas prisões temporárias confirmadas. São eles Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete do então ministro da Fazenda, e Branislav Kontic, que assessorou Palocci durante seu mandato parlamentar.
Segundo a Polícia Federal, o ex-ministro aparece nas planilhas do setor de Operações Estruturadas da empreiteira, uma espécie de diretoria de propinas, como "italiano".

  Considerada uma das mais contundentes provas sobre o pagamento de propina a gentes políticos pela empreiteira, uma tabela nomeada "posição-italiano" foi encontrada na caixa de e-mail do ex-diretor da Odebrecht, Fernando Migliaccio no curso da Lava-Jato.

O documento traz um balanço de como foram repassados, entre 2008 e 2012, cerca de R$ 200 milhões a projetos como as eleições municipais de 2008, a disputa presidencial em El Salvador e valores pagos a JD, que a PF acredita ser Dirceu, e a João Santana.  A planilha termina indicando haver, em 2012, um saldo de R$ 79 milhões. A curto prazo, R$ 6 milhões estariam comprometidos com “Itália” - referência a Palocci - e R$ 23 milhões com o “amigo”, não identificado na tabela. Os demais R$ 50 milhões iriam para o “pós-Itália”.

Fonte: O Globo